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Leandro KrugerPor Leandro Kruger*

De acordo com um estudo da TNS Research, as empresas que investem em tecnologia têm aumento na receita e, crescem, aproximadamente 60% a mais, se comparado às companhias que descartam o investimento. A utilização de tecnologia na indústria pode gerar muitos benefícios, como por exemplo, otimização dos processos, redução de custos e, ainda, agilidade nas tarefas. Mas, o que esperar de investimento em TI na indústria nos próximos anos?

Falando especificamente da indústria, as tecnologias de informação e de operação, ou seja, que observamos no chão de fábrica, assumem cada vez mais um papel de protagonismo nas estratégias de negócios, uma vez que o movimento de fusão entre IT/OT tem gerado possibilidades inéditas para as indústrias de manufatura e processos. O mercado já conta com casos de sucesso que ilustram esta prática, elevando os níveis de produtividade, segurança e sustentabilidade para patamares nunca antes vistos e, demonstrando na prática, como a tecnologia tem promovido retorno positivo para as companhias.

Os desafios da indústria no Brasil

Mesmo com os desafios impostos pela pandemia, há uma grande expectativa de retomada industrial em todo o mundo. No Brasil, existe um ambiente de pressão inflacionária, pressão sobre a cadeia de suprimentos e possibilidade de variações bruscas na demanda, as quais acompanham o cenário de incertezas. Neste contexto, uma parte importante das indústrias vem se antecipando para enfrentar e ser vitoriosa neste ambiente e, a tecnologia é uma das principais aliadas.

Nesse momento, o acesso a tecnologias digitais que impulsionam a Indústria 4.0 não são mais um desafio, por conta da alta disponibilidade destas e também à redução de barreiras de entrada como, por exemplo, a contração por assinaturas e ofertas cada vez mais escaláveis, permitindo que as organizações coloquem em prática ações inovadoras como fruto de pensar grande, começar pequeno e crescer rápido.

O desafio da indústria conta agora com enfoque na “Cultura de Inovação”, que precisa ser cada vez mais fomentada dentro das empresas. Quando os líderes inspiram os colaboradores a se transformarem, se tornam agentes de mudança e contribuem para a melhoria dos processos e da aceleração da adoção de novas tecnologias. Desta forma, se os líderes inspirarem a inovação para objetivos de negócios específicos, como por exemplo, obter uma produção ágil, reduzir custos ou aumentar a qualidade, certamente as empresas terão a Indústria 4.0 como uma aliada estratégica.

Novidades tecnológicas para as indústrias nos próximos anos

Durante a Automation Fair , importante feira mundial de automação, promovida recentemente pela Rockwell Automation, foram apresentadas as principais tecnologias, soluções e serviços em automação industrial e transformação digital.

Entre as novidades para o mercado nos próximos anos, podemos ressaltar lançamentos em torno da tecnologia FactoryTalk Hub, que se designa como um conjunto de Softwares as a Service (Saas) que são habilitados na nuvem e ajudam as empresas a economizar tempo e simplificar os fluxos de trabalho em seus processos industriais. A tecnologia possui grande potencial de adoção, tendo em vista que as empresas estão começando a mover seus aplicativos industriais para a nuvem, sendo alimentados por tecnologias digitais como Machine Learning e Inteligência Artificial.

Outro segmento que apresenta diversas novidades, vem juntamente com o aumento em dispositivos inteligentes e conectividade ponta a ponta, que está tornando as operações mais produtivas, no entanto aumenta o risco de ameaças à segurança cibernética, segmento este que irá crescer nos próximos anos, uma vez que as empresas já estão investindo em soluções de Cibersegurança .

Aplicações na indústria brasileira

Precisamos reconhecer os esforços que a indústria brasileira vem realizando para se manter produtiva, segura e sustentável diante de todos os desafios que enfrentamos nos últimos dois anos, desde os efeitos da pandemia, que trouxe consigo os desafios internos e as inúmeras dificuldades para se inovar neste ambiente.

Muitos destes esforços esbarram na adoção de novas tecnologias e de boas práticas a nível mundial. As tecnologias citadas acima, por exemplo, podem ser aplicadas no mercado brasileiro em velocidade recorde, considerando a flexibilidade e escalabilidade que, de maneira geral, os softwares são capazes de proporcionar, ainda mais considerando a modalidade SaaS.

Para os próximos anos, vejo na indústria a continuidade na adoção de tecnologias digitais que habilitem uma “manufatura inteligente”, que embasa a visão de uma produção eficiente, sustentável e segura. Essa visão é baseada na utilização de dispositivos inteligentes que se conectam e disponibilizam dados e informações relevantes, e suportarão máquinas inteligentes, ao ponto de usar estes dados (dos dispositivos) para impulsionar produtividade, as quais estarão sob a gestão de sistemas inteligentes.

