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JoaoMarcosdeAndadePor João Marcos Andrade*

Para constatação de tal consideração basta buscarmos num passado recente a oscilação do real brasileiro frente ao dólar americano e, assim, perceber que a flutuação cambial tem sido provocada em grande parte por uma questão originada em uma relação conturbada entre as duas maiores potências econômicas mundiais atuais — justamente a da nação que o Sr. Trump preside, e a da China, outra superpotência.

Além da competição entre americanos e chineses, existem questões domésticas brasileiras que influenciam nesse quadro. Vale citar a demora na aprovação da reforma da previdência e a mudança de entendimento de leis por parte do Supremo Tribunal Federal brasileiro. Tudo isso, gera, de fato, desconforto e certa insegurança jurídica nos investidores, principalmente estrangeiros, que não sentem confiança em investir no país contribuindo para a oscilação da moeda. Esse anúncio do presidente Trump também demonstra um interesse político em agradar seu eleitorado, pois a medida de sobretaxa ao aço e alumínio nas importações dos E UA agrada muito o setor industrial estadunidense e protege de certa forma o produto nacional.

O fato é que os EUA são o principal mercado para as exportações do aço brasileiro e os impactos da sobretaxação podem de fato fazer com que o produto não mantenha as volumosas quantias exportadas nos últimos períodos. Isso traria reflexo imediato já no primeiro trimestre 2020 na balança comercial, que pode apresentar aumento no déficit cambial, motivado obviamente pela redução das vendas do aço e do alumínio aos americanos, diminuindo assim o superávit da balança comercial brasileira.

Com isso, para ser revertido economicamente é razoável afirmar que o tempo de recuperação é sempre maior que o tempo gasto com a fase de prejuízos, perdas e reorganizações dos negócios, pois a saída nestes casos sempre é desenvolver novas frentes de negócios, o que demanda investimento de recursos, novas tecnologias e o principal e mais valioso fator: tempo.

Para uma certa dose de alívio, é já fato que na tarde de 2 de dezembro deste ano, mesma data da declaração do Mr. Trump sobre a taxação do aço e do alumínio brasileiro e argentino, curiosamente a moeda americana se desvalorizava 0,64% frente ao real por aqui.

Isso tudo também obviamente em consonância com a repercussão no Brasil, inclusive com afirmação do presidente Jair Bolsonaro que consultaria seu ministro da economia, Paulo Guedes, e conforme o teor da conversa poderia manter contato com o presidente Donald Trump para uma reavaliação da situação como um todo.

A tendência é de que realmente seja revista, ao menos pela boa relação que há entre os dois presidentes — o que pode ser um certo conforto para empresários do setor, gerando uma motivação para que mantenham o foco nos contratos já firmados e os que ainda estão por vir.

*Professor do curso superior de Global Trading do Centro Universitário Internacional Uninter.

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Abimaq prevê crescimento de 9% a 10% em segmentos como hidráulica e pneumática

O grande número de feriados,o evento da Copa do Mundo e as eleições presidenciais no Brasil, deverão fazer então o empresariado brasileiro olhar mais adiante, e preparar seu parque industrial para 2015. Essa é a opinião de Carlos Padovan, presidente do comitê da 30ª Feira Internacional da Mecânica, maior feira de máquinas e equipamentos da América Latina, promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado com o apoio da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que acontecerá entre os dias 20 a 24 de maio de 2014.

“Na feira, os compradores e expositores vão projetar cenários para 2015. Se existe fôlego para crescimento, você precisa se preparar de um ano a seis meses antes. E a verdade é que precisamos melhorar ainda mais nosso parque industrial. Existem muitas máquinas que estão sendo desenvolvidas para lançamento na próxima Mecânica, e a NR-12 ainda será um dos maiores motivos de busca por novas máquinas”, prevê Padovan. A Norma Regulamentadora Nº 12 do Ministério do Trabalho define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

Para o executivo, o início de 2013 apresentou bons números de venda, mas, de forma geral, o ano se encerra estável em relação a 2012. “O último trimestre apresentou uma pequena melhora, sem falar nos setores que apostaram em certos nichos e surpreenderam. Por isso, acreditamos que em 2014 segmentos como hidráulica e pneumática devem crescer de 9% a 10%”. Ele também aposta no impulso dado por montadoras como Fiat, BMW e Mercedes-Benz, que têm investido de maneira intensa no país.

