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*Por Marcos Andrade

O Copom manteve o mesmo comunicado de sua última reunião, quando interrompeu o ciclo de alta da Selic. A autoridade monetária tem exibido muita preocupação com a atividade econômica, segundo o especialista Marcos Antonio de Andrade, “essa preocupação faz sentido à medida que o cenário atual apresenta uma menor previsão de crescimento e isso colabora com os riscos de aumento de inflação”.

Andrade acredita que essa decisão de manter a taxa de juros inalterada, reforça a expectativa de que a Selic seguirá em 11% por um período indeterminado, não restando muitas alternativas para o Governo.

O principal motivo é o enfraquecimento cada vez maior das perspectivas de crescimento, sendo que a principal razão continua sendo a redução da atividade econômica, isto porque, grande parte das empresas estão diminuindo seu volume de produção preocupadas com um eventual aumento no custo de energia e com os altos estoques principalmente no setor automotivo.

“No entanto, com o cenário atual, a principal sinalização é de que a previsão de crescimento do PIB para 2014 ficará em torno de 0,90%, sendo o centro do problema à indústria, com fortes sinais de fechamentos de postos de trabalho e consequentemente redução de empregos”, afirma.

*Marcos Andrade é professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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Após 10 cortes consecutivos, os membros do COPOM votaram ontem (28/nov), com unanimidade, pela estabilidade da taxa básica de juros em 7,25% ao ano, sem viés, portanto, em conformidade com nossa expectativa, já antecipada na reunião ocorrida em 10 de outubro.

Perspectivas para 2013

A expectativa da Austin Rating é que a taxa Selic permaneça estável ao menos até meados de 2013, em virtude da necessidade da autoridade monetária avaliar os efeitos produzidos pela flexibilização da taxa de juros sobre a dinâmica macroeconômica, em particular o nível de atividade e a taxa de inflação, bem como os estímulos fiscais e monetários (crédito) empreendidos pelo governo federal, além do possível pass-through nos IGPs produzido pela recente desvalorização cambial, mesmo que haja baixa taxa de ocorrência.

Conforme nosso cenário, a elevação da taxa Selic a partir de julho de 2013, se concretizada, se apoiará na dinâmica macroeconômica doméstica e internacional mais consistente em relação ao momento atual com reflexos sobre o nível de preço, em particular das commodities agrícolas e minerais. Há ainda o chamado “efeito calendário”, que é o foco da política monetária para o ano seguinte (2014) a partir da virada do semestre em virtude do efeito defasado (ao redor de 6 meses) sobre a economia.

Fonte: Austin Rating

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Mesmo com a dissidência de três membros que votaram pela estabilidade da taxa em 7,50%, a maioria do colegiado (5) votaram pela redução da taxa básica de juros pela 10ª vez consecutiva e estabelecer a nova Selic em 7,25% ao ano, sem viés, portanto,

em conformidade com nossa expectativa já antecipada na reunião anterior. Na última semana, as expectativas majoritárias dos analistas estavam em 7,5%, no entanto, a divulgação de indicadores como a produção industrial fraca e o IPCA dentro das estimativas, fizeram com que as apostas pela estabilidade da Selic convergissem para a queda de 0,25 p.p. como esperado pela Austin.

Apesar da deterioração das expectativas de inflação, como tem revelado o relatório FOCUS nas últimas semanas, foi determinante para a decisão do COPOM o frágil quadro do nível de atividade econômica (produção, vendas e emprego), principal

mente no setor industrial que pouco reage mesmo sob uma taxa de câmbio menos valorizada e recentes medidas de estímulo fiscal.

Também contribuiu para nova redução da Selic o entendimento do colegiado de que a recente escalada da taxa de inflação dos alimentos é um choque de oferta, portanto, transitório e não estrutural, devendo reverter tal condição ao longo dos próximos meses. O front externo ainda em condição debilitada, com destaque para as economias desenvolvidas, têm produzido pressões desinflacionarias. Nesse contexto, o COPOM segue firme com sua estratégia de execução da política monetária focada no alinhamento à política econômica com foco ao estímulo à atividade econômica doméstica.

Entretanto, o statement divulgado e replicado na íntegra abaixo indica o encerramento do atual ciclo de queda da Selic para, dessa forma, a autoridade monetária analisar quais os reais efeitos produzidos sobre a dinâmica macroeconômica doméstica. Portanto, o comitê avalia que esse patamar de taxa básica de juros é consistente com um cenário inflacionário benigno, contribuindo para assegurar a manutenção da inflação numa “zona de conforto” entre o centro da meta (4,5%) e seu limite superior (6,5%) ao longo do horizonte relevante e para a recuperação da atividade econômica.

Ao término da reunião, o colegiado divulgou sua tradicional nota (statement) que justifica, em parte, sua decisão: “O Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 7,25% a.a., sem viés, por 5 votos a favor e 3 votos pela manutenção da taxa Selic em 7,50% a.a.

Considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear”.


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IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas) aponta crescimento de 5,6% nas vendas de julho

As novas medidas adotadas pelo governo, como a prorrogação da redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os setores de linha branca e móveis e a de PIS/COFINS para massas alimentícias, o corte da taxa básica de juros em 0,5%, realizado pelo Copom (Comitê de Política Monetária), e, no plano externo, o plano de estímulo de € 130 bilhões elaborado pela União Europeia animaram os varejistas brasileiros a tentar melhorar o panorama de desaceleração econômica.

Este é o cenário apontado pelo IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo). O setor está respaldado, principalmente, pela expansão de renda e, ainda que em menor tom, pela expansão do crédito.

De acordo com o estudo, a alta nas vendas em junho foi de 5,7%, em comparação com o mesmo período do ano passado e, assim como ocorreu em maio, o crescimento das vendas tem se baseado na expansão da rede de lojas, pois o crescimento no conceito mesmas lojas foi negativo, de 2,19%.

Para julho e os próximos dois meses, os associados estimam crescimento de 5,6%, 10,2% e 9,8%, respectivamente, em comparação com os mesmos períodos do ano passado. O crescimento segue sustentado sobre a expansão da rede de lojas, pois o aumento de vendas nas mesmas lojas estaria negativo em julho, com 2,27%, e com tímidos 1,92% e 1,58% em agosto e setembro, respectivamente.

Após apontar desaceleração em julho, com crescimento de 3,5%, o varejo de bens não-duráveis continua a se destacar, com forte retomada a partir de agosto e setembro, com altas de 14,9% e 16%, respectivamente. Já o setor de bens semiduráveis (como vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos), que tem apresentado desempenho mais comedido em relação aos não-duráveis, tende a apresentar uma ligeira melhora a partir de julho. Em particular, as tradicionais liquidações das coleções de outono/inverno devem ser a tônica do período, com expansão entre 7,1% e 8,6% de julho a setembro.

No varejo de bens-duráveis (como móveis, eletrodomésticos, material de construção, etc.), fortemente influenciado pela expansão de crédito, a perspectiva para julho é de alta de 8,4%, enquanto para os meses subsequentes, as taxas de crescimento devem fechar em 9,8%.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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