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Bruno Cesar Vasconcellos, CEO da MXPLAN

IoT e IA podem reduzir custos de manutenção industrial em 20% e o tempo de inatividade em até 50%

Planejar, executar e monitorar grandes paradas para manutenção em indústrias sempre foi um grande desafio. Antigamente, tudo isso dependia de processos complexos, planilhas e um elevado grau de imprevisibilidade. No entanto, essa realidade está mudando rapidamente, com a tecnologia trazendo maior eficiência à essas operações.

Nesse sentido, a MXPLAN acaba de anunciar uma parceria estratégica com a Trackfy, com o objetivo de transformar a gestão de paradas nas instalações industriais. Com mais de 25 anos de experiência, a MXPLAN é pioneira no desenvolvimento de Sistemas Integrados de Engenharia e Manutenção (SIEM) e na implementação de softwares de planejamento. Por sua vez, a Trackfy é uma startup especializada em monitoramento em tempo real e inteligência de dados, utilizando tecnologia avançada para aumentar a produtividade, reduzir riscos de sinistros e otimizar processos em ambientes industriais e canteiros de obras.

“O mundo mudou e a tecnologia precisa estar integrada ao planejamento para garantir decisões rápidas e precisas”, explica Bruno Cesar Vasconcellos, CEO da MXPLAN.

A necessidade de inovação no setor industrial é urgente. Segundo um estudo da McKinsey & Company, a manutenção e projetos industriais, aprimorados por inteligência artificial e IoT, podem apresentar reduções de até 30% nos custos operacionais e 20% de aumento de produtividade. 

No Brasil, o cenário também reflete essa evolução. O último levantamento do Senai e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que 69% das grandes indústrias investem em digitalização e automação para otimizar seus processos. Ainda assim, muitas operações sofrem com a falta de visibilidade sobre suas equipes, baixa previsibilidade e dificuldades em correlacionar dados para tomadas de decisão estratégicas.

“A gestão de paradas industriais é um dos maiores desafios do setor, exigindo planejamento detalhado, controle rigoroso de equipes e processos, além de uma resposta ágil a imprevistos. É exatamente nesse contexto que a MXPLAN e a Trackfy unem forças para transformar a realidade do setor”, destaca Bruno.

O que essa integração tecnológica muda na prática? 

A parceria entre as empresas garante um novo nível de gestão para operações industriais, proporcionando um Monitoramento contínuo, onde o sistema acompanha em tempo real a execução das atividades e a presença das equipes no campo, reduzindo falhas e melhorando a alocação de recursos; Inteligência de dados aplicada, onde a tecnologia cruza informações operacionais para identificar padrões, prever gargalos e otimizar planejamentos; Segurança aprimorada, em um ambiente industrial, riscos são inevitáveis, mas com monitoramento preciso, é possível reduzir incidentes e garantir mais proteção para os trabalhadores e a Tomada de decisão que é baseada em dados reais, onde não há mais espaço para achismos. As operações ganham previsibilidade e controle total, evitando atrasos e reduzindo custos inesperados.Tudo isso, em total conformidade com as leis trabalhistas e de proteção de dados aplicáveis.

“O segredo está nos dados. Imagine ter, na palma da mão, um dashboard que mostra com exatidão onde estão os times, como estão os processos e onde há atrasos. E, assim, poder corrigir falhas antes que elas causem impacto real na operação”, destaca Bruno Cesar.

De acordo com o CEO da MXPLAN, a tecnologia da Trackfy reforça a cultura de segurança da empresa. “Está totalmente alinhado com a nossa visão e com a nossa meta de manter zero acidentes reportáveis, graças, também, à funcionalidade do botão de pânico”, afirma.

Para Tulio Cerviño, CEO da Trackfy, a preocupação com a segurança e o bem-estar dos trabalhadores é justamente um dos pilares dessa inovação. “A tecnologia deve servir não apenas para melhorar a eficiência, mas também para cuidar das pessoas. A nossa parceria com a MXPLAN garante que todas as equipes estejam seguras, permitindo um ambiente de trabalho mais protegido e humano”.