As previsões vão ao encontro à pesquisa recente do IBGE, que apontou crescimento, apesar do aparente marasmo da economia brasileira. Para o instituto, 21 dos 27 setores industriais registraram aumento na produção em outubro de 2013, na comparação com setembro. No acumulado dos dez meses analisados, a atividade industrial cresceu 1,6% frente a igual período de 2012.Apenas o setor de bens de capital avançou 18,8% na comparação com o mesmo mês de 2012, registrando o 10º resultado positivo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior. Os resultados positivos foram registrados por bens de capital para fins industriais (20,4%), para construção (58,5%), para uso misto (7,8%), agrícola (21,0%) e para energia elétrica (6,7%).

Máquinas brasileiras – A indústria de bens de capital brasileira é uma das mais tradicionais e resilientes do país e surpreende a economia, ano após ano, conquistando novos clientes e garantindo qualidade, mesmo com os desafios que encontra. A Feira Internacional da Mecânica é um reflexo dessa força. Para Carlos Pastoriza, secretário da presidência da Abimaq, 2013 foi um ano desafiador para o setor de bens de capital. “Recuperamos um pouco da produção no segundo semestre. As razões são os suspeitos de sempre: custo Brasil, taxa de câmbio e a profusão de regimes tributários com viés importador”.

Mesmo assim, o empresário exalta as conquistas da entidade neste ano, como a prorrogação da linha PSI do BNDES e a desoneração da folha de pagamento para as indústrias. Ainda de acordo com a Abimaq, de janeiro a setembro de 2013, o consumo de produtos dessa indústria foi de R$ 90,909 bilhões, 7,1% superior ao mesmo período de 2012. Mesmo eliminando o efeito cambial, o resultado permanece positivo com alta de 1,2%. Em setembro as exportações chegaram ao valor de US$ 1 bilhão. Ao longo do ano até setembro, as exportações corresponderam a 32% do faturamento.

Fato é que a indústria brasileira não deve em qualidade para nenhuma parte do mundo. Prova disso são os principais clientes importadores de produtos nacionais. “Entre nossos principais destinos das exportações, apesar das dificuldades, estão Estados Unidos, Alemanha, Itália, ou seja, países altamente industrializados e com tradição na produção de maquinário”, diz Pastoriza. Em setembro de 2013, os Estados Unidos voltaram a ocupar a segunda posição no ranking dos principais compradores de máquinas e equipamentos do Brasil.

Em 2012, a Mecânica atingiu a marca de duas mil empresas expositoras e contemplou cerca de 25 setores da indústria, entre eles as áreas de automação e controle de processos, equipamentos para tratamento ambiental e refrigeração, solda e tratamento de superfícies, máquinas-ferramenta, entre outros. Lotados, os corredores do Anhembi, onde a feira acontece, receberam 109 mil visitantes únicos, número que bateu o recorde de 2010, de 105.851 visitantes, vindos de 60 países, entre eles Argentina, EUA, Itália, Alemanha, Espanha, França, Suíça, Canadá, Chile, Peru, Venezuela e Portugal. “Mais de 95% do espaço da feira está comercializado. Diante disso, a expectativa para a edição de 2014 só aumenta, tanto em número de expositores, países participantes, compradores e apoiadores distribuídos em 85 mil m² de área do Pavilhão de Exposições do Anhembi”, afirma Liliane Bortoluci, diretora da feira.

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Índice elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, IFPE recuou em 2013

O Índice FIRJAN de Produção Exportada (IFPE), que mede a proporção de exportações sobre o total da produção da indústria de Transformação no país, apresentou queda depois de duas altas seguidas. Em 2013, o índice atingiu 22,2%, recuo de 0,3% em comparação com o ano anterior. O melhor desempenho foi observado em 2005, quando o índice atingiu 25%. O indicador é elaborado pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

Entre os 20 segmentos da indústria de transformação analisados, nove apresentaram queda do IFPE no ano passado em comparação com 2012. A redução mais expressiva foi registrada no setor de Máquinas e equipamentos (-3,7 %), direcionado pelas menores vendas de tratores e de compressores para frigoríficos. O segundo maior recuo foi apresentado no setor de Metalurgia básica (-2,9%) por conta da queda das exportações de produtos semimanufaturados de ferro e aço.

