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Comemorado pelas organizações de catadores e categoria, nova regulamentação incentivará a reciclagem de mais plásticos

Crédito: IStock

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira (21), o chamado “Decreto do Plástico”, quinze anos após o início da vigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010) ter fornecido parâmetros e alicerces jurídicos aos processos de recuperação de materiais recicláveis e ao setor da reciclagem (catadores e associações).

Fruto do trabalho conjunto do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o novo Decreto do Plástico é como um marco regulatório para o fortalecimento da economia circular no Brasil. A medida representa um avanço histórico na política de resíduos sólidos e visa impulsionar a indústria da reciclagem, fomentar o uso de plástico reciclado na cadeia produtiva e garantir melhores condições para os catadores, além de estimular a descarbonização da indústria nacional. A regulamentação estabelece metas concretas para ampliar a reciclagem e a logística reversa no país — que atualmente recicla apenas 8,3% de seus resíduos, segundo a Abrema (2023).

“Estamos falando de um grande avanço no que diz respeito ao olhar específico da gestão de resíduos por material, um trabalho realizado com maestria por todos os órgãos governamentais e não governamentais envolvidos na elaboração do decreto. Com essa confirmação, estou certo de que veremos avanços expressivos na atenção e compromisso de cada elo da economia circular com a gestão e manuseio do plástico. Todos ganham.” Comenta Disraelli Galvão, Presidente do Conselho do GIRO.

De acordo com projeção da eureciclo, que busca elevar as taxas de reciclagem e gerar valor aos agentes da cadeia desde 2016, se apenas 10% do mercado brasileiro de embalagens plásticas adotasse o uso de plástico reciclado pós consumo (PCR), seria possível evitar o descarte de 100 mil toneladas de plástico por ano, evitando cerca de 213 mil toneladas de emissões de CO₂e anuais, de acordo com pesquisa inédita da Planton em parceria com a eureciclo, que calcula, com dados atuais da cadeia de reciclagem no Brasil, o impacto nas emissões de carbono e mudanças climáticas. A pauta foi prometida no início do mandato do presidente Lula.

“Ter a voz da Associação Nacional dos Catadores (ANCAT) nas diretrizes estipuladas neste novo decreto é um sinal do avanço que toda a cadeia de reciclagem vem criando junto a visibilidade e importância dos catadores autônomos. Estamos felizes de ter essa voz em mais um decreto que busca ampliar as oportunidades dentro do mercado de gestão de resíduos, atribuindo cada vez mais compromissos diretos a todos os envolvidos”, comenta Anderson Nassif, diretor da ANCAT.

O que muda?

O novo decreto regulamenta os critérios para a estruturação, a implementação e a operacionalização de sistema de logística reversa de embalagens de plástico, incluindo o uso de conteúdo reciclado pós-consumo nas embalagens, reforçando a formalização do instrumento legal entre associações de catadores e catadoras de materiais recicláveis, empresas ou entidades gestoras, para prestação remunerada de serviços.

No caso do uso do índice de PCR determinado para as embalagens, fica estabelecida meta de 22% no próximo ano, a partir de janeiro de 2026 para empresas de grande porte e a partir de julho para empresas de pequeno e médio porte. As metas relacionadas a conteúdo reciclado em embalagens plásticas são crescentes, chegando em 2040 com 40%. A meta de recuperação das embalagens via logística reversa determinada pelo Planares está mantida. Todas as embalagens devem cumprir com a meta de conteúdo reciclado: primárias, secundárias e terciárias, bem como alguns produtos equiparáveis, como copos e talheres de uso único, por exemplo. Estão excluídas das metas as embalagens plásticas em contato com alimentos e bebidas que não forem de PET, e as embalagens de plástico de produtos regulamentados por outros decretos, como farmacêuticos, eletroeletrônicos, agrotóxicos e óleos lubrificantes.

Soluções para o plástico

A eureciclo trabalha na estruturação de soluções para diversas cadeias e tipos de plástico. Um exemplo são as embalagens de filmes flexíveis de polietileno, muito aplicadas em embalagens secundárias e terciárias. A eureciclo possui ampla cadeia de fornecedores homologados de embalagens e resina PCR, além de realizar a certificação e rastreabilidade da cadeia de reciclagem.

Neste contexto, é fundamental o papel da entidade gestora, o Instituto Giro, para que realize a operacionalização do processo de logística com toda a cadeia produtiva, a fim de oferecer completa lisura durante os trâmites jurídicos, reportando as metas de logística reversa e os conteúdos reciclados, ampliando a gama de soluções da entidade. “O novo decreto vai ao encontro do interesse dos profissionais da reciclagem, a fim de catalisar o potencial de demanda econômica acumulado por conta dos valores dos insumos de importação.

A eureciclo oferece um modelo escalável e auditado que pode ser replicado em diversos municípios brasileiros e ainda proporcionar aumento na renda aos catadores, além de profissionalização e padronização das operações na categoria”, afirma Jéssica Doumit, diretora-presidente no Instituto Giro.

