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bx_Jayme_Bydlowski_blog_industrialNeste mês, a Revista P&S traz uma análise setorial com os presidentes das câmaras da Abimaq. O empenho da minha amiga e editora da publicação Erica Munhoz* traz dados reveladores (veja aqui). Ela também entrevistou o presidente da Câmara Setorial de Ar Comprimido e Gases (CSAG), Jayme M. Bydlowski, que enviou as respostas depois do fechamento da revista.
Confira a entrevista abaixo:
Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

Jayme M. Bydlowski: O ano de 2009 mostrou um primeiro semestre contraído. Muitos segmentos registraram queda nos seus volumes ou os empresários ficaram receosos em aumentar sua capacidade e/ou fazer novos investimentos em um panorama de incertezas. Já no segundo semestre, quer pela melhor visibilidade de negócios, quer pelo programa anticíclico do governo, o volume de negócios tem apresentado progresso mês após mês. Antecipamos a continuidade na melhoria nos negócios, contudo o ano de 2009 será igual ou menor em até 15% do que 2008.

Como o segmento se comportará em 2010?
Jayme M. Bydlowski:
Observamos uma melhoria consistente no ambiente de negócios junto aos principais setores de clientes, o que nos deixa confiante para 2010. Ainda mais que todas as projeções dos agentes econômicos estão sendo revisadas para melhor frequentemente. Aguardamos um aumento de 10% a 15% em relação a 2009.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o senhor imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?
Jayme M. Bydlowski:
Nós também temos revisto nossas projeções para melhor. Se no primeiro semestre achávamos que 2008 só seria igualado no final de 2011, hoje, ainda que com otimismo, achamos que retornaremos ao nível de 2008 já ao final de 2010.

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?
Jayme M. Bydlowski:
O maior estrago foi na exportação e no setor industrial com o corte de investimentos. Deixa de investir, não gera demanda, desemprego, insegurança, estagnação da economia.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.
Jayme M. Bydlowski:
O setor é bastante competitivo no mercado interno com a presença de vários fabricantes locais e outros com fabricação em todos os continentes. Tecnologicamente os equipamentos aqui oferecidos são de classe mundial e são tecnicamente competitivos no exterior. Se algo diminuir a competitividade do setor, penso que seria mais associado ao câmbio do que às competências locais.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?
Jayme M. Bydlowski:
Receio do empresário em investir, não renova e não cresce a população de máquinas, os novos negócios não existem.

Quais as soluções que a câmara busca para solucionar esse problema?
Jayme M. Bydlowski:
Através de auxílio ao associado com programas de estímulo a exportação através da APEX, fornecendo possibilidades de treinamento, cooperando na participação em feiras, propiciando melhorias do financiamento através do FINAME e ferramentas de tecnologia por meio da criação do LASAG – Laboratório de ar comprimido e gases que terá a função de testar compressores e equipamentos para tratamento de ar comprimido.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento?
Jayme M. Bydlowski:
O setor precisa voltar a investir, o empresário precisa sentir segurança, assim, retornamos à atividade.

* Erica Munhoz está em férias até a primeira quinzena de dezembro.

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Conforme divulgado na edição 419, de novembro, da Revista P&S, segue abaixo as entrevistas, na íntegra, de algumas das câmaras setoriais que compõem o Sistema Abimaq, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. Esta iniciativa tem como objetivo proporcionar aos nossos leitores um panorama dos principais setores que compõem a indústria de bens de capital. Solicitamos às câmaras que respondessem a perguntas que consideramos de interesse do mercado. O intuito é posicionar e dar diretrizes a todos que nos acompanham em seus planejamentos para o próximo ano.

