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Em sua palestra de abertura da 29ª FEIRA INTERNACIONAL DA MECÂNICA, o economista Antonio Corrêa de Lacerda elogiou a política governamental de redução de juros como importante iniciativa para diminuir o custo Brasil e para consolidar o momento especial da economia brasileira, hoje o sexto PIB mundial. A valorização do dólar frente ao real significa outro alento para a indústria nacional. “A desvalorização da moeda norte-americana nos dá uma falsa sensação de riqueza, o problema é a sustentabilidade dessa situação. Felizmente, o dólar vem se valorizando frente ao real, o que deve melhorar o desempenho das nossas exportações,” disse.

A política de redução de juros comentada por Lacerda já pode ser sentida nos bancos presentes na feira – Bradesco, BNDES, Agência de Fomento/Nossa Caixa Desenvolvimento. Segundo o BNDES, as taxas de financiamento para máquinas e equipamentos, que antes variavam entre 7,40% para médias e grandes e 5,50% para micros e médias, agora estão equiparadas. Empresas de todos os portes poderão financiar suas compras durante a feira com taxas de 5,50% até o dia 31 de agosto.

Corrêa de Lacerda falou ainda sobre a necessidade de transformar o potencial de consumo brasileiro em valor de crescimento. “Grandes empresas agora buscam mercados em crescimentos, como Brasil, China e Índia. Nosso diferencial é que não dependemos de apenas uma indústria ou produto e temos diversos parceiros comerciais. Não precisamos escolher um setor, mas integrar todos os que possuímos. Sem falar que a sustentabilidade brasileira se traduz em uma matriz energética de 45% de fontes renováveis, quando a média dos países desenvolvidos é de 13% e a dos em desenvolvimento de 6%”, complementou.

 

SOLENIDADE DE ABERTURA REFORÇA POTENCIAL DO SETOR

Após a palestra inicial, Paulo Octavio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, deu início à solenidade de abertura da 29ª FEIRA INTERNACIONAL DA MECÂNICA,  sublinhando os 52 anos da feira, que mantém a tradição de quebrar recordes. “Estamos entre duas efemérides: a edição passada comemorou os 50 anos de feira e a próxima, em 2014, será a 30ª Mecânica”.

 

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (ABIMAQ), Luiz Aubert Neto, salientou a necessidade de tributos mais favoráveis à produção nacional. “Perenidade é inovação, mas é preciso condições para que possamos inovar. Temos que defender as empresas que estão na feira, e tomar medidas emergenciais para defender o Brasil”, afirmou.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação esteve representado pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Álvaro Toubes Prata, que confirmou a importância do setor para o Ministério “Somos hoje o 13º país no mundo em conhecimento científico, mas sabemos que ainda estamos muito distantes do desenvolvimento tecnológico e da inovação. Por isso, o MCTI quer estar próximo do setor industrial”.

Participaram da solenidade também Milton Pessôa Rezende, do Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral do Estado de São Paulo (Sinafer), Ennio Crispino, da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei), e Liliane Bortoluci, diretora da Mecânica.

 

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Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), considera como acertada a decisão do Comitê de Política Monetária de manter a taxa de juros Selic inalterada, pelo menos para este momento. Andrade diz que as medidas de restrição ao crédito anunciadas pelo Banco Central na semana passada já refletem a preocupação do BC com o excesso de liquidez na economia e seus impactos sobre a trajetória da inflação, tornando desnecessário elevar a Selic.

O presidente porém atentou para o patamar dos juros no país, um dos mais elevados do mundo. “A combinação de juros altos e câmbio apreciado precisa ser revista”, defendeu Andrade.

“Não é aceitável um novo ciclo de elevação dos juros – já pré-anunciado com as medidas de contenção monetária da semana passada – sem ajustes no lado fiscal. É imprescindível dar maior peso à política fiscal, com a imposição de limites aos gastos correntes”, concluiu o presidente da Unidade.

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A Assosciação da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq, realizou, em 27 de maio último, o seminário intitulado “O Desenvolvimento Brasileiro: O Modelo Atual e as suas Aleternativas”, no qual reafirmou seu comprometimento com um projeto de país. Leia abaixo o conteúdo extraído do evento:

Projetar um país. Esta foi a principal conclusão de um auditório totalmente lotado para a realização do seminário. José Velloso, diretor de mercado interno e vice-presidente da Abimaq, abriu os trabalhos falando da satisfação de realizar um seminário com tema tão polêmico e convocou a todos para reflexão e atitudes no sentido de garantir que o crescimento do mercado brasileiro seja sustentado por produtos fabricados no País.

Ao passar a palavra para Fernando Bueno, diretor de competitividade que apresentou o trabalho elaborado pela Abimaq – O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO: O MODELO ATUAL E AS SUAS ALTERNATIVAS, Velloso afirmou:”não há dúvida que o Brasil vai crescer, a questão central aqui hoje é se ele vai crescer com conteúdo nacional”.

O Ministro Interino de Assuntos Estratégicos, Luiz Alfredo Salomão, que falou logo após a apresentação dos trabalhos por Fernando Bueno, disse que com estrutura adequada o Brasil poderá crescer a taxas de 6 ou 7% ano ano, mas questionou a elevação dos juros iniciada pelo Banco Central. “Se a sociedade quer crescer, nós temos que conter as taxas de juro a níveis compatíveis com o resto do mundo, em especial países que nem o nosso”.

