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Bruno Sacute IorioPor Bruno Iório*

O setor de alimentos e bebidas representa uma fatia importante na indústria brasileira e, em 2021, segundo dados da Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), registrou um crescimento de 16,9% em seu faturamento e de 1,3% na produção em 2021 em relação a 2020.

O aumento do faturamento do setor foi puxado pelo crescimento de 1,8% da receita no varejo doméstico e de 18,6% nas vendas externas. As vendas para o mercado interno representam 73,5% do faturamento da indústria e geraram R$ 678,5 bilhões ano passado. As exportações, que representam 26,5% do faturamento, cresceram 18,6% e atingiram o patamar recorde de US$ 45,2 bilhões.

Mas para chegar a esses resultados, desafios precisaram ser superados. Em 2021, o setor de alimentos e bebidas enfrentou a alta dos preços das commodities agrícolas, com impacto no custo de produção dos alimentos industrializados e, também, aumentos de até 100% no custo de aquisição das embalagens e de 43% no custo da energia. Assim, o setor precisou buscar soluções para otimizar e reduzir o desperdício em máquinas embaladoras e linhas de encaixotamento, e aumentar a eficiência energética em toda a cadeia.

Mercado apresenta crescimento global

O consumo de alimentos tem aumentado nos últimos anos, com a crescente chegada ao mercado de novos produtos alimentícios, como o segmento de alimentos funcionais, entre eles pães, iogurtes, leites vegetais, entre outros. E, também, com a oferta de diversos produtos premium destinados aos novos cozinheiros amadores que surgiram durante a pandemia, o que gerou diversas parcerias entre marcas e chefs renomados.

Por conta dessa diversificação, a tecnologia teve que ser adaptada para atender às demandas do público consumidor. A automação industrial, em particular, é fundamental para garantir que as empresas de alimentos e bebidas sejam capazes de lidar rapidamente com novas demandas.

Para acompanhar essas demandas, os fabricantes de alimentos e bebidas precisam aumentar sua eficiência e flexibilidade de produção. Além de garantir total segurança alimentar, os fabricantes também precisam reduzir seu custo de produção e antecipar as demandas futuras.

Segundo a consultoria Industry DataAnalytics, nos próximos cinco anos, o mercado de automação industrial no setor de alimentos e bebidas registrará uma taxa de crescimento anual (CAGR) de 8,4% em termos de receita, e o tamanho do mercado global atingirá US$ 298,71 bilhões até 2027.

Automação otimiza cadeia de produção

A automação industrial tem levado maior eficiência a diversas etapas na cadeia produtiva do setor de alimentos e bebidas, principalmente com aplicações em esteiras transportadoras, misturadores, fornos, enchedoras, embaladoras até o encaixotamento. Já nos centros de distribuição, sistemas automatizados manipulam materiais de forma repetitiva e em alta velocidade, garantindo fácil rastreio.

Com a automação, é possível ter uma linha inteira de produção sem intervenção humana. É possível, por exemplo, automatizar todas as etapas de produção de uma cerveja, com qualidade e segurança.

Para encantar seus clientes em um mercado altamente competitivo, as empresas do setor precisam ser ágeis, eficientes e seguras. A integração de equipamentos automatizados em áreas críticas de produção melhora a qualidade, eficiência e higiene.

Ao final, a grande questão que precisa ser solucionada pelo setor de alimentos e bebidas é a seguinte: como produzir produtos de alta qualidade em alto volume e, ao mesmo tempo, conter custos. A resposta? Investir em soluções de automação industrial e sistemas de eficiência energética.

Especialista de produto da Mitsubishi Electric*

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por Daniela Coelho*
ESG

Imagine a seguinte situação: você frequenta um determinado restaurante fastfood. Um belo dia, este restaurante não abre por falta de produto. Você não entende, visto que o único trabalho, no seu entendimento, seria preparar e vender aquela refeição. Você fica chateado e vai desabafar nas redes sociais da rede de restaurante.

Essa situação não foi inventada. De fato, ocorreu há alguns anos na Inglaterra, onde uma rede de fast food, após a troca do operador logístico, precisou fechar metade de suas lojas por um dia em decorrência de uma ruptura na distribuição dos insumos para preparar as refeições.

Esse é só um exemplo, mas existem outras notícias de interrupções causadas por fornecedores, como nos setores automobilístico e de transporte público – só para citar alguns casos que tiveram repercussão na mídia.

Mas o que esses exemplos têm a ver com o objetivo deste artigo? A ideia é explicar cada ponto para responder à pergunta.

