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Credito foto: Food Connection

Por Vinicius Soares, Vice-Presidente e General Manager LATAM, da Sealed Air

A dinâmica da sociedade brasileira está em constante mutação, e no cerne dessa transformação reside a reconfiguração das famílias. Essa evolução demográfica e social reverbera diretamente nos hábitos de consumo, moldando as expectativas dos clientes ao buscarem alimentos nas gôndolas e, consequentemente, nas práticas da indústria. Hoje, mais do que nunca, os consumidores anseiam por uma percepção tangível do valor em suas escolhas, traduzida em embalagens que ofereçam transparência, conveniência e alinhamento com seus valores. É nesse contexto que as embalagens flexíveis emergem não apenas como uma tendência estética, mas como uma força motriz capaz de redefinir a indústria alimentícia, impulsionando um futuro em que inovação, eficiência e responsabilidade ambiental convergem para atender às novas demandas dos lares brasileiros.

Esta transformação, já observada no mercado regional, está incentivando a adoção desse tipo de embalagem por grandes marcas que buscam otimizar seus processos, reduzir riscos de contaminação e diminuir consideravelmente o desperdício.  Além disso, a otimização logística inerente às embalagens flexíveis, com a sua menor demanda por espaço de armazenamento e transporte, é outro benefício essencial que se traduz em ganhos de eficiência e competitividade para toda a cadeia.

Preferências do consumidor brasileiro

O consumidor brasileiro valoriza poder ver o alimento antes da compra. Este é um fato comprovado por pesquisas realizadas pela Mintel em 2019 e pela ABRE (Associação Brasileira de Embalagem) em 2021, que apontam que a maioria dos clientes apreciam embalagens transparentes que permitem ver o produto envasado, pois sua avaliação em relação à qualidade e frescor é baseada na aparência do item.

De igual modo, culturalmente há uma certa desconfiança em relação a produtos totalmente ocultos – as pessoas gostam de poder observar os detalhes, cor e até sentir a textura, quando possível, do que estão adquirindo, principalmente carnes, pescados e queijos. Neste cenário, em que análise sensorial é crucial, as embalagens flexíveis conseguem entregar uma excelente experiência.

Embalagens a vácuo com visibilidade para carnes, filmes com rótulo “janela” que mostram o interior do pacote e embalagens com tecnologia Skin, por exemplo, tendem a atrair mais a atenção do comprador. Assim, a embalagem flexível atua como vitrine do produto, garantindo destaque ponto de venda e, com isso, o giro tende a ser mais rápido, minimizando desperdícios. Algo especialmente apreciado nos segmentos premium, nos quais a aparência agrega valor e a perda gera grandes impactos.

Inovação Alinhada à Sustentabilidade

Além de serem uma gama de soluções perfeitamente alinhadas às novas demandas do consumidor e hábitos culturalmente estabelecidos, as embalagens flexíveis também se mostram como uma opção mais sustentável. Por utilizarem menos material e serem mais leves, menos recursos na produção e geram menor emissão de carbono no transporte.

Estudos de análise de ciclo de vida desse tipo de embalagem, realizados pela Flexible Packaging Association em 2019, confirmam essa diferença: por exemplo, um stand-up pouch flexível para alimento pode ter uma pegada muito menor quando comparado a um recipiente rígido equivalente. Em um caso comparativo, o pote rígido de PET apresentou emissões de gases de efeito estufa 726% maiores, e consumiu 504% mais combustível fóssil do que a embalagem flexível, devido ao maior peso e processo produtivo mais intensivo.

Os ganhos sustentáveis também se refletem na redução de desperdícios através do consumo total do produto envasado, o que tem sido essencial para as embalagens flexíveis ganharem espaço em segmentos antes dominados por embalagens rígidas. Um exemplo é a migração para refis flexíveis acoplados a dispensers para ketchup, maionese e molhos que ocorre em grandes redes de fast-food. Uma solução que garante aproveitamento de 98% do produto.

Já na cadeia de proteínas os ganhos também são notáveis, como o caso do Laticínio Nacon, que ao adotar a embalagem Skin com base cartonada aumentou em 60% o volume de vendas de sua tábua de queijos e alcançou vida útil de 150 dias. Essa inovação, que também atende às demandas por conveniência, praticidade e transparência, demonstra como soluções sustentáveis podem ser economicamente viáveis e impulsionar o crescimento.

Além dos benefícios claros em comparação a soluções de envase rígido, no que tange à sustentabilidade, já existem estruturas mono-material para embalagens flexíveis que não comprometem a barreira de proteção do alimento, ou sua qualidade, e podem ser recicladas mais facilmente. Outra vertente de inovação, esta em desenvolvimento, contemplamateriais compostáveis, que se decompõem em condições adequadas sem gerar microplásticos.

Embora a reciclabilidade de embalagens flexíveis ainda enfrente desafios no Brasil, o seu futuro é promissor. O setor industrial, juntamente com associações como a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), investe em estudos para impulsionar a economia circular. Paralelamente, a evolução de tecnologias de delaminação, desmetalização e remoção de tinta de filmes plásticos abre caminho para a reciclagem em larga escala de embalagens flexíveis multimaterial.