Caso queria acessar todas as entrevista de uma só vez, clique na Categoria Balanço e Perspectivas Câmaras Abimaq, ou em cada link abaixo:

Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura – CSMF

Câmara Setorial de Equipamentos Navais e de Offshore – CSEN

Câmara Setorial dos Fabricantes de Ferramentas – CSFF

Câmara Setorial de Válvulas Industriais – CSVI

Câmara Setorial dos Fabricantes de Vedações – CSVED (criada em outubro de 2009)

Câmara Setorial de Movimentação e Armazenagem – CSMAM

Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para Indústria do Plástico – CSMAIP

Câmara Setorial dos Fabricantes de Motores – CSMOTORES (criada em outubro de 2009)

Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias – CSMR

Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas – CSMIA

Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação – CSEI

Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios Têxteis – CSMAT

Câmara Setorial de Equipamentos para Ginástica – CSGIN

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Presidente: Roberto SchaeferCSMF

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

2009 até a metade do ano foi bem ruim, mas após o anúncio do pacote de incentivo do governo federal o segmento começou a se movimentar. A partir de outubro ficou mais forte, com fechamentos efetivos de pedidos. De uma queda antes estimada em 30%, encerraremos o ano com 15% na comparação com os resultados de 2008. Já percebemos que os projetos que ficaram represados desde o início da crise econômica mundial começaram a sair das gavetas, o que é muito bom.

E como o segmento se comportará em 2010?

Os investimentos de grande porte em infraestrutura, motivados pelo Plano de Aceleração do Crescimento, PAC, pela Copa do Mundo, pelas Olimpíadas – que por sua vez motivarão também a troca de máquinas e equipamentos –, alavancarão os resultados em 2010, que devem ficar próximos aos de 2008.

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CSENPresidente: César Prata

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

2009 é um ano com a cara de 2007. O setor de máquinas enfrentará uma redução de 15% a 20% sobre 2008, portanto com resultados similares aos de 2007. Especificamente sobre o setor naval e offshore há um lado positivo: não houve cancelamentos de projetos. Todos os navios e plataformas em construção ou em planejamento continuam em andamento. O lado negativo são os atrasos de todas as licitações e contratos da Petrobras e da Transpetro.

E como o segmento se comportará em 2010?

O ano eleitoral deverá acelerar algumas encomendas. Acreditamos em uma elevação no volume de negócios da ordem de 10%, resultado ainda abaixo dos alcançados de 2008.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?

Creio que 2012, se o governo atentar para mais conteúdo local nas obras.

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?

Pouco afetou se olharmos apenas o número de projetos em andamento. No entanto, a voracidade dos nossos concorrentes estrangeiros aumentou por conta da maior recessão nos seus países de origem. Outro fator importante é o cambio, que conspira contra a fabricação local.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.

Máquinas e equipamentos brasileiros são muito competitivos se olharmos o número de horas consumidas para fazermos o mesmo produto aqui e comparando com as horas gastas no resto do mundo. Somos muito mais eficientes que os chineses. A nossa qualidade também supera a chinesa e, em alguns segmentos a americana, mas sucumbimos no custo Brasil. Hoje, exportamos cerca de 20% do que produzimos graças a nossa qualidade, não ao preço.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?
 
Tributação excessiva: temos enorme carga tributária sobre máquinas e somos o único país que tributa o investimento em uma máquina que vai produzir bens, empregos e riquezas. E como temos uma cadeia produtiva de muitas etapas, os impostos incidem várias vezes sobre nossos insumos.

Juros altos:  nossa taxa Selic, mesmo depois da forte queda, ainda está vinte vezes mais alta que os juros europeus e americano hoje. Isso afeta nossos custos de produção de máquinas pelo custo do capital de giro e, principalmente, naqueles bens de prazos longos de fabricação, onde acabamos financiando o cliente e o governo que por vezes recebe nossos impostos até antes de recebermos o pagamento do cliente.

Leis trabalhistas: nossas leis são da “Era Vargas”. São sempre pró-trabalhador em detrimento de crises, interesses nacionais, lei da oferta e procura, concorrência externa etc. E os encargos sociais e custos rescisórios são elevados.

Infraestrutura:  não há ferrovias, portos, navios de cabotagem, navegação interior, dutos, aviões e estradas suficientes para o escoamento eficiente e barato da produção. Isso encarece a atividade. Nossas comunicações e transmissão de dados são lentas quando comparadas às dos países industrializados que concorrem conosco.

Falta de isonomia: contra a importação de navios há uma enorme barreira tarifária que protege os estaleiros locais. No entanto, para se importar as máquinas que os equipam, não há barreiras. Nossos concorrentes de fora chegam sem tributos e com subsídios de seus países de origem. Por isso, somos produtores apenas de cascos. A parte inteligente, a começar pelo projeto, quase sempre vem de fora.

