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Presidente: Antonio Carlos BonassiCSMR

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

Definitivamente, o ano de 2009 foi muito ruim quando comparado com 2008, entretanto, convém ressaltar que o ano passado foi atípico para o setor de máquinas rodoviárias, pois as vendas no mercado doméstico estavam superaquecidas e as exportações vinham somando recordes consecutivos. Com o advento da crise, depois de setembro do ano passado, o setor foi um dos que mais sofreram, principalmente aqueles fabricantes que têm o Brasil como sua base exportadora. As quedas foram violentas, com ajustes no quadro de pessoal, layoffs e outras medidas amargas, mas necessárias, para adequar a mão de obra à redução no volume de produção. Depois de um início de ano extremamente preocupante, as exportações ensaiaram uma ligeira retomada a partir de março, mas os números de setembro apontam uma queda nas exportações da ordem de 72% quando comparados com o mesmo período do ano passado. Por outro lado, o mercado doméstico não foi tão afetado quanto o externo, apresentando uma redução de 21% no volume de vendas no mesmo período do ano passado. Até o final do ano, a tendência desses números é não se alterarem tanto. O volume de exportação continua muito reduzido e as perspectivas de negócios no Brasil são muito boas.

E como o segmento se comportará em 2010? 

É difícil fazer prognósticos positivos ou negativos. Ao que tudo indica, existem boas perspectivas para o setor no mercado brasileiro. Temos pela frente as obras do Plano de Aceleração do Crescimento, PAC, anunciado pelo governo federal, que certamente ajudarão todo o setor. Atualmente, essas obras não estão acontecendo na mesma proporção em que estão sendo anunciadas, entretanto, acreditamos que o PAC decolará até o fim deste ano e durante 2010. O setor está aquecido, mas as obras estão sendo alavancadas em grande parte pela iniciativa privada. Além disso, o ano que vem é ano de eleições, o que pode incrementar vendas ainda neste ano e no próximo. Temos ainda muito trabalho de infraestrutura a fazer para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Portanto, as perspectivas para o Brasil são excelentes. Já as exportações não apresentam perspectivas tão favoráveis. Mercados maduros como Europa, Estados Unidos e Japão não estão consumindo máquinas com o mesmo entusiasmo dos anos anteriores e, embora acenem com alguma reação, temos consciência de que os volumes serão bem inferiores aos do ano passado. A retomada deve ser lenta nos dois próximos anos.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?

Diante do que já foi comentado nas questões anteriores, acho muito difícil voltarmos aos mesmos volumes de 2008. Embora haja muito trabalho de infraestrutura a ser feito no Brasil e na América Latina, nossos mercados naturais, os mercados maduros que consomem grandes volumes de máquinas, não reagirão tão cedo. Arriscaria dizer que serão necessários mais dois ou três anos até atingirmos patamares próximos ao de 2008.

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?

Por se tratar de uma crise mundial sem precedentes, o setor de máquinas rodoviárias foi um dos que mais sofreu e a retomada tem acontecido num ritmo muito lento, bem abaixo do que podíamos imaginar. Aliado a toda essa queda de produção, o câmbio não tem sido nem um pouco favorável, ou seja, o baixo volume que estamos exportando, está bastante comprometido. A boa notícia é que o mercado doméstico tem se mantido em ascensão e com as atrativas taxas de juros do BNDES os negócios têm se concretizado.

Fale sobre a competitividade do setor no mercado interno.

Particularmente sou muito favorável ao livre-comércio, desde que seja em condições iguais. No Brasil, por exemplo, enfrentamos a invasão de produtos de qualidade e segurança duvidosas, com pós-venda inexistente e sem controle algum de emissões de poluentes, uma vez que nosso setor não é regulamentado quanto a emissões de poluentes e muito menos de ruídos. Entretanto, a grande maioria dos fabricantes nacionais exporta para mercados que possuem as mais rígidas exigências ambientais. Portanto, podemos dizer que a tecnologia já está desenvolvida e junto com ela uma série de características que coloca nossos produtos em pé de igualdade com os feitos em paises desenvolvidos. O que quero dizer com isso é que, se não houver uma regulamentação no Brasil nos próximos meses, corremos o risco de enfrentar uma concorrência desleal de produtos obsoletos e extremamente poluidores, que vêm conquistando significativa participação de mercado em alguns segmentos, o que pode comprometer, inclusive, a indústria nacional.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?