Tulio Cerviño, CEO da Trackfy

A digitalização faz toda a diferença para operações complexas. Em grandes indústrias, uma única parada pode envolver milhares de trabalhadores, centenas de fornecedores e dezenas de processos simultâneos. Um erro pode representar milhões de reais em perdas.

“Com a nova tecnologia é possível segmentar e monitorar as paradas por área, zona, recurso, empresa e outras variáveis críticas, garantindo um planejamento muito mais assertivo. Isso significa mais eficiência, menos atrasos e maior controle sobre a performance da equipe e da operação como um todo”, conclui Bruno Cesar.

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Credito foto: ecommerceupdate.org

Especialista da AIDA explica como a nova geração de IA Generativa consegue aumentar a qualidade dos atendimentos ao cliente

A inteligência artificial (IA) já tinha capacidade de entender a linguagem dos clientes, avaliar suas demandas e encaminhá-las para os setores mais adequados, tornando o atendimento mais eficiente e ágil. Foi assim que ela se consolidou como um pilar para organizações do varejo. Agora, com a ascensão da IA Generativa, a tecnologia deu um passo além: passou a oferecer interações mais personalizadas, capazes de realmente compreender o comportamento do consumidor. De acordo com a pesquisa BoF-McKinsey State of Fashion, 79% dos clientes esperam que a IA entenda suas necessidades e ofereça recomendações mais precisas.

“Imagine um cenário onde o sistema detecta que boa parte dos clientes está insatisfeita com o tempo de espera nas filas ou com a falta de estoque, por exemplo. Ou que determinado produto ou promoção cause mais irritação no tom de voz do que a média. Com essas informações tão específicas em mãos, a ferramenta pode sugerir uma abordagem mais empática dos vendedores ou outras melhorias que retenham esse consumidor. Como bônus, a loja passa a ter acesso a um valioso banco de dados organizado, extraído de seus próprios atendimentos”, explica Carlos Sena, fundador da AIDA, uma plataforma de Inteligência Artificial Generativa (GenAI) focada em decifrar a Voz do Cliente.

Essa solução não se limita a interpretar as palavras ditas, como fazem os chatbots, mas analisa também os regionalismos, as emoções e o contexto daquela interação. Isso permite identificar padrões de comportamento e pontos críticos de melhoria, oferecendo insights para elevar a satisfação e a fidelização dos clientes.

A partir da análise dessas interações, é possível antecipar certos comportamentos e necessidades dos clientes, viabilizando o desenvolvimento de estratégias de vendas mais personalizadas e experiências mais satisfatórias, para serem usadas como referência. “Não se trata apenas de resolver problemas, mas de aprender com eles”, continua Sena.

Ou seja: além de diminuir o tempo de resposta no atendimento, a IA também contribui para a capacitação das equipes de vendas e suporte. Prova da eficácia desse método no longo prazo é um estudo da McKinsey, em que empresas que utilizam IA para treinamento de colaboradores registraram um aumento na eficiência operacional. Dessa forma, a partir dos dados e insights coletados sobre o público estratégico, a plataforma pode ser utilizada como um auxiliar no treinamento do time de varejo.

“Com um atendimento mais eficiente, as taxas de retenção e satisfação tendem a aumentar, enquanto os custos operacionais são reduzidos. A IA não substitui o vendedor ou o atendente humano, muito pelo contrário; entendemos que ele é extremamente necessário. Mas ela empodera estes profissionais com as ferramentas que faltavam para que possam oferecer as melhores soluções possíveis”, conclui Carlos Sena.

Sobre a AIDA

A AIDA é uma plataforma de Inteligência Artificial Generativa que revoluciona a maneira como empresas entendem e interagem com seus clientes. Por meio da análise de ligações e chats, cria resumos detalhados, identifica intenções, extrai métricas críticas e revela insights estratégicos – conectando negócios à verdadeira Voz do Cliente. Fundada em 2023, a AIDA nasceu com a ideia de explorar o potencial da IA generativa em resolver os desafios do mercado de Experiência do Cliente. Pioneira, com um time multidisciplinar e abordagem inovadora, se destaca como parceira estratégica na transformação de dados em valor real.