Logística e cadeia produtiva

Os ganhos das embalagens flexíveis também se traduzem nas operações, conferindo maior agilidade ao processo produtivo. O envase contínuo, com bobinas alimentando máquinas (form-fill-seal), contrasta com a lentidão do envase em embalagens rígidas, que requer o posicionamento individual de cada item. Essa eficiência operacional resulta na redução do consumo energético da planta e da otimização de mão de obra na linha de embalagem. Adicionalmente, para o varejo e food service, a entrega de produtos fracionados e selados na origem elimina etapas de manuseio e reembalagem no ponto de venda, aumentando a segurança e a conveniência para o consumidor final.

Além disso, o potencial para redução de custos logísticos é também evidente. Embalagens flexíveis ocupam menos espaço e adicionam peso mínimo ao produto, tornando o transporte, armazenagem e estoque mais eficientes. Formatos flexíveis podem ser acomodados de forma mais compacta em caixas e paletes, aproveitando melhor cada centímetro do veículo de carga e estoque.

Em suma, a ascensão das embalagens flexíveis no cenário da indústria alimentícia brasileira representa uma resposta multifacetada às dinâmicas em constante evolução da sociedade e às expectativas dos consumidores. Ao aliarem a transparência e a conveniência demandadas pelos hábitos modernos com inovações que impulsionam a sustentabilidade em toda a cadeia de valor – desde a redução do uso de recursos e emissões até o potencial para uma economia circular –, as embalagens flexíveis se consolidam como uma solução estratégica para o presente e o futuro. Os ganhos em eficiência logística e a otimização da produção reforçam ainda mais o seu valor intrínseco para a indústria, pavimentando o caminho para um setor mais competitivo e alinhado com as demandas de um cliente final que busca, cada vez mais, valor e experiência em suas escolhas.

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Credito foto: Portal Information Management

Com a tecnologia, o mercado exige novos sistemas de relacionamento, agora, impactados pelo uso de inteligência artificial e análise de dados. Segundo o estudo “Conexão do Futuro – Tendências de Socialização em 2030”, realizado pela Sensorama Design, é fundamental que as empresas C-levels entendam as novas dinâmicas de criação de laços e se preparem para mundos mais conectados, colaborativos, imersivos e interativos. O estudo ‘Top 5 priorities for HR leaders in 2025’, do Gartner, também revelou que, para o futuro, é essencial preparar líderes que sejam adaptáveis, ágeis e conectados ao mundo digital. 

Pensando nisso, profissionais trazem insights para melhorar as relações sociais nos próximos anos, principalmente no contexto do impacto de novas tecnologias e IA. Confira abaixo: 

1. Foco em um futuro colaborador, agregativo, influente e plural:

“O que nos trouxe até aqui como sociedade e mercado não nos levará adiante. Para avançar, precisamos de novas abordagens e lideranças inclusivas. O futuro é colaborador, agregativo, influente e plural – essa é a nova economia que deve estar no radar das empresas para os próximos anos”, afirma Laís Macedo, fundadora e Presidente do Future Is Now, grupo de networking voltado para líderes que protagonizam a nova economia com foco em pautas sociais, sustentáveis e diversas. Nesse meio, a profissional ainda reforça que a construção da nova economia não se limita apenas a avanços tecnológicos, mas envolve também líderes que pensam e agem de forma diferente e consciente. Estes estão comprometidos com novas formas de liderar, relacionar, engajar, produzir, consumir, impactar e realizar, na sua vida e nos seus negócios.

2. Conexões humanas em meio à transformação digital no trabalho:

“A inteligência artificial já transforma a forma como nos relacionamos no trabalho e exige lideranças mais empáticas, emocionalmente inteligentes e centradas nas pessoas”, afirma Cleide Cavalcante, Gerente de Comunicação da Progic, referência em tecnologia para comunicação interna no Brasil. Para ela, a adoção de novas ferramentas precisa vir acompanhada de cuidados com o bem-estar emocional e, com a chegada da Geração Alpha, será essencial que empresas ofereçam ambientes seguros, colaborativos e que valorizem o pensamento crítico. “A tecnologia deve ser aliada das relações humanas, não um substituto. Investir em saúde mental e inteligência emocional fortalece vínculos, aumenta a produtividade e impulsiona a inovação. Nesse cenário, o papel das lideranças é ainda mais estratégico: elas devem inspirar confiança, garantir escuta ativa e promover uma cultura de apoio constante”, completa.

3. Integração da tecnologia para construir relacionamentos:

“No contexto de relacionamento com o cliente e vendas, a personalização proporcionada pela inteligência artificial já demonstra o poder de criar interações mais significativas e eficientes”, compartilha Michelle Oliveira, COO e cofundadora da Digital Manager Guru, plataforma completa de checkout e gestão de vendas online, que diferente das tradicionais, cobra comissões sobre cada venda. “Durante o Google Cloud Next desse ano, tive a oportunidade de ver exemplos de chatbots de IA baseados em avatares e tom de voz humanizados para lidar com diferentes perfis de clientes. No futuro, tecnologias sociais focadas em necessidades individuais e rapport serão cruciais para laços autênticos. A chave é integrar a tecnologia como ferramenta de apoio, e não substituição, para um tecido social mais rico e engajador”, complementa a executiva.