É difícil responder a essa pergunta escolhendo apenas um problema, uma vez que temos enorme gama deles. Um dos grandes fantasmas do setor para quem exporta, por exemplo, é o câmbio que não tem sido nada favorável e apresenta um cenário cada vez mais preocupante. O que temos feito é administrar nossos custos, mas vai se chegar num ponto em que o governo deverá também entrar em ação, atuando no custo Brasil. Um bom começo para essas ações poderia ser a desoneração da folha de pagamento que tem uma incidência de tributos espantosa quando comparada com outros países do mundo. Também nossa cadeia de fornecedores tem enfrentado muitos problemas, o que nos afeta diretamente, devido ao alto custo de captação de recursos. E para ficar somente em alguns exemplos, cito ainda o alto preço do aço, nossa principal matéria-prima. Convém ressaltar que, no Brasil, pagamos o maior preço do mundo e isso tem afetado nossa competitividade, aumentando nossos custos, colocando os fabricantes nacionais em pé de desigualdade com fabricantes de Estados Unidos, Europa e, principalmente, os asiáticos.

Quais as soluções que a câmara busca para solucionar esse problema?

Quanto ao câmbio, pouco podemos fazer, a não ser lutarmos para que as reformas sejam implementadas. Já com relação ao aço, no ano passado, a Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias trabalhou com a diretoria da Abimaq e apresentou ao governo um pleito para redução de alíquota de importação de 14% para 2% nas chapas grossas e fomos prontamente atendidos. Essa redução de alíquota ajudou o setor a reduzir alguns impactos. Embora a alíquota de importação tenha retornado aos 14% em meados deste ano, esse assunto ainda permanece em nosso radar e hoje os ministros Miguel Jorge e Guido Mantega já acenam com a possibilidade de retornar à alíquota de 2% na importação de chapas grossas. 

O que tem sido feito para fomentar esse setor?

Um grande alento para o setor de máquinas e equipamentos no Brasil foi o atendimento por parte do governo do pleito de redução das taxas de juros para os financiamentos Finame, por exemplo. Com taxas de 4,5% ao ano, o volume de negócios tem aumentado, colocando o Brasil fora da zona de turbulência da crise mundial. Infelizmente esse benefício se estende somente até o fim do ano, mas já foi um grande passo dado. Uma outra bandeira que o setor de máquinas rodoviárias tem levantado é quanto à depreciação acelerada, sem prejuízo da depreciação normal, o que pode estimular investimentos em máquinas novas, com renovação e modernização da frota pelos nossos clientes. 

No tocante a novas políticas e a regulamentação para o setor, o que tem sido feito?

A Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias trabalha na reivindicação de regulamentação de emissões desde 2004. A proposta, consenso entre os fabricantes, foi recentemente entregue ao Ibama e ainda neste ano devemos ter novidades com relação ao tema. Em paralelo, a Abimaq tem feito um trabalho muito próximo com o governo no sentido de se implementar uma reforma na política industrial e tributária, o que pode ajudar, e muito, nosso setor.

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CSMIAPresidente: Celso Casale

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

Neste ano, conforme mostram os números, estimamos uma queda de faturamento perante 2008 da ordem de 42%.

E como o segmento se comportará em 2010?

Esperamos que em 2010 o setor tenha um crescimento médio em vendas de 15% a 20% sobre este ano. Isso não significa que será uma maravilha, pois a base de comparação é fraca. Para um aumento maior o câmbio teria que se tornar mais favorável para a exportação e com isso o produtor melhoraria suas margens e poderia investir mais. Porém, é difícil que aconteça em 2010.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o Sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?

Acredito que demore um pouco para acontecer porque dependerá das políticas cambial e agrícola para favorecer mais a mecanização. Também existe o problema dos que renegociaram suas dívidas e estão sem crédito bancário para novos investimentos, o que contribui negativamente para aumento das vendas.

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?

Nosso setor foi afetado como a maioria dos setores produtivos devido à indisponibilidade de crédito para fazer investimentos.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.

O setor de máquinas e implementos agrícolas brasileiro é muito desenvolvido e competitivo da porta da fábrica para dentro. Se assim não fosse, já teria acabado, uma vez que não temos isonomia com a concorrência externa em termos de impostos. Outro fator de peso é fato de pagarmos o aço mais caro do mundo, embora sejamos o maior produtor de minério de ferro do mundo.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?

