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A balança comercial de produtos do setor eletroeletrônico deverá fechar 2013 com déficit da ordem de US$ 35 bilhões, valor 9% superior ao registrado em 2012, resultado de exportações de cerca de US$ 7 bilhões e importações de aproximadamente US$ 42 bilhões. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (26) pelo presidente da Abinee, Humberto Barbato, em Belo Horizonte, em reunião com mais de 80 diretores e executivos de empresas associadas à entidade em Minas Gerais.

Segundo Barbato, além do real ainda sobrevalorizado, fica muito difícil melhorar o cenário do comércio exterior, em função da baixa prioridade conferida pelo Brasil aos acordos comerciais com países desenvolvidos. “Nos últimos 12 anos, foram firmados pelo Brasil apenas três acordos internacionais (Egito, Israel e Autoridade Palestina), enquanto, no mundo, foram negociados 453 acordos, dos quais cerca de 300 notificados na OMC. Isso nos permite dizer que além do tão conhecido Custo Brasil, agora temos que suportar um novo custo, o Custo Mercosul”, disse Barbato. Para ele, isso ocorre diante da obrigação do país ter que realizar seus acordos em conjunto com seus parceiros de bloco, que vive uma paralisia no contexto comercial. “Esta situação nos leva a ficar sem novos mercados para nossos manufaturados”, afirmou Barbato. Na ocasião, o presidente da Abinee apresentou um balanço do setor eletroeletrônico em 2013 e as expectativas para o próximo ano. O evento contou com a presença do vice-governador do Estado de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho Jr; do ex-ministro Pimenta da Veiga; do presidente do Sinaees-MG, Ricardo Vinhas; e do Diretor da regional Abinee-MG, Ailton Ricaldoni.

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Produtos fabricados fora do Brasil dominam 82,4% do aumento da demanda doméstica

Os resultados da análise dos Coeficientes de Exportação e Importação (CEI) da Fiesp, divulgados nesta quinta-feira (21/11), pelo Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da entidade, mostram que a queda do Real perante ao Dólar não diminuiu a entrada de importados no mercado brasileiro.

Entre os meses de Julho e Setembro, a demanda doméstica cresceu 4,1%, porém, deste montante, apenas 17,6% foi absorvido por produtos nacionais. A grande fatia, de 82,4%, foi dominada por produtos fabricados fora das fronteiras brasileiras.  O efeito da desvalorização do Real – que passou de R$ 1,99 a R$ 2,33 para cada US$ 1 – não afetou o Coeficiente de Importação (CI), segundo o diretor do Derex, Roberto Giannetti, pois se leva cerca de seis meses para que os efeitos de uma mudança cambial sejam absorvidos pela economia.

“Mais importante que isso, porém, é que o ganho de competitividade da moeda brasileira não ocorreu em relação às moedas de outros países com os quais o Brasil possui grande volume de comércio”, explica Giannetti. “China, Japão e outras nações asiáticas e sul-americanas também sofreram depreciação de suas moedas perante o dólar americano. Houve, portanto, uma desvalorização geral e no mesmo período, o que roubou a competitividade da indústria brasileira.”

O diretor também ressalta que o cálculo dos coeficientes não considera o efeito preço, ou seja, as variações no valor das exportações e importações. Por isso, o déficit comercial registrado no ano não interfere nos resultados da análise.

O CI da indústria geral brasileira fechou o terceiro trimestre de 2013 em 24,7%, valor ligeiramente abaixo do registrado nos três meses imediatamente anteriores (24,8%). No entanto, na comparação interanual, o indicador manteve a trajetória de expansão, com um acréscimo de 2,44 p.p.

O Coeficiente de Exportação (CE), por sua vez, mantem uma tendência de estabilidade em bases anuais. Já na comparação com abril a junho deste ano, o indicador fechou o período com diferença negativa de 0,5 p.p., passando de 21% a 20,5%.

De acordo com a análise do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior, parte dessa redução marginal pode ser atribuída à acomodação da indústria, após o forte desempenho do setor no segundo trimestre deste ano.