  1. Gestão de Fornecedores: a troca de fornecedores estratégicos é algo que pode ser motivado por má qualidade na prestação do serviço, instabilidade financeira do parceiro ou a identificação de um prestador de serviço mais qualificado. A desmobilização de um fornecedor é algo que nem sempre é simples e pode envolver meses de planejamento, com a participação das áreas de negócios, compras e jurídico. A transição para o novo parceiro deve considerar uma estratégia de desligamento para minimizar os riscos de interrupção – o que nos leva ao próximo tópico.
  2. Continuidade de Negócios: os fornecedores, assim como os processos, os sistemas e outros recursos são um pilar fundamental em um mapeamento de BIA (em português, Análise de Impacto ao Negócio), assim como processos, sistemas e outros recursos. Um BIA bem executado permite a identificação dos processos primordiais para a continuidade das operações, mesmo em uma situação de contingência e ruptura. Mapear os fornecedores que impactam os processos-chave de uma empresa é etapa fundamental para a construção dos planos de continuidade dos negócios. A definição da estratégia a ser adotada pode incluir a necessidade de se buscar e homologar um fornecedor alternativo. E, também, ter cláusulas contratuais com o fornecedor em que ele se comprometa a submeter um plano de continuidade ao contratante, sendo inclusive ponto de auditoria.Dentro do pacote da Gestão de Continuidade dos Negócios, temos uma abordagem específica de Gestão de Crise, que envolve a preparação e a resposta em caso de incidentes ou crises corporativas. Dependendo da magnitude do evento, os impactos na imagem e na reputação da empresa podem ser gigantescos. E é óbvio que os fornecedores serão lembrados aqui também. Quem não se recorda dos casos de grandes marcas de moda envolvidas em trabalho análogo à escravidão? Pois bem, geralmente esta condição absurda estava ocorrendo na sua cadeia de fornecedores, em confecções terceirizadas ou quarteirizadas. Ou seja, uma crise causada pelo parceiro – ou pela má gestão deste parceiro.
  3. ESG (em português, Meio ambiente, Social e Governança): a satisfação do consumidor é um dos itens do pilar Social, o S do ESG. Quando uma empresa interrompe a prestação de serviço ao seu consumidor, ela está impactando na satisfação do seu cliente. Para algumas empresas isso pode ser tema material, isto é, um tópico relevante que impacta o negócio, e também é relevante aos stakeholders. Inclusive, questões relacionadas à satisfação do cliente podem ser encontradas no questionário de avaliação das empresas que querem ser reconhecidas pelo Sistema B, um modelo de negócio que equilibra propósito e lucro, ou seja, que considera o impacto das decisões nos trabalhadores, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente.

Iniciamos este artigo com um problema de fornecimento que acabou deixando clientes de um restaurante insatisfeitos, possivelmente com fome. Porém, a troca de fornecedores pode ir além do descontentamento do consumidor. Pode ser um caso de segurança. Veja este outro exemplo: uma administradora de shopping (mas poderia ser um hospital, ou lugares com grande circulação) decide otimizar seus custos de manutenção trocando o fornecedor responsável. Nessa transição, as vistorias e os laudos relacionados à infraestrutura não são feitos ou atrasam, por exemplo. O que pode acontecer? Risco de incêndio? Vazamento de gás? Pane elétrica? Como fica o público (e funcionários) que frequenta este lugar? A segurança do cliente não deixa de ser um ponto do pilar social também.

Poderíamos trazer inúmeros outros exemplos. Vale cada gestor refletir sobre tais riscos e agir preventivamente para evitar as rupturas e os impactos aos negócios e stakeholders.

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Fabio MeloFabio Melo*

O consumidor está cada vez mais exigente e de olho no comportamento das empresas e de suas ofertas; no setor alimentício não poderia ser diferente. E o que mais vem chamando atenção é a busca das novas gerações por conveniência: um relatório da McKinsey mostrou que mais de 84% dos consumidores no Brasil mudaram seu comportamento de compra durante a Covid-19 e (adivinhem só) a conveniência foi citada como uma das principais razões para isso.

 

Neste contexto, a tecnologia empregada nas embalagens nunca foi tão importante para a indústria alimentícia. Ela tem sido um recurso fundamental para avançar e atender as expectativas de consumo das novas gerações – tanto dos millennials, quanto da geração Z. Anos atrás, por exemplo, o consumidor estava habituado a comprar peças de carnes de três a quatro quilos, sobretudo porque se fazia muito mais refeições em casa.  Hoje, os novos consumidores preferem comprar carnes em menor quantidade, visando mais praticidade e menos desperdício.

 

A inovação, sem dúvida, acaba sendo a mola propulsora desta mudança. Ela é base para a criação de embalagens cada vez mais práticas e funcionais, trazendo quantidades porcionadas e proporcionando alta durabilidade ao alimento, o que possibilita que dure mais tempo na geladeira. Tudo em nome da conveniência.