Impacto positivo para a economia interna e ao meio ambiente

“O Brasil tem fortalecido e ampliado o arcabouço jurídico e as políticas públicas voltadas para a fiscalização sobre a logística reversa e reciclagem e, por outro lado, ampliado o papel de difusor da educação socioambiental com medidas afirmativas que impactam positivamente toda a cadeia, com uma distribuição compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos”, observa Jéssica. A entidade gestora cumpre papel fundamental na cadeia de logística reversa e o Giro tem atuação marcante em todo o território nacional desde o início da sua atuação, sendo o agente central entre catadores e empresas.

“Decretos são promissores, pois uma mudança em relação à responsabilidade social compartilhada é crucial. Há uma crescente necessidade de disponibilizar informações sobre reciclagem para que a população compreenda sua importância no contexto mundial atual. É fundamental aumentar os índices gerais de reciclagem no país e melhorar a renda dos trabalhadores desse setor, além de incorporar aulas de educação socioambiental no currículo escolar”, afirma Telines Basilio (Carioca), fundador e presidente da Coopercaps e Rede Sul.

Estímulo à demanda

O decreto habilita processos para alavancar os índices de reciclagem e de aplicação da logística reversa, que também teria o efeito de reforçar e incrementar a renda e a atividade dos profissionais da reciclagem no país.

Na opinião de João Paulo Sanfins, diretor da empresa especializada em reciclagem de plásticos Resiban, “temos indicativos cada vez mais claros, seja por questões regulatórias ou mesmo de demanda de mercado por produtos sustentáveis, de como as embalagens secundárias vão crescer e abocanhar uma fatia de mercado cada vez maior. Segundo a ABRE (Associação Brasileira de Embalagem), os materiais de polietileno flexíveis (PEBD) representam até 35% do volume total de embalagens no varejo. No contexto nacional, empresas signatárias de acordos setoriais e da PNRS estão buscando aumentar o percentual de reciclado nas embalagens para além das embalagens primárias”, analisa.

Neste contexto de avanços coletivos sobre sustentabilidade, a consciência ambiental dos brasileiros acompanha esta tendência, integrada ao consumo. A preferência por marcas sustentáveis nunca foi tão forte. De acordo com pesquisa do Instituto Ilumeo, 86% dos entrevistados consideram essencial que produtos tenham certificação ambiental, e 85% acreditam que os selos são fundamentais para garantir processos de reciclagem eficazes.

Incentivo a outros Decretos

Com a assinatura do Decreto do Plástico, o Governo Federal inaugura uma nova etapa na regulação ambiental brasileira, criando um precedente importante para assinar o Decreto de outros materiais, dentre eles, destacando-se o do papel. A expectativa é que a regulamentação específica para o setor papeleiro — que está em discussão avançada — siga os mesmos princípios de responsabilidade compartilhada, metas progressivas e valorização da cadeia da reciclagem.

A criação de decretos setoriais por tipo de resíduo é fundamental para garantir maior efetividade à Política Nacional de Resíduos Sólidos, gerando previsibilidade jurídica, impulsionando a indústria da reciclagem e estimulando o consumo sustentável. Além disso, permite que diferentes setores da economia contribuam diretamente com a transição para uma economia circular e de baixo carbono.

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Credito foto: Food Connection

Por Vinicius Soares, Vice-Presidente e General Manager LATAM, da Sealed Air

A dinâmica da sociedade brasileira está em constante mutação, e no cerne dessa transformação reside a reconfiguração das famílias. Essa evolução demográfica e social reverbera diretamente nos hábitos de consumo, moldando as expectativas dos clientes ao buscarem alimentos nas gôndolas e, consequentemente, nas práticas da indústria. Hoje, mais do que nunca, os consumidores anseiam por uma percepção tangível do valor em suas escolhas, traduzida em embalagens que ofereçam transparência, conveniência e alinhamento com seus valores. É nesse contexto que as embalagens flexíveis emergem não apenas como uma tendência estética, mas como uma força motriz capaz de redefinir a indústria alimentícia, impulsionando um futuro em que inovação, eficiência e responsabilidade ambiental convergem para atender às novas demandas dos lares brasileiros.

Esta transformação, já observada no mercado regional, está incentivando a adoção desse tipo de embalagem por grandes marcas que buscam otimizar seus processos, reduzir riscos de contaminação e diminuir consideravelmente o desperdício.  Além disso, a otimização logística inerente às embalagens flexíveis, com a sua menor demanda por espaço de armazenamento e transporte, é outro benefício essencial que se traduz em ganhos de eficiência e competitividade para toda a cadeia.

Preferências do consumidor brasileiro

O consumidor brasileiro valoriza poder ver o alimento antes da compra. Este é um fato comprovado por pesquisas realizadas pela Mintel em 2019 e pela ABRE (Associação Brasileira de Embalagem) em 2021, que apontam que a maioria dos clientes apreciam embalagens transparentes que permitem ver o produto envasado, pois sua avaliação em relação à qualidade e frescor é baseada na aparência do item.

De igual modo, culturalmente há uma certa desconfiança em relação a produtos totalmente ocultos – as pessoas gostam de poder observar os detalhes, cor e até sentir a textura, quando possível, do que estão adquirindo, principalmente carnes, pescados e queijos. Neste cenário, em que análise sensorial é crucial, as embalagens flexíveis conseguem entregar uma excelente experiência.