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Atividade industrial sobe 1,3%

Icone balanço,Economia | Por em 30 de outubro de 2013

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Segundo pesquisa da Fiesp e do Ciesp, a atividade da indústria de São Paulo de janeiro a setembro deste ano cresceu 3,4%

A atividade da indústria paulista cresceu 1,3% em setembro na comparação com agosto, mostraram dados com ajuste sazonal da Fiesp e do Ciesp. Apesar do dado positivo, o panorama para a indústria de transformação este ano continua sendo de estagnação da produção e crescimento pouco expressivo.

A avaliação é de Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômico (Depecon) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

“O crescimento de setembro já havia sido antevisto no mês passado, já que o número do sensor estava de certa forma agradável”, afirmou o diretor do Depecon.

Em setembro, a percepção do empresariado em relação ao cenário econômico registrou uma melhora para 51,8 pontos.

“Isso não muda, no entanto, o nosso panorama porque a previsão de final de ano não nos dá uma perspectiva de melhora para o último trimestre de 2013”, ponderou.

Francini projeta um crescimento de 2,5% da atividade industrial ao final do ano. Mas esse é um “crescimento baixo da indústria e que não vai repor a perda ocorrida em 2012”, alertou o diretor.

Na avaliação dele, o pior momento para a indústria foi no final do primeiro semestre de 2012, depois ocorreu certa recuperação, mas este ano “está patinando de novo”.

Quanto ao futuro, o diretor sugere cautela para mensurar o comportamento da indústria em 2014. Segundo Francini, a federação ainda está “construindo essa visão e não é a hora para anteciparmos quanto ao desempenho do próximo ano”.

Setores

O desempenho positivo de 1,3% em setembro foi puxado principalmente pela indústria automotiva. De acordo com o Indicador de Nível de Atividade (INA), o setor de Veículos Automotores registrou crescimento de 8,8% em setembro contra agosto, na leitura com ajuste sazonal.

“Há sempre uma pequena perturbação trazida pelo dissídio dos metalúrgicos do setor automotivo, que ocorre no interior do estado em setembro, então as fabricas se preocupam em aumentar sua produção para eventualmente fazer frente a uma paralisação ou algo do gênero”, explicou Francini.

Destaque de baixa, a indústria de Produtos Farmacêuticos registrou atividade estável em setembro ante agosto, mas despencou no acumulado de 12 meses com taxa negativa de 6,2% e na leitura de janeiro a setembro com queda de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

A produção do setor farmacêutico sentiu a forte penetração de importados este ano. Segundo o Coeficientes de Exportação e Importação da Fiesp, a fatia de produtos importados no setor cresceu de 28,3% no segundo trimestre de 2012 para 35,6% no mesmo período em 2013.

Outro viés de baixa para o setor foi o aumento dos preços dos alimentos, que fez o consumidor deixar em segundo lugar a compra de medicamentos.

“O comportamento da inflação, especialmente em produtos alimentícios, estreitou a margem de consumo de medicamentos das famílias”, afirmou o diretor do Depecon.

Desempenho da indústria

No acumulado de 12 meses, o desempenho da indústria nos últimos 12 meses cresceu 2,6%. Já na leitura de janeiro a setembro, a atividade industrial acendeu 3,4%, mas essa variação positiva deve convergir em 2,5% até o final do ano, projeta Francini.

O indicador de Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) manteve-se em 81,4% em setembro versus 81% em agosto, indicando capacidade ociosa na produção.  Já o componente Horas Trabalhadas na Produção indicou queda de 1,3% em setembro contra agosto, com ajuste sazonal, enquanto as Vendas Reais cresceram 0,2% no mesmo período.

Francini explicou que o aumento da produtividade, maior produção em menos horas trabalhadas, reflete o cansaço do empresário na “espera de coisas melhores”.

“Se faz mais produtos com menos horas, então a venda vai continuar crescendo e as horas caindo por conta do aumento da produtividade. O empresário reduz o quadro de funcionários, o que também já está acontecendo”, afirmou.