Entre os setores industriais com aumento do IFPE em 2013, as indústrias de Couro/Artefatos de Couro e de Papel e Celulose foram os que apresentaram as maiores altas: o segmento de Couro destinou 89% da produção para as exportações (crescimento de 9,5%), enquanto Papel e Celulose vendeu para o mercado externo 44% (alta de 3,7%) do que produziu. Os dois setores foram os únicos com alto IFPE, ou seja, destinaram mais de 30% de sua produção a exportações.

Sobre o IFPE

O índice classifica os setores industriais em três categorias, de acordo com o volume da produção industrial exportada:

Baixo IFPE, quando menos de 10% da produção é destinada à exportação, caso dos seguintes setores: Confecção, Vestuário e Acessórios (1,7%); Farmacêutica (4,6%); Produtos de fumo (4,9%); Higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (5,2%); Material eletrônico e equipamentos de comunicação (5,9%); Produtos de metal (6,9%); Artigos de mobiliário (8,2%); Minerais não metálicos (8,3%); Têxtil (9,3%) e Artigos de Borracha e Plástico (9,6%). Em comparação a 2012, quatro segmentos apresentaram recuo: Higiene; Produtos de metal; Têxtil e Artigos de borracha.

Médio IFPE, quando de 10% a 30% da produção é destinada à exportação, caso dos segmentos Refino de petróleo e álcool (11,8%); Veículos automotores (15,5%); Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,7%); Química (15,8%); Máquinas e equipamentos (17,1%) e Bebidas (22,2%). Desse grupo, Química e Bebidas apresentaram alta.

Alto IFPE, quando mais de 30% da produção industrial é destinada à exportação, caso de dois segmentos da indústria de Transformação: Couros/Artefatos de couro (88,5%) e Celulose e papel (44,3%).

O estudo Índice FIRJAN de Produção Exportada pode ser acessado no site da FIRJAN (www.firjan.org.br) ou pelo link http://ow.ly/tsM2h.

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Na contramão da Argentina, tradicional parceiro comercial do Brasil, que reduziu em 18,8% suas compras de produtos eletroeletrônicos, em 2012, os Estados Unidos ampliaram suas aquisições em 32%, na comparação com 2011, segundo dados da Abinee. No ano passado as vendas para os Estados Unidos somaram US$ 1,59 bilhão, enquanto para a Argentina, ficaram em US$ 1,61 bilhão.

De acordo com estudos da entidade, a participação norte-americana no total das exportações da indústria eletroeletrônica passou de 14,7% para 20,6%, enquanto a participação argentina recuou dos 24,3% para 20,9%. “A prosseguir esta tendência, os Estados Unidos voltarão a ocupar a liderança das nossas exportações, o que não acontecia desde 2006”, afirma Humberto Barbato, presidente da Abinee.

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Enrique Peña Nieto visita a entidade dia 19 com o objetivo de estreitar relações
Eleito em julho deste ano, Enrique Peña Nieto escolheu a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para seu primeiro compromisso oficial como presidente do México. Nieto se encontra com Paulo Skaf, e empresários paulistas na manhã da próxima quarta-feira (19), antes de se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, no dia 20. O presidente mexicano ainda passará por outros cinco países latino-americanos: Guatemala, Colômbia, Chile, Argentina e Peru.

Enrique Peña Nieto toma posse no dia 1º de dezembro e abraçou a tarefa de estreitar laços e aprofundar o relacionamento político e econômico com os países da América Latina.

Após a crise econômica de 2009, o México tomou novo fôlego e voltou a ser um país competitivo a fim de suprir a demanda do mercado norte-americano por bens industriais, desbancando a China e demais países asiáticos. Seu parque industrial conta com duas fortes variáveis para chegar a esse resultado: reajustes salariais abaixo dos ganhos de produtividade e desvalorização cambial.