4. Networking além das telas: como usar a tecnologia para criar conexões reais:

Para Carolina Fernandes, CEO do hub phygital de marketing e comunicação Cubo Comunicação, a inteligência artificial tem desempenhado um papel importante na facilitação do networking — sugerindo conexões, otimizando agendas e encurtando distâncias. Ainda assim, ela destaca que é fundamental saber aplicar esses recursos de forma estratégica no dia a dia, aproveitando as oportunidades de interação que vão além do ambiente digital e explorando todo o potencial dos eventos presenciais. Segundo a executiva, é nos side events, nos cafés fora da programação oficial e nos encontros informais que surgem as conexões mais significativas. “Sempre que participo de grandes eventos, procuro manter a agenda institucional o mais enxuta possível justamente para ter espaço para essas interações”, explica. “Uma estratégia que costumo adotar é montar uma grade intencional: alguns dias antes, mapeio quem estará presente — participantes, congressistas ou palestrantes — e envio mensagens diretas pelo app do evento ou pelo LinkedIn sugerindo um café entre os painéis. Quando o foco é um palestrante específico, assisto à apresentação e faço a abordagem ao final.” Para Carolina, a tecnologia, quando usada com propósito, pode ser uma grande aliada na construção de relações genuínas no mundo offline.

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* Por Augusto Santos

Nos últimos anos, o Brasil tem demonstrado de forma clara que investir em tecnologia é o caminho para transformar não apenas a experiência dos passageiros, mas também a segurança nacional e a competitividade do setor aeroportuário nacional. Grandes aeroportos de entrada no país, como o Internacional de São Paulo (GRU) e o Internacional do Rio de Janeiro (GIG), são exemplos concretos onde a inovação certamente irá gerar resultados expressivos para o Brasil. Assim que todos os avanços tecnológicos forem implementados, ambos serão pontos-chave para posicionarmos o país com mais protagonismo no cenário aéreo global.

A modernização dos aeroportos brasileiros é hoje uma prioridade estratégica e de segurança nacional. Iniciativas como a adoção de sistemas automatizados, biometria e ferramentas de análise avançada vêm revolucionando a forma como passageiros circulam, bagagens são processadas e riscos são gerenciados. Trata-se de uma transformação silenciosa, mas de impacto profundo: menos filas, mais segurança, maior agilidade e uma jornada muito mais fluida para quem embarca ou desembarca no país.

Os números falam por si. Em 2024, o Aeroporto Internacional de São Paulo superou seu recorde histórico, com 43,6 milhões de passageiros, número superior ao registrado em 2019, antes da pandemia. Somente no mês de dezembro, impulsionado pelas festas de fim de ano, passaram pelo terminal 3,9 milhões de viajantes — um aumento de 8% em relação à média dos meses anteriores. Já o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, no início de 2025, registrou o maior volume de chegadas internacionais desde sua inauguração: 1,1 milhão de passageiros internacionais entre janeiro e fevereiro, dentro de um total de 2,9 milhões — um crescimento de 19% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse crescimento, no entanto, não seria possível sem um investimento contínuo em inteligência e infraestrutura digital. As novas tecnologias permitem acelerar etapas fundamentais da viagem, ao mesmo tempo em que fortalecem os protocolos de segurança. Isso libera os profissionais de operações para focarem em tarefas mais estratégicas e torna todo o sistema mais resiliente e escalável.

Durante o evento “CNN Talks: Caminhos para o Crescimento”, realizado em março deste ano, ficou evidente que a agenda da inovação tecnológica está no centro das discussões do Governo sobre o futuro da mobilidade no Brasil. E não apenas em aeroportos, mas também com o objetivo de integrar outros modais, englobando todo o processo de viagem dos passageiros. A secretária-executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, reforçou a necessidade de manter o ritmo dos investimentos, inclusive destacando projetos estruturantes em outras áreas do transporte, como o túnel Santos-Guarujá e a concessão do canal de acesso de Paranaguá. Além disso, o Governo brasileiro apoia de maneira oficial o uso da biometria nos aeroportos. Isso porque, além de ser hoje um grande highlight do desenvolvimento tecnológico, a biometria permite também aumentar a segurança em toda a jornada do passageiro.

O que se percebe é que a tecnologia deixou de ser uma promessa para se tornar um diferencial competitivo real — e o Brasil tem se mostrado pronto para liderar esse movimento na América Latina. Em um setor onde o crescimento da demanda por viagens aéreas é uma tendência irreversível, principalmente após a retomada pós-pandemia, garantir eficiência operacional e segurança é tão importante quanto garantir uma boa experiência ao passageiro. E todos os objetivos estão diretamente ligados à inovação.

A transformação digital dos aeroportos não apenas responde aos desafios atuais, mas antecipa as necessidades do futuro como uma potencial política pública. A construção de uma malha aérea moderna, segura e conectada passa pela integração de tecnologias inteligentes, incluindo a biometria, em toda a jornada do passageiro — da chegada ao terminal ao momento do pouso em seu destino final. E o Brasil está trilhando esse caminho com consistência, visão e resultados concretos.

* Augusto Santos é Vice-Presidente para América Latina e Caribe da SITA, empresa líder mundial em comunicações de transporte aéreo e tecnologia da informação.

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Associação vê a aplicação da inteligência artificial na indústria com otimismo e destaca a capacidade de adaptação e inovação no país

Imagem de Freepik

Assim como todos os segmentos da economia, a indústria de alimentos brasileira passa por uma transformação significativa com a crescente integração da Inteligência Artificial (IA) em diversas etapas de sua cadeia produtiva. Desde a otimização da produção agrícola até a personalização da nutrição, a tecnologia demonstra um potencial enorme para aumentar a eficiência, impulsionar a inovação e garantir a segurança alimentar em um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo.