Diria que são dois grandes problemas para toda a indústria de máquinas e equipamentos deste país: direta e indiretamente, o real forte e os impostos elevados sobre bens de produção.

Quais as soluções que a câmara busca para solucionar esse problema?

Sobre esses problemas, não temos muito que fazer, além de conversar com frequência com parlamentares e ministros, mostrando a realidade do setor e pedindo, principalmente, isonomia em termos de impostos em relação aos concorrentes estrangeiros e também para que nossos produtores tenham acesso a máquinas mais baratas.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento?

O que temos feito são ações no sentido de fortalecer mais o setor, procurando abrir mercados no exterior, trabalhando em conjunto com parlamentares da comissão de agricultura do congresso em prol do setor agropecuário. Em 24 de outubro de 2009, promovemos o Seminário de Planejamento Estratégico 2010 para toda indústria de máquinas e implementos agrícolas do Brasil, independente de ser ou não associada da Abimaq. O objetivo foi ajudar as empresas a se preparar melhor para o futuro, tratando, inclusive, dos temas responsabilidade socioambiental e inovação e competitividade.

O que tem sido feito para fomentar esse setor?

Temos conseguido linhas de crédito especiais com o BNDES e participado ativamente do programa Mais Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Agrário, MDA, para venda de nossos produtos e assim contribuir com a modernização do campo.

No tocante a novas políticas e a regulamentação para o setor, o que tem sido feito?

As principais políticas hoje são voltadas ao melhoramento do crédito ao produtor rural, em especial o agricultor familiar com a criação do Programa Mais Alimentos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, e mais recentemente o Programa BNDES-PSI, que beneficia médios e grandes produtores rurais que querem se modernizar e elevar consequentemente sua produtividade.

Comente o que mais considerar pertinente sobre o setor.

Estamos trabalhando forte para unir o setor de máquinas e implementos agrícolas. É importante que esse segmento industrial, genuinamente nacional, esteja unido e fortalecido para enfrentar os desafios produtivos e econômicos. Nossas ações têm se estruturado na divulgação de boletins informativos mensais sobre as ações da câmara. Temos o Seminário de Planejamento Estratégico realizado anualmente para que os empresários do setor consigam planejar e estudar estratégias de ação para o ano seguinte. E como uma forma de consolidar essas iniciativas, a câmara pretende realizar o 1º Congresso da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas em 2011.

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Presidente: Marcelo Borges LopesCSEI

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

O setor de irrigação deverá encerrar o ano de 2009 com queda no faturamento da ordem de 25% a 30% perante o ano anterior. Trata-se de um valor médio, pois os diferentes segmentos da indústria (irrigação mecanizada, irrigação localizada, irrigação por aspersão convencional, irrigação por carretel enrolador) deverão apresentar índices de retração distintos em função do comportamento dos mercados e culturas a que se destinam, com variações entre 15 % e 65 %.

E como o segmento se comportará em 2010?

De uma forma geral, existe uma percepção e expectativa favoráveis em função das perspectivas de superação da crise financeira nos mercados centrais da Europa e dos Estados Unidos, o que pode elevar a demanda e preços das principais commodities agrícolas. Um aspecto preocupante é a firme sobrevalorização do Real, que afeta a receita gerada pelos principais itens da pauta de exportação agrícola, deprimindo a renda e a capacidade de investimento dos produtores.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?

Provavelmente isso ainda não ocorrerá de forma generalizada no setor agrícola em 2010, embora se acredite em crescimento sobre 2009. Mantidas as condições de recuperação da economia global, da demanda e das condições de crédito, cremos ser factível que isso ocorra a partir de 2011.

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?

Houve comportamentos distintos no que se refere aos investimentos no setor agropecuário, especificamente em agricultura irrigada. Grandes produtores com atividade baseada no cultivo de grãos, agroindústria e fruticultura de exportação retraíram significativamente devido à contração dos mercados, preços e escassez de crédito. Produtores especializados de pequeno e médio portes, notadamente voltados à produção de hortaliças e fruticultura para o mercado interno, não foram atingidos com a mesma intensidade. Impacto muito forte foi observado no setor sucroalcooleiro, onde a demanda de equipamentos de irrigação (tanto para irrigação quanto para aplicação de vinhaça) caiu para menos da metade do período anterior, tanto pela suspensão de novos investimentos quanto pela difícil situação de crédito e rentabilidade observada nas unidades produtivas existentes.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.