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Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, a desvalorização do real frente ao dólar que vem ocorrendo nos últimos meses pode contribuir para a retomada da competitividade da indústria eletroeletrônica. Para ele, apesar de o momento ser de grande volatilidade, o patamar atual do câmbio possibilita que os produtos fabricados no país fiquem mais competitivos diante dos importados. “Isto ocorre em relação ao mercado interno, e também abre espaço para as nossas exportações”, diz. Ele acrescenta que, quanto maior a agregação de valor local, maior o benefício, como é o caso nas áreas de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Equipamentos Industriais.

Barbato afirma, também, que, num primeiro momento, há uma fase de adaptação e ajustes no caso de produtos fabricados no país, com parcela significativa de componentes importados, notadamente, os voltados à área de TICs. “No entanto, em um segundo momento, estes bens também poderão ganhar competitividade”. O presidente da Abinee ressalta, ainda, que o novo cenário abre espaço para que o governo possa implementar uma política de exportações para o setor elétrico e eletrônico, como já proposto pela entidade, com o objetivo de reduzir o desequilíbrio da balança comercial através da ampliação das exportações. No médio e longo prazo, Barbato destaca que o câmbio mais equilibrado pode contribuir para atração de fabricantes no país e permitir que bens que tiveram a produção desnacionalizada voltem a ser fabricados.

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“Continuaremos alertas para evitar qualquer nova medida de exceção”, diz o presidente, Ennio Crispino

A ABIMEI recebeu com satisfação a decisão do Governo de não prorrogar a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), que vence em setembro, e desistir de publicar uma nova listagem, como era esperado. O anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, feito na tarde de ontem, 1/8, trouxe alívio aos importadores de bens de capital e meios de produção, que tiveram o imposto de importação (II) aumentado em outubro passado, de 14% para 25% em média e estavam ameaçados de sofrer novo aumento, chegando a 35% em alguns produtos, o máximo permitido pela Organização Mundial do Comércio. Com a decisão federal, o imposto de importação incidente sobre os 100 produtos integrantes da lista em vigor voltará ao patamar anterior, variando entre 8% e 12%, segundo Mantega.De acordo com o ministro, a decisão tem o objetivo de evitar que a alta do dólar eleve o preço dos insumos importados e pressione a inflação, além de ser uma ajuda à indústria nacional neste período de baixo crescimento. “Passado um ano, temos condição de retornar a alíquotas anteriores, ou seja, reduzi-las para os patamares originais, de forma a reduzir os custos para a indústria de transformação que utiliza esses insumos”, disse.
“A decisão acertada do Governo vem corrigir a decisão errada, que foi incluir bens de capital e insumos necessários à produção em uma lista genérica, onde havia desde batatas, tijolos, vidros, resinas petroquímicas até medicamentos, centros de usinagem e pás escavadeiras, entre outras máquinas necessárias ao desenvolvimento do País. Não houve critério na
elaboração da lista, prejudicando o industrial que precisava de, por exemplo, centros de usinagem, para continuar produzindo”, diz Ennio Crispino, presidente da ABIMEI. Recentemente, o Governo acenou com a possibilidade de lançar uma nova lista de exceção, com mais uma centena de produtos para sofrerem aumento do Imposto de Importação. A ABIMEI criou um Grupo de Trabalho e contratou uma consultoria jurídico-econômica para organizar os pleitos de contestação e os levou ao Governo. Segundo Crispino, a revogação desta segunda lista, anunciada pelo ministro da Fazenda, traz novo ânimo à indústria em geral. “Esperamos que o Governo tenha percebido que medidas protecionistas não ajudam em nada a indústria nacional, ao contrário, impedem o seu crescimento. A primeira lista mostrou que, em certos casos, o produto nacional subiu de preço, por falta da concorrência internacional. Em outros, o industrial precisou atrasar os pedidos, por falta de máquinas”, afirmou. “A ABIMEI continuará alerta para evitar que sejam adotadas novas medidas de exceção”, afirmou o presidente da ABIMEI.