Claudio Zanão, Presidente Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), avalia que a aplicabilidade de IA na indústria vai muito além do seu uso na automação dos processos. “Estamos falando da capacidade de prever comportamentos de consumo, testar produtos em tempo recorde, criar soluções mais personalizadas e sustentáveis, além de otimizar processos logísticos . Em um cenário global que exige cada vez mais eficiência, sustentabilidade e inovação, a IA surge como uma ferramenta poderosa em toda a cadeia produtiva, desde o campo até a mesa do consumidor”, acredita Zanão.

Para empresas de alimentos à base de grãos, especialmente no Brasil, há redução do desperdício e melhoria na eficiência da cadeia de suprimentos, além de auxiliar na geração de ideias e análise de tendências, identificando sabores, preferências e ingredientes, prevendo interações e aprimorando o valor nutricional. Também desempenha um papel crucial no controle de qualidade e conformidade de segurança e acelera a prototipagem e testes rápidos de novos produtos por meio de simulações e análise de sabor, compreendendo as preferências dos consumidores.

A cientista de alimentos Kantha Shelke, referência internacional em inovação, traz importantes reflexões em artigo publicado no Anuário Abimapi 2025. “Há exemplos positivos, como no Japão, onde a Nestlé usou algoritmos de IA para analisar dados de saúde individuais, hábitos alimentares e preferências por meio do programa Embaixador do Bem-Estar Nestlé. Os consumidores carregavam fotos de suas refeições por meio de um aplicativo e a IA analisava as imagens para fornecer recomendações dietéticas personalizadas”, explica Shelke.

Maurizio Scarpa, Diretor Geral da Barilla no Brasil, afirma que a empresa sempre se preocupou muito com tecnologia e inovação e, em 2017 montou um hub em Londres para análise de dados, e-commerce e inteligência artificial. “Uma das principais funções é a análise de tendência via big data, mídias sociais, comportamento humano, tudo isso para entender as tendências daqui a 10 e 20 anos. Como as pessoas vão se alimentar? Quando entendemos uma tendência atual já estamos atrasados, por isso é tão importante saber. Outra coisa que o hub faz é entender as tendências atuais para o marketing poder trabalhar estrategicamente”, conta. Além disso, um aplicativo desenvolvido pela Barilla para agricultores no Brasil usa fotos para identificar doenças e problemas de nutrição no trigo, utilizando tecnologia que envolve inteligência artificial.

Davi Nogueira, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Selmi, conta que a indústria tem usado a inteligência artificial para a busca mais rápida de informações, como pesquisas de ingredientes de trabalhos científicos em todo o mundo, para encontrar inovações que atendam às necessidades dos consumidores brasileiros. “A gente avalia o que a gente pode melhorar naquele produto para que ele seja mais bem aceito, melhor consumido, estamos falando em conveniência, em personalização para o mercado brasileiro, considerando sazonalidade e regionalidade, devido à natureza continental do Brasil com diferentes hábitos de consumo”, explica.

Para Zanão, da Abimapi, o Brasil tem capacidade de adaptação e inovação. “Em termos de competitividade global, sabemos que os mercados mais desenvolvidos partem de uma base tecnológica mais consolidada. Mas a nossa vocação para a diversificação de portfólio, a eficiência logística e a criatividade no desenvolvimento de produtos são diferenciais que nos mantêm relevantes. O acesso às tecnologias emergentes exige investimentos, incentivos e estratégias de longo prazo, mas a Abimapi segue competitiva para garantir que a indústria brasileira esteja preparada para competir em um cenário cada vez mais digital e globalizado.”

Sobre a Abimapi

Uma das maiores associações alimentícias do país, a Abimapi representa mais de 90 empresas que detêm cerca de 80% do setor e geram mais de 260 mil empregos diretos. Só no Brasil, responde por um terço do consumo de farinha de trigo. Sua missão é fortalecer e consolidar as categorias de biscoito, macarrão, pão e bolo industrializados nos cenários nacional e internacional.

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ABRALIMP enfatizou a importância da higienização na Feira Plástico Brasil 2025

O tema foi discutido durante a Feira Plástico Brasil por representantes da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional

A indústria plástica vem crescendo no Brasil e é parte do cotidiano de consumidores de todo o país. Para evitar riscos à saúde de trabalhadores e clientes é essencial que a higienização das embalagens retornáveis e dos processos industriais envolvidos na confecção das embalagens seja feita da forma correta.

Existem também benefícios socioambientais na destinação correta de embalagens retornáveis. A possibilidade de fomentar economias circulares ao redor do setor de captação, transporte e higienização das embalagens e a redução de danos ambientais causados pelo descarte irregular e uso incorreto de produtos químicos que diminuam a vida útil da embalagem em questão.

A ABRALIMP (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional) esteve presente de forma inédita na principal feira da indústria de plástico da América Latina, a Feira Plástico Brasil, para ressaltar a importância da higienização nesta indústria e expandir o horizonte de operação da associação para novos mercados de consumo.

As executivas Susi Ane Fiorelli e Erica Scchiroli participaram do painel “Higienização de Embalagens Plásticas de Bebidas Retornáveis: Qualidade, Segurança e Sustentabilidade”, destacando a importância do correto processo de higienização dessas embalagens e os benefícios ambientais da reutilização de materiais ainda aptos para uso. “Higienizar de forma correta uma embalagem colabora para a preservação do meio-ambiente. Se submetida a um procedimento correto de higienização, uma garrafa pet retornável pode ser reutilizada entre 20 e 30 vezes. Já as garrafas de vidro podem ser reutilizadas eternamente se higienizadas de maneira correta. Embalagens feitas de metais e madeira também são consideradas neste processo e podem ter sua vida útil prolongada com uma higienização correta”, afirmou Susi Ane Fiorelli. 