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Por Jonathans Gomes de Lima – CTO da Evoy Consórcios

Em um mercado cada vez mais saturado de discursos e escasso em execuções transformadoras, é preciso tomar uma decisão radical: acelerar o futuro, agora. Um caminho para estimular essa jornada é promover a total reengenharia tecnológica. Uma transformação digital real, com entregas concretas, mensuráveis e impactantes — do atendimento à governança, da experiência do cliente à inteligência operacional.

Uma possível alternativa é redesenhar a central de atendimento, substituindo fluxos lineares e sistemas desconectados por uma plataforma omnichannel hiperpersonalizada: criar bots com IA embarcada no WhatsApp, entendendo contexto e intenção com NLP avançado — garantindo resoluções rápidas, humanas e consistentes.

Como resultado, é possível reduzir as transferências para atendimento humano, o que alivia a carga operacional e aumenta a produtividade por atendente. Não só, ajuda a reduzir o retrabalho e evita erros manuais. Desta forma, a experiência do cliente torna-se fluida, inteligente e assertiva, pois ele pode ser atendido no canal da sua preferência, com uma linguagem que compreende e no tempo que espera.

É possível afirmar que a personalização já não é mais um diferencial — é uma expectativa. Segundo o estudo da McKinsey ‘Next in Personalization Report’, 71% dos consumidores esperam algum nível de personalização, enquanto 76% se sentem frustrados quando ela não existe. O estudo reforça o impacto: empresas que se destacam em personalização geram 40% mais receita do que aquelas que não adotam essa estratégiai.

Outro meio eficaz é através da adoção de uma governança de infraestrutura inspirada no framework COBIT, um guia que ajuda empresas a melhor organizar e controlar a área de tecnologia, garantindo seu bom funcionamento e sua segurança. Sua adoção deve se dar não como obrigação, mas como base para um crescimento sustentável.

Nesse cenário, a segurança da informação assume um papel estratégico. Medidas como a proteção reforçada dos dispositivos, o controle rigoroso de acessos remotos, o monitoramento constante da rede e um plano de continuidade bem estruturado ajudam a reduzir riscos, garantir a estabilidade das operações e preparar a empresa para responder com agilidade a imprevistos.

A adoção de EDRs (detecção e resposta de endpoint) para proteção de endpoints, a autenticação multifator em VPNs, o monitoramento contínuo da rede e um plano de continuidade testado regularmente são ações que reforçam a resiliência, reduzem riscos operacionais e elevam a maturidade tecnológica da organização. Como resultado direto, há a ampliação da confiabilidade, mitiga-se riscos regulatórios e a empresa prepara-se para escalar com segurança.

Transformar é decidir com mais precisão. Com uma cultura data-driven e ferramentas como o Power BI, é possível obter inteligência operacional robusta. Dashboards em tempo real e relatórios interativos trazem visibilidade sobre áreas críticas — como vendas, atendimento e desempenho — permitindo decisões baseadas em dados. A gestão se torna mais ágil, com identificação rápida de gargalos e oportunidades, além de garantir governança com monitoramento contínuo de KPIs (indicadores-chave de desempenho). Cada líder passa a contar com um cockpit digital de gestão na palma da mão.

Apresento dois exemplos práticos e eficazes. O primeiro é o onboarding 100% digital, com biometria facial e validação por IA, que aumenta a escalabilidade com controle. A digitalização completa — da entrega à verificação de documentos — elimina etapas manuais, reduz a burocracia e acelera a ativação de clientes. Os resultados incluem menos erros, rastreabilidade total, maior conformidade, menor custo por ativação e melhor experiência para o usuário.

O segundo, focado na digitalização da jornada dos representantes comerciais, é um passo decisivo para aumentar a autonomia e eficiência. A implementação de painéis de desempenho semanais, automação no envio de notas fiscais e integração do ciclo de pagamento comissionado ao ERP. O impacto é o aumento na produtividade da equipe de vendas, redução de custos administrativos, diminuição de conflitos operacionais e maior engajamento, com visibilidade e confiança nos processos.

A transformação vai além da digitalização: é uma estratégia disruptiva. A TI deixa de ser suporte e torna-se plataforma de inovação, promovendo crescimento com escalabilidade e qualidade. Cada avanço reduz custos, aumenta a eficiência e melhora a experiência do cliente, com foco em ROI operacional. O roadmap inclui IA generativa na jornada do cliente, DevSecOps (Development, Security and Operations – abordagem moderna para desenvolvimento de software que integra a segurança desde o início do processo) integrado ao negócio, automação preditiva com base histórica e malha de dados conectada a APIs para decisões em tempo real.