Embalagens a vácuo com visibilidade para carnes, filmes com rótulo “janela” que mostram o interior do pacote e embalagens com tecnologia Skin, por exemplo, tendem a atrair mais a atenção do comprador. Assim, a embalagem flexível atua como vitrine do produto, garantindo destaque ponto de venda e, com isso, o giro tende a ser mais rápido, minimizando desperdícios. Algo especialmente apreciado nos segmentos premium, nos quais a aparência agrega valor e a perda gera grandes impactos.

Inovação Alinhada à Sustentabilidade

Além de serem uma gama de soluções perfeitamente alinhadas às novas demandas do consumidor e hábitos culturalmente estabelecidos, as embalagens flexíveis também se mostram como uma opção mais sustentável. Por utilizarem menos material e serem mais leves, menos recursos na produção e geram menor emissão de carbono no transporte.

Estudos de análise de ciclo de vida desse tipo de embalagem, realizados pela Flexible Packaging Association em 2019, confirmam essa diferença: por exemplo, um stand-up pouch flexível para alimento pode ter uma pegada muito menor quando comparado a um recipiente rígido equivalente. Em um caso comparativo, o pote rígido de PET apresentou emissões de gases de efeito estufa 726% maiores, e consumiu 504% mais combustível fóssil do que a embalagem flexível, devido ao maior peso e processo produtivo mais intensivo.

Os ganhos sustentáveis também se refletem na redução de desperdícios através do consumo total do produto envasado, o que tem sido essencial para as embalagens flexíveis ganharem espaço em segmentos antes dominados por embalagens rígidas. Um exemplo é a migração para refis flexíveis acoplados a dispensers para ketchup, maionese e molhos que ocorre em grandes redes de fast-food. Uma solução que garante aproveitamento de 98% do produto.

Já na cadeia de proteínas os ganhos também são notáveis, como o caso do Laticínio Nacon, que ao adotar a embalagem Skin com base cartonada aumentou em 60% o volume de vendas de sua tábua de queijos e alcançou vida útil de 150 dias. Essa inovação, que também atende às demandas por conveniência, praticidade e transparência, demonstra como soluções sustentáveis podem ser economicamente viáveis e impulsionar o crescimento.

Além dos benefícios claros em comparação a soluções de envase rígido, no que tange à sustentabilidade, já existem estruturas mono-material para embalagens flexíveis que não comprometem a barreira de proteção do alimento, ou sua qualidade, e podem ser recicladas mais facilmente. Outra vertente de inovação, esta em desenvolvimento, contemplamateriais compostáveis, que se decompõem em condições adequadas sem gerar microplásticos.

Embora a reciclabilidade de embalagens flexíveis ainda enfrente desafios no Brasil, o seu futuro é promissor. O setor industrial, juntamente com associações como a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), investe em estudos para impulsionar a economia circular. Paralelamente, a evolução de tecnologias de delaminação, desmetalização e remoção de tinta de filmes plásticos abre caminho para a reciclagem em larga escala de embalagens flexíveis multimaterial.

Logística e cadeia produtiva

Os ganhos das embalagens flexíveis também se traduzem nas operações, conferindo maior agilidade ao processo produtivo. O envase contínuo, com bobinas alimentando máquinas (form-fill-seal), contrasta com a lentidão do envase em embalagens rígidas, que requer o posicionamento individual de cada item. Essa eficiência operacional resulta na redução do consumo energético da planta e da otimização de mão de obra na linha de embalagem. Adicionalmente, para o varejo e food service, a entrega de produtos fracionados e selados na origem elimina etapas de manuseio e reembalagem no ponto de venda, aumentando a segurança e a conveniência para o consumidor final.

Além disso, o potencial para redução de custos logísticos é também evidente. Embalagens flexíveis ocupam menos espaço e adicionam peso mínimo ao produto, tornando o transporte, armazenagem e estoque mais eficientes. Formatos flexíveis podem ser acomodados de forma mais compacta em caixas e paletes, aproveitando melhor cada centímetro do veículo de carga e estoque.

Em suma, a ascensão das embalagens flexíveis no cenário da indústria alimentícia brasileira representa uma resposta multifacetada às dinâmicas em constante evolução da sociedade e às expectativas dos consumidores. Ao aliarem a transparência e a conveniência demandadas pelos hábitos modernos com inovações que impulsionam a sustentabilidade em toda a cadeia de valor – desde a redução do uso de recursos e emissões até o potencial para uma economia circular –, as embalagens flexíveis se consolidam como uma solução estratégica para o presente e o futuro. Os ganhos em eficiência logística e a otimização da produção reforçam ainda mais o seu valor intrínseco para a indústria, pavimentando o caminho para um setor mais competitivo e alinhado com as demandas de um cliente final que busca, cada vez mais, valor e experiência em suas escolhas.

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Por Luiz Wey, Diretor de Novos Negócios da Sealed Air

A embalagem evoluiu muito ao longo dos anos. No passado, sua função era basicamente proteger os produtos durante o transporte e o armazenamento. Porém, conforme as preferências do consumidor foram se transformando, o papel da embalagem também mudou. Hoje, esse invólucro não apenas protege, mas também reflete a identidade e os valores de uma marca.

E o mercado de embalagem agora está investindo fortemente na personalização e interatividade, garantindo que ela não apenas proteja os produtos, mas também engaje o consumidor e agregue valor ao produto.

