Graves falhas em abastecimento acendem sinal de alerta no setor para 2015
balanço,Economia | Por em 19 de dezembro de 2014
A falta de clareza na destinação e distribuição dos recursos na área do saneamento foi um dos principais problemas apontados pelo presidente da Abes. O tema foi tratado na Reunião Almoço promovida pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção Rio Grande do Sul (Abes-RS), na Federasul, em Porto Alegre.
– Não está clara qual a fonte de recursos e como você vai dar melhor condição básica para os operadores efetuarem seus serviços. É uma grande preocupação. É preciso aprofundar estudos climatológicos e mudar a forma de fazer planejamento. O problema em São Paulo foi um aprendizado de que esse tema não é brincadeira. Não sabemos o quanto o desmatamento e alterações no meio ambiente estão influenciando isso, mas é preciso planejar de forma diferente – afirmou o presidente da Abes, Dante Ragazzi Pauli.
O presidente da Abes-RS, Darci Campani, abriu o encontro fazendo um resumo das ações que a entidade realizou ao longo do ano de 2014. Além da atuação das Câmaras Temáticas, a entidade promoveu diversos encontros de capacitação e o Simpósio Internacional de Qualidade Ambiental, realizado em maio que trouxe importantes autoridades nacionais e internacionais da área.
O presidente da Abes, Dante Ragazzi Pauli, fez elogios ao trabalho desenvolvido na seccional Rio Grande do Sul pela intensa atuação no setor e ressaltou o cenário preocupante que existe no Brasil, tanto na área de abastecimento como na destinação de resíduos sólidos.
– Hoje, somente 8% dos municípios arrecadam mais do que gastam. O que mostra a dificuldade estrutural das cidades. A maioria não possui planos de saneamento e não contam com recursos humanos suficientes na área. Eu considero isto a base de tudo. A primeira ação é investir em pessoas para melhorar o saneamento do Brasil – afirmou
A necessidade de investimentos na redução das perdas de água também foi lembrada pelo palestrante. Atualmente a média no Brasil do índice de perdas de água é de aproximadamente 40%.
– Temos que ter esse como um grande indicador de eficiência. Existem bons exemplos que estão fazendo as perdas caírem e é preciso que isso se propague pelo país – completou Dante.
O encontro foi realizado na quarta-feira (17/12) na sede da Federasul, em Porto Alegre.