Em resumo, para a transformação digital ser eficaz deve estar focada em resultados claros: crescimento, controle e encantamento. Com isso, observa-se uma operação mais inteligente, segura, escalável e centrada no cliente, gerando valor real. A tecnologia só se justifica quando transforma custo em lucro, processo em experiência e dado em decisão, e é exatamente isso que pode ser alcançado.

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Credito foto: Portal Information Management

Com a tecnologia, o mercado exige novos sistemas de relacionamento, agora, impactados pelo uso de inteligência artificial e análise de dados. Segundo o estudo “Conexão do Futuro – Tendências de Socialização em 2030”, realizado pela Sensorama Design, é fundamental que as empresas C-levels entendam as novas dinâmicas de criação de laços e se preparem para mundos mais conectados, colaborativos, imersivos e interativos. O estudo ‘Top 5 priorities for HR leaders in 2025’, do Gartner, também revelou que, para o futuro, é essencial preparar líderes que sejam adaptáveis, ágeis e conectados ao mundo digital. 

Pensando nisso, profissionais trazem insights para melhorar as relações sociais nos próximos anos, principalmente no contexto do impacto de novas tecnologias e IA. Confira abaixo: 

1. Foco em um futuro colaborador, agregativo, influente e plural:

“O que nos trouxe até aqui como sociedade e mercado não nos levará adiante. Para avançar, precisamos de novas abordagens e lideranças inclusivas. O futuro é colaborador, agregativo, influente e plural – essa é a nova economia que deve estar no radar das empresas para os próximos anos”, afirma Laís Macedo, fundadora e Presidente do Future Is Now, grupo de networking voltado para líderes que protagonizam a nova economia com foco em pautas sociais, sustentáveis e diversas. Nesse meio, a profissional ainda reforça que a construção da nova economia não se limita apenas a avanços tecnológicos, mas envolve também líderes que pensam e agem de forma diferente e consciente. Estes estão comprometidos com novas formas de liderar, relacionar, engajar, produzir, consumir, impactar e realizar, na sua vida e nos seus negócios.

2. Conexões humanas em meio à transformação digital no trabalho:

“A inteligência artificial já transforma a forma como nos relacionamos no trabalho e exige lideranças mais empáticas, emocionalmente inteligentes e centradas nas pessoas”, afirma Cleide Cavalcante, Gerente de Comunicação da Progic, referência em tecnologia para comunicação interna no Brasil. Para ela, a adoção de novas ferramentas precisa vir acompanhada de cuidados com o bem-estar emocional e, com a chegada da Geração Alpha, será essencial que empresas ofereçam ambientes seguros, colaborativos e que valorizem o pensamento crítico. “A tecnologia deve ser aliada das relações humanas, não um substituto. Investir em saúde mental e inteligência emocional fortalece vínculos, aumenta a produtividade e impulsiona a inovação. Nesse cenário, o papel das lideranças é ainda mais estratégico: elas devem inspirar confiança, garantir escuta ativa e promover uma cultura de apoio constante”, completa.

3. Integração da tecnologia para construir relacionamentos:

“No contexto de relacionamento com o cliente e vendas, a personalização proporcionada pela inteligência artificial já demonstra o poder de criar interações mais significativas e eficientes”, compartilha Michelle Oliveira, COO e cofundadora da Digital Manager Guru, plataforma completa de checkout e gestão de vendas online, que diferente das tradicionais, cobra comissões sobre cada venda. “Durante o Google Cloud Next desse ano, tive a oportunidade de ver exemplos de chatbots de IA baseados em avatares e tom de voz humanizados para lidar com diferentes perfis de clientes. No futuro, tecnologias sociais focadas em necessidades individuais e rapport serão cruciais para laços autênticos. A chave é integrar a tecnologia como ferramenta de apoio, e não substituição, para um tecido social mais rico e engajador”, complementa a executiva.