A personalização, estratégia desenvolvida pela empresa com base no seu conhecimento sobre o consumidor, é essencial no mercado atual. A embalagem personalizada permite que as marcas se conectem com os consumidores em um nível mais profundo, criando experiências de unboxing convenientes e práticas, ajudando a promover a fidelidade à marca.

Tecnologia impulsiona a personalização

As marcas agora estão usando tecnologia de embalagens inteligentes e até mesmo interativas para se conectar com os clientes de novas maneiras.

Elementos de embalagem interativos, como QR codes inteligentes, estão revolucionando o engajamento do consumidor na indústria de Alimentos e Bebidas.  

Os QR codes inteligentes fornecem acesso instantâneo a conteúdo personalizado, promoções e informações nutricionais diretamente nos smartphones dos consumidores.  

Essas tecnologias inovadoras criam oportunidades dinâmicas para interações personalizadas entre marcas e clientes, levando a experiências de marca aprimoradas, maior fidelidade e insights valiosos para estratégias de marketing direcionadas.

Para as empresas, a análise dos dados capturados pelas interações com os QR codes permite entender melhor o comportamento do consumidor, identificando tendências e preferências que podem ser traduzidas em soluções completas de embalagem ou aprimoramentos nos produtos que vão ampliar o seu market share.

Além disso, a impressão digital possibilita a criação de embalagens em menor escala, permitindo que marcas experimentem diferentes designs e formatos sem comprometer grandes estoques.

Sustentabilidade também está no radar

E, finalmente, a personalização pode ser um poderoso drive da inovação sustentável. À medida que os consumidores se tornam mais conscientes das questões ambientais, a personalização permite que as empresas adotem soluções de embalagem que reduzem o desperdício de recursos e de alimentos, adaptando-se às necessidades de diferentes segmentos de mercado. Isso não só contribui para a redução do impacto ambiental, mas também reforça a imagem da marca como responsável e inovadora.

Investir na personalização das embalagens é um elemento essencial para a inovação no setor de Alimentos e Bebidas, oferecendo às empresas a oportunidade de atenderem com mais agilidade as novas necessidades dos consumidores, ao mesmo tempo em que promovem práticas sustentáveis e fortalecem a conexão emocional com suas marcas.  

Podemos afirmar, sem dúvida, que em um cenário onde a experiência do cliente está em alta, independentemente do setor, investir na personalização da embalagem, que comunica histórias e valores da marca de maneira mais eficaz, assim como atende a novos hábitos de consumo, pode ser o diferencial que impulsiona o sucesso e a relevância no mercado.

Sobre a Sealed Air

A Sealed Air Corporation (NYSE: SEE) é líder global em soluções de embalagens que integram materiais, automação, equipamentos e serviços sustentáveis ​​e de alto desempenho. A empresa fornece soluções para uma ampla gama de mercados incluindo proteínas frescas, alimentos, fluídos e líquidos, medicina e ciências biológicas, indústrias, e-commerce, logística e operações de atendimento omnichannel. A Sealed Air é detentora de soluções reconhecidas mundialmente como a marca de embalagens para alimentos CRYOVAC®, sistemas para líquidos LIQUIBOX®, embalagens de proteção SEALED AIR®, sistemas de embalagem automatizados AUTOBAG® e soluções infláveis BUBBLE WRAP®.  

Por meio do SEE Net Positive Circular Ecosystem, a empresa lidera a indústria de embalagens na criação de um futuro mais ambiental, social e economicamente sustentável. A Sealed Air tem a meta de zerar as emissões de carbono de suas operações globais até 2040. A empresa tem mais de 17 mil funcionários globalmente, atende clientes em 120 países/territórios e em 2023, faturou US$ 5,5 bilhões em vendas globais.

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Por Mariano Iocco, diretor de Marketing para América Latina da Sealed Air

Com uma produção robusta e dinâmica, o Brasil se destaca no cenário global como um dos principais produtores de proteínas. Este reconhecimento não é apenas fruto de números impressionantes, mas também de um compromisso contínuo com a inovação e a qualidade. Somente em carne bovina, entre 2023 e 2024, o país alcançou a marca de 10,7 bilhões de toneladas produzidas, representando 18% da produção mundial. Além de ter se posicionado como o maior produtor de carne de frango no mundo e estar em 4º lugar no ranking de produção de carne suína.

Além dos números relativos à produção, o país também impressiona em consumo: segundo a Abiec – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes – em 2024, os brasileiros consumiram 7,78 toneladas de carne bovina, a proteína de maior valor agregado no país. Do total produzido, 3,02 milhões de toneladas foram destinadas à exportação, reforçando a relevância do Brasil tanto como consumidor quanto como fornecedor global.

Com um mercado tão desenvolvido internamente e sendo um dos maiores produtores do mundo, é natural que os hábitos de consumo no Brasil evoluam constantemente, acompanhando novas demandas e tendências. Esse movimento tem impulsionado a popularização de tecnologias inovadoras, como as embalagens case ready (prontas para as prateleiras). Um exemplo disso são as embalagens que utilizam sistemas de atmosfera de proteção (ATP), que evitam a oxidação e potencializam a maturação natural da carne, garantindo maior qualidade e frescor para o consumidor final.