Os indicadores do México apontam para investimento com projeção de 26% do PIB, em 2012 ante 25,6% em 2011, inflação e taxa de desemprego em queda; enquanto as reservas internacionais giravam, no começo deste ano, em torno de US$ 149 bilhões.

As exportações mexicanas têm como principal destino os Estados Unidos e o Canadá (84% do total exportado em 2010), ambos países que formam, em conjunto com o México, o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA). O Brasil é seu principal parceiro na América Latina, tendo somado US$ 3,8 bi, em 2010.

A balança comercial Brasil-México, em 2011, apresentou déficit de US$ 1,2 bilhão, sendo que as exportações somaram US$ 4 bi e as importações US$ 5,1 bi.

Fonte: FIESP

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Nos sete dias úteis de março (1° a 11), as exportações brasileiras foram de US$ 6,517 bilhões, com resultado médio diário de US$ 931 milhões. Pela média, houve aumento de 1,4% em relação ao valor do mês de março de 2011 (US$ 918,4 milhões). Neste comparativo, houve crescimento nas vendas das três categorias de produtos.

Nos produtos básicos (5,7%), o aumento ficou por conta, principalmente, de algodão em bruto, petróleo em bruto, fumo em folhas, carne de frango e suína e minério de ferro. Decresceram, no entanto, as vendas de semimanufaturados (-3,8%), devido às quedas em semimanufaturados de ferro e aço, açúcar em bruto, zinco em bruto, ferro fundido, e couros e peles. Houve retração também nas vendas de manufaturados (-2,9%), em razão de automóveis, óleos combustíveis, veículos de carga, calçados e suco de laranja não congelado.

Na comparação com a média do mês de fevereiro deste ano (US$ 948,8 milhões), houve diminuição de 1,9%. Caíram as exportações de produtos manufaturados (-12,5%) e de semimanufaturados (-12,8%), enquanto cresceram os embarques de produtos básicos (12,4%).

As importações, em março, estão em US$ 6,257 bilhões (média de US$ 893,9 milhões). O resultado ficou 5,8% acima da média de março do ano passado (US$ 844,5 milhões). Neste comparativo, aumentaram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (63,1%), instrumentos de ótica e precisão (22,3%), farmacêuticos (22%), químicos orgânicos e inorgânicos (17,9%), siderúrgicos (13,2%), borracha e obras (9,5%), e equipamentos mecânicos (8,1%).

Em relação à média de fevereiro de 2012 (US$ 858,6 milhões), houve aumento de 4,1% nas importações, com acréscimo nas aquisições de adubos e fertilizantes (69,7%), cereais e produtos de moagem (43,1%), farmacêuticos (19,9%), borracha e obras (11,9%), químicos orgânicos e inorgânicos (8,8%), e combustíveis e lubrificantes (5,3%).

O superávit mensal está em US$ 260 milhões, com o resultado médio diário de US$ 37,1 milhões. A corrente de comércio soma, em março, US$ 12,774 bilhões, com média diária de US$ 1,824 bilhão, e registrou crescimento de 3,5% na comparação com o resultado de março de 2011 (US$ 1,762 bilhão) e de 1% em relação ao de fevereiro passado (US$ 1,807 bilhão).

Semanas

A primeira semana de março, com dois dias úteis (1º a 4), teve superávit de US$ 316 milhões, com média diária US$ 158 milhões. A corrente de comércio, no período, foi de US$ 4,036 bilhões, com resultado diário de US$ 2,018 bilhões. As vendas brasileiras ao mercado externo, no período, foram de US$ 2,176 bilhões (média diária de US$ 1,088 bilhão) e as compras foram de US$ 1,860 bilhão (média de US$ 930 milhões).

Já a segunda semana do mês, com cinco dias úteis (5 a 11), registrou déficit de US$ 56 milhões (média negativa de US$ 11,2 milhões). A corrente de comércio totalizou US$ 8,738 bilhões, com média por dia útil de US$ 1,747 bilhão. As exportações, no período, foram de US$ 4,341 bilhões (média de US$ 868,2 milhões) e as importações foram de US$ 4,397 bilhões (média de US$ 879,4 milhões).