Em geral, o setor de equipamentos de irrigação no país não tem perfil exportador, salvo situações específicas. A maior parte das empresas possui unidades em outros países, e as bases locais prioritariamente se dedicam ao mercado interno. Isso posto, pode-se afirmar que o atual nível do câmbio dificulta bastante a exportação de máquinas e equipamentos produzidos no Brasil, ainda que para países geograficamente próximos e integrados a tratados de redução tarifária ou livre-comércio.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?

Seguramente as dificuldades para obtenção de licenciamento ambiental e outorga de água para implantação de novos projetos de irrigação. A complexidade, a desinformação e a morosidade do processo em muitos casos desestimulam o produtor, que acaba adiando o investimento. Em segundo lugar, observam-se, em muitos casos, dificuldades de contratação das linhas de crédito disponíveis para investimento em equipamentos de irrigação, muitas vezes por falta de agilidade e comprometimento do agente financeiro, além de falta de documentação hábil por parte do produtor que recorre ao crédito. Isso acaba dificultando e retardando o processo, fazendo com que os recursos alocados não sejam utilizados da forma desejável e necessária. Cabe ressaltar também a falta de prioridade dada pelo governo federal ao tema da agricultura irrigada, cujas políticas são frágeis e desarticuladas, com evidentes prejuízos ao setor. Inexiste um órgão central que responda pelas políticas públicas necessárias à estruturação do setor, o que resulta em conflitos de responsabilidade e falta de liderança que impulsione a atividade de forma sustentada.

Quais as soluções que a câmara busca para solucionar esse problema?

A CSEI tem atuado de forma permanente em todos os fóruns (ministérios, secretarias, agências e órgãos oficiais etc), buscando esclarecer sobre os benefícios estratégicos, econômicos e ambientais do uso adequado dos sistemas de irrigação na agricultura. Da mesma forma, tem buscado sensibilizar as várias instâncias dos governos sobre a importância de dar ao tema um tratamento prioritário e estratégico, que permita de fato estabelecer as condições para alavancar a atividade da agricultura irrigada dentro de uma política agrícola abrangente e duradoura.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento?

A contínua mobilização do setor em relação aos aspectos acima, focalizando na necessidade de esclarecer a sociedade sobre os benefícios da agricultura irrigada, identificando essa tecnologia como solução e não como problema às causas da preservação ambiental, na medida em que proporciona maior produção em menor área explorada. E, na medida em que essa visão se consolide, o desenvolvimento futuro da atividade no país se dará de forma irreversível e duradoura.

No tocante a novas políticas e a regulamentação para o setor, o que tem sido feito?

A CSEI tem participado de todas as iniciativas que visam acelerar o processo de votação no Congresso Nacional da Lei de Irrigação, que institui o Plano Nacional de Irrigação, e que se arrasta há vários anos sem que o processo tenha sido concluído. Uma dessas instâncias é o recém-instalado Fórum Nacional da Irrigação, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, por meio de atuação coordenada com a Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem e demais entidades representativas do agronegócio brasileiro. Esse instrumento legal deverá constituir-se na base para direcionar as atividades do setor, portanto trata-se de prioridade absoluta neste momento.

Comente o que mais considerar pertinente sobre o setor.

Apenas informar que todos os dados disponíveis sobre as projeções de necessidade de alimentos, fibras e biocombustíveis no futuro, realizadas por organismos internacionais, somente poderão ser atendidas com o uso de tecnologia que permita produzir mais com menor uso das terras (ganhos de produtividade), sendo que a irrigação desempenha papel preponderante nesse cenário. Sabe-se que, no Brasil, conforme dados divulgados em 2004 pela Agência Nacional de Águas, ANA, 5 % da área irrigada no país correspondem a 16% do valor físico e a 35 % do valor econômico da produção. Não se vislumbra possibilidade de atendimento dessas necessidades de aumento de produção por meio da expansão das fronteiras agrícolas, o que seria absolutamente insustentável do ponto de vista ambiental.

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CSMATPresidente: Valdir Schick

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

O setor de máquinas têxteis iniciou 2009 com poucos pedidos, mas a partir do primeiro trimestre começou a melhorar, de maneira lenta, mas consistente. Até o fim do ano, esperamos fechamento positivo para o setor.