Fernando Bueno, também insistiu nessa temática na sua apresentação, colocando que o relativo sucesso do modelo econômico atual vem de pelo menos 20 anos, uma vez que mais que um modelo de desenvolvimento é um modelo de estabilização econômica baseado essencialmente em abertura comercial e financeira, câmbio flutuante; controle da inflação e superavit primário.

“Nesse aspecto – explicou Bueno – ele já cumpriu o seu papel, com as contas macroeconômicas razoavelmente ajustadas, modesto crescimento do PIB, relativa distribuição de renda e maior inclusão social, redução da vulnerabilidade externa e uma inflação dentro da meta”.

A ideia inicial da implantação desse modelo econômico, ainda de acordo com o estudo, era que o desenvolvimento seria consequência do plano de estabilização econômica, uma vez não ocorrendo, o governo lançou mão especialmente nos últimos anos, de políticas de desenvolvimento, como a PDP – Política de Desenvolvimento Produtivo; PAC – Programa de Aceleração do Crescimento; PRÉ-SAL – investimentos da Petrobras em O&G e PSI – Programa de Sustentação do Investimento – BNDES .

Mesmo assim, o estudo aponta que as taxas de investimento ainda estão longe do desejável e a tendência de diminuição da participação da indústria no PIB não se alterou substancialmente. “A situação atual – explicou Bueno – remunera mais o ócio que o trabalho, o que podemos concluir que o modelo atual está esgotado”

ALTERNATIVAS

Dentro da característica da Abimaq de não só apontar os problemas, mas também as alternativas, o estudo aponta uma Estratégia Nacional de Desenvolvimento que implica na redefinição dos objetivos das políticas macroeonômica, industrial, de Comércio Exterior e educacional que devem ser focadas na obtenção das metas previstas e que tem por objetivo alcançar a sexta posição no ranking mundial de fabricantes de bens de capital em 2022.

Antonio Carlos de Lacerda, professor doutor do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que elogiou o trabalho apresentado por Fernando Bueno disse que o Brasil só será bem sucedido se a indústria de transformação tiver futuro, alertando que teremos um risco fortíssiomo em 2011 se não forem revistas as políticas atuais de câmbio e juro alto. “Está na hora de pararmos para pensar qual é o tipo de País que queremos e partirmos para um projeto de muitas alianças que garantirão o embasamento necessário para as mudanças que o País precisa”, afirmou.

MUDANÇAS

José Ricardo Roriz Coelho, Diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp e presidente da ABIPLAST,

Ao falar também do tipo de País que queremos mencionou a carga tributária brasileira como a maior amarra ao investimento e o custo do capital como segundo forte impecilho ao investimento, elecando na sequência o câmbio e a falta de políticas claras em relação à educação. “Isso sem falar ainda na corrupção, excesso de burocracia e falta de infra-estrutura”, afirmou Roriz.

De acordo com as informações fornecidas por Roriz, 76% das empresas brasileiras apresentam como o principal problema brasileiro a carga tributária. “Se levarmos em conta o tamanho da cadeia produtiva – argumentou Roriz – veremos que os custos dos impostos incidem sobre toda a indústria, acarretando dificuldade em todos os setores”.

“IMPOSTO É SALÁRIO INDIRETO”

O Ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, também presente ao evento, ao concordar com os palestrantes que o antecederam provocou a platéia e os seus colegas se referindo ao imposto no Brasil como uma forma de salário indireto.

E coloca no fortalecimento do mercado interno uma das saídas para o desenvolvimento do País. “Sempre digo e repito – explicou Bresser Pereira – o investimento só depende de oportunidades lucrativas para o empresário, que é um ser fascinante, corre riscos, mas a oportunidade do investimento depende da demanda economicamente ativa, que só pode existir com o crescimento dos salários internos”.

Bresser Pereira, a partir dessa tese elogiou o modelo econômico atual e a política do governo com relação ao salário mínimo, a bolsa família e o crédito consignado, dando como exemplo de acerto do modelo o SUS, que na sua opinião é eficiente e a bolsa família, que também na sua opinião  é extremamente adequada.

Paulo Rabello de Castro, economista da RC Consultores, por sua vez,brincou com o Ministro Bresser Pereira dizendo que ele devia estar usando muito o SUS ultimamente e se colocando radicalmente contrário à atual política tributária do governo e ironizando que  o Seminário promovido pela ABIMAQ tinha encontrado finalmente o culpado pela atual situação econômica vivida no Brasil, que eram os economistas.

Depois das brincadeiras iniciais, Rabello de Castro elogiou muito o trabalho apresentado pela ABIMAQ, dizendo se tratar do bom senso puro, abandonando o palavrório e sendo extremamente prático.

E que se o governo levasse as alternativas apresentadas ao pé-da-letra talvez pudéssemos viver um ciclo de desenvolvimento econômico muito próximo do sonho daqueles que querem ver o Brasil crescer. “O Brasil precisa mesmo de um choque de gestão e o trabalho apresentado pela Abimaq nos demonstra de forma prática como poderemos fazer isso”, concluiu

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De modo a facilitar o dia a dia dos empresários e da sociedade na hora de fechar negócios, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, por meio de seu Departamento de Economia, Depecon, elabora, toda semana, um estudo comparativo das taxas de juros aplicadas pelos grandes bancos de varejo no Brasil.

O Custo de Crédito do Brasil toma como base os dados do Banco Central sobre financiamento de capital de giro.

Quer negociar as melhores condições para suas operações de crédito?

CLIQUE AQUI (estudo do dia 18/02/2010)

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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