Durante o painel “Higienização Industrial: garantindo a segurança na indústria de alto controle de qualidade”, Satoshi Yadoya enfatizou a importância do processo de higienização em todas as pontas da operação produtiva na indústria. E reforçou que processos corretos de higienização colaboram para a qualidade dos produtos. “A limpeza industrial desempenha um papel crucial em todas as etapas do processo produtivo, desde a chegada da matéria-prima até a limpeza das linhas de produção antes e após as operações. Garantir uma higienização eficaz é essencial para evitar contaminantes e produtos químicos indesejados, especialmente nas indústrias alimentícia e farmacêutica. Nesse contexto, a higienização industrial se consolida como um pilar fundamental para assegurar a qualidade dos produtos finais, a segurança dos consumidores e o bem-estar dos trabalhadores, reforçando os padrões de conformidade e excelência exigidos pelo mercado”, disse Satoshi Yadoya. 

“Foi a primeira participação da ABRALIMP na Plástico Brasil, e destacar a relevância da higienização na indústria para o público foi muito importante. O plástico está presente em nosso dia a dia, e garantir padrões adequados de higienização proporciona mais segurança para todos, além de minimizar riscos à saúde de consumidores e trabalhadores. Falar sobre higienização de embalagens e de processos também é falar de sustentabilidade e economia circular, pois a destinação correta destas embalagens ajuda a preservar o meio ambiente, fazendo com que não tenhamos plásticos na natureza ou uso incorreto de produtos químicos. Além disso, conseguimos criar novas oportunidades de emprego quando pensamos na coleta correta das embalagens, transporte e higienização delas”, afirmou Patrícia Oliveira, Diretora Executiva da ABRALIMP.  


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Por Gino Paulucci Jr.*

O Brasil tem uma longa história industrial, mas também uma tradição de desafios que comprometem sua competitividade global. A ausência de uma política industrial sólida ao longo das décadas resultou em um setor produtivo que oscila entre ciclos de crescimento e retração, sem a previsibilidade necessária para investimentos de longo prazo. Agora, com a “Nova Indústria Brasil” (NIB) e outras iniciativas, surge uma oportunidade de fortalecer a base produtiva nacional e criar um ambiente mais favorável para a inovação e a sustentabilidade.

Uma política industrial eficiente precisa atuar em frentes complementares. Primeiramente, é imprescindível garantir um ambiente de negócios estável, com segurança jurídica e regulação adequada. A recente aprovação da Reforma Tributária é um avanço, pois reduz distorções que encarecem a produção industrial e dificultam a competitividade internacional das empresas brasileiras.

Ao eliminar a cumulatividade de impostos e desonerar investimentos e exportações, o setor produtivo ganha mais eficiência e competitividade.

Dentro da agenda de política industrial, temos ainda a depreciação acelerada, que permite que as empresas amortizem seus investimentos em maquinário e tecnologia de forma mais rápida. Essa medida incentiva a renovação do parque industrial brasileiro, estimulando a produtividade e reduzindo o tempo de retorno sobre o capital investido.

Com essa política, é possível modernizar o setor e impulsionar a eficiência operacional, tornando as indústrias brasileiras mais competitivas no mercado global.

O acesso ao financiamento também é um fator crítico para o fortalecimento da indústria nacional. A nova Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD), recentemente aprovada, amplia o funding para investimentos produtivos e reduz parcialmente os custos do crédito para a modernização industrial e em infraestrutura. Da mesma forma, iniciativas como o Fundo Clima e o Plano Mais Produção são importantes, pois, garantem que as empresas possam acessar capital a custos mais baixos para investir em soluções sustentáveis. E programas como o BNDES Mais Inovação e o Brasil Mais Produtivo têm um papel fundamental ao viabilizar algum financiamento para a adoção de tecnologias 4.0.

Mas o Brasil ainda enfrenta dificuldades em oferecer crédito competitivo para suas indústrias, especialmente quando comparado a países desenvolvidos que contam taxas básicas baixas, neste sentido entendemos serem imprescindíveis ações que permitam a redução consistente da taxa básica de juros.

O Brasil precisa urgentemente modernizar e aumentar seu estoque de capital produtivo, precisa melhorar a sua produtividade para evitar os chamados “voos de galinhas” e para competir globalmente. Somente com investimentos robustos o país terá condições atingir a esses objetivos crescendo de forma sustentada.

Precisa também de mão de obra qualificada. Iniciativas que aproximam o setor produtivo de instituições de ensino, como as parcerias com SENAI e institutos federais, são importantes para preparar profissionais para um mercado em constante transformação. Mas é necessário expandir essas políticas para garantir que as empresas tenham acesso a trabalhadores capacitados, impulsionando a inovação e a competitividade.

Por fim, a sustentabilidade deve estar no centro das decisões estratégicas do país. O incentivo ao uso de tecnologias limpas deve ser tratado como prioridade. O mundo precisa urgentemente caminhar para uma economia de baixo carbono, e o Brasil tem todas as condições de liderar essa transição.

A história nos mostra que os países que investiram de forma consistente em sua indústria são os que mais prosperaram. Para alcançar esse futuro promissor, precisamos de continuidade e comprometimento na execução de políticas públicas, com trabalho em conjunto do governo, setor produtivo e sociedade.