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Projeção da Fiesp e do Ciesp é de crescimento de 1% no índice de  emprego; número de vagas, porém, ainda não é expressivo

A indústria paulista criou 3,5 mil empregos em maio em comparação com as contratações ocorridas em abril, mostra pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo divulgada pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), nesta quinta-feira (13/06). O quadro de funcionários do setor manufatureiro deve aumentar em até 30 mil funcionários em 2013, de acordo com projeção das entidades, que mantêm a estimativa de crescimento de 1% para indicador até o final deste ano.

O prognóstico, no entanto, continua indicando que a indústria patina em sua esperada trajetória de recuperação. Se comparado ao desempenho de 2012, quando a indústria demitiu ao menos 50 mil trabalhadores, a previsão para 2013 aponta para uma tímida melhora.

O diretor-adjunto do Departamento Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Walter Sacca, argumenta que apesar da melhora de produtividade no setor manufatureiro, a indústria ainda parece estar longe de retomar sua competitividade.

“O crescimento de produtividade ainda não é suficiente para compensar os problemas de competitividade da indústria”, afirmou Sacca ao comentar os números em entrevista coletiva.

O diretor acredita que o próximo passo é priorizar aumento da competitividade para que a indústria se recupere das fortes perdas ocorridas nos últimos três anos. “Além de outros fatores que esperamos que continuem sendo corrigidos, como juros mais baixos e o equilíbrio cambial”, completou.

Nível de Emprego

O levantamento da Fiesp e do Ciesp apontou ainda, uma variação negativa para o emprego no mês de maio em 0,37%, considerado os efeitos sazonais. A pesquisa revelou que nos últimos 12 meses foram fechados 30,5 mil postos de trabalho, uma queda de 1,14% no mês passado na comparação com maio de 2012.

No acumulado do ano, a indústria paulista criou 64 mil empregos, com uma variação positiva de 2,48%.

Do total de empregos gerados em maio deste ano, o setor de açúcar e álcool foi responsável pela criação de 2.176 vagas, o equivalente a uma taxa praticamente estável de 0,09% na comparação com abril. Já os outros setores da indústria de transformação geraram 1.324 postos de trabalho, ou seja, uma variação, também perto da estabilidade, de 0,05%.

No acumulado do ano, a indústria sucroalcooleira criou 37.003 vagas. Já os outros segmentos do setor manufatureiro geraram 26.997 novos empregos.

Segundo a pesquisa, no acumulado até maio de 2007 o setor de açúcar e álcool era responsável por 64,7% das contratações. Já no acumulado até maio de 2013, o setor é responsável por 21,2% das contratações.

“O setor continua sendo mais influente nessa época do ano no nível de emprego, mas com um peso que diminui como tempo. Os indícios são de que o processo esta muito próximo do fim no que diz respeito à automação da colheita, principalmente no estado de São Paulo”, explicou Sacca.

Setores e regiões

Das atividades analisadas no levantamento, 12 computaram alta, seis fecharam o mês em queda e quatro ficaram estáveis. O emprego no setor de Fabricação de Coque de Produtos Derivados do Petróleo e de Biocombustíveis registrou a maior alta do mês com 2,3%, o que representa a contratação de 1.108 novos empregados. Outro desempenho positivo foi o da indústria de Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos, que encerrou o mês com ganhos de 1,6% ao contratar 1.110 trabalhadores em maio.

Já o emprego nas indústrias de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos e de Couros e Fabricação de Artigos de Couro, Artigos de Viagem e Calçados teve perdas no mês de 1,5% e 1,1%, respectivamente. O setor de máquinas e materiais elétricos demitiu 1.613 empregados, enquanto o segmento de artigos de couro fechou 802 postos de trabalho.

A pesquisa da Fiesp e do Ciesp mostrou ainda que das 36 regiões analisadas, 19 apresentaram quadro positivo, nove ficaram negativas e oito regiões encerraram o mês estáveis.