 

Para exemplificar, os sistemas a vácuo representam uma das soluções da indústria capazes de manter todas as propriedades do produto. Fomos pioneiros na utilização de sacos a vácuo que garante vida útil de até 90 dias para cortes de carnes refrigerados e no chamado efeito SKIN, que melhora o apelo visual do produto.  São sistemas tão inovadores que aumentam a vida útil da carne bovina e ainda possibilitam a maturação da carne, elevando sua maciez e sua suculência, uma vez que tais embalagens evitam a fuga de líquidos.

 

Atualmente, as soluções de mercado são capazes de produzir embalagens que diminuem as perdas por avaria em até 24%, e estendendo a validade do produto em 44%. Sabemos que as carnes que estão expostas sem embalagens nos açougues perdem umidade e peso. Isso não é interessante para ninguém: nem para o consumidor, nem para os supermercadistas. Afinal os açougues localizados dentro dos supermercados possuem peso importante no faturamento das lojas, e ninguém deseja arcar com esse prejuízo.

 

Mais um ponto positivo para as embalagens tecnológicas: o potencial de faturamento dos supermercados tende a aumentar, uma vez que, com menos perdas, os preços tendem a cair. Ou seja, preços mais em conta nas gôndolas é mais uma conveniência – ainda mais quando falamos em proteínas, principalmente a bovina, que apresentam preços mais elevados.

 

Muitos lojistas já perceberam a importância de oferecer embalagens de alto valor agregado, conquistando a confiança de quem compra e garantindo fidelização. Podemos citar redes como o Oba Hortifruti, que estão desenvolvendo uma vasta linha de produtos com embalagens completamente inovadoras, visando praticidade com fácil abertura, sem precisar de um objeto cortante (além de promover maior vida útil, maturação e suculência para o produto). São histórias de empresas que já perceberam o comportamento do consumidor e desejam estar um passo à frente.

 

O varejo de alimentos, como qualquer business nos tempos atuais, tem que estar em constante renovação, buscando experiências que se traduzam em conveniência ao consumidor. Ao longo do tempo, a embalagem se tornou responsável pela potencialização das vendas, e como especialistas, precisamos enfatizar isso. No varejo do futuro, não há como ser diferente. Se hoje embalar é tão estratégico quanto qualquer outra forma de impulsionar o consumo, daqui para a frente esta tendência só tende a crescer. Estamos preparados para evoluir neste desafio.

Diretor de marketing Brasil da Sealed Air * 

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FernandoPor Fernando Caprioli*

Já sabemos que a pandemia impôs uma nova realidade às nossas vidas em diferentes âmbitos – pessoal, profissional, social e mais. O necessário distanciamento social criou uma demanda por novos modelos de comunicação e trabalho – especialmente para a indústria, tradicionalmente muito calcada no formato presencial. Capacitação e retenção de talentos, manutenção da produtividade e oferta de novas tecnologias que viabilizem um modelo remoto de trabalho são apenas alguns dos tantos desafios enfrentados por empresas do mundo todo neste cenário.

Os modelos remotos – ou híbridos – vieram para ficar. Para citar alguns dados, o número de ofertas de trabalho no modelo home office cresceu mais de 300% durante a pandemia, de acordo com um estudo realizado pelo Vagas.com, site especializado em recrutamento. As vagas remotas correspondem hoje a cerca de 41% das oportunidades abertas na plataforma.

Hoje, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 11% de todos os trabalhadores do país (8 milhões de pessoas) trabalham de forma exclusivamente remota, índice expressivo em um país em que a maior parte das oportunidades compõem a chamada economia de base e são presenciais – trabalho doméstico, varejo, obras e a própria indústria são alguns exemplos.

Nesses quase dois anos de pandemia, a indústria foi particularmente impactada, atravessada por desafios específicos que até recentemente sempre foram endereçados por dinâmicas presenciais, como por exemplo – os treinamentos e capacitações necessários aos operadores e manutentores dos maquinários. A importância destes processos para a continuidade da atividade industrial está mais relevante do que nunca e, como tudo no mercado, está tendo de se adaptar à nova realidade: como garantir a qualidade e segurança da operação industrial remotamente?

Neste contexto, muitas indústrias têm investido em formatos remotos de capacitação profissional. Diferentes ferramentas têm sido colocadas em prática como forma de viabilizar sessões online ou virtuais de capacitação. E isso tem ocorrido por meio de ferramentas digitais em que é possível a realização de treinamentos virtuais ao vivo, gravados ou ainda de maneira híbrida, onde uma parte do treinamento é feita de maneira remota e a outra parte de maneira presencial.

Os benefícios dessas novas ferramentas são evidentes, especialmente para a indústria de alimentos e bebidas, cujas fábricas muitas vezes se localizam em lugares distantes, o que demanda uma logística complexa, aumentando o tempo necessário de todos os envolvidos para a realização dos treinamentos, sejam eles os instrutores ou “alunos”. O treinamento virtual otimiza, de maneira eficaz, o tempo do operador e/ou manutentor da fábrica, que pode aprender sem ter que se deslocar e de acordo com a sua necessidade, visto que a customização é uma das vantagens dessa ferramenta.

