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Estimativa da entidade para o PIB do primeiro trimestre, divulgado nesta quarta-feira, é de crescimento de 0,8%

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista apontou crescimento de 0,2% em abril sobre março, livre de efeitos sazonais, mostrou pesquisa da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). O levantamento apurou estabilidade do índice. Ao divulgar os números de abril, o diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) das entidades, Paulo Francini, informou que a federação revisou para baixo sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2013 – de 3% para 2,5%.

Para o PIB do primeiro trimestre de 2013, que deve ser divulgado na manhã desta quarta-feira (29/05), a Fiesp projeta um crescimento de 0,8%. O número é abaixo do apurado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que tenta antecipar o resultado do PIB, que registrou aumento dessazonalizado de 1,04%.

“Eu diria que o ânimo com o qual entramos em 2013, prevendo taxa de crescimento de 3%, diminuiu”, disse Francini. “O resultado do primeiro trimestre – provavelmente errático nos meses de janeiro, fevereiro e março – ficou aquém das nossas expectativas e isso nos obrigou, e eu diria que obrigou a todas as entidades que fazem previsões, a rever os prognósticos”, completou.

A Fiesp também revisou para baixo a projeção para o PIB da indústria de transformação em 2013. Caiu para 1,9% ante estimativa anterior de 2,4%. A perspectiva para o PIB da construção civil também foi revista para baixo: 1,9% este ano versus 2,4% previsto anteriormente para o mesmo período.

O emprego industrial também deve desacelerar segundo novas estimativas da federação. Anteriormente a taxa do emprego na indústria paulista era atingir 1,6% em 2013; agora, os prognósticos indicam um crescimento de 1%.

Na contramão, o Indicador de Nível de Atividade (INA) da Fiesp deve fechar o ano com variação positiva de 3,2%. A expectativa anterior era de 2,3% para o ano.

Segundo Francini, no entanto, as ações do governo como redução da taxa Selic, desvalorização de 25% da moeda, desoneração da folha de pagamento para alguns setores e redução do spread bancário são “indiscutíveis”. Mas, apesar de o INA sofrer revisão para cima, o setor manufatureiro do país ainda não demonstra sinais claros de recuperação.

“A indústria padece de um período longo de grande descaso. Foi submetida a um processo cruel de valorização da moeda e penetração feroz da produção importada”, afirmou o diretor da Fiesp e Ciesp.

“Em 2007, a balança comercial de produtos manufaturados era equilibrada, próxima de zero entre importado e exportado”, lembrou Francini. “Esse ano devemos bater um déficit de US$110 bilhões na balança comercial de produtos manufaturados. Para você ver a deterioração da indústria de transformação do Brasil”, alertou.

Atividade Industrial

Em relação a abril do ano anterior, o índice de atividade da indústria medido pela Fiesp e pelo Ciesp apresentou um crescimento de 10,4%, enquanto o dado de abril sobre março sem ajuste sazonal apresentou ganhos 3,8%.

Francini explica, no entanto, que a variação bem mais positiva comparativamente ao número com ajuste sazonal (0,2%) se explica no fato de abril ter contado dias úteis a mais este ano.

“O mês de abril foi excepcional porque teve dois dias úteis, trabalhados, a mais para indústria do que a média. Portanto, teve 10% mais de tempo de trabalho. O dessazonalizador pegou esse efeito e transformou em 0,2%”, explicou.

No acumulado de 12 meses, o nível de atividade da indústria foi negativo em 1%. Já no acumulado de janeiro a abril de 2013, o indicador registrou variação positiva de 4,3% em relação ao mesmo período de 2012.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) de abril permaneceu no mesmo patamar de março, ou seja, 82,1%, na leitura com ajuste sazonal.

Dos setores avaliados pela pesquisa em abril, o segmento de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos foi destaque de alta com variação positiva de 12,4% na leitura com ajuste sazonal, enquanto a atividade industrial no setor de Máquinas e Equipamentos encerrou o mês estável.

Já o setor de Metalurgia Básica registrou a maior queda, de 6,1% sobre março, em termos ajustados.

Expectativa

A percepção geral dos empresários com relação ao cenário econômico no mês de maio, medida pelo Sensor Fiesp, registrou leve queda: 51,6 pontos contra 50,9 pontos em abril.

