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*Por Antonio Müller, presidente da ABEMI – Associação Brasileira de Engenharia Industrial

Não há dúvida de que a engenharia brasileira atingiu um nível de excelência na elaboração de projetos executivos, cada vez mais detalhados, completos e precisos em suas especificações. E essa conquista deve ser comemorada. Paradoxalmente, nosso desafio agora se localiza na engenharia básica, aquela que define os parâmetros gerais de um empreendimento. Os projetos básicos têm um papel estratégico para a escolha das tecnologias e fabricantes dos equipamentos a serem aplicados na futura montagem ou construção da obra. Funcionam como “cunhas” para a entrada de fornecedores no mercado externo e são ferramentas muito eficientes para estimular a exportação de produtos e serviços.

Todo grande empreendimento industrial, seja uma refinaria, uma planta de fertilizantes ou de processamento de minério, começa na escolha ou na aquisição de uma determinada tecnologia, que constitui um pacote de processos a serem aplicados na sua implantação. A partir dessa definição inicia-se a fase da engenharia básica. É nesta etapa que a equipe de projeto busca atender as especificidades do mercado e realiza o dimensionamento da unidade industrial a ser construída, bem como das obras de infraestrutura necessárias para a sua implantação. Também nessa fase são especificados os equipamentos-chave para o empreendimento, bem como os parceiros de fabricação e os serviços a serem contratados.

Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Alemanha, Noruega, entre outros, prezam pelo desenvolvimento da engenharia básica no próprio país, pois a veem como um instrumento para fomentar suas indústrias locais de bens de capital e a cadeia de serviços. E mesmo quando não há conhecimento disponível e é necessário contratar a engenharia fora do país, o trabalho é feito preferencialmente sob a liderança de uma empresa local, para que a transferência de conhecimento possa ser efetiva.

No caso das empresas brasileiras, o domínio do projeto básico é fundamental para estimular o chamado conteúdo nacional em empreendimentos industriais e de infraestrutura, além de desenvolver o conhecimento e a competitividade, de forma a possibilitar a atuação de empresas de engenharia e fabricantes brasileiros em outros países. A exportação de serviços de foi comum no passado, mas devido à quase ausência de investimentos no país por mais de duas décadas, equipes foram desmobilizadas e o conhecimento ficou estagnado.

Hoje a engenharia nacional tem atuado de maneira competente em detalhamento de projetos industriais e de infraestrutura. Mas é preciso ir além, buscando a excelência em projetos básicos, bem como prepararando as empresas para atuar em outros mercados. É justamente por isso que a ABEMI tem como prioridade aumentar a competitividade da engenharia industrial brasileira, com uma atuação voltada à formação de recursos humanos e à melhoria dos processos produtivos nas etapas de construção, montagem, comissionamento e produção de componentes. Esperamos que o governo brasileiro também faça sua parte, reduzindo a carga tributária e os custos da logística, itens fundamentais para o aumento na exportação de serviços e bens do país para novos mercados.

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Seminário “Solda, Brasil” discute novidades tecnológicas disponíveis no mercado que chegam para dar mais segurança e precisão à atividade

Precisão, produtividade e economia são alguns fatores cada vez mais necessários no setor de soldagem. Para avançar nessa direção, as empresas fabricantes de materiais e equipamentos vêm incorporando novas e modernas “tecnologias”, desenvolvidas no Brasil ou trazidas do exterior, que têm sido responsáveis por uma evolução tão abrangente no maquinário usado pelas indústrias que já provoca mudanças não apenas na construção dos equipamentos, mas também nas demandas das empresas que os utilizam.

Atualmente é crescente a busca por equipamentos com grande tecnologia embarcada que proporcionam maior controle sobre o processo de soldagem. Além do controle, fatores como redução do consumo de energia, ergonomia e menor dimensão física foram grandes motivadores para a implantação de uma tecnologia tão avançada nessas máquinas. Segundo especialistas, o mercado tem buscado mais valor do que preço e, mais ainda, tem reconhecido as soluções apresentadas que focam nos benefícios dos produtos, tais como as fontes inversoras, que oferecem qualidade e integridade nas soldas, utilizando menos energia.

Para os técnicos, o grande desafio dos próximos anos será o desenvolvimento e aperfeiçoamento da mão de obra utilizada nos processos de soldagem, trabalho este que deverá ser feito em conjunto por escolas técnicas, universidades e entidades como a própria Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem (FBTS), SENAI, SEQUI/PETROBRAS e outras, de maneira que todos reconheçam e utilizem estes processos de soldagem com todos os benefícios que apresentam e não somente pelos preços que são oferecidos.

A disponibilidade de mão de obra especializada e a capacidade da cadeia da indústria em absorver estas e outras tecnologias que vêm sendo desenvolvidas para o mercado de soldagem para melhorar a produtividade do setor estarão no centro dos debates do Seminário “Solda, Brasil”, que será realizado nos dias 30 e 31 de Agosto próximo, no Centro Empresarial Rio, no Rio de Janeiro. Idealizado pela Planeja & Informa Comunicação e Marketing, com apoio de diversas entidades que atuam no segmento da soldagem, e da engenharia industrial, tais como a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI), Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE) e CREA-SP, o evento vai discutir e mostrar experiências, processos, novas tecnologias e soluções que venham contribuir para aprimorar os projetos das principais empresas brasileiras, públicas e privadas, especialmente na cadeia de petróleo e gás, indústria naval, siderurgia etc.

A proposta do Seminário “Solda, Brasil” é promover um grande debate técnico, prático e objetivo, que possa reunir as empresas executoras dos projetos, os empreendedores, fornecedores de materiais e equipamentos e o meio científico, para agregar o componente “desenvolvimento tecnológico” em toda a discussão em torno do mercado e das perspectivas do setor de soldagem no Brasil.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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