Câmbio: é livre, dizem. Porém, os juros altos e a forte exportação de commodities acabam provocando grande entrada de dólares que supervalorizam nossa moeda e nos colocam em desvantagem competitiva com relação ao resto do planeta.

Judiciário lento: quando um cliente não paga e o assunto vai para na justiça, é quase como se tivéssemos que transferir a dívida para um tipo de fundo perdido. Demora muito, e nem sempre se resolve.

Quais as soluções que a câmara busca para sanar esse problema?
 
O setor não está regulado. Cobramos uma política de governo. A exemplo: que concedam ao navipeças local as mesmas barreiras tarifárias já praticadas em todos os demais segmentos brasileiros, como da indústria automotiva, por exemplo; que nas compras estatais, exijam mais conteúdo local nos contratos, pois quando os fornecedores são locais, um-terço do valor dessas compras volta para o governo em impostos, sem falar no impacto social; que os financiamentos do BNDES, Banco do Brasil sejam 100% da parte nacional dos empreendimentos, deixando as importações serem financiadas pelos países de origem dos fornecedores interessados, já que não faz sentido usar dinheiro nosso para criar empregos lá fora.

O que tem sido feito para fomentar esse setor?

O BNDES tem sido um grande aliado. Podemos adquirir e vender máquinas com financiamentos de até 10 anos, com carência de até 2 anos e com juros anuais de 4,5%.  Isso já foi feito, está em vigor e creio que foi a principal conquista do setor.

Comente o que mais considerar pertinente sobre o setor.

Todas as atividades ligadas ao petróleo no Brasil têm uma perspectiva razoável sob o ponto de vista do volume de negócios nos próximos 20 ou 30 anos. Essas boas previsões, todavia, contrastam com a possibilidade de fortes importações de máquinas e equipamentos por conta do câmbio e do custo Brasil, e com prováveis atrasos nas obras, que diluirão encomendas ao longo de períodos maiores que os anunciados em palanques. E por falar em palanques, não me parece que este governo queira ainda discutir ou tratar assuntos estruturais polêmicos. Sinto um certo clima de “fim de festa” nos interlocutores que estão no poder há quase dois mandatos. Os últimos governos que se sucederam calcaram suas gestões sobre os mesmos pilares de juro alto, dólar baixo e máquina governamental cada vez mais pesada. O resultado dessas políticas fez com que o país se desindustrializasse gradativamente ao longo dos últimos 25 anos, e se tornasse o grande produtor e exportador de commodities que é hoje. Não houve nem o cuidado de cobrar contrapartida, geração de empregos e riquezas daqueles que exploram jazidas do nosso subsolo. Essas atividades, tanto em minério como em petróleo, são finitas, impactantes, não sustentáveis e por isso deveriam deixar forte legado em atividades substitutas a elas mesmas, já que um dia acabarão…e em educação, infraestrutura e defesa, por exemplo. Essas mesmas commodities ao serem exportadas provocam forte entrada de dólares, que derrubam sua cotação e tornam nossa produção de máquinas locais ainda mais desinteressante. O que queremos ser? Um México, que exporta petróleo e vende mão de obra na fronteira americana, ou uma Alemanha, que não tem um pingo de petróleo mas tem uma fortíssima indústria? Ao olharmos Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, desses países não deveríamos ter dúvidas. Se tivermos a sorte de saber eleger bem nossos próximos governantes e se eles tiverem a visão de futuro que precisamos, seremos novamente a quinta ou  sétima potência industrial do mundo como já o fomos nos anos 80.

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Presidente: Ricardo Berg

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

Foi um ano difícil para toda a economia e todo o setor produtivo. As ferramentas usadas diretamente na indústria sofreram mais, enquanto aquelas utilizadas em outros ramos, como construção civil e agricultura, menos. Mas no geral todos os segmentos registraram quedas. Até o fim do ano a variação deve ficar negativa em 17%.

E como o segmento se comportará em 2010?

Deve haver uma melhora, mas não muito significativa. Alguns segmentos melhorarão mais que outros.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano? 

Em 2012.

