Visite o site da P&S Visite o site do Radar Industrial Visite o site da Banas Ir para página inicial RSS

0

A Economia do Brasil cresceu 0,9% em 2012, em relação a 2011, de acordo com dados divulgados nesta manhã pelo IBGE. “Esse número reflete o processo de perda de competitividade da economia brasileira ao longo dos últimos dois anos e deixa claro o fraco desempenho do Brasil em relação à economia mundial, que deve apresentar crescimento de 3,2%. A América Latina deve ter crescido 3,0% e a média dos países em desenvolvimento deverá ficar em torno de 5,1%, em 2012”, informa o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf.

Para Skaf, o Brasil já vinha dando sinais ao longo do ano de que não conseguiria crescer de forma mais vigorosa: “Com a indústria de transformação caindo 2,5%, em 2012, depois de ficar estagnada em 2011, não há PIB no Brasil que consiga crescer”, diz.

“Estudo que acaba de ser concluído pela Fiesp mostra que o produto brasileiro tem um custo 34% maior ao consumidor que o mesmo produto importado. Esse custo adicional vem unicamente das dificuldades estruturais do país: o chamado Custo-Brasil. Com esse peso nas costas e real valorizado, fica muito difícil competir com os importados. Com menor perspectiva de venda, acontece um processo de redução do investimento por aqui.”

“É preciso reduzir essa desvantagem que temos na partida e encontrar soluções que aumentem a competitividade da economia brasileira, em várias áreas, a exemplo do que o governo fez em energia elétrica. Temos de buscar agora a ampliação da competitividade brasileira por meio da redução de custos nos portos do nosso país, além do combate constante à alta carga tributária, burocracia elevada, juros ainda entre os mais altos do mundo, câmbio instável, infraestrutura deficiente e o preço do gás.”

Para 2013, a Fiesp calcula que a Indústria de Transformação vai crescer 2,4% e o PIB avance 3,0%.

TAGS: , , ,

Deixe seu comentário

0

Na contramão da Argentina, tradicional parceiro comercial do Brasil, que reduziu em 18,8% suas compras de produtos eletroeletrônicos, em 2012, os Estados Unidos ampliaram suas aquisições em 32%, na comparação com 2011, segundo dados da Abinee. No ano passado as vendas para os Estados Unidos somaram US$ 1,59 bilhão, enquanto para a Argentina, ficaram em US$ 1,61 bilhão.

De acordo com estudos da entidade, a participação norte-americana no total das exportações da indústria eletroeletrônica passou de 14,7% para 20,6%, enquanto a participação argentina recuou dos 24,3% para 20,9%. “A prosseguir esta tendência, os Estados Unidos voltarão a ocupar a liderança das nossas exportações, o que não acontecia desde 2006”, afirma Humberto Barbato, presidente da Abinee.

TAGS: ,

Deixe seu comentário

0

Para o ano de 2013, segundo a Austing Rating, a estimativa é que haja recuperação da produção industrial com expansão de 3,5% em decorrência da maior concentração dos efeitos positivos da política monetária e fiscal expansionistas, além da relativa estabilidade no ambiente financeiro no exterior que impacta positivamente na percepção dos consumidores e investidores, bem como as necessidades de acelerar o ritmo de investimentos nas áreas de infraestrutura logística e mobilidade urbana para atender aos grandes eventos esportivos que ocorrerão em 2014 e 2016.

O péssimo desempenho do setor industrial em 2012 pode ser explicado ao menos por três fatores: i) persistência dos efeitos deletérios produzidos pela crise internacional deflagrada em 2008; ii) baixo nível de investimentos na expansão, renovação e inovação do parque fabril; e iii) aumento da concorrência externa em virtude tanto da valorização do Real frente ao Dólar, como pela redução de oportunidades de negócios nos países desenvolvidos, além do baixo nível em P&D.

A retomada da atividade industrial esperada no segundo semestre de 2012 se concretizou de maneira não linear e muito mais lenta que as expectativas. No entanto, como antecipamos, o segundo semestre foi melhor que o primeiro em 2012. Enquanto o primeiro semestre do ano houve resultado negativo mais intenso, apresentando queda de 3,8%, o segundo apresentou queda mais moderada de 1,6% (comparações contra igual período do ano anterior).

CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO

A confiança do empresário industrial revela que após dois anos de resultados pífios, a indústria de transformação aguarda por tempos melhores em 2013, motivada pela expectativa da recuperação econômica no âmbito doméstico e internacional. Tal melhora nas expectativas projeta bom cenário para os investimentos ao longo deste ano, pois o otimismo tem sido refletido em dois principais setores industriais: bens de capital e materiais de construção.

Fonte:Austin Rating

TAGS: , , ,

Deixe seu comentário

0

O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China pretende acelerar a consolidação de setores industriais, incluindo o aço, tecnologia da informação e construção naval.

O ministério disse que pretende aumentar os níveis de concentração da indústria para uma série de grandes produtores, incluindo os do cimento, automotivo, transporte, alumínio, terras raras, medicina e agricultura.

No setor de aço, o ministério planeja que as 10 principais siderúrgicas representem cerca de 60% da produção total de aço até 2015 e formem empresas globalmente competitivas.

O setor de tecnologia da informação deve ter entre 5 e 8 empresas com vendas acima de 100 bilhões de yuans, cada uma, até 2015, disse.

Em alumínio, os 10 maiores produtores devem responder por 90% da produção da indústria em 2015, declarou o ministério. Já em transporte, os 10 principais estaleiros devem responder por 70% ou mais da produção total de navios em 2015.

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) ,na prévia da Sondagem da Indústria de janeiro, apontou um aumento de 0,2% em relação ao resultado de dezembro, com 106,6 pontos, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Conforme índice,mesmo com a relativa estabilidade, este é o maior patamar para o ICI desde junho de 2011 (107,1 pontos).A prévia de janeiro mostra melhora na avaliação sobre o presente.Porém,o Índice de Expectativas (IE) registrou piora, com queda de 0,6%, para 105,6 pontos.

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

Após 10 cortes consecutivos, os membros do COPOM votaram ontem (28/nov), com unanimidade, pela estabilidade da taxa básica de juros em 7,25% ao ano, sem viés, portanto, em conformidade com nossa expectativa, já antecipada na reunião ocorrida em 10 de outubro.

Perspectivas para 2013

A expectativa da Austin Rating é que a taxa Selic permaneça estável ao menos até meados de 2013, em virtude da necessidade da autoridade monetária avaliar os efeitos produzidos pela flexibilização da taxa de juros sobre a dinâmica macroeconômica, em particular o nível de atividade e a taxa de inflação, bem como os estímulos fiscais e monetários (crédito) empreendidos pelo governo federal, além do possível pass-through nos IGPs produzido pela recente desvalorização cambial, mesmo que haja baixa taxa de ocorrência.

Conforme nosso cenário, a elevação da taxa Selic a partir de julho de 2013, se concretizada, se apoiará na dinâmica macroeconômica doméstica e internacional mais consistente em relação ao momento atual com reflexos sobre o nível de preço, em particular das commodities agrícolas e minerais. Há ainda o chamado “efeito calendário”, que é o foco da política monetária para o ano seguinte (2014) a partir da virada do semestre em virtude do efeito defasado (ao redor de 6 meses) sobre a economia.

Fonte: Austin Rating

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

A competitividade do Brasil em 2011 apresentou nível baixo e ocupou a 37ª colocação em um ranking com 43 países, que representam 90% do PIB mundial, informou nesta segunda-feira (26/11) o Departamento de Competitividade (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ao divulgar um levantamento anual de performances econômicas de países.

O Índice de Competitividade da Fiesp (IC-Fiesp) reuniu mais de 50 mil informações sobre oito fatores determinantes para a competitividade de um país: economia doméstica, abertura, governo, capital, infraestrutura, tecnologia, produtividade e capital humano.

A pesquisa do Decomtec identificou quatro grupos com níveis de competitividade diferentes entre os 43 países em 2011.  No primeiro grupo, com competitividade elevada, se encontram países como os Estados Unidos, em primeiro lugar no ranking com 91,8 pontos, Hong Kong, segunda colocada com 75,3 pontos, Coreia do Sul, na quinta colocação com 74,2 pontos, e Irlanda, no oitavo lugar com 70 pontos.