Essas embalagens vêm ganhando espaço não apenas no segmento de carne bovina, mas também entre produtores de aves, suínos, pescados e até na indústria de laticínios, que buscam agregar valor aos seus produtos, destacando-se nos pontos de venda enquanto mantêm as propriedades de conservação que os sistemas tradicionais, como os sacos a vácuo, já oferecem para porções maiores. O diferencial dessas embalagens está na combinação de praticidade e apelo visual, alinhando-se às expectativas de um consumidor cada vez mais exigente.

Praticidade e conveniência: atendendo a novas configurações familiares

Um fator que ilustra bem as mudanças nas expectativas e necessidades do consumidor e suas demandas para este e os próximos anos é a rápida transformação na configuração familiar no Brasil. Segundo o Censo de 2022, o percentual de domicílios com apenas uma pessoa subiu de 12,2% em 2010 para 18,9% em 2022. Já a proporção de casais sem filhos também aumentou, passando de 16,1% para 20,2% no mesmo período. O que reflete diretamente na busca crescente por praticidade no consumo, com maior demanda por produtos que se adaptem a rotinas mais dinâmicas e necessidades individuais ou de pequenos núcleos familiares.

Nesse contexto, outra embalagem do tipo case ready que vem se consolidando como uma tendência em expansão no mercado nacional são as embalagens termoformadas. Essa tecnologia oferece uma solução eficiente e visualmente atrativa tanto para produtores quanto para consumidores. Para os produtores, especialmente aqueles que trabalham com cortes personalizados, as embalagens termoformadas permitem grande flexibilidade de aplicação, com a possibilidade de utilização de diferentes tipos e espessuras de filmes, com ou sem barreira ao oxigênio e sendo compatíveis com diferentes fundos – flexíveis, rígidos ou semirrígidos – atendendo as particularidades de múltiplos mercados.

Além disso, o apelo visual dessas embalagens é um grande diferencial. Elas podem ser projetadas com áreas transparentes que preservam a visibilidade do produto, enquanto oferecem a possibilidade de impressão de alta qualidade, destacando informações importantes e melhorando a apresentação nas prateleiras. Isso não apenas facilita a escolha do consumidor, mas também agrega valor ao produto no ponto de venda.

Automação: eficiência para agregar valor e minimizar perdas

Outro fator essencial quando falamos do futuro das embalagens é a automatização de processos. Para assegurar que toda a tecnologia embarcada em soluções robustas de embalagem, como as termoformadas, cheguem ao varejo e posteriormente ao consumidor final íntegras, padronizadas e com boa apresentação, garantir um processo eficiente dentro da indústria é fundamental.

Com isso, a automação nas operações de embalagens de alimentos ganha o protagonismo. Sistemas automatizados não apenas aumentam a eficiência e são capazes de reduzir custos relacionados a falhas operacionais, como também garantem uma maior uniformidade e qualidade no produto final. Empresas líderes no setor têm adotado equipamentos que automatizam todo o processo de envase, o que tem resultado em uma redução significativa de reprocesso e incremento na produtividade.

Além disso, quando unimos embalagens eficientes com sistemas de automação avançados, criamos soluções integradas que além colaborar com a manutenção do alto padrão de qualidade que as indústrias de proteínas exigem, também minimizam a incidência de perdas de alimentos – um desafio significativo que afeta cerca de 14% da produção global, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Essa abordagem integrada reforça a competitividade das empresas ao otimizar processos e promover um uso mais eficiente de recursos, pontos cada vez mais valorizados pelo mercado.

Em resumo, o ano de 2025 marca um período de grande inovação e avanço para a indústria de embalagens no Brasil e no mundo. Avanços como os elencados não são apenas uma tendência, mas um passo estratégico para empresas que desejam se posicionar como líderes no setor e responder às exigências do mercado global.

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Por Mario Vollbracht, vice-presidente de produtos ao consumidor e varejo da Siemens Digital Industries Software

Globalizada e altamente competitiva, o setor de produtos embalados ao consumidor (CPG, na sigla em inglês) continua resiliente. No entanto, tendências emergentes devem causar um impacto significativo na demanda e potencialmente gerar novos fluxos de receita. Mudanças nas preferências do consumidor, o aumento da concorrência com a redução das barreiras de entrada no mercado e a população crescente em todo o mundo transformaram os mercados. Enquanto isso, os varejistas criaram suas próprias marcas formidáveis com linhas de produtos de marca própria, o que forçou os fabricantes de marcas a ajustar seus preços, aumentando ainda mais a pressão em suas margens de lucro.

As empresas de CPG estão enfrentando essas preocupações de concorrência enquanto buscam melhorar as margens de lucro, atender às regulamentações e atender às demandas dos consumidores por maiores níveis de sustentabilidade e transparência em todo o ciclo de vida do produto.

Para lidar com essa infinidade de desafios e o cenário em constante mudança do setor de CPG, é necessária uma evolução de processos e tecnologias. É por isso que as organizações com melhores desempenhos desse setor começaram a digitalizar suas operações. A transformação digital é uma maneira importante de promover o crescimento, aumentar a eficiência e garantir resiliência à medida que a concorrência aumenta e os consumidores evoluem.

Mudanças nas demandas do consumidor

Os desejos do consumidor nunca foram consistentes, mas hoje há muitos fatores interessantes que afetam essas demandas, o que aumentou a fragmentação do mercado e causou a proliferação de novas marcas e unidades de manutenção de estoque (SKUs, na sigla em inglês), por isso é importante entender esses fatores.