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento? 

Bastante. Pela própria crise (redução das atividades/exportações), bem como a atual situação do Brasil de estar em melhores condições que o resto do mundo, vários fabricantes estão entrando para distribuir seus produtos no nosso mercado.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo. 

A balança comercial não esta favorecendo o produto fabricado no nosso país. Mesmo países de primeiro mundo, como Alemanha e Estados Unidos, já estão com preços muito competitivos no Brasil.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje? 

Uma política tributária que não onere os investimentos ou a mão de obra!

Quais as soluções que a câmara busca para sanar esse problema? 

Pressão junto aos dirigentes do nosso país.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento? 

Estamos normatizando junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, todos os produtos fabricados por nossos associados. Com essa ação pretendemos criar um nível de qualidade para o produto nacional, sempre focado na segurança do usuário.

O que tem sido feito para fomentar esse setor? 

Tudo o que está sendo feito pelo governo para aquecer a economia atinge nosso setor: construção civil, agronegócio, indústria etc. Um setor organizado e bem representado faz isso com mais precisão. 

Comente o que mais considerar pertinente sobre o setor. 

Precisamos mudar a identidade do nosso país de exportador de commodities; hoje exportamos a soja em vez do óleo de soja; exportamos o grão do café e não o café pronto para consumo; exportamos o aço/minério de ferro em vez da ferramenta acabada. Temos muitos brasileiros para empregar antes de importar.

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CSVI-  Pedro LucioPresidente: Pedro Ariovaldo Lúcio

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

Vendas abaixo de 2008; dentro do setor temos algumas empresas que hoje têm grande dependência da Petrobras; outras empresas que não têm a Petrobras como cliente estão tendo dificuldades em se manter; o setor como um todo registrou queda de 50%.

E como o segmento se comportará em 2010?

O setor ainda esta muito dependente de projetos da Petrobras e dos setores de açúcar e álcool, papel e celulose, siderúrgico, dentre outros; é difícil fazer uma projeção, pois, mesmo com a crise mundial, o Brasil começa a funcionar depois do Carnaval.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?

2008 foi um ano fora da curva, o mundo estava acelerado. Acredito que os próximos anos serão mais planejados. 2010 será um ano de eleições e tudo pode acontecer. Será um ano que temos que aproveitar o que nos for imposto, como Plano de Aceleração do Crescimento, PAC, pré-sal etc.

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?

Em todos os pontos: houve muitas demissões, a Petrobras nos obrigou a conceder descontos que não tínhamos condições, o câmbio ficou impraticável, as importações de válvulas da China aconteceram em grande escala, fabricantes do setor começaram a importar da China.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.

Existe o “cartel do aço no Brasil”, pois aqui é 50% mais caro do que o importado; as indústrias do setor que produzem no país estão no mesmo patamar de preços, não havendo concorrência desleal; o grande fantasma da indústria de válvulas no Brasil é a China; entre fabricantes e distribuidores de válvulas somos 150 no Brasil, enquanto na China chegam a 5 000.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?

Falta de isonomia, câmbio baixo, altas taxas tributárias, custo elevado sobre a mão de obra. E caso seja aprovado o projeto de lei de 40 horas semanais, espere demissões e muitos empresários fazendo parceria com os chineses.

Quais as soluções que a câmara busca para sanar esse problema?

Manutenção da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI, isonomia e não aprovação das 40 horas semanais.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento?

De novo a manutenção da isenção do IPI, a Petrobras manter o que vem prometendo (comprar 60% de equipamentos no Brasil) e conseguirmos o que estamos buscando, por meio da Abimaq, no governo.

O que tem sido feito para fomentar esse setor?

Redução do IPI, oferta de crédito e compras pela Petrobras de 60% dos equipamentos no Brasil.

No tocante a novas políticas e a regulamentação para o setor, o que tem sido feito?

A Petrobras criou uma norma, a NBR15827, para proteger a qualidade dos produtos fabricados no Brasil e que deverá ser estendida aos estrangeiros. Isso deverá criar algumas dificuldades para os importadores chineses.

Comente o que mais considerar pertinente sobre o setor.