Além disso, quando pensamos que as máquinas instaladas na indústria exigem um conhecimento aprofundado e especializado, temos nas ferramentas de capacitação remota uma forma de acelerar a curva de aprendizado dos profissionais, minimizando impactos na produtividade das plantas, especialmente nas fábricas que possuem altos índices de turnover – e que a partir das ferramentas remotas podem capacitar seus novos times com mais agilidade e eficiência.

Fato é que, cada vez mais, as empresas precisarão se adaptar – e seus colaboradores também – a um cenário em constante transformação, criando processos, serviços e tecnologias otimizadas, que alcancem remotamente um público amplo, permitindo reduzir custos e contribuindo para a autonomia e produtividade dos colaboradores, muitas vezes espalhados em diferentes praças.

Podemos ser mais produtivos e manter relações profissionais construtivas e saudáveis trabalhando remotamente. Para isso, precisamos estar dispostos a aprender com as novas tecnologias para aumentarmos nosso nível de conhecimento e diminuir distâncias.

 Diretor de Serviços da Tetra Pak Brasil*

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IMG-9124Por João Carlos Marchesan*

 

Nas duas últimas décadas, diversos choques afetaram profundamente as cadeias globais de valor. Tivemos a quebra do Lehman Brothers, em 2008, e a subsequente crise financeira, passamos pelo terremoto e tsunami, que arrasaram a usina nuclear de Fukushima em 2011, interrompendo a atividade de importantes fábricas japonesas e culminamos com a pandemia da Covid 19, que paralisou fábricas no mundo todo, causando insegurança e desabastecimentos.

Já a partir de 2011, nas manufaturas dos principais países produtores de bens industriais, o conteúdo importado parou de crescer e, regra geral, passou a declinar. As relações entre os EUA e a China, mudaram a partir de Trump, para uma atitude de rivalidade, e até de hostilidade, o que abalou ainda mais a globalização e, na sequência, a pandemia confirmou os riscos da excessiva dependência das cadeias globais e mostrou a importância da produção local.

Poder contar com um nível confortável de produção doméstica, tanto em matéria de insumos e equipamentos de saúde, quanto de bens de capital e outros produtos essenciais à segurança nacional, passou a ser tão importante, depois desta crise pandêmica, como sempre foram a segurança alimentar, a militar e a energética. A redescoberta da importância da indústria está ocorrendo ao mesmo tempo de uma profunda mudança tecnológica, na própria indústria.

O surgimento de um novo paradigma produtivo, baseado na digitalização, na internet das coisas, na ampla utilização de sensores inteligentes e no uso intensivo da big data e da inteligência artificial, abre oportunidades a quem tiver vontade política, para renovar seu setor industrial e torna-lo mais competitivo, condição indispensável tanto para aumentar a participação da indústria no PIB, quanto para alcançar a “segurança industrial”.

Esta oportunidade tem sido percebida pelos países desenvolvidos mais importantes que, a partir da segunda metade da década passada, tem revisitado o papel do Estado na economia, mudando seu posicionamento e passando a defender tanto políticas públicas de desenvolvimento, quanto políticas industriais, com os objetivos de aumentar a capacitação tecnológica e a competitividade de seus respectivos setores industriais e, assim, fortalecê-los.

Deixando de lado a China, onde o desenvolvimento sempre foi função do Estado, a Alemanha, com a “Estratégia Industrial Nacional 2030”, em fins da década passada, foi o primeiro país a declarar que passaria a apoiar ostensivamente sua indústria, protegendo-a contra aquisições externas, ajudando a capitaliza-la se necessário, e criando instrumentos adicionais de apoio financeiro e de P&D,I para que a indústria crescesse dos 20% atuais para 25% do PIB até 2030.

Os Estados Unidos, além de perderem, nas últimas décadas, boa parte de sua manufatura e milhões de empregos de qualidade, exportados basicamente para a Ásia, perderam também a liderança tecnológica e produtiva em setores sensíveis como bens de capital sofisticados, insumos farmacêuticos e até na produção de circuitos integrados. A Intel, por exemplo perdeu 2/3 do mercado que tinha há vinte anos, bem como a liderança tecnológica na fabricação de chips.

Com a eleição do Biden, o governo americano passou a defender um plano ambicioso, com um vasto conjunto de ações, coordenadas pelo Estado, contando com recursos superiores a 5 trilhões de dólares para recuperar a infraestrutura, gerar empregos de qualidade, investir em P&D e mão de obra, apoiar a reindustrialização do país, para trazer de volta boa parte da produção exportada e recuperar e manter a liderança tecnológica nos setores chaves da economia.