Primeiro, as empresas de CPG estão mirando o segmento de mercado da Geração Z. Estudos indicam que cerca de 38% da Geração Z está disposta a experimentar novas marcas e comprar produtos mais saudáveis, sustentáveis, transparentes e inovadores de várias empresas, representando um aumento em comparação com outras gerações.

Outros fatores incluem a aceleração das compras online e iniciativas como “coma em casa”, que tiveram um impulso considerável durante a COVID. Esses fatores estão forçando as empresas a reformular seus portfólios de produtos. De acordo com um relatório recente da Grand View Research, o setor de kits de refeições nos Estados Unidos pode apresentar a taxa de crescimento anual composta de 15,3%, atingindo quase US$ 64 bilhões até 2030. As vendas de kits de refeições em plataformas online representam atualmente mais de 63% desse mercado.

Um dos maiores fatores que afetam as demandas do consumidor é que a ONU prevê a população mundial de 8,6 bilhões em 2030 – com a maior parte desse crescimento impulsionada por mercados emergentes e em desenvolvimento. Consequentemente, muitos desses consumidores terão renda limitada, pois estudos do Banco Mundial estimam que 47% da população global vive com menos de US$ 6,85 por pessoa por dia.

Para gerenciar esses fatores, as empresas de CPG terão que acelerar a chegada ao mercado de seus produtos e ser mais responsivas às demandas do consumidor, garantindo ciclos de NPI (introdução de novos produtos) mais curtos e amplos. Para fazer isso, as empresas devem integrar digitalmente todo o ciclo de vida para eliminar os silos de departamentos e permitir o fluxo de informações e dados para todos os grupos envolvidos. Isso requer mais do que a adoção de algumas ferramentas digitais ou a digitalização de certos aspectos do processo, pois a digitalização de todo o processo de desenvolvimento de produtos é essencial para o sucesso.

Fábricas flexíveis para produção flexível

O cenário em constante mudança de inovação, produtos personalizados, comércio eletrônico acelerado e mudanças comerciais também estão colocando muita pressão sobre as fábricas e suas operações de produção. O CPG é uma indústria altamente automatizada, então parece bem posicionada para atender ao cenário em constante mudança. No entanto, a maioria das empresas de CPG implementou seus sistemas de automação entre as décadas de 1980 e 1990. Seu principal objetivo naquela época era produzir grandes lotes de produtos da forma mais eficiente possível. Quarenta anos depois, essas mesmas máquinas e sistemas de automação têm dificuldade para se adaptar às mudanças contínuas nos produtos. Isso ocorre em parte porque eles não estão equipados com tecnologias modernas que auxiliam na conectividade e flexibilidade, como IoT e IA. 

Hoje, as fábricas precisam ser capazes de fabricar um número maior de produtos e variantes de produtos. Quando uma receita de produto recém-atualizada chega à fábrica, as empresas precisam ser capazes de atualizar e/ou reconfigurar todo o processo de produção de forma rápida e fácil – da automação da linha às máquinas. Os fabricantes precisam de sistemas de produção e máquinas que possam garantir velocidade e qualidade, além de flexibilidade para que possam se adaptar rapidamente às mudanças do mercado. Não importa se uma empresa está construindo uma fábrica nova ou modernizando fábricas atuais, é fundamental introduzir flexibilidade no ecossistema de manufatura.

Existem várias maneiras de aumentar a flexibilidade da produção. A tecnologia de gêmeo digital – combinada a soluções de planejamento de manufatura e operações de manufatura – no início do ciclo de vida do produto, permite prever a viabilidade e o desempenho da produção, minimizando os tempos de interrupção da produção e garantindo a qualidade. Um dos últimos avanços na área de automação é o uso de controladores lógicos programáveis (PLC) virtuais. As organizações podem fazer o download de PLCs virtuais na forma de aplicativos de borda e integrá-los diretamente ao ambiente de TI, modernizando fábricas ou linhas de produção mais antigas.

As linhas e os equipamentos de produção também desempenham papéis importantes na melhoria da flexibilidade da produção. Novas máquinas inteligentes geralmente têm designs flexíveis e modulares que facilitam a integração em linhas de produção e podem se adaptar para executar várias tarefas. Essas novas tecnologias são aplicadas a essas máquinas por meio da computação de borda, onde podem executar software no nível da máquina — incluindo aplicativos de IA. As máquinas habilitadas para IoT podem aumentar a conectividade, facilitando a integração, e podem até automatizar algumas tarefas de engenharia.

Como lidar com as complexidades da cadeia de suprimentos

Os riscos da cadeia de suprimentos continuam um problema para os CPGs. Oscilações no preço do petróleo, crises políticas e guerras impactam negativamente as rotas tradicionais de fornecimento, forçando as empresas a analisar estrategicamente seus portfólios de produtos, procurar alternativas e avaliar novas opções de fornecimento. Com frequência, as empresas optam pelo nearshore, isto é, fabricar produtos perto do consumidor para encurtar as cadeias de fornecimento.

Além disso, obstáculos podem surgir relacionados ao clima que podem dificultar a melhoria das margens de lucro. A digitalização da cadeia de suprimentos para construir uma “torre de controle central” pode resolver esses desafios. Soluções flexíveis de planejamento da cadeia de fornecimento fornecem informações em tempo real sobre custos de envio, tarifas e materiais, permitindo decisões mais acertadas.

