Brasil negocia venda de urânio enriquecido
Economia,Investimento | Por em 8 de fevereiro de 2011
Os primeiros compradores seriam China, Coréia do Sul e França
O governo brasileiro já negocia venda de combustível para usinas nucleares da China, da Coreia do Sul e da França. As negociações têm por base a perspectiva de aumento do número de usinas nucleares no mundo e o alto preço alcançado pelo combustível no mercado internacional. Ainda não há uma decisão oficial sobre a produção de urânio enriquecido para a exportação.
O Brasil é dono de uma das maiores reservas de urânio do mundo, porém, com tecnologia de produção do combustível ainda em pequena escala. O país apresentou a proposta de venda de elementos combustíveis para as 30 novas usinas em construção na China e para os clientes da multinacional francesa Areva, maior produtora de urânio enriquecido do mundo e parceira na construção de Angra 3.
Os contatos coincidiram com a conclusão de estudo sobre a viabilidade do enriquecimento de urânio no Brasil, feito pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo, ainda inédito, recomenda incisivamente a produção de excedentes de urânio enriquecido para a exportação e estima que o país faturaria US$ 1,5 bilhão por ano nesse mercado.