4. Networking além das telas: como usar a tecnologia para criar conexões reais:

Para Carolina Fernandes, CEO do hub phygital de marketing e comunicação Cubo Comunicação, a inteligência artificial tem desempenhado um papel importante na facilitação do networking — sugerindo conexões, otimizando agendas e encurtando distâncias. Ainda assim, ela destaca que é fundamental saber aplicar esses recursos de forma estratégica no dia a dia, aproveitando as oportunidades de interação que vão além do ambiente digital e explorando todo o potencial dos eventos presenciais. Segundo a executiva, é nos side events, nos cafés fora da programação oficial e nos encontros informais que surgem as conexões mais significativas. “Sempre que participo de grandes eventos, procuro manter a agenda institucional o mais enxuta possível justamente para ter espaço para essas interações”, explica. “Uma estratégia que costumo adotar é montar uma grade intencional: alguns dias antes, mapeio quem estará presente — participantes, congressistas ou palestrantes — e envio mensagens diretas pelo app do evento ou pelo LinkedIn sugerindo um café entre os painéis. Quando o foco é um palestrante específico, assisto à apresentação e faço a abordagem ao final.” Para Carolina, a tecnologia, quando usada com propósito, pode ser uma grande aliada na construção de relações genuínas no mundo offline.

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* Por Augusto Santos

Nos últimos anos, o Brasil tem demonstrado de forma clara que investir em tecnologia é o caminho para transformar não apenas a experiência dos passageiros, mas também a segurança nacional e a competitividade do setor aeroportuário nacional. Grandes aeroportos de entrada no país, como o Internacional de São Paulo (GRU) e o Internacional do Rio de Janeiro (GIG), são exemplos concretos onde a inovação certamente irá gerar resultados expressivos para o Brasil. Assim que todos os avanços tecnológicos forem implementados, ambos serão pontos-chave para posicionarmos o país com mais protagonismo no cenário aéreo global.

A modernização dos aeroportos brasileiros é hoje uma prioridade estratégica e de segurança nacional. Iniciativas como a adoção de sistemas automatizados, biometria e ferramentas de análise avançada vêm revolucionando a forma como passageiros circulam, bagagens são processadas e riscos são gerenciados. Trata-se de uma transformação silenciosa, mas de impacto profundo: menos filas, mais segurança, maior agilidade e uma jornada muito mais fluida para quem embarca ou desembarca no país.

Os números falam por si. Em 2024, o Aeroporto Internacional de São Paulo superou seu recorde histórico, com 43,6 milhões de passageiros, número superior ao registrado em 2019, antes da pandemia. Somente no mês de dezembro, impulsionado pelas festas de fim de ano, passaram pelo terminal 3,9 milhões de viajantes — um aumento de 8% em relação à média dos meses anteriores. Já o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, no início de 2025, registrou o maior volume de chegadas internacionais desde sua inauguração: 1,1 milhão de passageiros internacionais entre janeiro e fevereiro, dentro de um total de 2,9 milhões — um crescimento de 19% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Esse crescimento, no entanto, não seria possível sem um investimento contínuo em inteligência e infraestrutura digital. As novas tecnologias permitem acelerar etapas fundamentais da viagem, ao mesmo tempo em que fortalecem os protocolos de segurança. Isso libera os profissionais de operações para focarem em tarefas mais estratégicas e torna todo o sistema mais resiliente e escalável.

Durante o evento “CNN Talks: Caminhos para o Crescimento”, realizado em março deste ano, ficou evidente que a agenda da inovação tecnológica está no centro das discussões do Governo sobre o futuro da mobilidade no Brasil. E não apenas em aeroportos, mas também com o objetivo de integrar outros modais, englobando todo o processo de viagem dos passageiros. A secretária-executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, reforçou a necessidade de manter o ritmo dos investimentos, inclusive destacando projetos estruturantes em outras áreas do transporte, como o túnel Santos-Guarujá e a concessão do canal de acesso de Paranaguá. Além disso, o Governo brasileiro apoia de maneira oficial o uso da biometria nos aeroportos. Isso porque, além de ser hoje um grande highlight do desenvolvimento tecnológico, a biometria permite também aumentar a segurança em toda a jornada do passageiro.