Porém, as torres de controle digitais resolvem apenas parte do desafio da cadeia de suprimentos. A contaminação, por exemplo, é uma preocupação crescente na indústria de alimentos e bebidas e geralmente é causada por falhas na cadeia de suprimentos. A segurança dos CPGs também está se tornando cada vez mais importante, pois regulamentações rigorosas específicas da região ou do país influenciam as práticas. Mesmo assim, os incidentes de intoxicação alimentar estão aumentando, com uma estimativa de 1 em cada 10 pessoas adoecendo por causa do consumo de alimento contaminado em todo mundo a cada ano. Muitos casos de intoxicação alimentar são causados por problemas na cadeia de suprimentos, com os ingredientes agrícolas e produtos alimentícios finais sendo os mais susceptíveis.

Independentemente da aquisição de materiais localmente ou no exterior por parte das empresas de CPG, sempre existirá o risco de interferências na cadeia de suprimentos. A rastreabilidade dos ingredientes e produtos finais é a única maneira de certificar a segurança e legitimidade dos produtos. No caso de um problema de contaminação, a rastreabilidade permite determinar rapidamente a fonte.

As soluções integradas de gerenciamento do ciclo de vida disponíveis hoje permitem desenvolver um backbone digital robusto, que pode fornecer rastreabilidade completa dos produtos. A tecnologia de blockchain, por exemplo, armazena imutavelmente dados de rastreabilidade e eventos, fornecendo aos grupos envolvidos uma única fonte de informações geradas a partir de dados seguros que não podem ser substituídos ou alterados. Isso cria uma pegada digital para a verificação e validação de informações. Associada à IoT, a tecnologia blockchain pode fornecer insights “da fazenda à mesa”, ajudando a eliminar o erro humano e aumentando a transparência em uma cadeia de suprimentos complexa de múltiplas camadas.

Preparando-se hoje para os problemas de amanhã

Muitas empresas no setor de CPG estão relutantes em aprimorar e digitalizar seus processos por meio de software e automação. O setor teme que a implementação de novas tecnologias possa afetar os tempos de interrupção e aumentar os custos operacionais. Embora pareça segura a ideia de continuar a ”fazer as coisas do jeito que sempre foram feitas”, na realidade não é. O cenário atual exige uma revolução na forma como as empresas desenvolvem, fabricam e fornecem seus produtos.

O setor de CPG precisa implementar soluções digitais novas, flexíveis e escaláveis para atender às suas metas atuais e futuras, enquanto supera obstáculos que devem se tornar ainda mais complexos com o aumento da população, a evolução dos ecossistemas e as novas tendências. Por meio da transformação digital, as organizações podem criar uma única fonte de informações em toda a empresa. Marcas, programas e ciclos de vida de produtos são combinados em somente um banco de dados que pode impulsionar a colaboração em todo o ecossistema de CPGs, mantendo o valor da marca. Ao integrar todo o ciclo de vida digital, as empresas podem melhorar a qualidade, promover a fidelidade à marca e melhorar a velocidade de lançamento de novos produtos no mercado, permitindo que não apenas sobrevivam, mas prosperem no mercado atual.

Para saber mais sobre o impacto da transformação digital no setor de alimentos e bebidas, visite o site.

Mario Vollbracht é o vice-presidente de produtos ao consumidor e varejo da Siemens Digital Industries Software. Ele se juntou à Siemens em 2022 com mais de 25 anos de experiência na indústria, incluindo experiência direta na indústria, consultoria em gestão e uma vasta experiência em gestão de TI. 

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Pela primeira vez no Brasil, um estudo foi realizado com base no Inventário do Ciclo de Vida, considerando dados primários de toda cadeia produtiva no Brasil. Conduzido por especialistas e instituições das áreas de embalagem e de alimentos, o trabalho fez um comparativo entre os materiais mais utilizados para o envase de líquidos (água, refrigerante e óleo comestível). O objetivo é orientar o mercado e os consumidores sobre qual é a melhor opção do ponto de vista ambiental, de acordo com diversos indicadores.

“Avaliaçao do Ciclo de Vida da Embalagens PET para Alimentos Líquidos” comparou 11 unidades diferentes de embalagem, conforme tamanho e tipo de uso. Foram seis embalagens PET, duas de alumínio, duas de vidro e uma de folha de flandres (aço). No resultado final, o PET demonstrou desempenho superior às alternativas avaliadas.   

PROJETO CONTOU COM VALIDAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA EXTERNA

“Avaliação do Ciclo de Vida das Embalagens PET para Alimentos Líquidos” é um projeto para o Brasil, construído a várias mãos, por diferentes elos do mercado, sob a coordenação da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), com a participação ativa da Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR) e da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (ABIOVE), além de importantes contribuições de empresas destes setores.

As equipes do Centro de Tecnologia de Embalagens, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL/CETEA), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, construíram um genuíno Inventário do Ciclo de Vida das Embalagens PET, que possibilitou uma precisa comparação com outras embalagens, estudo este conduzido pela empresa ACV Brasil, especialista nesse tipo de avaliação.