Países com competitividade satisfatória, como a Suécia, em 12º lugar com 67,4 pontos, Alemanha, em 13º lugar com 66,4 pontos, e Finlândia, em 14º lugar com 62,6 pontos, ocupam o segundo grupo, enquanto a Espanha, Rússia e Itália compõem um terceiro grupo de países que apresentam competitividade média, ocupando as 23ª, 24ª e 25ª colocações, respectivamente. A China, com 52,9 pontos, ficou com a 22ª colocação.

O Brasil figura no grupo de competitividade baixa, com 22,5 pontos. Ocupando a 37ª colocação, ainda está abaixo de países como México, que aparece no ranking em 34º lugar, com 28,3 pontos, e a Tailândia, em 35º lugar com 26,3 pontos.

Futuro em jogo

O estudo mostra também que a participação da indústria brasileira no Produto Interno Bruto (PIB) caiu pela metade em menos de 30 anos e pode diminuir ainda mais, chegando a 9,3% do PIB em 2029, se a competitividade da indústria doméstica continuar baixa, avaliou nesta segunda-feira (26/11) o diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Ricardo Roriz.

“Se não for feito nada, a participação no PIB vai chegar a isso”, acrescentou Roriz ao divulgar o ranking elaborado pelo Departamento de Competitividade (Decomtec) da entidade.

Segundo ele, medidas do governo, como a redução dos juros para níveis históricos e a aplicação de incentivos fiscais, a exemplo da diminuição do IPI para diversos setores, são ações “corajosas” e importantes para retomar a competitividade da indústria brasileira.

O diretor-titular do Decomtec/Fiesp considera, no entanto, que o câmbio e a alta carga tributária para a indústria são fatores que ainda travam a competitividade.

“A direção [das medidas] está certa. Agora, eu acredito que o câmbio está numa posição ainda muito elevada”, afirmou Roriz. “O governo tem de atrair investimento, e a melhor maneira de atrair investimento é melhorar juros e carga tributária”, concluiu.

O Índice de Competitividade Fiesp 2012 calcula que, para alcançar um crescimento econômico consistente, o investimento precisa chegar a 25% do PIB em 2025.

Em 2011, o investimento do Brasil era de 19,28% do PIB, ante taxas de 45,63% na China, 32% na Indonésia, 29,52% na Índia e 27,44% na Coreia do Sul, apurou o ranking mundial da Fiesp. No mesmo ano, os Estados Unidos investiram 15,59% do seu PIB, enquanto a Alemanha investiu 18,16%.

Em 11 anos, Brasil avança

Entre 2000 e 2011, o índice de competitividade do Brasil passou de 17,4 pontos para 22,5 pontos, um ganho de 5,1 pontos, apontou o IC-Fiesp.

Por outro lado, conforme o estudo, a Coreia do Sul apresentou um crescimento de nove posições no mesmo período, enquanto a China mostrou um aumento de competitividade de oito colocações, seguida pela Irlanda, com ganho de sete posições entre 2000 e 2011.

O Índice de Competitividade Fiesp (IC-Fiesp 2012) apurou que o aumento da produtividade da indústria, do gasto com pesquisa e desenvolvimento, do registro de patentes e do investimento em educação foram vetores do crescimento nesses países que lideraram o desempenho competitivo entre 2000 e 2011.

De acordo com o ranking, a Suécia, a Finlândia e o Japão foram os países que mais perderam competitividade entre 2000 e 2011, com um decréscimo de nove, oito e sete posições, respectivamente.

Importação é gargalo

“Se um novo modelo econômico de crescimento não privilegiar a competitividade da indústria, o setor manufatureiro não será capaz de aproveitar o aumento da renda no Brasil”, avaliou.

“Quando aumenta a renda, o brasileiro quer comprar um carro, uma casa, um celular, uma roupa de melhor qualidade. Se nós não tivermos condição de produzir isso de maneira competitiva, quem vai capturar esse crescimento da nossa renda serão os produtos importados. Então, esse é um grande nó que temos de desatar.”