O item Mercado apresentou estabilidade no mês corrente, ficando 53,1 pontos versus 54,5 em abril. O mesmo aconteceu com o indicador Estoque: 51,2 pontos atuais contra 50,8 pontos em abril.

A percepção dos empresários quanto ao Emprego apresentou melhora de ao menos sete pontos, passando de 44,3 pontos no mês anterior para 51,7 pontos em maio. A situação para o Investimento também melhorou para 55,2 pontos no mês atual contra 53 pontos.

Na contramão, a percepção quanto ao indicador Vendas piorou para 46,6 em maio ante 52,1 pontos em abril.

Com exceção do item Estoque, resultados do Sensor acima de 50 pontos revelam uma percepção positiva do industrial sobre o comportamento do componente no mês de referência.

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Fiesp e Ciesp estimam que índice de atividade deve fechar 2012 com queda de 2,1%

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista apontou crescimento de 0,7% em junho sobre maio, na série com ajuste sazonal. “O resultado é bom e pode ser um começo de recuperação, mas ainda não há confiança para afirmar isso”, avaliou Paulo Francini, diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). As entidades divulgaram os números da indústria de transformação na manhã desta terça-feira (31/07).
“Essa recuperação só vai se mostrar através do acúmulo de números positivos e isso tem de começar alguma hora”, reforçou o diretor do Depecon. Ele acrescentou que a atividade econômica deve melhorar em função das medidas de incentivo anunciadas recentemente pelo governo, mas os efeitos positivos de ações como a redução de juros, câmbio mais competitivo e incentivos ao investimento levam tempo para serem sentidos.
“Existem fatores que impulsionam que algo de bom pode ocorrer, pelas coisas que estão em jogo. Mas, no caso do desempenho, não adianta fazer como na seleção, que é um gol aos 45 minutos. Fazer um gol no final de dezembro não recupera o semestre”, alertou o diretor.
Sem o ajuste, no entanto, o INA desacelerou 1,4% na comparação com o mês anterior. No acumulado de 12 meses, o nível de atividade da indústria sem ajuste sazonal foi negativo em 3,8%. De janeiro a junho de 2012, o indicador também acumula variação negativa de 6,4% em relação ao mesmo período de 2011, descontando o ajuste à sazonalidade.
Este é o quinto trimestre consecutivo de queda do indicador. No segundo trimestre de 2011, o INA caiu 1%, diminuindo a queda para 0,6% no terceiro período do mesmo ano e agravando, no entanto, o quadro negativo para 3% no quarto trimestre do ano passado. Em 2012, a atividade fechou o primeiro trimestre com queda de 1,7% e o segundo com variação negativa de 1,1%.
A Fiesp estima que a economia brasileira deverá crescer este ano, 1,8%, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) da indústria deve ficar negativo em torno de 1%. “Estamos em processo de uma nova revisão desses números, provavelmente com viés de baixa. Será um ano de fraco crescimento.” O prognóstico atual da Federação para o INA é de queda de 2,1% em 2012.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) teve uma ligeira desaceleração, passando para 81% em junho, ante 83,6% em maio deste ano. Já na leitura com ajuste sazonal, o componente ficou estável em 80,6% no mês passado contra 80,4% em maio de 2012.
Setores
Dos setores avaliados pela pesquisa em junho, o segmento de Artigos de Borracha apresentou estabilidade, com 0% na leitura mensal considerando os efeitos sazonais. Na comparação sem ajuste sazonal, no entanto, houve uma queda de 2,6% do índice em junho versus maio. O setor de Metalurgia Básica registrou queda de 1,5% sobre maio, em termos ajustados.
A atividade da indústria de Alimentos e Bebidas se destacou entre os comportamentos de alta, com variação positiva de 4%, com ajuste, na comparação com maio. Francini explicou que a alta do setor se deve ao fato do segmento estar mais ligado à renda do que ao crédito.
Expectativa
A percepção geral dos empresários com relação ao cenário econômico no mês de julho, medida pelo Sensor Fiesp, ficou praticamente estável: 49,6 pontos contra 48,4 pontos em junho.
Já o item Mercado registrou alta de mais de três pontos no mês corrente e chegou a 52,2 pontos versus 49 pontos em maio. O mesmo aconteceu com o indicador Vendas, que também subiu de 43,7 pontos no mês anterior para atuais 47,9 pontos.
A percepção dos empresários quanto ao Investimento apresentou forte melhora, passando de 53,1 pontos no mês anterior para 56,3 pontos em julho.
Em contrapartida, o segmento Emprego registrou ligeira queda de 49 pontos em junho, para 48,5 em julho. E o indicador de Estoque ficou em 43,2 pontos em julho ante 47 pontos em junho. Isso mostra que o estoque está elevado.