Nosso setor emprega direta e indiretamente cerca de 50 000 pessoas. Mas se continuar sofrendo com as importações de válvulas chinesas, se a carga tributária não for corrigida, se as 40 horas semanais for aprovada, se a Petrobras continuar comprando da China, o segmento será reduzido e os poucos que ficarem terão que fazer parceria com algum chinês.

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Presidente: Carlos Gaigher

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

Provavelmente o setor ficará abaixo de 2008, porém já temos boas perspectivas para 2010, inclusive com um bom volume de pedidos em carteira para o próximo ano.

E como o segmento se comportará em 2010?

O que tudo indica é que em 2010 já sentiremos reflexos da retomada que está acontecendo neste ano, mas os investimentos ainda não estão totalmente liberados, conforme planejado, o que deve acontecer de maneira mais importante a partir do ano que vem.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?

Se tudo continuar caminhando bem, com os investimentos públicos em marcha e sem surpresas, talvez 2011 seja um bom ano.

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?

A crise afetou a todos da mesma maneira: contenção dos investimentos, redução das despesas, falta de liquidez e expectativa de paralisação da economia. Mas com certeza outros segmentos foram bem mais afetados como, por exemplo, as montadoras.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.

O segmento de vedações no Brasil tem players globais com alta tecnologia e estrutura bastante competitiva para fornecimento aos usuários finais e OEMs locais, bem como Mercosul e demais países.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?

Imagino que para todos o maior problema é a carga fiscal.

Quais as soluções que a câmara busca para sanar esse problema?

Busca a revisão das classificações com um planejamento tributário e também atuar por meio da Abimaq de forma organizada junto ao governo, pois a entidade detém experiência na condução desses assuntos, tendo tido ao longo dos anos bons resultados.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento?

O desenvolvimento tecnológico é cada vez mais importante e a troca de conhecimento não só dos produtos, mas dos diferentes segmentos de mercado para aplicação dos nossos produtos e tecnologia.

Comente o que mais considerar pertinente sobre o setor.

Acredito que cada vez mais as políticas que visam a preservação ambiental, a manutenção dos nossos recursos naturais e a segurança das atividades consideradas criticas demandaram mais e mais da indústria de vedação, e esse desafio já esta sendo vencido porque a cada ano vemos novos desenvolvimentos que buscam eficiência e competitividade.

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CSMAMPresidente: Frank Bender

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

Os fabricantes de equipamentos para movimentação e armazenagem, assim como a quase totalidade de empresas de máquinas e equipamentos associadas a Abimaq sofreram um grande baque em 2009 no que se refere à entrada de pedidos e consequentemente queda de faturamento. A crise financeira mundial impactou fortemente nosso segmento no primeiro semestre. A partir do segundo semestre foi sentida forte recuperação, principalmente para os fabricantes nacionais devido ao beneficio do Finame. Acredito que o mercado total de 2009 para equipamentos de movimentação será cerca de 50% menor que de 2008, que foi o melhor ano histórico do segmento.

E como o segmento se comportará em 2010?

Para 2010 esperamos que o mercado de empilhadeiras continue crescendo, algo em torno de 10% comparado a 2009, mas ainda estaremos longe dos níveis de 2008.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?

Mundialmente se fala em 2015, mas no Brasil acreditamos que já atingiremos os mesmos níveis de 2008 já em 2012. 

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?

Como já disse, o mercado de máquinas para movimentação e armazenagem sofreu muito mundialmente durante a crise. Fabricantes de máquinas já sabem que este é um segmento que historicamente reage mal em períodos de crises. Isso já ocorreu em diversas crises ou guerras mundiais, como por exemplo a crise mundial do petróleo, guerra do golfo, apagão de energia no Brasil, bolha da internet etc, mas nunca se havia observado uma queda de mercado tão grande como ocorreu durante a crise financeira mundial. Desta vez estamos falando de uma queda brusca de 50% de mercado de um ano para o outro.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.