Observamos o quanto as forças inflacionárias estão presentes nas indústrias de todo o mundo, as quais são potencializadas pelo câmbio no Brasil. Diante deste cenário, acredito que as tecnologias podem ser protagonistas nos esforços para redução dos custos, assim como para suportar uma produção ágil, em um ambiente com variações bruscas na demanda e de pressão sobre a cadeia de suprimentos, que, até o momento, são características presentes nesta retomada.
Diretor Regional do Brasil da Rockwell Automation*

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Umberto TedeschiPor Umberto Tedeschi*

O mercado em evolução e as tendências regulatórias estão desafiando as empresas a demonstrar práticas que são mais sustentáveis e socialmente responsáveis. Embora os líderes de negócios possam se perguntar sobre o impacto do investimento em iniciativas ambientais, sociais e de governança (ESG) em seus resultados financeiros, essas ações podem impulsionar o crescimento e contribuir para a vantagem competitiva a longo prazo.

Essas questões, inclusive, devem ser uma das principais preocupações da gestão. Houve um tempo em que uma postura pública sobre questões ESG era uma tática de relações públicas. No entanto, com um clima de negócios em rápida mudança, a atenção às questões ESG está se tornando crítica.

As empresas com foco em questões ambientais, sociais e de governança criam valor de muitas maneiras diferentes e alinhadas à estratégia principal da organização.

Os principais investidores institucionais reconhecem isso e estão deixando claro que esperam que as empresas adotem uma abordagem proativa em relação às políticas e mensagens ESG. O que, no caso de uma futura aquisição ou na perpetuação do negócio, faz toda a diferença.

Empresas de consultoria especializadas como a Sustainanalytics e MSCI desenvolveram índices que medem e classificam empresas com base em critérios ESG em relação a seus pares do setor. Os fundos de investimento que compõem esses índices estão levantando trilhões de dólares a serem aplicados em empresas que executam políticas ESG sólidas.

Muitas firmas de investimento também estão incorporando avaliações ESG em sua avaliação de risco de portfólio, o que é um indicador revelador de que o capital continuará a fluir para empresas com fortes programas e práticas ESG.

Uma pesquisa realizada com 350 executivos das Américas, Ásia e Europa revelou que mais da metade dos entrevistados indicou que, quando colocado em prática, o ESG teve um impacto positivo no crescimento da receita e na lucratividade da empresa.

Além das implicações financeiras positivas, 48% dos entrevistados registraram um aumento na satisfação do cliente. Já 38% disseram que adotar fortes valores de ESG melhorou a capacidade de atrair e reter talentos.

Esses resultados confirmam que as organizações estão obtendo benefícios financeiros e operacionais de seus investimentos ESG. A empresa do mercado financeiro BlackRock mudou uma parte de sua carteira de investimentos para ESG e lançou produtos financeiros sustentáveis, que cresceram 96% apenas em 2020.

Já os programas de sustentabilidade da PepsiCo resultaram em mais de US$ 375 milhões em economia com reduções no consumo de água. Os investimentos da Estée Lauder Companies em ser uma empresa responsável e com forte impacto social a ajudou na atração dos melhores talentos, sendo reconhecida pela Forbes como o “empregador nº 1 para mulheres”.

Ter uma sólida abordagem e reputação ESG pode beneficiar o faturamento de uma empresa de várias maneiras. Órgãos governamentais geralmente veem com bons olhos a emissão de permissões ou licenças para empresas que adotam ESG, permitindo que uma empresa tenha acesso mais fácil a novos mercados ou expanda os existentes. Além disso, adotar uma comunicação ESG transparente aumentará as vendas, pois os clientes (B2B ou B2C) tendem a favorecer produtos sustentáveis.

E a mudança em direção à integração ESG não é mais uma questão de ‘quando’, mas de ‘como’. Muito mais do que apenas um hype, sua organização pode não ter uma estratégia tangível hoje, mas esta pode ser uma grande oportunidade para começar a moldá-la. E é claro que ainda existem muitas dúvidas de como implementar o ESG nas empresas e por isso é importante contar com o auxílio de profissionais experientes. Pense nisso!

CEO da Abile Consulting Group*

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simonesdsproperties

Simone Santos, sócia-fundadora da SDS Properties

Não fugindo à regra do histórico da economia brasileira, o mercado de condomínios logísticos também vive de ciclos.  A SDS Properties acaba de virar o jogo para os proprietários. Claro que, olhando de lupa para algumas regiões, o novo ciclo ainda patina, mas na média geral e principais mercados, a curva é ascendente.