De acordo com apurações do Índice de Competitividade da Fiesp (IC-Fiesp 2012), o Brasil subiu uma posição em 2011 para a 37ª colocação em um ranking com 43 países, os quais representam mais de 90% do PIB mundial.

“Em um balanço geral da nossa situação competitiva, nós melhoramos, mas não de uma maneira tão acelerada como a de outros países que concorrem com a gente”, ponderou Roriz sobre países como a China e a Coreia do Sul.

Crise Internacional

Apesar de reconhecer que o cenário internacional não ajuda o Brasil a escoar suas exportações, Roriz acredita que o maior problema é a grande disparidade entre as modestas exportações brasileiras de produto com valor agregado e a robusta importação de produtos manufaturados.

“O problema que aconteceu é que nós aumentamos muito as importações e diminuímos as exportações. Além disso, dentro da nossa matriz de exportações há produtos de baixo valor agregado, e isso pesa desfavoravelmente para o Brasil”, afirmou.

“Alguns países que melhoraram o ranking, embora estejam exportando menos em volume, estão exportando em produtos de maior valor agregado. A China passou a ser o maior exportador de produtos de alta tecnologia. Há dez anos, você nunca imaginaria isso”, analisou o diretor do Decomtec/Fiesp.

Fonte:Fiesp

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

Levantamento realizado pela Abinee aponta que, no mês de setembro, o setor eletroeletrônico registrou

crescimento de 0,54% em relação ao mês anterior, com a criação de 980 novas vagas, o que elevou para 183.630 o número total de empregados nas indústrias. De janeiro a setembro, o setor contratou 3.320 trabalhadores, ou seja, 1,84% a mais do que dezembro/2011 (180.310).

Apesar do crescimento, o nível de contratações nos primeiros nove meses deste ano apresentou retração de 48% em relação ao mesmo período do ano passado, quando haviam sido efetuadas 6.360 admissões. Na comparação com janeiro-setembro/2010, quando foram abertas 13.800 vagas, a desaceleração é ainda maior: retração de 76%.

TAGS: , , ,

Deixe seu comentário

0

O Banco Central do Brasil (BACEN) divulgou hoje (23/out) o resultado do Setor Externo para o mês de setembro, que registrou superávit de US$ 84 milhões no balanço de pagamentos e US$ 22,9 bilhões no acumulado do ano. Com o resultado de setembro, o saldo global do balanço completa 44 meses consecutivos de superávit, reforçando o bom nível de solvência do País em moeda estrangeira.

A balança de transações correntes computou déficit de US$ 2,60 bilhões no mês de setembro e US$ 34,1 bilhões no acumulado do ano, patamar inferior ao registrado no mesmo período de 2011, US$ -36,7 bilhões. Contrabalanceando com as transações correntes, a conta capital financeira computou superávit de US$ 2,63 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos mais uma vez se destacaram, chegando a US$ 4,393 bilhões no mês. Os investimentos estrangeiros em carteira também geraram ingresso líquido de recursos no país, de US$ 983 milhões. Outras formas de investimento estrangeiro responderam por entradas líquidas de US$ 926 milhões.

O déficit no balanço de pagamentos voltou a apresentar alta em setembro, com ampliação de 1,8% em relação ao mês anterior e 16,2% em comparação com o mesmo período de 2011, após apresentar duas quedas seguidas. Cabe ressaltar que, o déficit em transações correntes de setembro de 2012 (acumulado em 12 meses) é o maior de toda a série histórica para o período.

Porém, diferentemente do que ocorreu na metade da década de 2000 (2001-2005), quando a taxa de câmbio (R$/US$) se desvalorizava quando havia déficit em transações correntes, atualmente o “colchão de liquidez” que o Brasil conseguiu acumular nos últimos anos, em parte pela melhor opção de investimento dado o “deserto” de oportunidades nas economias desenvolvidas, faz com que a taxa de câmbio permaneça relativamente estável gravitando ao redor de R$ 2,0/US$.