O Brasil, com a adesão às regras do “Consenso de Washington” e com a adoção do neoliberalismo, pelos governos que se sucederam, a partir da década de 90, abandonou o modelo de desenvolvimento baseado na industrialização, e crescimento econômico, que foi o projeto do país que uniu sociedade e governo, desde Vargas até os governos militares, substituindo-o pela preocupação com a inflação e com as contas públicas.

Foi a industrialização quem transformou o Brasil, ao longo de meio século, de uma grande fazenda num país relativamente desenvolvido, o que nos permitiu figurar entre as mais importantes economias mundiais, fazendo os brasileiros sonharem com a real possibilidade de virmos a ser um país de primeiro mundo. A partir da década de 80, perdemos o caminho do crescimento e, de um país de construtores e industriais, passamos a ser um país de economistas e contadores.

O ano do bicentenário da proclamação da independência é uma boa ocasião para o Brasil retomar o caminho do crescimento restabelecendo como sua prioridade o desenvolvimento, com redução das desigualdades e respeito ao meio ambiente. Entretanto, manter o câmbio competitivo, um controle eficaz do endividamento público e juros baixos, são itens que, por mais importantes que sejam, são apenas meios e não fins em si mesmos.

Um plano sério para controlar as contas públicas é essencial para o Estado recuperar, desde já, sua capacidade de fazer políticas anticíclicas e retomar os investimentos em infraestrutura, essenciais para gerar empregos, criar demanda para a indústria e melhorar a competitividade da economia brasileira. Isto permitirá reduzir os juros reais básicos, abaixo do crescimento do PIB, garantindo a redução da relação dívida/PIB e eliminando pressões sobre o câmbio.

Ainda que estas condições sejam necessárias para a retomada do crescimento, não serão suficientes sem a utilização de políticas públicas de desenvolvimento, como mostram os exemplos já citados. Não se trata, simplesmente, de recuperar  fábricas fechadas e sim de construir uma nova indústria fortalecendo seus setores mais dinâmicos, aqueles mais intensivos em tecnologia e com mais capacidade para trazer ganhos de produtividade que se espalhem por toda a economia.

Recuperar o desenvolvimento como prioridade da sociedade e da vontade política do Estado é fundamental para se alcançar esses objetivos, como nossa própria experiencia histórica já demonstrou. Uma indústria competitiva, complexa e diversificada é o caminho mais eficiente para crescer de forma sustentada a taxas iguais ou superiores à media mundial. Para construí-la, a mão visível do Estado terá que ser usada com todos seus instrumentos.

*João Carlos Marchesan é administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

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marciomizaelPor Marcio Mizael

A resolução governamental RDC 301, desde o dia 2 de maio deste ano, foi suplantada pela RDC 658, reforçando pontos de atenção no processo produtivo das indústrias do setor farmacêutico. Isso porque, a norma é responsável por estabelecer os requisitos mínimos de boas práticas de fabricação de medicamentos para toda a indústria.

Em 2019, a RDC já havia sido atualizada, com a substituição da RDC 17 para a 301, a fim de alinhar a produção nacional aos requisitos do PIC/S (Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme ou Esquema de Cooperação de Inspeção Farmacêutica, em português). Esse alinhamento foi um dos passos para que o Brasil se tornasse membro da entidade, facilitando assim, a fabricação e a entrada de medicamentos produzidos sob a regulação da ANVISA em novos mercados.

Apesar de não ter passado por edições extremas, a nova atualização da RDC reforça uma série de melhores práticas que as indústrias devem manter. Entre elas está o Sistema de Qualidade Farmacêutica e a RPP (Revisão Periódica de Produtos), uma importante ferramenta de qualidade adotada pelas principais autoridades regulatórias do mundo. Ela avalia todos os atributos dos produtos criticamente e verifica se cada lote liberado durante um período de 12 meses cumpre com os requisitos do processo que foi previamente validado e com as especificações registradas. Desta forma, o objetivo da RPP é manter melhorias contínuas no processo de fabricação.

No entanto, mesmo com o avanço tecnológico, ainda hoje, 80% das indústrias realizam no papel todos os seus registros de lote para posterior auditoria da ANVISA. O levantamento estatístico e a análise de dados através das informações registradas em papel é impraticável e muito custosa para os departamentos de qualidade. Por outro lado, atualmente, já existem no mercado soluções conhecidas como EBR (Electronic Batch Records), que contribuem cada vez mais para uma indústria paperless, transferindo todos os processos do papel para o modelo eletrônico. Para se ter uma ideia, com a tecnologia é possível reduzir 100% do papel para os registros de lote e databook de equipamentos e utensílios, e até 25% o número de documentos de validação, segundo dados da Mesa.org.