Matão foi a cidade que apresentou a maior alta com taxa de 3,35% em maio, impulsionada por Produtos Alimentícios (6,54%) e Máquinas e Equipamentos (2,65%). A região de São José do Rio Preto registrou ganho de 2,37%, sob influência positiva dos setores de Coque, Petróleo e Biocombustíveis (11,08%), Produtos Alimentícios (4,07%). Santa Bárbara do Oeste subiu 1,43%, influenciado por Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (12,12%) e Produtos Alimentícios (8,88%).

Entre as cidades com desempenho negativo, destaque para Jaú, que computou a queda mais expressiva do mês com 3,43%, abatida pelas perdas em Produtos de Minerais não Metálicos (-15,70%) e Produtos de Metal, Exceto Máquinas e Equipamentos (-12,12%). Indaiatuba fechou o mês com baixa de 2,65%, pressionada pelo desempenho ruim dos setores de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-44,56%) e Máquinas e Equipamentos (-2,28%). O emprego em Araçatuba caiu 0,82%, com perdas mais expressivas em Produtos de Minerais não Metálicos (-26,67%) e Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-7,25%).

Fonte: Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – CIESP


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Balanço parcial apurado até esta sexta-feira, 7, aponta volume de negócios na faixa de R$ 28 milhões. Até o dia 12, a organização do evento divulga os números finais

A indústria, com ânimo para investimentos de retomada, foi protagonista da FEIMAFE 2013 – 14ª Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura, que termina amanhã no Anhembi, São Paulo. Dentre as empresas que já divulgaram o balanço da participação no evento, até sexta-feira, 7, penúltimo dia de evento, o total de negócios consolidados ultrapassou os R$ 28 milhões. Nos 85 mil m² do Anhembi, os visitantes puderam conhecer lançamentos e inovações da indústria de bens de capital de 1.466 marcas expositoras. Dentre as participantes, 37 foram empresas participando pela primeira vez na FEIMAFE.  De acordo com Liliane Bortoluci, diretora da feira, foi destaque desta edição a participação internacional.  “Recebemos 776 marcas nacionais e 690 internacionais, oriundas de países como Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, entre outros. Isso demonstra a solidez da economia brasileira, e como o mercado internacional está interessado em negociar com o público brasileiro”, explica.

Foi a melhor edição de todos os tempos” – acredita Alfredo Ferrari, Presidente da Comissão da organização da feira pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos)  e diretor da Ergomat – a cada edição notamos um crescimento qualitativo de expositores, visitantes e de negócios”. Roberto Ferraretto de Mello, diretor da Mello, aproveita o bom desempenho da empresa na FEIMAFE para apresentar a amplitude de trabalhos efetuados pelas máquinas-ferramenta. “Desenvolvemos uma retificadora plana com capacidade de 850 mm de transversal, única no mundo, a partir de um pedido de um cliente que produz copinhos para brigadeiros e cupcakes. Estamos concretizando vendas na feira todos os dias, incluindo contratos de equipamentos de grande porte. Apostamos na retomada da indústria”.

Essa recuperação da indústria de base também ganha reforço do BNDES. A evolução dos financiamentos do banco federal para o setor de máquinas-ferramenta foi de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. A perspectiva é que até o fim do ano os investimentos cheguem a R$ 100 bilhões, 30% a mais que 2012. “Não existe nenhuma economia industrial moderna que possa prescindir da consistência deste setor”, afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na abertura da FEIMAFE.  Já a Desenvolve SP, Agência de Desenvolvimento Paulista, firmou 117 acordos operacionais até hoje (7), penúltimo dia de evento.

Outra característica sempre presente na feira confirmou-se mais uma vez: a capacidade de proporcionar para expositores negócios que fazem diferença ao longo do ano. É o que comprova André Chiumento, da Ajan. “Ao final de cada dia de feira, contabilizamos 20 bons contatos. Falo de contatos sólidos, que têm boas chances de virar negócio. Participamos de feiras menores e essa é nossa primeira FEIMAFE que,  posso dizer, é um divisor de águas”. Para Rodolfo José de Souza, diretor da MSL Prensas, o impacto da feira é crucial. “Alavanca 50% da nossa produção anual, o que significa de R$ 7 milhões a R$ 8 milhões”.