Ano

De janeiro até a segunda semana de março, a corrente de comércio foi de US$ 80,689 bilhões (média diária de US$ 1,681 bilhão), com aumento de 8,4% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,550 bilhão). Nos 64 dias úteis de 2012, o superávit da balança comercial é de US$ 683 milhões (média diária de US$ 14,2 milhões).

No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 40,686 bilhões (média diária de US$ 847,6 milhões), resultado 5,9% acima do verificado no mesmo período de 2011, que teve média diária de US$ 800,5 milhões. O resultado anual acumulado das importações está 11,1% maior em relação ao ano passado (média diária de US$ 749,8 milhões). No ano, as importações chegam a US$ 40,003 bilhões (média diária de US$ 833,4 milhões.

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A enquete bimestral do site Radar Industrial ( WWW.radarindustrial.com.br) lançou a pergunta: A crise européia tem reflexo na indústria brasileira?. Entre seus respondentes 66,67% assinalaram a alternativa “Sim. O mercado está mais receoso” e 33,33% “Não. A economia brasileira está estável e não será afetada”. Portanto, contata-se que os empresários estão cautelosos quanto a situação econômica atual. Porém, é preciso entender um pouco o cenário desta crise e qual o papel do nosso País nesta conjuntura.

A Europa vivencia hoje uma crise econômica coletiva, resultante da interdependência crescente entre os países do bloco, de assimetrias mal resolvidas e desequilíbrios econômicos e financeiros não supervisionados. Crises econômicas levam, em geral, a um aumento do protecionismo seja ele em nível doméstico ou em caráter regional, na tentativa de se afastar das péssimas conseqüências, protegendo o setor produtivo e voltando-se para o mercado nacional.

O Brasil tem reagido neste sentido com medidas pontuais em setores mais afetados; o Mercosul (Mercado Comum do Sul, composto por cinco países da América do Sul: Argentina, Brasil, Paraguai,Uruguai e Venezuela), não diferentemente, também tem adotado medidas cautelosas para dificultar a invasão de produtos industriais,especialmente chineses, que por consequência da crise nos países europeus e nos Estados Unidos, tem direcionado seu comércio para a América Latina.

Além de avanços nas áreas econômica e comercial, para o Brasil existe a possibilidade de ampliar sua importância estratégica no globo, participando no G-20 financeiro e em outras coalizões de peso em decisões que afetam diretamente o destino do sistema internacional em seus diferentes aspectos.

Exportações

A situação preocupante de recessão da economia europeia atrapalha a expansão das exportações brasileiras para a União Europeia (UE). O sucesso dos primeiros meses de 2011 resultaram no comércio bilateral entre Brasil e Europa, pela primeira vez, chegando perto da marca de US$ 100 bilhões.

O bom número do início de 2011 acabou minado a partir de setembro, pela ameaça da crise na zona do euro. Contudo, o governo aponta que a balança registrou um superávit de US$ 6,5 bilhões a favor do Brasil. Para 2012, o governo estima que as exportações poderão sofrer no primeiro semestre, mas a probabilidade é que o volume voltará a crescer a partir de julho.

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O baixo crescimento do PIB em 2011, estimado pela CNI em 2,8%, em muito se deve à perda de ritmo de crescimento da indústria de transformação

Se não for ampliada a competitividade para permitir aos produtos brasileiros enfrentar os asiáticos tanto internamente quanto nas exportações, a economia brasileira vai repetir em 2012 o fraco desempenho deste ano. O alerta é do Informe Conjuntural Economia Brasileira, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O baixo crescimento do PIB em 2011, estimado pela CNI em 2,8%, em muito se deve à perda de ritmo de crescimento da indústria de transformação. O segmento crescerá 1,1% no ano e o PIB industrial (que também leva em conta os setores extrativo-mineral, construção civil e de serviços industriais), 1,8%. Nas estimativas da CNI, o PIB deverá crescer 3% em 2012 e a indústria, 2,3%.