Contudo, Analisando numa perspectiva de longo prazo, tendo em vista o agravamento da crise no setor externo, o déficit em transações correntes não traz preocupação para sustentabilidade das contas externas brasileiras, motivado por alguns fatores:

  • Fuga de capitais é conjuntural, ou seja, não decorre da aversão ao risco do país, mas, o repatriamento de capitais tem sido reflexo do agravamento da crise na Zona do Euro que tem demandado aporte de capital pelas matrizes das empresas instaladas no país. Nos últimos doze meses encerrados em setembro a conta de Rendas computou déficit de US$ 35,8 bilhões, cerca de 21% inferior ao registrado no mesmo período anterior.
  • Demanda doméstica aquecida e juros reais líquidos superiores aos vigentes nos mercados desenvolvidos, têm contribuído com o crescimento do ingresso de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no país e evitando que o resultado global do balanço encerre no campo negativo.
  • As reservas internacionais, totalizadas em US$378,7 bilhões, geram segurança ao país. Ademais, a dívida líquida externa do Brasil é negativa, ou seja, o país é credor externo líquido, fator este que diminui o risco externo do país.

Com base nesses fatores, a Austin Rating projeta para 2012, déficit de US$ 45,7 bilhões na Balança de transações correntes e ingresso de US$ 65 bilhões em Investimento Estrangeiro Direto (IED). Já para o ano que vem, as Transações correntes deverão registrar déficit de US$ 58,6 bilhões e o ingresso de IED deverá aumentar cerca de 15%, totalizando de US$ 75 bilhões.

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

Mesmo com a dissidência de três membros que votaram pela estabilidade da taxa em 7,50%, a maioria do colegiado (5) votaram pela redução da taxa básica de juros pela 10ª vez consecutiva e estabelecer a nova Selic em 7,25% ao ano, sem viés, portanto,

em conformidade com nossa expectativa já antecipada na reunião anterior. Na última semana, as expectativas majoritárias dos analistas estavam em 7,5%, no entanto, a divulgação de indicadores como a produção industrial fraca e o IPCA dentro das estimativas, fizeram com que as apostas pela estabilidade da Selic convergissem para a queda de 0,25 p.p. como esperado pela Austin.

Apesar da deterioração das expectativas de inflação, como tem revelado o relatório FOCUS nas últimas semanas, foi determinante para a decisão do COPOM o frágil quadro do nível de atividade econômica (produção, vendas e emprego), principal

mente no setor industrial que pouco reage mesmo sob uma taxa de câmbio menos valorizada e recentes medidas de estímulo fiscal.

Também contribuiu para nova redução da Selic o entendimento do colegiado de que a recente escalada da taxa de inflação dos alimentos é um choque de oferta, portanto, transitório e não estrutural, devendo reverter tal condição ao longo dos próximos meses. O front externo ainda em condição debilitada, com destaque para as economias desenvolvidas, têm produzido pressões desinflacionarias. Nesse contexto, o COPOM segue firme com sua estratégia de execução da política monetária focada no alinhamento à política econômica com foco ao estímulo à atividade econômica doméstica.

Entretanto, o statement divulgado e replicado na íntegra abaixo indica o encerramento do atual ciclo de queda da Selic para, dessa forma, a autoridade monetária analisar quais os reais efeitos produzidos sobre a dinâmica macroeconômica doméstica. Portanto, o comitê avalia que esse patamar de taxa básica de juros é consistente com um cenário inflacionário benigno, contribuindo para assegurar a manutenção da inflação numa “zona de conforto” entre o centro da meta (4,5%) e seu limite superior (6,5%) ao longo do horizonte relevante e para a recuperação da atividade econômica.

Ao término da reunião, o colegiado divulgou sua tradicional nota (statement) que justifica, em parte, sua decisão: “O Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 7,25% a.a., sem viés, por 5 votos a favor e 3 votos pela manutenção da taxa Selic em 7,50% a.a.

Considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear”.


TAGS: , , ,

Deixe seu comentário

BUSCA

CATEGORIAS

SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

ARQUIVO

IBGE importação Perspectivas Oportunidade CNI PIB máquina Revista P&S Pesquisa Evento Feira Internacional da Mecânica inovação Meio Ambiente Industrial Artigo FIESP Investimento meio ambiente sustentabilidade #blogindustrial #revistaps Lançamento máquinas e equipamentos mercado Economia Feimafe tecnologia Feira indústria Site P&S Radar Industrial