Os números parciais da FEIMAFE confirmam também dados de crescimento divulgados pelo IBGE em junho. Segundo o instituto, o crescimento acumulado da indústria de bens de capital em 2013 chegou a 13,4% de janeiro a abril, dado observado na prática quando expositores se impressionaram com o interesse de visitantes na aquisição de máquinas. “Foi uma surpresa – diz Renato Campello, diretor da P/A Brasil geralmente fazemos apenas contatos, e as vendas se desenrolam no pós-feira. Parece que vai haver uma reação do mercado”. A opinião é compartilhada por Alessandro Penna, gerente da Iscar. “Vendemos na feira, o que não era esperado. Nossa presença foi focada para geração de contatos, e isso também fizemos bastante. Temos muitos negócios projetados para as próximas semanas”.

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Estimativa da entidade para o PIB do primeiro trimestre, divulgado nesta quarta-feira, é de crescimento de 0,8%

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista apontou crescimento de 0,2% em abril sobre março, livre de efeitos sazonais, mostrou pesquisa da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). O levantamento apurou estabilidade do índice. Ao divulgar os números de abril, o diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) das entidades, Paulo Francini, informou que a federação revisou para baixo sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2013 – de 3% para 2,5%.

Para o PIB do primeiro trimestre de 2013, que deve ser divulgado na manhã desta quarta-feira (29/05), a Fiesp projeta um crescimento de 0,8%. O número é abaixo do apurado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que tenta antecipar o resultado do PIB, que registrou aumento dessazonalizado de 1,04%.

“Eu diria que o ânimo com o qual entramos em 2013, prevendo taxa de crescimento de 3%, diminuiu”, disse Francini. “O resultado do primeiro trimestre – provavelmente errático nos meses de janeiro, fevereiro e março – ficou aquém das nossas expectativas e isso nos obrigou, e eu diria que obrigou a todas as entidades que fazem previsões, a rever os prognósticos”, completou.

A Fiesp também revisou para baixo a projeção para o PIB da indústria de transformação em 2013. Caiu para 1,9% ante estimativa anterior de 2,4%. A perspectiva para o PIB da construção civil também foi revista para baixo: 1,9% este ano versus 2,4% previsto anteriormente para o mesmo período.

O emprego industrial também deve desacelerar segundo novas estimativas da federação. Anteriormente a taxa do emprego na indústria paulista era atingir 1,6% em 2013; agora, os prognósticos indicam um crescimento de 1%.

Na contramão, o Indicador de Nível de Atividade (INA) da Fiesp deve fechar o ano com variação positiva de 3,2%. A expectativa anterior era de 2,3% para o ano.

Segundo Francini, no entanto, as ações do governo como redução da taxa Selic, desvalorização de 25% da moeda, desoneração da folha de pagamento para alguns setores e redução do spread bancário são “indiscutíveis”. Mas, apesar de o INA sofrer revisão para cima, o setor manufatureiro do país ainda não demonstra sinais claros de recuperação.

“A indústria padece de um período longo de grande descaso. Foi submetida a um processo cruel de valorização da moeda e penetração feroz da produção importada”, afirmou o diretor da Fiesp e Ciesp.

“Em 2007, a balança comercial de produtos manufaturados era equilibrada, próxima de zero entre importado e exportado”, lembrou Francini. “Esse ano devemos bater um déficit de US$110 bilhões na balança comercial de produtos manufaturados. Para você ver a deterioração da indústria de transformação do Brasil”, alertou.

Atividade Industrial

Em relação a abril do ano anterior, o índice de atividade da indústria medido pela Fiesp e pelo Ciesp apresentou um crescimento de 10,4%, enquanto o dado de abril sobre março sem ajuste sazonal apresentou ganhos 3,8%.

Francini explica, no entanto, que a variação bem mais positiva comparativamente ao número com ajuste sazonal (0,2%) se explica no fato de abril ter contado dias úteis a mais este ano.