As causas da desaceleração do setor industrial este ano foram a menor demanda dos países desenvolvidos, a queda na competitividade dos produtos brasileiros por conta dos juros altos e do câmbio sobrevalorizado e a invasão do mercado interno por produtos asiáticos.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, que divulgou o Informe Conjuntural em entrevista coletiva, disse acreditar que a economia irá melhorar em 2012 comparativamente a este ano, mas considerou um aumento do PIB de 3% no próximo ano muito baixo. Entre os fatores que alinhou para um melhor desempenho da economia em 2012 estão os investimentos em obras para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, a queda na inflação e o arrefecimento da valorização cambial.

Destacou, contudo, que permanecem intocáveis os gargalos à maior competitividade das empresas brasileiras, como juros elevados, infraestrutura deficiente, legislação trabalhista cara e anacrônica. .Andrade defendeu maior agilidade do governo na execução de medidas para ampliar a competitividade. “Existe uma insegurança da Receita Federal em avançar. O tempo do governo, muitas vezes, não é o tempo real da economia”, declarou.

O presidente da CNI lembrou, como exemplo da lentidão do governo, que a regulamentação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), criado no Plano Brasil Maior, só foi regulamentado no último dia 1º, quatro meses depois. O Reintegra prevê a devolução em espécie de 3% do valor das exportações de manufaturados.

Perda de dinamismo – O Informe Conjuntural assinala que a perda de dinamismo das economias avançadas e a mudança do “eixo dinâmico” da economia mundial para a Ásia se refletem negativamente na indústria brasileira. Significa menor demanda por manufaturados brasileiros, porque a Ásia é concorrente direta do Brasil nesses produtos. “Não apenas encolheu o mercado externo para nossas exportações industriais como aumentou a penetração de produtos estrangeiros no atendimento do mercado brasileiro”, diz o documento.

Internamente, a equação macroeconômica de juros altos, câmbio valorizado e os poucos avanços na eliminação dos entraves à melhoria da competitividade foram, segundo a CNI, as principais razões para a baixa performance da economia este ano.

“Para a indústria voltar a ser o centro dinâmico da economia brasileira e o país sustentar um ciclo de expansão maior do que a média mundial, é essencial mudar nossa estratégia de crescimento e encarar dois desafios: de um lado, aumentar a competitividade brasileira; de outro, mudar o padrão de expansão doméstica e eleger o investimento, e não o consumo, como a alavanca do crescimento”, recomenda a CNI. “Em um modelo de crescimento sustentável, o consumo não pode crescer mais que o PIB”, constata.

Em 2010, ano de forte crescimento da economia, a formação bruta de capital fixo, que mede os investimentos, cresceu 21,3% ante 2009. Neste ano, segundo projeção da CNI, os investimentos crescerçao bem menos, 4,8% ante 2010.

Nas previsões da CNI para 2012, mais uma vez não será a indústria o motor do crescimento. De acordo com o Informe Conjuntural, o consumo das famílias terá aumento de 4%, mantendo a equação atual de crescimento, desaprovada pela entidade.

Para a CNI, o investimento, que poderia ser uma forte alavanca para a retomada do crescimento sustentável, também se manterá em 2012 nos mesmos patamares deste ano. O aumento será de 5% no ano que vem, conforme a projeção do documento.

 Fonte:CNI

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As exportações do agronegócio paulista cresceram 19,3%, para US$15,11 bilhões, nos meses de janeiro a agosto, quando comparados com o mesmo período de 2010. Mesmo as importações aumentando mais (35,5%), para US$6,76 bilhões, o saldo comercial do setor atingiu US$ 8,35 bilhões (acréscimo de 8,7%), de acordo com análise do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

As importações paulistas nos demais setores da economia somaram US$47,89 bilhões, para exportações de US$23,59 bilhões, o que resultou em déficit externo desse agregado de US$24,30 bilhões. Assim, o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujos saldos se mantiveram positivos, dizem os pesquisadores José Roberto Vicente e José Sidnei Gonçalves.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado cresceu, no período janeiro-agosto, 0,2 ponto percentual, enquanto a participação das importações aumentou 0,9 ponto percentual.