O que se percebe é que a tecnologia deixou de ser uma promessa para se tornar um diferencial competitivo real — e o Brasil tem se mostrado pronto para liderar esse movimento na América Latina. Em um setor onde o crescimento da demanda por viagens aéreas é uma tendência irreversível, principalmente após a retomada pós-pandemia, garantir eficiência operacional e segurança é tão importante quanto garantir uma boa experiência ao passageiro. E todos os objetivos estão diretamente ligados à inovação.

A transformação digital dos aeroportos não apenas responde aos desafios atuais, mas antecipa as necessidades do futuro como uma potencial política pública. A construção de uma malha aérea moderna, segura e conectada passa pela integração de tecnologias inteligentes, incluindo a biometria, em toda a jornada do passageiro — da chegada ao terminal ao momento do pouso em seu destino final. E o Brasil está trilhando esse caminho com consistência, visão e resultados concretos.

* Augusto Santos é Vice-Presidente para América Latina e Caribe da SITA, empresa líder mundial em comunicações de transporte aéreo e tecnologia da informação.

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Anna Alencar é Customer Success Manager da Wolters Kluwer Health no Brasil.

Por Anna Alencar

O Índice Global de Saúde da Mulher de 2021, que avalia aspectos como prevenção, bem-estar emocional, segurança, necessidades básicas e condições individuais, classificou o Brasil como 104º colocado entre os 142 países analisados na pesquisa. Esse dado revela uma realidade em que, embora o debate sobre a saúde feminina tenha avançado, os desafios na oferta de cuidados adequados ainda são expressivos e persistem como um entrave significativo no Brasil.

Enquanto o setor busca equilibrar essa balança, a tecnologia vem se consolidando como um dos principais meios para acelerar mudanças. Para isto, ferramentas digitais têm sido incorporadas à rotina médica a fim de melhorar diagnósticos, tornar o atendimento mais eficiente e reduzir desigualdades históricas no cuidado com as mulheres. Mas, para que essa transformação ocorra de maneira efetiva, é preciso ir além da adoção de novas tecnologias, elas precisam ser aplicadas com estratégia, direcionadas para solucionar as lacunas reais no atendimento e na prevenção.

Um olhar atento à saúde cardiovascular das mulheres

As doenças cardiovasculares continuam liderando o ranking de causas de morte no Brasil, segundo o estudo Global Burden of Disease de 2020. O problema é ainda mais grave para as mulheres. A pesquisa “Estatística Cardiovascular – Brasil 2021”, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, aponta que as queixas de dores no peito, que podem estar associadas a problemas cardiovasculares e obstrução das artérias coronárias, são mais prevalentes em mulheres do que em homens em todos os estudos analisados. Apesar disso, o risco cardiovascular feminino ainda é frequentemente subestimado, o que pode retardar diagnósticos e comprometer a efetividade dos tratamentos.

Diante desse cenário, profissionais de saúde têm buscado estratégias para qualificar a assistência e ampliar a conscientização sobre a saúde cardíaca das mulheres. Com isto, as ferramentas de suporte à decisão clínica vêm desempenhando um papel significativo nesse avanço, permitindo que médicos acessem rapidamente informações baseadas em evidências e diretrizes clínicas atualizadas, neutralizando vieses que, historicamente, impactam o atendimento às mulheres.

Além disso, à medida que cresce a triagem de determinantes sociais da saúde, soluções digitais têm se mostrado fundamentais para transformar esses dados em intervenções mais eficazes. Com isso, torna-se possível personalizar condutas médicas, otimizar o tempo de atendimento e elevar a segurança das pacientes, promovendo uma abordagem mais equitativa na cardiologia.

Uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), em parceria com a Wolters Kluwer, revelou um crescimento de 14% na adoção de soluções de suporte à decisão clínica nos hospitais associados à entidade em 2023. Esse avanço reforça a tendência de um cuidado mais orientado por dados, reduzindo lacunas no atendimento.

Avanço na qualidade do cuidado

O impacto da tecnologia vai além do suporte direto aos médicos. Ele se estende a todo o ecossistema de saúde, facilitando a tomada de decisões e aprimorando a experiência do paciente. No contexto da saúde feminina, o acesso dos profissionais a ferramentas tecnológicas permite um atendimento mais ágil, preciso e embasado, contribuindo para melhorar desfechos clínicos.