O Brasil não pode mais perder tempo com soluções paliativas. A hora de agir é agora.

* Gino Paulucci Jr. – Engenheiro mecânico, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

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Anna Alencar é Customer Success Manager da Wolters Kluwer Health no Brasil.

Por Anna Alencar

O Índice Global de Saúde da Mulher de 2021, que avalia aspectos como prevenção, bem-estar emocional, segurança, necessidades básicas e condições individuais, classificou o Brasil como 104º colocado entre os 142 países analisados na pesquisa. Esse dado revela uma realidade em que, embora o debate sobre a saúde feminina tenha avançado, os desafios na oferta de cuidados adequados ainda são expressivos e persistem como um entrave significativo no Brasil.

Enquanto o setor busca equilibrar essa balança, a tecnologia vem se consolidando como um dos principais meios para acelerar mudanças. Para isto, ferramentas digitais têm sido incorporadas à rotina médica a fim de melhorar diagnósticos, tornar o atendimento mais eficiente e reduzir desigualdades históricas no cuidado com as mulheres. Mas, para que essa transformação ocorra de maneira efetiva, é preciso ir além da adoção de novas tecnologias, elas precisam ser aplicadas com estratégia, direcionadas para solucionar as lacunas reais no atendimento e na prevenção.

Um olhar atento à saúde cardiovascular das mulheres

As doenças cardiovasculares continuam liderando o ranking de causas de morte no Brasil, segundo o estudo Global Burden of Disease de 2020. O problema é ainda mais grave para as mulheres. A pesquisa “Estatística Cardiovascular – Brasil 2021”, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, aponta que as queixas de dores no peito, que podem estar associadas a problemas cardiovasculares e obstrução das artérias coronárias, são mais prevalentes em mulheres do que em homens em todos os estudos analisados. Apesar disso, o risco cardiovascular feminino ainda é frequentemente subestimado, o que pode retardar diagnósticos e comprometer a efetividade dos tratamentos.

Diante desse cenário, profissionais de saúde têm buscado estratégias para qualificar a assistência e ampliar a conscientização sobre a saúde cardíaca das mulheres. Com isto, as ferramentas de suporte à decisão clínica vêm desempenhando um papel significativo nesse avanço, permitindo que médicos acessem rapidamente informações baseadas em evidências e diretrizes clínicas atualizadas, neutralizando vieses que, historicamente, impactam o atendimento às mulheres.

Além disso, à medida que cresce a triagem de determinantes sociais da saúde, soluções digitais têm se mostrado fundamentais para transformar esses dados em intervenções mais eficazes. Com isso, torna-se possível personalizar condutas médicas, otimizar o tempo de atendimento e elevar a segurança das pacientes, promovendo uma abordagem mais equitativa na cardiologia.

Uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), em parceria com a Wolters Kluwer, revelou um crescimento de 14% na adoção de soluções de suporte à decisão clínica nos hospitais associados à entidade em 2023. Esse avanço reforça a tendência de um cuidado mais orientado por dados, reduzindo lacunas no atendimento.

Avanço na qualidade do cuidado

O impacto da tecnologia vai além do suporte direto aos médicos. Ele se estende a todo o ecossistema de saúde, facilitando a tomada de decisões e aprimorando a experiência do paciente. No contexto da saúde feminina, o acesso dos profissionais a ferramentas tecnológicas permite um atendimento mais ágil, preciso e embasado, contribuindo para melhorar desfechos clínicos.

Vale ressaltar, no entanto, que as decisões finais continuam sendo prerrogativa dos profissionais de saúde, cuja atuação, fortalecida por novas tecnologias, se torna ainda mais estratégica. Com um suporte adequado, os médicos podem superar desafios históricos e promover uma assistência equitativa, garantindo que as mulheres recebam o cuidado que realmente necessitam.

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Enrico Milani, CEO da Vapza

A indústria de alimentos passa por uma transformação significativa diante das mudanças no perfil do consumidor. Cada vez mais exigente e bem informado, ele busca produtos que combinem conveniência, saudabilidade e menor impacto ambiental, postura que reflete tendências globais de consumo e exige das empresas inovação constante para se manterem competitivas.

As quatro principais tendências de consumo alimentar para 2025

Diante desse cenário, o relatório Top Global Consumer Trends 2025, da Euromonitor, apontou quatro grandes tendências que devem moldar a indústria de alimentos neste e nos próximos anos.

  • Wiser Wallets (orçamentos mais inteligentes): os consumidores estão avaliando com mais critério o custo-benefício dos produtos, priorizando qualidade e durabilidade em suas escolhas. A pandemia da Covid-19 acelerou a busca por praticidade na alimentação em casa, mas sem abrir mão do alto valor nutricional. Assim, o crescimento da demanda por produtos prontos para consumo vem acompanhado da necessidade de manter uma alimentação equilibrada e saudável;
  • Healthspan Plans (planos para uma vida saudável): em paralelo, a procura por alimentos alinhados a dietas específicas, como vegana, low carb e sem glúten, continua em ascensão. Entre 2015 e 2020, o setor de alimentos saudáveis cresceu 33%, alcançando um faturamento de R$ 100,2 bilhões. Essa tendência seguirá em alta, com consumidores cada vez mais focados em longevidade e bem-estar;
  • Filtered Focus (foco filtrado): aliada a essa ideia de saúde, a transparência na cadeia produtiva também transformou-se em um fator extremamente relevante na escolha do cliente, tornando necessária a implementação de rótulos acessíveis. Isso porque, diante do excesso de informações, os consumidores priorizam marcas que oferecem uma comunicação clara e objetiva, proporcionando uma experiência de compra simplificada;
  • Eco Logical (sustentabilidade com propósito): o impacto ambiental e social dos produtos influencia cada vez mais as decisões de compra. Além de comunicação transparente, os consumidores esperam que as marcas adotem práticas sustentáveis genuínas, desde a origem dos ingredientes até as embalagens e processos produtivos.