Possibilidades de inovação para o para setor farmacêutico

Contando com as vantagens tecnológicas, as indústrias farmacêuticas conseguem, portanto, se adequar às melhores práticas do setor e atender as exigências obrigatórias da RDC da maneira mais eficiente possível, levando para o seu negócio uma série de recursos benéficos como conectividade, virtualização, administração centralizada, segurança, diagnósticos, dados ao vivo, alarmes e eventos, manutenção do estado validado, relatórios analíticos, além de promover a cibersegurança.

Todas essas vantagens proporcionadas pela tecnologia garantem a manutenção das boas práticas de fabricação de medicamentos e ainda geram outros diferenciais para as companhias, como: 45% de redução do tempo de processo; 75% de diminuição do tempo de entrada de dados; 80% de redução nos erros de documentação; 60% de redução no tempo de liberação de lote, entre outros.

A consequência disso é aumento da produtividade e apoio a tomada de decisão estratégica para a promoção de melhorias, além do subsequente aumento da receita, que pode ser convertida em novos investimentos, promovendo o desenvolvimento não apenas dos negócios, mas do mercado como um todo.

Consultor da Indústria Sênior da Rockwell Automation,

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Woman is shopping in supermarket and scanning barcode with smartphoneO código de barras – uma marca onipresente em quase todos os produtos.

Desde que entrou em uso comercial nos anos setenta, a marcação e codificação evoluiu significativamente. Tanto que hoje estamos à beira de uma nova era de marcação de produtos que pode usar a serialização como uma plataforma fundamental para fornecer rastreabilidade, conformidade regulatória e agora até mesmo um engajamento valioso com o consumidor.

Em pouca palavras, o que começou como um meio de identificar um produto para estoque e uso no ponto de venda, agora se tornou a base de um programa completo para proteção da marca. As marcas marcam produtos para identificar lotes, serializar itens individuais e fornecer datas de validade há décadas. Mais recentemente, indústrias como a farmacêutica ficaram na vanguarda do uso de diferentes métodos de codificação para identificação de unidades, lideradas pela necessidade de facilitar a segurança e o recall de produtos.

Para algumas, as necessidades de proteção da marca se estendem à proteção contra o desvio e falsificação, um problema que continua a crescer. Nesse caso, usando tecnologia inovadora, um QR Code ou código de barras existente na embalagem atual de um produto pode ser transformado em um identificador digital exclusivo – ou e-Fingerprint®. Essa solução permite que os inspetores de campo e outros parceiros usem um simples aplicativo de smartphone para autenticar instantaneamente um produto em qualquer lugar da cadeia de suprimentos. Onde isso for adequado para a marca, a mesma oportunidade está disponível para aproveitar essa tecnologia para que os consumidores também possam confirmar a autenticidade do produto.

Rótulos mais inteligentes

Levando esse progresso um passo à frente, com o uso de um rótulo mais inteligente, temos agora o início de uma experiência interativa que pode transmitir ao consumidor informações sobre um produto. Isso oferece um meio valioso de engajamento com um usuário final. Podemos pegar um exemplo de um produto com um QR Code serializado, agregado com produtos similares serializados em caixas e paletes codificados. À medida que os produtos e caixas percorrem a cadeia de suprimentos e seus paletes são escaneados em cada etapa, as marcas podem coletar todos esses dados. Imagine esse mesmo processo para cada uma das principais matérias-primas que compõem esse item, para que você rastreie cada componente. Uma vez que todas essas informações são consolidadas, de repente você tem uma visão completa do caminho do seu produto quando ele chega ao mercado.

A grande perspectiva do cenário

Com esses dados detalhados como base, um QR Code com um número de série dentro dele pode ser escaneado por qualquer smartphone e revelar ao consumidor um nível de percepção que nunca foi alcançado antes. As possibilidades de usar isso para enriquecer o engajamento de uma marca com o consumidor são infinitas. Essa experiência vai muito além do que uma típica página de destino estática para a qual um QR Code normalmente é direcionado. À medida que a demanda do consumidor por transparência cresce, paralelamente a uma maior conscientização sobre o impacto ambiental e social do fornecimento de matérias-primas, essas ferramentas se tornarão inestimáveis.

Os programas de proteção da marca e engajamento do consumidor variam de acordo com os objetivos específicos de um produto. Na Markem-Imaje, trabalhamos em conjunto com nossos clientes para desenvolver uma estratégia sob medida usando o conjunto completo de soluções padrão do nosso portfólio. O que começou há seis décadas como meio de identificação, hoje pode ser usado como uma ferramenta muito mais sofisticada e multifacetada em benefício da proteção da marca.

https://www.markem-imaje.com/pt-br

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fernandocaprioliPor Fernando Caprioli*

Já sabemos que a pandemia impôs uma nova realidade às nossas vidas em diferentes âmbitos – pessoal, profissional, social e mais. O necessário distanciamento social criou uma demanda por novos modelos de comunicação e trabalho – especialmente para a indústria, tradicionalmente muito calcada no formato presencial. Capacitação e retenção de talentos, manutenção da produtividade e oferta de novas tecnologias que viabilizem um modelo remoto de trabalho são apenas alguns dos tantos desafios enfrentados por empresas do mundo todo neste cenário.