A Abimaq luta muito para que o empresário brasileiro, e neste caso me refiro aos fabricantes de máquinas e equipamentos nacionais, tenha isonomia em relação aos nossos concorrentes fabricantes de máquinas de outros países. Se tivéssemos condições de competir de igual pra igual com nossos concorrentes estrangeiros (juros, acesso ao crédito, câmbio supervalorizado, carga tributária), poderíamos afirmar que seríamos extremamente competitivos. Fala-se muito em fabricantes chineses, preços baixos etc, mas é certo que se um fabricante chinês ou de outro país qualquer tivesse que se instalar no Brasil, ou melhor, tivesse que trabalhar com as mesmas condições que as empresas instaladas aqui, também seriam muito menos competitivas . 

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?

Certamente os maiores problemas para o setor de máquinas e equipamentos são: falta de crédito, juros altos cobrados pelos bancos brasileiros, carga tributária e câmbio valorizado. Esse conjunto de problemas, dentre outros, impede que os fabricantes de máquinas e equipamentos de forma geral consigam competir no mercado externo.

Quais as soluções que a câmara busca para sanar esse problema?

Na verdade esse desafio não é só da nossa câmara, mas da Abimaq como um todo, já que é um problema que afeta todo o segmento de bens de capital. A entidade vem realizando um excelente trabalho nesse sentido e já contabilizou grandes conquistas, como novas linhas de financiamento para os associados, incentivo do governo em investimentos em máquinas como o Finame, Leasing, Finame Agrícola, redução da alíquota do IPI etc. A Abimaq também já conquistou seu espaço no conselho de desenvolvimento econômico e social, onde defende os pleitos do setor em geral e das empresas associadas em particular.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento?

Acreditamos que o segmento de máquinas para movimentação e armazenagem ainda deverá crescer muito no Brasil, pois se compararmos o nosso PIB com o de outros países, bem como o mercado de máquinas do Brasil em relação aos mesmos países, concluiremos que ainda há muito espaço para avançar. Ainda há muita movimentação e armazenagem de material feita de maneira totalmente não profissional, insegura e não competitiva. E esse é nosso grande desafio: ajudar nossos clientes a melhorar cada vez mais sua competitividade com a mecanização dos seus processos de movimentação e armazenagem.

O que sido feito para fomentar esse setor?

A cada ano que passa existem novas feiras de logística regionais aparecendo no Brasil, bem como novos canais de informação de mídia eletrônica e impressa, o que ajuda muito na divulgação de qualquer segmento que seja. Além disso, as empresas do segmento se esforçam muito no intuito de divulgar, ensinar e demonstrar os benefícios de se movimentar e armazenar materiais de forma correta em relação ao aumento de competitividade, produtividade, segurança etc.

No tocante a novas políticas e a regulamentação para o setor, o que tem sido feito?

Estamos nos reunindo periodicamente na Abimaq para tentar avançar no quesito regulamentação para o setor de máquinas e equipamentos para movimentação, com uso adequado dos equipamentos, normas de emissão de gases em ambientes fechados, manutenção adequada dos equipamentos etc.

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Presidente: Wilson Miguel CarnevalliCSMAIP

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

Alguns segmentos do setor estão com a demanda bastante elevada, chegando a superar os altos níveis de 2008. Outras áreas apresentam recuperação mais lenta devido aos mercados finais atendidos que ainda não reagiram.

E como o segmento se comportará em 2010?

A expectativa para 2010 é a melhor possível em função da recuperação mais rápida da economia brasileira em relação às demais, dos níveis de investimentos diretos no país e também das eleições programadas para o ano que vem, as quais sempre geram um volume de investimentos interessantes por parte do governo.

Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?

Como dito anteriormente, alguns setores apresentam em 2009 volume de negócios bastante superior aos níveis de 2008. Em outros setores da indústria do plástico, a reação dependerá muito da evolução dos mercados/clientes finais para os quais as máquinas e equipamentos se destinam, políticas de incentivo do governo para a concessão de crédito, corte de impostos e volume de investimentos diretos e indiretos no país.

Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?

Afetou muito. O volume de negócios teve uma queda acentuada no último trimestre de 2008 e primeiro trimestre de 2009. A recuperação se iniciou de forma gradativa a partir do segundo semestre de 2009.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.

No mercado interno, por conta da crise, muitas empresas precisaram fazer cortes brutais de custos para se adequar a uma demanda menor. Com menos negócios, os preços dos equipamentos também sofreram queda gerando margens mais apertadas para as empresas de uma maneira geral. Para o mercado externo observamos que a competitividade das empresas exportadoras de máquinas está sendo bastante prejudicada devido à valorização do real perante o dólar.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?