Já as exportações paulistas do setor representaram 23,6% das vendas externas do agronegócio brasileiro, ou seja, 0,9 ponto percentual a menos que no mesmo período de 2010. Por sua vez, as importações paulistas do agronegócio representaram 32,0% do total setorial brasileiro, sendo 2,9 pontos percentuais inferior à verificada no ano passado.

As exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$64,01 bilhões (crescimento de 23,5% em relação ao mesmo período do ano anterior). Já as importações do setor somarram US$21,15 bilhões (elevação de 47,8%). Com isso, o superávit do agronegócio brasileiro nos primeiros oito meses do ano foi de US$42,86 bilhões (acréscimo de 14,3%). “Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 102,70 bilhões e importações de US$125,60 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 22,90 bilhões”, concluem os pesquisadores do IEA. (Elaborado pela Assessoria da Apta)

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Tendo por objetivo a ampliação do comércio de agroquimicos na América Latina e Oceania, o governo chinês estabeleceu um programa para os próximos dez anos, visando aumentar a fabricação de seus produtos e reduzir ainda mais os preços. A estratégia é fomentar e incentivar as fusões entre grandes empresas do setor, para formar líderes do segmento no mundo, afirmou a vice-presidente da empresa CCPIT Sub-control of Chemical Industry, Ma Chunyan, durante a IV China-Brasil Agrochemshow, realizado nos dias 4 e 5 de agosto, em São Paulo.

Durante o evento, alguns representantes de empresas chinesas, interessados em fechar novas parcerias para a comercialização de agroquímicos, reafirmaram o interesse no Brasil, que pode passar de quarto maior importador desses insumos para segundo, até 2020.

Maior fabricante de defensivos e fertilizantes agrícolas do mundo, a China tem planos ambiciosos para os próximos 10 anos.  Segundo a Ma Chunyan, o país definiu três diretrizes para ampliar e melhorar as suas produções. A primeira é a criação de quatro ou cinco parques industriais em regiões costeiras ou ribeirinhas, para melhorar a eficiência e a segurança ambiental. A segunda é a redução do número de empresas atuantes no setor, para minimizar os custos e aumentar a competitividade interna e externa de seus produtos. “A terceira diretriz inclui a reestruturação das empresas, para torná-las mais eficientes, mais competitivas, com marcas próprias, maior valor agregado e com preços adequados aos níveis internacionais” .

De acordo com levantamento da AllierBrasil Consulting, os fabricantes de defensivos agrícolas chineses são listados como os principais fornecedores nos registros de produtos técnicos aprovados pelo Ministério da Agricultura nos últimos três anos, de 2008 a 2010.  Dos 122 registros de produtos técnicos aprovados neste período, os fabricantes chineses aparecem como fornecedores em pelo menos 82 vezes. Em seguida vêm os fabricantes da Europa e Estados Unidos que juntos somam 24 vezes, seguidos das empresas indianas que aparecem 15 vezes. Israel, Brasil, Japão e Peru, somados, aparecem 7 vezes apenas.

Enquanto traders, distribuidores e não fabricantes de agrotóxicos estão registrando estes produtos no Brasil, as empresas chinesas demoraram para acessar diretamente o mercado brasileiro. Para os chineses o principal meio de acesso sempre foi até então através da construção de parcerias com empresas já estabelecidas no país e que tenham profundo conhecimento do mercado. Para os fabricantes chineses é muito difícil conceder prazos de pagamento que superem 90 dias. Como as margens praticadas pelos chineses são muito baixas, eles não conseguem embutir taxas de juros, seguro e risco de inadimplência nos preços de seus produtos.

Mas, por outro lado, recentemente foram aprovados dois registros de agrotóxicos de propriedade de fabricantes da China continental.  “Em maio, a empresa YongNong teve aprovado o registro do herbicida picloram. Em julho, foi o glifosato da registrante JM Chemicals” ,  diz Flávio Hirata, engenheiro da AllierBrasil, que fez consultoria para ambas. Para Hirata, que assessorou estas duas empresas, os chineses estão aprendendo a legislação brasileira de agrotóxicos, que é muito diferente de outros países.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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