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açoOs resultados da indústria brasileira do aço no 1º semestre do ano reforçam o que já vem sendo alertado pelo Instituto Aço Brasil: não haverá retomada do mercado interno em 2017. O consumo aparente de aço no 1º semestre deste ano apresentou crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando que as vendas internas tiveram nesse mesmo período uma queda de 2%, a alta verificada no consumo aparente foi suprida pelo aumento das importações, que foi de 64,1%. De janeiro a junho desse ano, a produção apresentou um crescimento de 12,4%, canalizado basicamente para as exportações, que subiram 9,2%.

O significativo crescimento das exportações deve-se à entrada em operação, no 2º semestre de 2016, da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), focada nas exportações, e ao enorme esforço das demais usinas brasileiras que, por operarem, atualmente, com 40% de ociosidade, aumentaram suas exportações para evitar novos fechamentos de equipamentos e demissões de colaboradores. Apesar desse esforço e do aumento do faturamento, os resultados das exportações não remuneraram minimamente as empresas, devido à não competitividade provocada pelos resíduos tributários, custos financeiros e aumento dos custos de matérias primas para produção de aço.

O Instituto Aço Brasil prevê que a produção brasileira de aço bruto encerre o ano com um crescimento de 3,8% em relação a 2016, totalizando 32,5 milhões de toneladas. Já as vendas internas de produtos siderúrgicos devem ter queda de 1,3%, chegando a 16,3 milhões de toneladas, patamar similar ao de 2005. O consumo aparente de aço no País deve ser de 18,4 milhões de toneladas, o que representa acréscimo de 1,1% em comparação com o ano passado. Caso as previsões sejam confirmadas, serão mantidos os resultados de uma década atrás.

O fraco desempenho do mercado interno leva à conclusão de que o aumento das exportações é a única saída no curto prazo para evitar o agravamento da situação da indústria de aço no país. No entanto, para alavancar o nível das exportações é preciso equalizar minimamente a competitividade das empresas brasileiras com seus concorrentes de outros países. Para tal, o governo precisa restituir os tributos não recuperáveis embutidos nos produtos destinados à exportação através do mecanismo do REINTEGRA, elevando a alíquota dos atuais 2% para 5%.

Outra questão importante é a atuação do setor em conjunto com o governo brasileiro visando evitar restrições ao aço brasileiro diante da ofensiva dos Estados Unidos em impor tarifas à entrada do aço naquele país sob alegação de segurança nacional, com base na Seção 232 do Código de Comércio Americano.

Cabe destacar ainda que o aumento das exportações é a solução não só para a indústria brasileira do aço, mas também para a indústria de transformação de forma geral. As exportações podem contribuir de forma decisiva para a retomada rápida e sustentada do crescimento econômico do País.

Os dados consolidados do primeiro semestre de 2017 do setor do aço no Brasil estão publicados emwww.acobrasil.org.br/site2015/estatisticas.asp.

 

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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