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*Reinaldo Pinho

Nunca se propagaram tantas palavras inerentes ao meio ambiente, como se faz atualmente. Coleta seletiva, reciclagem, reuso, selo verde, sustentabilidade, dentre tantos outros conceitos são relevantes para a preservação ambiental.

O mundo todo tem consciência da necessidade de se melhorar as condições ambientais para continuidade e avanço do desenvolvimento das nações. Um significante compromisso foi firmado no Japão há duas décadas – o Protocolo de Kyoto – tendo como objetivo a redução da emissão dos gases para a atmosfera, que agravam substancialmente o chamado efeito estufa, tão crítico para o aumento do aquecimento global.

Casos trágicos como o de Mariana, em Minas Gerais, ou do Golfo do México expõem quão vulneráveis somos a essas situações.

O Brasil, independentemente do cenário político econômico em que vivenciamos, é centro do interesse de empresas com disponibilidade para investimentos, até em setores como o de Oil&Gas e Petroquímico, que mesmo com todos os escândalos envolvendo a Petrobras, ainda são listados como uns dos principais negócios para aportar recursos.

 Mas, mesmo com essa constatação e apesar do avanço tecnológico latente no nosso dia a dia e da transformação digital que estamos vivenciando, os produtos que dispõem de soluções tecnológicas específicas para a mitigação de riscos ambientais ainda são renegados dentro das organizações.

 Para exemplificar, quando há um vazamento de óleo em portos, terminais portuários, aeroportos, rodovias, ou indústrias, existe uma incidência elevadíssima de uso de produtos alternativos incorretos para fazer a absorção desse óleo que vazou. Aplica-se, invariavelmente, serragem de madeira ou até mesmo areia como absorventes, materiais que não exercem essa função. Isso é, no mínimo, insensato, pois existem produtos próprios para essa finalidade, com tecnologias variadas de capacidade de absorção de óleo. A evolução desse mercado foi tanta, que atualmente há produtos de última geração, que além de absorverem o óleo, fazem a sua decomposição, evitando eventuais gastos com a destinação do resíduo gerado.

 É “conditio sine qua non” que os executivos de alto escalão das empresas, sejam elas públicas ou privadas, estejam atentos à prevenção dos acidentes ambientais e, principalmente, às consequências danosas atreladas à ocorrência deles. Deveriam pois, participar ativamente da decisão de uso de produtos adequados para a devida proteção ambiental.

 De que adianta ter a certificação mais complexa e atual, ou mesmo seguir, ao menos na teoria, todos os procedimentos padrões estabelecidos pelas políticas contempladas pelos sistemas de gestão ambiental, se a falsa economia gerada na aquisição de produtos inadequados, oriundos de fornecedores oportunistas, que não agregam valor algum, visando apenas “vender preço”, tem consequência infindável, se por ventura um problema acontecer? Aliado ao aqui exposto, há um ceticismo exacerbado direcionado aos produtos tecnologicamente mais qualificados, por total falta de conhecimento. Invariavelmente, questiona-se sempre na compra desses materiais o “quanto custa” e não “quais os benefícios que obterei”.

 Se fosse levada em consideração a contabilização dos passivos ambientais gerados pelas empresas, isso poderia criar uma revolução nos DRE’s apresentados e nos balanços publicados. Os departamentos jurídicos passariam a ter especialistas em Direito Ambiental em seus quadros de colaboradores, pois certamente a incidência dos casos de ações trabalhistas seriam infinitamente inferiores às ambientais.

 Portanto, com todo conflito ético e moral incitado pela corrupção descabida que está instaurada no País e que afeta diuturnamente o “modus operandi” de nossa nação, que felizmente caminha a passos largos para tomar as atitudes cabíveis para extirpar o quanto antes, definitivamente do nosso dia a dia, esse quadro que temos enfrentado nesses últimos anos, podemos, concomitantemente, criar parâmetros e mecanismos para também cobrar de todos executivos, que tem a incumbência para poder contingenciar danos ambientais fortuitos, uma maior responsabilidade ambiental.

*Sócio da Dex Advisors, responsável pelas áreas de Infraestrutura e M&A. Engenheiro Químico formado pela FEI e pós-graduado em marketing pela ESPM. Carreira profissional em organizações como Ecosorb, Camargo Correa, General Eletric Dow Corning, Henkel, entre outras.

reinaldo.pinho@dexadvisors.com.br

 

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por Renato Rossato, Engenheiro de Desenvolvimento da REHAU no Brasil

 reusoEm meio à crise hídrica no estado de São Paulo, a eficiência da gestão das águas no nosso país nunca foi tão questionada. As chuvas deste ano foram escassas, porém isto apenas evidenciou a fragilidade e falhas do nosso sistema de tratamento e distribuição de águas.

Já passamos do momento de criação de um plano de contingência e a situação é emergencial, porém diversas ações podem ser tomadas para evitar que isso se repita em longo prazo. Em 2011, por exemplo, o nível de chuvas foi muito elevado e não pode ser armazenado pelas represas, que atingiram 100% da capacidade. Como os sistemas não prevêem as alternâncias mais extremas de chuvas e secas, essa água acabou sendo desperdiçada.

De acordo com um estudo divulgado pela Instituição Trata Brasil, cerca de metade da água que escorre pelos ralos ainda chega na forma de esgoto sem tratamento aos  rios, córregos e represas de São Paulo. Com apenas 38,7% do volume tratado, a capital paulista está ignorando um estoque de água equivalente a dois sistemas Cantareira. Com o devido tratamento desse volume, a crise atual poderia ser amenizada.