Os modelos remotos – ou híbridos – vieram para ficar. Para citar alguns dados, o número de ofertas de trabalho no modelo home office cresceu mais de 300% durante a pandemia, de acordo com um estudo realizado pelo Vagas.com, site especializado em recrutamento. As vagas remotas correspondem hoje a cerca de 41% das oportunidades abertas na plataforma.

Hoje, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 11% de todos os trabalhadores do país (8 milhões de pessoas) trabalham de forma exclusivamente remota, índice expressivo em um país em que a maior parte das oportunidades compõem a chamada economia de base e são presenciais – trabalho doméstico, varejo, obras e a própria indústria são alguns exemplos.

Nesses quase dois anos de pandemia, a indústria foi particularmente impactada, atravessada por desafios específicos que até recentemente sempre foram endereçados por dinâmicas presenciais, como por exemplo – os treinamentos e capacitações necessários aos operadores e manutentores dos maquinários. A importância destes processos para a continuidade da atividade industrial está mais relevante do que nunca e, como tudo no mercado, está tendo de se adaptar à nova realidade: como garantir a qualidade e segurança da operação industrial remotamente?

Neste contexto, muitas indústrias têm investido em formatos remotos de capacitação profissional. Diferentes ferramentas têm sido colocadas em prática como forma de viabilizar sessões online ou virtuais de capacitação. E isso tem ocorrido por meio de ferramentas digitais em que é possível a realização de treinamentos virtuais ao vivo, gravados ou ainda de maneira híbrida, onde uma parte do treinamento é feita de maneira remota e a outra parte de maneira presencial.

Os benefícios dessas novas ferramentas são evidentes, especialmente para a indústria de alimentos e bebidas, cujas fábricas muitas vezes se localizam em lugares distantes, o que demanda uma logística complexa, aumentando o tempo necessário de todos os envolvidos para a realização dos treinamentos, sejam eles os instrutores ou “alunos”. O treinamento virtual otimiza, de maneira eficaz, o tempo do operador e/ou manutentor da fábrica, que pode aprender sem ter que se deslocar e de acordo com a sua necessidade, visto que a customização é uma das vantagens dessa ferramenta.

Além disso, quando pensamos que as máquinas instaladas na indústria exigem um conhecimento aprofundado e especializado, temos nas ferramentas de capacitação remota uma forma de acelerar a curva de aprendizado dos profissionais, minimizando impactos na produtividade das plantas, especialmente nas fábricas que possuem altos índices de turnover – e que a partir das ferramentas remotas podem capacitar seus novos times com mais agilidade e eficiência.

Fato é que, cada vez mais, as empresas precisarão se adaptar – e seus colaboradores também – a um cenário em constante transformação, criando processos, serviços e tecnologias otimizadas, que alcancem remotamente um público amplo, permitindo reduzir custos e contribuindo para a autonomia e produtividade dos colaboradores, muitas vezes espalhados em diferentes praças.

Podemos ser mais produtivos e manter relações profissionais construtivas e saudáveis trabalhando remotamente. Para isso, precisamos estar dispostos a aprender com as novas tecnologias para aumentarmos nosso nível de conhecimento e diminuir distâncias.

Diretor de Serviços da Tetra Pak Brasil*

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Nycholas_2-bg-white (1)Por Nycholas Szucko*

A indústria hoje passa por diversos desafios. Além de enfrentar uma concorrência crescente, interrupções na cadeia de fornecimento e escassez de mão de obra, ainda precisa lidar com a transformação digital e riscos cibernéticos.

A maioria das fábricas não tem a visibilidade total de suas operações por ainda misturar equipamentos antigos – ativos de ICS (sistema de controle industrial) com novos dispositivos IoT. Muitas vezes, nenhum deles tem um sistema eficiente de cibersegurança, tornando-se um alvo fácil para os hackers. Mas isso pode ser evitado por meio de tecnologias de cibersegurança que trazem visibilidade.

Essas soluções integram ferramentas de gerenciamento de riscos que permitem aos gestores ter consciência situacional em tempo real de suas redes OT, incluindo visibilidade de ativos, conexões, comunicações, protocolos e outros pontos que trazem maior segurança. Por meio deste tipo de gerenciamento, é possível automatizar o inventário de ativos, eliminar pontos cegos e revelar legado que possa ter sido perdido anteriormente.