E como o segmento se comportará em 2010?

Em 2010, as perspectivas são boas com a possibilidade de as empresas do segmento adquirir equipamentos novos e mais produtivos para enfrentar a alta na demanda.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?

2008 foi um bom ano para a indústria têxtil, mas não para o setor de máquinas têxteis. Já 2009, com o Finame mais barato, a indústria começou a comprar.

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?

Afetou nas exportações dos produtos têxteis, não tanto no setor de máquinas. Lógico que num primeiro momento houve um impacto negativo, superado com trabalho e criatividade do empresário brasileiro. Estará à frente do mercado, tanto interno como externo, quem investir em tecnologia, qualidade, capital intelectual e pós-venda. Isso tudo com certeza trará produtividade, dando ao fabricante condições de praticar preços melhores que a concorrência.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?

Os problemas enfrentados são muitos: alta carga tributária, dólar em um patamar muito baixo, facilitando as importações e dificultando a exportação, além disso ainda temos o produto têxtil chinês entrando a preços aviltantes somado a importações duvidosas.

Quais as soluções que a câmara busca para solucionar esse problema?

Continuaremos pedindo isenção ou a redução do ICMS e verificando importações duvidosas.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento?

Acreditamos que tendo uma solução viável para os problemas acima mencionados, daremos um enorme passo para a sustentação do setor de máquinas e acessórios têxteis.

No tocante a novas políticas e a regulamentação para o setor, o que tem sido feito?

A iniciativa do governo via BNDES de reduzir os juros do Finame deu uma enorme alavancada no setor de máquinas como um todo, permitindo investimentos dos nossos clientes, e do setor, com máquinas novas mais produtivas. Essa medida de juros baixos não poderia terminar no fim deste ano. Deveria ter um tempo bem maior para criar desenvolvimento sustentável, o que seria muito bom para o país.

Comente o que mais considerar pertinente sobre o setor.

Temos que investir em máquinas, tecnologia, produtividade. Esta é a hora, lembrando que teremos Copa do Mundo e Olimpíadas. Esses dois eventos de nível mundial serão ótimos para o nosso setor, pois teremos uma grande demanda de produtos esportivos.

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CSGINPresidente: Ricardo Castiglioni

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

A crise econômica mundial complicou muito o segmento. No primeiro trimestre não tivemos novos pedidos, o setor ficou travado, só trabalhamos com os pedidos que estavam em carteira. Agora é que o mercado está começando a se estabilizar. novamente.

E como o segmento se comportará em 2010?

Se o ambiente mercadológico continuar neste ritmo, 2010 será um bom ano para o segmento. Nossa perspectiva é que já no meio do ano que vem conseguiremos atingir patamares próximos aos índices de 2008.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o Sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?

O ano de 2008 foi atípico, mas se a economia continuar reagindo acreditamos que em julho de 2010 o setor já consiga atingir resultados próximos aos obtidos no ano passado. 

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?

A crise mundial paralisou o segmento. Nunca tínhamos parado desse jeito. Não tivemos novos pedidos desde o inicio da crise. No primeiro trimestre de 2009 só entregamos os pedidos que já estavam em carteira.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.

O descaminho na importação faz com que percamos a nossa competitividade. Por isso, estamos lutando para combater esse mal e fazer com que nosso setor fique mais competitivo.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?

Os grandes problemas do setor é a baixa do dólar e o descaminho na importação.

Quais as soluções que a câmara busca para solucionar esse problema?

A solução que a CSGIN busca é a união entre os fabricantes nacionais e a otimização do relacionamento com o sistema S (Sesc, Sesi, Senai). Assim, o nosso setor fica mais fortalecido para combatermos o descaminho.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento?

O setor precisa continuar investindo em qualidade, tecnologia, inovação e novo design de máquinas e assessórios.

O que tem sido feito para fomentar esse setor?

Nosso setor será beneficiado com os três grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil: as Olimpíadas Militar em 2011, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Por isso, estamos pleiteando e buscando junto ao governo uma linha de financiamento para os nossos consumidores finais. 

No tocante a novas políticas e a regulamentação para o setor, o que tem sido feito?

A CSGIN está buscando junto ao INMETRO e outros órgãos competentes entendimento para que possamos implantar uma linha de regulamentação voltada para o nosso setor.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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