O estudo contemplou todos os elos da cadeia produtiva, distribuição e comercialização dessas embalagens, através da colaboração das principais empresas que atuam no setor de alimentos líquidos no Brasil, além de fabricantes de resinas de PET, produtores de embalagens, envasadores e distribuidores, com foco em água mineral, refrigerantes e óleo comestível.

São elas: ADM, ALPEK, AMBEV, AMCOR, BUNGE, CARGILL, COCA-COLA, CONVENÇÃO RJ, DANONE, ENGEPACK, FEMSA, GLOBAL PET, HEINEKEN, IMCOPA, INDORAMA, LDC, MATE COURO, MINALBA, PEPSI, PETRÓPOLIS, PLASTIPAK, RECOFARMA, SOLAR E VALGROUP.

Além da credibilidade dos dados utilizados, o estudo ACV foi submetido à revisão crítica feita por especialistas de grandes universidades brasileiras, a fim de assegurar que os resultados para as afirmações comparativas estejam de acordo com os requisitos de qualidade da norma ABNT NBR ISSO 14040:2009 e ABNT NBR ISSO 14044:2006.

“O projeto representa um marco dentro do cenário brasileiro, tanto por sua abrangência quanto por seu conteúdo técnico. Além disso, traz luz científica ao debate, dando ao mercado as condições necessárias para que escolhas sejam feitas com base em aspectos técnicos e indicadores cientificamente aceitos. Só assim será possível evoluir nas questões ambientais, sem achismos e informações distorcidas, com olhar meramente comercial e sem qualquer impacto positivo para o meio ambiente”, afirma o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), Auri Marçon.

O QUE É O ESTUDO DE ACV

“Avaliação do Ciclo de Vida de Embalagens PET para Alimentos Líquidos” segue o que há de mais atual quando o assunto é a avaliação de toda a cadeia de valor para a produção de uma embalagem. Também conhecido como estudo “do berço ao túmulo”, faz uma análise do impacto ambiental que vai desde a extração da matéria-prima até seu descarte final, passando pela produção, envase, transporte, comercialização e reciclagem pós-consumo.

Para que a “Avaliação do Ciclo de Vida de Embalagens PET para Alimentos Líquidos” alcançasse a profundidade e o nível técnico desejado, o estudo foi planejado durante vários anos, com a avaliação de 12 categorias de impacto: Mudanças Climáticas, Acidificação, Ocupação do Solo, Material Particulado, Ecotoxicidade, Consumo de Água, Depleção da Camada de Ozônio, Eutrofização, Toxicidade Humana, Formação de Ozônio Fotoquímico, Recursos Minerais e Combustíveis Fósseis.

Dentro desses quesitos, foram comparadas, em diferentes tipos de uso:

·         Embalagens PET de 500 ml e 1.500 ml (água), 250 ml, 600 ml e 2 litros (refrigerante) e 900 ml (óleo comestível)

·         Embalagens de alumínio de 350 ml (água) e 350 ml (refrigerante)

·         Embalagens de vidro de 300 ml (água) e 250 ml (refrigerante)

·         Embalagens de aço de900 ml (óleo comestível)

As embalagens PET alcançaram desempenho superior às demais alternativas, nos quesitos que mais alertam a sociedade em relação ao meio ambiente, conforme abaixo:

·         Mudanças Climáticas: alteração do clima global, aumento de temperaturas e gases do efeito estufa.

·         Acidificação: emissões produzidas que contribuem para a chuva ácida, formação de smog (Smoke and Fog)

·         Ocupação do Solo: áreas ocupadas para exploração de atividades econômicas.

·         Material particulado: partículas finas que causam doenças respiratórias.

·         Ecotoxidade: emissões para o ar, água e solo que ameaçam a saúde de espécies.

·         Consumo de água: quantidade total de recursos hídricos utilizado no processo de produção.

PET É EXEMPLO DE CIRCULARIDADE

De acordo com o último Censo da Reciclagem do PET no Brasil, 56,4% de todas as embalagens PET pós-consumo são recicladas no País. Esse desempenho decorre da evolução do uso do material reciclado entre as empresas usuárias da embalagem e o seu compromisso com a circularidade, reduzindo assim a necessidade de matérias-prima virgens.

Da fase de coleta do material descartado pelos consumidores até a fabricação de uma grande lista de produtos que utilizam a resina reciclada, a reciclagem de embalagens PET já fatura R$ 3,6 bilhões. Aproximadamente 30% desse total fica na base da cadeia, na fase da coleta, entre catadores, cooperativas e sucateiros.

O principal consumo da resina PET reciclada – 29% do total – ocorre justamente entre os fabricantes de preformas e garrafas, produtos que são utilizados principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas, além de produtos de limpeza e cuidados pessoais.

Essa indústria se utiliza do processo conhecido como bottle to bottle, principalmente em decorrência do aumento da produção de embalagens em grau alimentício (food grade), segmento exclusivo do PET reciclado por determinação da ANVISA, que nos últimos anos mostrou uma grande evolução tecnológica, garantindo qualidade e saudabilidade.

O PET também apresenta uma série de benefícios ao longo de toda a cadeia produtiva, da indústria ao consumidor final. Como material de embalagem, atende inúmeras exigências técnicas e de saudabilidade, que protegem alimentos e bebidas com muita eficiência. Isso acontece em razão das características do produto, como leveza, transparência e resistência, tanto mecânica quanto química.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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