Esse tipo de recurso de segurança pode detectar em tempo real vulnerabilidades, ameaças e anomalias, tanto em instalações brownfield, ou seja, em instalações industriais abandonadas, ociosas ou subutilizadas quanto em greenfield(fábricas iniciais ou em planejamento). Inclui insights do processo que destacam as ameaças à confiabilidade, tais como falha de equipamentos, valores variáveis incomuns e anomalias de comunicação em rede. Também podem emitir alertas e relatórios que sinalizam a existência de um problema.

Um sistema que resume e prioriza os riscos, com inteligência acionável e playbooks para remediação, ajuda a tornar suas instalações mais seguras de forma eficiente e sistemática. Além disso, essas soluções analisam mudanças problemáticas na rede ao longo do tempo e permitem uma resposta mais rápida a incidentes.

Para os fabricantes, esse tipo de investimento se traduz em tempo de funcionamento, maximizado e qualidade de produto e volumes de produção consistentes. Seguindo essas dicas, vamos colocar a mão na massa e procurar trazer mais visibilidade às suas operações investindo em soluções de cibersegurança?

Diretor de vendas da Nozomi Networks*

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4 desafios do setor logístico em 2022

Icone Análise,Artigo | Por em 10 de fevereiro de 2022

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JorlomPor Jarlon Nogueira*

A Logística é a espinha dorsal de qualquer economia e a força motriz por trás de todos os setores, seja agricultura, manufatura ou serviços. E o gerenciamento deste setor dentro de uma empresa está longe de ser fácil.

As empresas devem encontrar maneiras de superar várias adversidades — muitas delas bem complexas. Conheça, abaixo, alguns dos principais desafios quando o assunto é logística e como você pode lidar com eles de maneira eficaz

1. Prazos de entrega

Quem compra os produtos da sua empresa espera recebê-los o quanto antes. O perfil do cliente final mudou, repassando essa urgência do recebimento para quem produz e/ou distribui. É preciso estar a caminho o quanto antes para chegar ao destino tão logo seja possível.

E, infelizmente, longos prazos de entrega podem expor seus produtos a atrasos ainda maiores. Com tantas etapas a serem cumpridas e grandes distâncias para as mercadorias viajarem, há muitas oportunidades para que as coisas dêem errado.

Planejamento eficaz é a solução. Considere ter contratos de frete com transportadoras digitais, que têm um leque maior de possibilidades de frete em muitos lugares do Brasil para não perder oportunidades, principalmente nos aumentos repentinos na demanda.

2. Custos altos

Hoje em dia, os mercados são dinâmicos e os processos logísticos se tornaram mais longos e complexos. É preciso pensar na contratação de pessoas, nos gastos com a compra e manutenção dos veículos, combustíveis e na gestão de toda a cadeia, como também a qualidade do serviço. Todos esses fatores têm um alto custo, pesando no orçamento das empresas.

A saída pode ser tercerizar, principalmente os gastos com transporte. Confiar em uma transportadora digital que tenha experiência no modal rodoviário, colocando em prática os melhores processos e alta tecnologia.

3- Furtos e roubos de carga

Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro são responsáveis por 77% do total de furtos e roubos de cargas no Brasil. Apenas nos cinco primeiros meses de 2021, mais de 5,6 mil crimes desse tipo aconteceram em todo o País. E em 2022 a segurança no frete continua sendo uma preocupação dos gestores logísticos.

A saída é contratar serviços apenas de transportadoras que assegurem não apenas o cavalo, mas também a carga do início ao fim da viagem. E que também sejam rigorosas na seleção dos motoristas, realizando uma uma checagem minuciosa que leva em conta muito mais do que apenas antecedentes criminais, investigando até a sua situação financeira. Tudo para mitigar os riscos no transporte.

Outra parte importante é o gerenciamento de riscos, com a realização de um Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR) que envolva, em cada viagem, toda a cadeia de suprimentos.

4- Falta de gestão

Mais do que nunca a gestão tem um papel estratégico no setor logístico das empresas. As organizações que ainda não investem maneiras de trazer mais inteligência na administração dos processos com certeza perderão muito em 2022.

A adoção de novas tecnologias que levem à transformação digital é mais que necessário – como também a escolha de parceiros que disponibilizam ferramentas inovadoras que ajudem a gestão. Um aplicativo, gestão automatizada dos fretes, Big Data e Inteligência Artificial são fundamentais.

Enfrentar os desafios também exigirá um novo olhar. Talvez seja hora de parar de pensar nos setor logístico como uma entidade rígida e linear e mais como um ecossistema que prospera por meio da sua interconexão, dinamismo e comunicação constante.

As abordagens podem diferir dependendo das necessidades do seu negócio, mas uma conclusão parece certa: contar com novas tecnologias é a maneira mais eficaz de construir uma logística resiliente e eficaz.

 

CEO da AgregaLog — transportadora digital que oferece soluções inovadoras de logística de transporte para a indústria.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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