Em alguns segmentos da indústria plástica de máquinas/equipamentos observamos uma forte concorrência dos asiáticos com baixíssimos preços e qualidade muito inferior comparada à indústria nacional. Temos também o exemplo do lobby que é feito por alguns outros segmentos contra a utilização das sacolas plásticas exigindo a substituição e/ou redução expressiva do consumo das mesmas.

Quais as soluções que a câmara busca para solucionar esse problema?

A CSMAIP participa em conjunto com a ABDI/MDIC de um projeto intitulado “Fórum de Competitividade da Cadeia Plástica”, fórum este que busca novas tecnologias, desoneração de impostos e renovação do parque industrial brasileiro por meio de incentivos para os fabricantes de bens de capital enfrentarem as demandas.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento?

Renovação do parque industrial por meio de substituição sistemática das máquinas com tecnologia ultrapassada e reciclagem dos profissionais envolvidos nos processos fabris.

O que tem sido feito para fomentar esse setor?

Ações coordenadas pela Abimaq e pela câmara em conjunto com toda a cadeia produtiva do setor, como Finame com taxas reduzidas, apoio à exportação por meio de ações combinadas com o governo em com a APEX, proteção governamental contra dumping, importações fraudulentas e de produtos asiáticos de baixa qualidade.

No tocante a novas políticas e a regulamentação para o setor, o que tem sido feito?

Em parceria com INMETRO, pretendemos estabelecer uma regulamentação que abranja todos os envolvidos na venda/compra de BK, não só obrigando a indústria nacional a cumprir as normas, como também as importadas que ficam praticamente isentas por falta de fiscalização mais efetiva.

Comente o que mais considerar pertinente sobre o setor.

A conclusão efetiva das ações do Fórum de Competitividade da Cadeia do Plástico em desenvolvimento com MDIC.

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CSMOTORESPresidente: Maurício Niel

Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.

Também fomos afetados pela crise financeira internacional. Nos primeiros meses do ano o impacto foi maior. Felizmente, no mercado interno as vendas começaram a se recuperar. Entretanto, não atingiremos o mesmo volume vendido no ano passado. Como exportamos para a América Latina, Estados Unidos e Europa, nossas vendas para o mercado externo foi muito prejudicada.

E como o segmento se comportará em 2010?

Estamos apostando que em 2010 as vendas para o mercado interno sejam quase iguais as de 2008. Nossa estimativa se prende ao fato do mercado agrícola ter voltado a crescer. Além disso, a demanda, por exemplo, de grupos geradores, em função do aquecimento da economia brasileira, com certeza aumentará também a demanda por motores.

Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.

Hoje, somos muito competitivos uma vez que produzimos motores estado-da-arte, cuja plataforma permite que atinjam a especificação Tier 4. Como os motores industriais no Brasil terão que obedecer a especificação Tier 2 em 2011, aqueles OEMs que usam e os que selecionarem motores brasileiros não terão que fazer nenhuma mudança nos seus projetos.

Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?

O maior problema enfrentado hoje é a infraestrutura oferecida pelo país, que está sendo melhorada com as obras do Plano de Aceleração do Crescimento,PAC.

Quais as soluções que a câmara busca para sanar esse problema?

Na câmara, a despeito do progresso brasileiro na área de infraestrutura, este tema deve continuar sendo acompanhado com atenção. A câmara fará avaliações relativas à tributação diferente para motores que hoje competem com motores de geração ultrapassada.

Quais os próximos passos para sustentação do segmento?

Abertura de novos mercados e maximização do setor pelas avaliações setoriais e possibilidades de aumento de investimentos na infraestrutura do país.

O que tem sido feito para fomentar esse setor?

Monitoramento do mercado e estudos de viabilidade para implementação de novos programas relativos ao comércio exterior e projetos especiais brasileiros.

No tocante a novas políticas e a regulamentação para o setor, o que tem sido feito?

Estamos implementando uma estatística setorial e revisando normas internas para serem utilizadas no âmbito nacional.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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