Estratégias para as empresas do setor alimentício

Para atender às novas demandas da sociedade, empresas do setor alimentício estão adotando estratégias que garantem competitividade e relevância no mercado. A expansão do e-commerce, por exemplo, está diretamente ligada à tendência Filtered Focus, já que plataformas digitais permitem uma comunicação mais clara, com informações detalhadas sobre ingredientes, rastreabilidade e impacto ambiental. 

Além disso, a personalização da experiência de compra e a recomendação de produtos adequados a diferentes perfis nutricionais atendem à crescente preocupação com a saúde e o custo-benefício (Healthspan Plans e Wiser Wallets). Parcerias estratégicas com marketplaces e serviços de entrega garantem maior capilaridade e acesso a esses produtos saudáveis e sustentáveis, permitindo que um público mais amplo faça escolhas alinhadas ao seu estilo de vida. 

Nesse sentido, a otimização logística também desempenha um papel fundamental, assegurando que produtos frescos e de qualidade cheguem ao consumidor final no menor tempo possível, reduzindo desperdícios e promovendo eficiência – atores fundamentais dentro do conceito Eco Logical

Dentro desse cenário, outro fator essencial é o investimento contínuo em inovação e sustentabilidade. Empresas que desenvolvem processos produtivos otimizados, adotam embalagens ecológicas e garantem certificações de impacto positivo, como o selo B, têm conquistado um público mais fiel e engajado. 

Diante dessas transformações, o grande desafio da indústria de alimentos em 2025 será equilibrar praticidade, saudabilidade e sabor, garantindo ao mesmo tempo uma cadeia produtiva sustentável e uma comunicação eficaz 

E essas mudanças no comportamento do consumidor representam não apenas desafios, mas também oportunidades para inovação, expansão digital e fortalecimento das marcas. Neste cenário, transparência, qualidade e compromisso ambiental serão fatores decisivos para o sucesso.

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Por Alexandre Pierro

Inovar não é mais um diferencial do mercado, mas algo essencial para garantir a sobrevivência e prosperidade no segmento atuado – o que torna os incentivos fiscais para a inovação no país aliados estratégicos para um maior fomento nesse sentido. No setor industrial, o qual representa um grande peso para a economia brasileira, investir nesses recursos será de extrema importância para alavancar seu desempenho, principalmente, no caso da Lei do Bem.

Diante de um mercado cada vez mais automatizado e conectado, já está mais do que comprovado a relevância da inovação para assegurar a continuidade das operações, contribuindo também para seu destaque competitivo frente dos empreendimentos internacionais. E, para impulsioná-la internamente, existe uma extensa gama de tecnologias robustas que vêm sendo fortemente investidas pelos negócios, tais como a inteligência artificial, Big Data, blockchain, BI e Internet das Coisas (IoT).

No caso específico do setor industrial, investir nessas tecnologias e acompanhar demais tendências que despontam no mercado é, certamente, algo importante para que tenham em mãos recursos robustos que permitam a otimização, automação e maior produtividade de suas operações, favorecendo a redução de custos e maior retorno sobre o investimento (ROI). Em conjunto a isso, os mecanismos de fomento à inovação também vêm ganhando maior destaque e conhecimento como ferramentas economicamente valiosas a fim de viabilizar investimentos constantes nesse sentido.

Apenas em 2024, como prova dessa relevância e maior procura, o financiamento para a inovação na indústria atingiu seu recorde histórico de R$ 34 bilhões, total equivalente aos recursos aprovados pelo BNDES, FINEP e Embrapii no contexto da Nova Indústria Brasil (NIB). Quanto maior for este apoio, maior será a aderência a outros mecanismos também benéficos para financiar as atividades deste setor, como pode ser permitido através da Lei do Bem – a qual, que, desde 2005, vem oferecendo incentivos fiscais a empresas que investem em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (PD&I).

Com essa Lei, as empresas conseguem restituir impostos do ano anterior através da comprovação do respectivo investimento, caso atendam alguns requisitos para gerar inovações. Na prática, ao restituir parte dessas quantias direcionadas ao processo, as companhias conseguem maximizar seus investimentos neste projeto e nas ações futuras de inovação no negócio, tendo verbas para buscar estratégias cada vez melhores para seu desempenho e destaque.

Portanto, a adoção de inovações por parte das empresas, além de melhorar sua eficiência e eficácia, também ajuda na gestão financeira, uma vez que passam a ter a oportunidade de restituir valores significativos por causa da inovação, cujo budget adicional pode ser utilizado para gerar mais inovação, fazendo com que, a cada ano, melhorem seus resultados e se tornem cada vez mais competitivas no mercado nacional e internacional.

Àquelas que desejarem recorrer a este incentivo, poderão buscar por agências e entidades de fomento que ofereçam subsídios, bolsas de pesquisa e financiamentos para projetos de pesquisa e desenvolvimento que se enquadrem nos critérios da Lei do Bem. Considerar, também, investidores-anjo, venture capitalists e fundos de private equity é algo vantajoso, uma vez que são fontes importantes de capital para startups e empresas inovadoras – além desses investidores, frequentemente, oferecerem mentoria e rede de contatos.