A reutilização da água não é um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo há muitos anos. No Brasil, as estações tratam o esgoto em nível inicial, por isso a água é utilizada apenas para limpeza de calçadas, irrigação de jardins e na produção industrial. Adicionando mais etapas para completar o tratamento, a água se tornaria potável, como é feito em países como EUA, Austrália e Bélgica.

A eficiência dos sistemas de tratamento de efluentes também é um fator a ser levado em consideração. Atualmente, emprega-se sistema de aeração por ar difuso no tratamento de efluentes sanitários e efluentes industriais, composto por soprador de ar, tubulações e válvulas para alimentação de ar e difusores de membranas em EPDM. Porém já é possível encontrar no mercado novas tecnologias mais eficientes produzidas com diferentes tipos de polímeros. Essa opção, apesar de ter o custo mais alto de instalação, possui a vida útil cerca de 200% mais longa, o que reduz consideravelmente os custos com manutenção. Em longo prazo, o investimento é compensado, já que não há a necessidade de instalar um novo sistema nos próximos 10 ou 12 anos.

Nesse cenário, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer, já que dos 62,8 milhões de domicílios, quase 27 milhões de residências não possuem ao menos rede coletora de esgoto. Para reverter essa situação, segundo um relatório divulgado em março pelo IBGE, o Brasil precisa investir pouco mais que R$ 313 bilhões até 2033 para que o saneamento básico alcance 100% da população.

Outro estudo realizado pela Instituição Trata Brasil, revelou que alunos sem acesso à coleta de esgoto e água tratada sofrem um atraso escolar maior em comparação aos estudantes com as mesmas condições socioeconômicas, mas que moram em locais onde há saneamento. Além da redução em 6,8% do atraso escolar, de acordo com a pesquisa, a universalização do saneamento refletiria no ganho de produtividade do trabalho e aumento na remuneração futura. O turismo também pode se beneficiar e o país arrecadaria anualmente R$ 7,2 bilhões com atividades turísticas em áreas onde atualmente não há serviços de coleta de esgoto.

É um investimento alto, porém extremamente importante para a utilização dos recursos hídricos. O tratamento de efluentes acaba representando um potencial emergente que visa não somente a racionalização do uso de um bem finito, mas também auxilia indiretamente no desenvolvimento da sociedade ao redor.

 

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Empresa referência no mercado de reúso de água e tratamento de água da chuva revela dicas simples para que todos possam contribuir para a preservação do meio ambiente.

O verão está chegando e, junto com a estação mais quente do ano, chegam, também, as corriqueiras e constantes pancadas de chuvas. Mas, esse fenômeno da natureza pode ser um meio para economizar dinheiro, água contribuindo para a preservação do o meio ambiente. Para isso, o engenheiro César Argentieri, da Acquabrasilis, empresa especializada em sistemas de aproveitamento de água, traz algumas dicas para usar a água que vem do céu.

É possível coletar e reservar a água da chuva por meio de recipientes como baldes espalhados pelo quintal; as chuvas de verão são fortes e permitem armazenam o bom volume de água; outra maneira de coletar a água pluvial é por meio das calhas, a partir das quais a água pode ser levada por tubulações para um ponto centralizado para armazenamento. Mas, independente da forma de armazenamento, não se deve guardar a água sem tratamento se não for para uso imediato.

“Lembrando que esta água não é recomendada para consumo humano, podendo, preferencialmente, ser usada para fins não potáveis, como, rega de canteiros, irrigação das plantas, limpeza de pisos, calçadas e lavagem de carros”, resume Cesar Argentieri.

Quando a residência ou edifício possui um sistema de tratamento para aproveitamento de água de chuva, esta pode ser também usada para descarga de banheiros.  Neste caso, existem  sistemas de tratamento aos quais a água captada é direcionada  e que são constituídos de filtros e de dispositivos de desinfecção da água.

Para aqueles que desejam instalar um sistema de aproveitamento de águas de chuva, sugere-se o desenvolvimento de um projeto específico na fase inicial de concepção da obra, quando é possível prever o tipo de captação das águas, as tubulações de condução até a central de tratamento, o dimensionamento do reservatório e dessa central. O investimento, para uma residência, considerando, inclusive, obras civis e reservatório, fica em torno de quinze mil reais.

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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) recebe até a próxima quarta-feira (20) – gratuitamente – inscrições para o Prêmio Fiesp de Conservação e Reúso de Água. Pelo quinto ano consecutivo, o prêmio incentiva a difusão das práticas que promovem o uso eficiente da água, resultando em redução do consumo e gerando benefícios ambientais, econômicos e sociais.

Podem participar empresas industriais com sede no Estado de São Paulo, independente de seu porte. Os interessados deverão preencher o formulário e, também, encaminhar os projetos para o Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Fiesp até a data limite de 10 de fevereiro de 2010.

Os vencedores receberão troféu, selo com o registro do Prêmio, além de placas de menção honrosa. Todas as empresas receberão um certificado de participação. O resultado final será divulgado durante solenidade da premiação, em cerimônia a ser realizada na sede da Fiesp, em comemoração ao Dia Mundial da Água, no mês de março.

Mais informações no endereço http://www.fiesp.com.br/premioagua/

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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