“O mês de abril foi excepcional porque teve dois dias úteis, trabalhados, a mais para indústria do que a média. Portanto, teve 10% mais de tempo de trabalho. O dessazonalizador pegou esse efeito e transformou em 0,2%”, explicou.

No acumulado de 12 meses, o nível de atividade da indústria foi negativo em 1%. Já no acumulado de janeiro a abril de 2013, o indicador registrou variação positiva de 4,3% em relação ao mesmo período de 2012.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) de abril permaneceu no mesmo patamar de março, ou seja, 82,1%, na leitura com ajuste sazonal.

Dos setores avaliados pela pesquisa em abril, o segmento de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos foi destaque de alta com variação positiva de 12,4% na leitura com ajuste sazonal, enquanto a atividade industrial no setor de Máquinas e Equipamentos encerrou o mês estável.

Já o setor de Metalurgia Básica registrou a maior queda, de 6,1% sobre março, em termos ajustados.

Expectativa

A percepção geral dos empresários com relação ao cenário econômico no mês de maio, medida pelo Sensor Fiesp, registrou leve queda: 51,6 pontos contra 50,9 pontos em abril.

O item Mercado apresentou estabilidade no mês corrente, ficando 53,1 pontos versus 54,5 em abril. O mesmo aconteceu com o indicador Estoque: 51,2 pontos atuais contra 50,8 pontos em abril.

A percepção dos empresários quanto ao Emprego apresentou melhora de ao menos sete pontos, passando de 44,3 pontos no mês anterior para 51,7 pontos em maio. A situação para o Investimento também melhorou para 55,2 pontos no mês atual contra 53 pontos.

Na contramão, a percepção quanto ao indicador Vendas piorou para 46,6 em maio ante 52,1 pontos em abril.

Com exceção do item Estoque, resultados do Sensor acima de 50 pontos revelam uma percepção positiva do industrial sobre o comportamento do componente no mês de referência.

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Apesar da alta, desempenho do mercado de trabalho em abril fica abaixo do esperado para o mês

A indústria paulista criou 26,5 mil postos de trabalho em abril na comparação com o quadro de funcionários verificado em março, mostrou pesquisa da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) nesta terça-feira (14/05), em meio a expectativas das entidades de recuperação mais tímidas do emprego no setor manufatureiro bem como na atividade industrial.

Segundo Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), a Fiesp e o Ciesp devem revisar para baixo as projeções de crescimento para a atividade industrial, o emprego na indústria e para o Produto Interno Bruto (PIB).

“Na verdade, o ano 2013 chegou com um grau de recuperação menor do que o que estava sendo esperado. As previsões, sem exceção, têm sido revisadas para números menores e a nossa não vai fugir da regra”, afirmou Francini.

A pesquisa

Embora tenha indicado geração de vagas, a Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo apontou uma variação negativa para o emprego no mês em 0,40%, com ajuste sazonal, porque o desempenho do mercado de trabalho para o mês de abril costuma ser melhor, explicou Francini.

O resultado de abril foi o pior da série, iniciada em 2006, com exceção das fortes perdas registradas em 2009 e 2012, 0,79% e 0,89% respectivamente.

No acumulado do ano foram gerados pela indústria paulista 60 mil empregos, com um crescimento de 2,34%. Apesar de positiva, a taxa de criação de vagas do mês continua apresentando o menor desempenho desde 2006, início da pesquisa, com exceção da crise de 2009, quando o índice apurou perdas de 1,30% no acumulado daquele ano, e de 2012, quando a leitura apontou ganhos de 0,70% para o mesmo período.

Nos últimos 12 meses foram fechados 12 mil postos de trabalho, ou seja, um recuo de 0,46% em relação a abril de 2012.

“Uma recuperação vem ocorrendo no mesmo tom e ritmo da indústria: moderado”, avaliou o diretor do Depecon. “Isso faz com que continuemos com uma visão positiva de 2013 menos pelo mérito do ano e mais pela grande queda ocorrida em 2012”, completou.