Muitos estados e municípios também oferecem programas específicos para estimular a inovação, junto a agências de desenvolvimento regional e secretarias de ciência e tecnologia que costumam lançar editais e linhas de crédito específicas para esse sentido. Todos esses caminhos podem contribuir para que as empresas do setor consigam usufruir dos benefícios da Lei do Bem e adquirir uma melhor gestão financeira para reinvestir em ações estratégicas para seu crescimento.

E, para garantir a máxima assertividade nisso, é de extrema importância também considerar a orientação de uma consultoria de inovação, com um time capacitado que se mantenha atualizado às tendências da área e direcione a empresa no melhor caminho para transformar ideias inovadoras em geração de valor. A soma desses cuidados, certamente, transformará a indústria em uma referência inovadora, obtendo incentivos fiscais estratégicos para fomentar, constantemente, suas operações perante um desempenho e produtividade cada vez maiores e melhores.

Alexandre Pierro é mestre em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e especialista de gestão da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.

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Por Luiz Wey, Diretor de Novos Negócios da Sealed Air

A embalagem evoluiu muito ao longo dos anos. No passado, sua função era basicamente proteger os produtos durante o transporte e o armazenamento. Porém, conforme as preferências do consumidor foram se transformando, o papel da embalagem também mudou. Hoje, esse invólucro não apenas protege, mas também reflete a identidade e os valores de uma marca.

E o mercado de embalagem agora está investindo fortemente na personalização e interatividade, garantindo que ela não apenas proteja os produtos, mas também engaje o consumidor e agregue valor ao produto.

A personalização, estratégia desenvolvida pela empresa com base no seu conhecimento sobre o consumidor, é essencial no mercado atual. A embalagem personalizada permite que as marcas se conectem com os consumidores em um nível mais profundo, criando experiências de unboxing convenientes e práticas, ajudando a promover a fidelidade à marca.

Tecnologia impulsiona a personalização

As marcas agora estão usando tecnologia de embalagens inteligentes e até mesmo interativas para se conectar com os clientes de novas maneiras.

Elementos de embalagem interativos, como QR codes inteligentes, estão revolucionando o engajamento do consumidor na indústria de Alimentos e Bebidas.  

Os QR codes inteligentes fornecem acesso instantâneo a conteúdo personalizado, promoções e informações nutricionais diretamente nos smartphones dos consumidores.  

Essas tecnologias inovadoras criam oportunidades dinâmicas para interações personalizadas entre marcas e clientes, levando a experiências de marca aprimoradas, maior fidelidade e insights valiosos para estratégias de marketing direcionadas.

Para as empresas, a análise dos dados capturados pelas interações com os QR codes permite entender melhor o comportamento do consumidor, identificando tendências e preferências que podem ser traduzidas em soluções completas de embalagem ou aprimoramentos nos produtos que vão ampliar o seu market share.

Além disso, a impressão digital possibilita a criação de embalagens em menor escala, permitindo que marcas experimentem diferentes designs e formatos sem comprometer grandes estoques.

Sustentabilidade também está no radar

E, finalmente, a personalização pode ser um poderoso drive da inovação sustentável. À medida que os consumidores se tornam mais conscientes das questões ambientais, a personalização permite que as empresas adotem soluções de embalagem que reduzem o desperdício de recursos e de alimentos, adaptando-se às necessidades de diferentes segmentos de mercado. Isso não só contribui para a redução do impacto ambiental, mas também reforça a imagem da marca como responsável e inovadora.

Investir na personalização das embalagens é um elemento essencial para a inovação no setor de Alimentos e Bebidas, oferecendo às empresas a oportunidade de atenderem com mais agilidade as novas necessidades dos consumidores, ao mesmo tempo em que promovem práticas sustentáveis e fortalecem a conexão emocional com suas marcas.  

Podemos afirmar, sem dúvida, que em um cenário onde a experiência do cliente está em alta, independentemente do setor, investir na personalização da embalagem, que comunica histórias e valores da marca de maneira mais eficaz, assim como atende a novos hábitos de consumo, pode ser o diferencial que impulsiona o sucesso e a relevância no mercado.

Sobre a Sealed Air

A Sealed Air Corporation (NYSE: SEE) é líder global em soluções de embalagens que integram materiais, automação, equipamentos e serviços sustentáveis ​​e de alto desempenho. A empresa fornece soluções para uma ampla gama de mercados incluindo proteínas frescas, alimentos, fluídos e líquidos, medicina e ciências biológicas, indústrias, e-commerce, logística e operações de atendimento omnichannel. A Sealed Air é detentora de soluções reconhecidas mundialmente como a marca de embalagens para alimentos CRYOVAC®, sistemas para líquidos LIQUIBOX®, embalagens de proteção SEALED AIR®, sistemas de embalagem automatizados AUTOBAG® e soluções infláveis BUBBLE WRAP®.  

Por meio do SEE Net Positive Circular Ecosystem, a empresa lidera a indústria de embalagens na criação de um futuro mais ambiental, social e economicamente sustentável. A Sealed Air tem a meta de zerar as emissões de carbono de suas operações globais até 2040. A empresa tem mais de 17 mil funcionários globalmente, atende clientes em 120 países/territórios e em 2023, faturou US$ 5,5 bilhões em vendas globais.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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