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista apontou crescimento de 0,7% em junho sobre maio, na série com ajuste sazonal. “O resultado é bom e pode ser um começo de recuperação, mas ainda não há confiança para afirmar isso”, avaliou Paulo Francini, diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). As entidades divulgaram os números da indústria de transformação na manhã desta terça-feira (31/07).
“Essa recuperação só vai se mostrar através do acúmulo de números positivos e isso tem de começar alguma hora”, reforçou o diretor do Depecon. Ele acrescentou que a atividade econômica deve melhorar em função das medidas de incentivo anunciadas recentemente pelo governo, mas os efeitos positivos de ações como a redução de juros, câmbio mais competitivo e incentivos ao investimento levam tempo para serem sentidos.
“Existem fatores que impulsionam que algo de bom pode ocorrer, pelas coisas que estão em jogo. Mas, no caso do desempenho, não adianta fazer como na seleção, que é um gol aos 45 minutos. Fazer um gol no final de dezembro não recupera o semestre”, alertou o diretor.
Sem o ajuste, no entanto, o INA desacelerou 1,4% na comparação com o mês anterior. No acumulado de 12 meses, o nível de atividade da indústria sem ajuste sazonal foi negativo em 3,8%. De janeiro a junho de 2012, o indicador também acumula variação negativa de 6,4% em relação ao mesmo período de 2011, descontando o ajuste à sazonalidade.
Este é o quinto trimestre consecutivo de queda do indicador. No segundo trimestre de 2011, o INA caiu 1%, diminuindo a queda para 0,6% no terceiro período do mesmo ano e agravando, no entanto, o quadro negativo para 3% no quarto trimestre do ano passado. Em 2012, a atividade fechou o primeiro trimestre com queda de 1,7% e o segundo com variação negativa de 1,1%.
A Fiesp estima que a economia brasileira deverá crescer este ano, 1,8%, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) da indústria deve ficar negativo em torno de 1%. “Estamos em processo de uma nova revisão desses números, provavelmente com viés de baixa. Será um ano de fraco crescimento.” O prognóstico atual da Federação para o INA é de queda de 2,1% em 2012. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) teve uma ligeira desaceleração, passando para 81% em junho, ante 83,6% em maio deste ano. Já na leitura com ajuste sazonal, o componente ficou estável em 80,6% no mês passado contra 80,4% em maio de 2012.
Setores Dos setores avaliados pela pesquisa em junho, o segmento de Artigos de Borracha apresentou estabilidade, com 0% na leitura mensal considerando os efeitos sazonais. Na comparação sem ajuste sazonal, no entanto, houve uma queda de 2,6% do índice em junho versus maio. O setor de Metalurgia Básica registrou queda de 1,5% sobre maio, em termos ajustados.
A atividade da indústria de Alimentos e Bebidas se destacou entre os comportamentos de alta, com variação positiva de 4%, com ajuste, na comparação com maio. Francini explicou que a alta do setor se deve ao fato do segmento estar mais ligado à renda do que ao crédito.
Expectativa A percepção geral dos empresários com relação ao cenário econômico no mês de julho, medida pelo Sensor Fiesp, ficou praticamente estável: 49,6 pontos contra 48,4 pontos em junho.
Já o item Mercado registrou alta de mais de três pontos no mês corrente e chegou a 52,2 pontos versus 49 pontos em maio. O mesmo aconteceu com o indicador Vendas, que também subiu de 43,7 pontos no mês anterior para atuais 47,9 pontos.
A percepção dos empresários quanto ao Investimento apresentou forte melhora, passando de 53,1 pontos no mês anterior para 56,3 pontos em julho.
Em contrapartida, o segmento Emprego registrou ligeira queda de 49 pontos em junho, para 48,5 em julho. E o indicador de Estoque ficou em 43,2 pontos em julho ante 47 pontos em junho. Isso mostra que o estoque está elevado.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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