Setores e regiões

Do total de empregos gerados em abril, o setor de açúcar e álcool contribuiu com a criação de 18.207 postos no mês, o equivalente a uma taxa positiva de 0,70% na comparação com março. Os outros setores da indústria de transformação geraram 8.293 vagas, o equivalente a um ganho de 0,32%.

No acumulado do ano, a indústria sucroalcooleira criou 32.993 vagas enquanto os outros segmentos da produção brasileira abriram 27.007 novos postos de trabalho.

Das atividades analisadas no levantamento, 13 apresentaram efeitos positivos, seis fecharam o mês em queda e três ficaram estáveis. O emprego no setor de Produtos Alimentícios registrou a maior alta do mês com 5,9%, seguido pelo desempenho positivo na indústria de Fabricação de Coque, de Produtos Derivados do Petróleo e de Biocombustíveis, que encerrou o mês com ganhos de 5,2%.

Já o emprego na indústria de Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos e de Móveis apuraram perdas no mês de 0,8% e 0,6% respectivamente. A pesquisa da Fiesp e do Ciesp mostrou ainda que das 36 regiões analisadas, 23 apresentaram quadro positivo, seis ficaram negativas e sete  encerraram o mês estáveis.

Jaú foi a cidade que apresentou a maior alta com taxa de 4,91% em abril, impulsionada por Produtos Alimentícios (14,01%) e Produtos de Madeira (6,73%). A região de Araçatuba registrou ganho de 4,51% sob influência positiva dos setores de Produtos Alimentícios (13,27%) e Coque, Petróleo e Biocombustíveis (10,97%). Enquanto Botucatu subiu 3,78%, influenciado por Produtos Alimentícios (10,06%) e Produtos Minerais não Metálicos (3,46%).

Entre as cidades com desempenho negativo, destaque para Santo André, que computou a queda mais expressiva do mês com 1,34%, abatida pelas perdas em Produtos Alimentícios (-27,6%) e Confecções de Artigos do Vestuário (-5%). Santos fechou o mês com baixa de 1,10%, pressionado pelo desempenho ruim dos setores de Confecção de Artigos e Vestuário (-5,05%) e Impressão e Reprodução de Gravação (-1,66%). O emprego em São Caetano caiu 1,08%, com perdas mais expressivas em Produtos Diversos (-32,62%) e Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-3,12%).

Fonte:FIESP

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Ao avaliar os últimos dados de desempenho da economia, o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, considera que já há sinais de “grandes dificuldades” para o Brasil alcançar os 3% de crescimento do PIB projetados no início deste ano. “Iniciamos o ano prevendo crescimento da indústria de 2,5%, e do PIB de 3%. Com estes primeiros dados, já sabemos que o desempenho industrial será menor. Se não houver mudanças na política econômica, vamos enfrentar grandes dificuldades em 2013”, afirmou Skaf.

Segundo dados do IBGE divulgados hoje (02/04), a produção industrial de fevereiro apresentou recuo de 2,5%. Tal resultado praticamente elimina o avanço de 2,6% registrado em janeiro, além de ser a queda mais expressiva do indicador desde dezembro de 2008, quando foi verificada uma retração de 12,2%.

O número de fevereiro indica que 15 dos 27 ramos pesquisados apresentaram queda, com destaque para a forte influência negativa exercida pelo setor de veículos automotores, que recuou 9,1% e eliminou o avanço de 6,2% observado em janeiro. Outras influências negativas relevantes vieram dos seguintes setores: farmacêutica (-10,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-5,8%), bebidas  (-5,2%), alimentos (-1,3%), mobiliário (-9,9%), celulose, papel e produtos de papel (-2,0%) e indústrias extrativas (-1,9%).

As informações disponíveis sobre o mês de março não são animadoras. O comércio apresenta pesquisa em que a medição aponta, pelo terceiro mês seguido, diminuição no Índice de Intenção de Consumo das Famílias. Em março, a queda foi de 4,3% em comparação a fevereiro – e de 9% em relação ao mesmo período de 2012, sendo o menor registro desde setembro de 2009. Números preliminares da indústria de bebidas apontam recuo maior que 10%.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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