Vale ressaltar, no entanto, que as decisões finais continuam sendo prerrogativa dos profissionais de saúde, cuja atuação, fortalecida por novas tecnologias, se torna ainda mais estratégica. Com um suporte adequado, os médicos podem superar desafios históricos e promover uma assistência equitativa, garantindo que as mulheres recebam o cuidado que realmente necessitam.

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A inteligência artificial está avançando em todas as áreas do conhecimento, e o setor de treinamento e desenvolvimento não é exceção. Hoje, uma vasta gama de ferramentas já está disponível para criar capacitações do zero, gerar conteúdo, desenvolver cursos, formular perguntas e respostas, e até mesmo conduzir tutoriais para cursos online ou presenciais.

A possibilidade de criar treinamentos e cursos com o auxílio dessas tecnologias traz vantagens inegáveis como agilidade, precisão, economia de tempo e personalização em massa. Mas, até que ponto é possível confiar apenas na IA para criar conteúdos que realmente atendam às necessidades específicas de uma empresa?

Gosto de comparar a criação de conteúdo com uma grande fábrica de blocos de concreto os blocos de conhecimento. Assim como na construção civil, onde é fundamental começar com um bom projeto e uma arquitetura bem planejada, na educação corporativa é necessário estruturar a aprendizagem de forma cuidadosa. Primeiro, é importante identificar e utilizar os blocos de conhecimento já disponíveis. Depois, a empresa pode desenvolver internamente novos blocos com as ferramentas de autoria, assegurando que esses conteúdos reflitam seu DNA.

Pesquisas indicam que o uso de IA na educação está crescendo rapidamente. De acordo com um relatório da Research and Markets, o mercado global de IA na educação atingiu US$ 3,68 bilhões somente em 2023.

No Brasil, o uso de tecnologia em ambientes educacionais também está em ascensão. Um estudo da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior) aponta que 60% das instituições de ensino superior já utilizam alguma forma de tecnologia digital para potencializar o aprendizado, e esse número só tende a crescer.

A criação de cursos e treinamentos com ferramentas de IA pode parecer a solução perfeita para a padronização do conhecimento, o que pode ser útil para habilidades técnicas genéricas, mas não para destacar os diferenciais da empresa.

Quando todos os cursos são criados a partir dos mesmos parâmetros, utilizando as mesmas bases de dados e modelos de IA, corre-se o risco de uniformizar o aprendizado de tal forma que ele perca o toque humano, a personalização e a identidade da empresa.

Cada organização tem sua cultura, seus valores e sua forma única de operar. E essa singularidade é o que diferencia uma marca no mercado e é vital que ela seja preservada nos treinamentos.

É aqui que entra a importância da consultoria especializada na criação de treinamentos corporativos. Ferramentas de IA são poderosas, mas elas precisam ser orientadas por profissionais que compreendem as nuances da cultura organizacional e os objetivos específicos de cada treinamento.

A consultoria pode, por exemplo, analisar os materiais produzidos pela IA, ajustando-os para que estejam alinhados com a missão, visão e valores da empresa. Além disso, pode garantir que os treinamentos sejam verdadeiramente interativos, levando em conta as particularidades de cada equipe e a maneira como ela aprende melhor. O toque humano na revisão e adaptação dos conteúdos é o que transforma um treinamento comum em uma experiência de aprendizado única.

Em vez de ver a IA como uma substituta para o trabalho humano, as empresas devem considerá-la uma aliada poderosa. O seu verdadeiro valor na criação de cursos e treinamentos surge quando ela é utilizada em conjunto com a consultoria especializada, que pode garantir que cada conteúdo seja relevante, personalizado e eficaz.

O futuro da educação corporativa é, sem dúvida, híbrido – combinando o melhor da tecnologia com a sensibilidade e o conhecimento humano. E é nessa união que reside o sucesso dos treinamentos que realmente fazem a diferença.

*Luiz Alexandre Castanha, administrador de empresas com especialização em gestão de conhecimento e storytelling aplicado à educação, coautor do livro “Olhares para os Sistemas” e é CEO da NextGen Learning. Mais informações no site.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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