A virada aconteceu em 2020, no pior momento da história recente global, fomentada pelo e-commerce, e em detrimento do comércio de rua. Que o e-commerce já era uma tendência não restam dúvidas, mas a reclusão por meses recuou a economia com entretenimento, viagens, vida social, revertendo-se para o consumo eletrônico.

O crescimento exponencial num curto período fez as grandes empresas de e-commerce saírem a mercado logo no segundo mês de pandemia, e, desde então, a corrida não parou. Em 2020 tivemos recorde de locações: 3.060.000m², a maior registrada dos 5 anos anteriores.

Enquanto escritórios e shoppings sofrem para resistirem aos estragos da pandemia, o mercado de galpões virou a “joia da coroa”. O terceiro trimestre de 2021 retoma de onde paramos em 2013. Voltamos a ter, na Grande SP, valores pedidos de R$27/m² e vacância abaixo dos 10%. Ficamos congelados por 8 anos. Ainda em função do comércio eletrônico, o mercado brasileiro de condomínios logísticos bate novo recorde e, mesmo antes de fechar o ano, já temos absorção líquida das locações de 1.750.000m², contra 1.500.000m² de 2020.

Reflexo na queda da vacância com atuais 8,95%, que, com exceção do Rio de Janeiro, todos os estados monitorados estão com vacância abaixo de 10%. O novo estoque projetado para 2021 é de 3.000.000m², dos quais 50% já foram entregues, e o saldo, acreditamos que, parte será postergada para o 1T de 2022, em função de atrasos de cronograma. Para 2022 e 2023, a previsão é de outros novos 3.000.000m².

Não temos uma previsão definida para 2022, especialmente por se tratar de um ano eleitoral. Mas já é sabido que não teremos o mesmo desempenho de 2021, já que, apesar do crescimento orgânico da própria atividade, o e-commerce, principal consumidor de galpões, não terá a mesma envergadura de 2020 e 2021. Contudo, é importante destacar que, mesmo numa previsão mais conservadora, já temos encomendados até 2022, 790.000m² já alugados, seja no modelo pré-locação, seja no modelo BTS. Dessa forma, entre um cenário mais pessimista e otimista, a vacância prevista deve variar entre 9% e 13%. Isso se confirmando, os valores de locação devem manter as correções de anos estagnado, especialmente por conta da elevação do custo da construção e em regiões que hoje apresentam vacância abaixo de 5%.

Destaques:
– Descentralização da demanda para outros mercados, além das regiões Sudeste, e consequente interesse dos desenvolvedores por mercados nas regiões Nordeste, Sul e Centro Oeste.
– Janela de novas locações no modelo pré-locação e BTS, especialmente para os centros de distribuição de varejo e e-commerce.

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Norma MortensonO social commerce, ou s-commerce, é uma das estratégias mais vantajosas para impulsionar vendas. Pesquisa feita sobre Social Commerce, realizada pela All iN | Social Miner, em parceria com a Etus e a Opinion Box, revela que 37% dos usuários da internet fazem uma visita às lojas digitais pelo menos uma vez por mês em busca de ofertas, e 23% acessam a rede semanalmente para fazer compras. Ela também mostra que 76% dos consumidores já recorrem às redes sociais, 56% deles para ter acesso a avaliação de outros clientes, e 54% para comparar preços.
O setor da gastronomia é um dos mais consumidos pelos adeptos às compras onlines e, por isso, combinar as estratégias do social commerce ao seu negócio certamente irá trazer bons resultados. Segundo Allan Panossian, CEO e fundador da Delivery Direto, empresa desenvolvedora de aplicativos de delivery: ‘’o perfil do consumidor mudou, hoje as compras pela internet somam mais de 50% do lucro total de um restaurante, o empreendedor que investir no social commerce só tem a ganhar, a era digital permite que mais negócios cheguem ao topo mais rápido’’.
Pensando nisso, o executivo destacou 6 dicas valiosas para impulsionar as vendas através do social commerce, inspiradas nas estratégias de deliverys de sucesso que utilizam a solução da empresa
1 – Aposte em conteúdos relevantes e atrelados ao seu posicionamento de marca
Se destacar nas redes sociais é o primeiro passo para ter mais notoriedade no seu segmento. Interagir com o seu público através de posts, stories, enquetes etc são formas de trazer o consumidor para mais perto. Não se limite apenas as fotos dos produtos, você pode trabalhar, memes, notícias sobre seu segmento ou causas relacionadas ao seu posicionamento como marca. Um exemplo é o Pop Vegan Food , de São Paulo, que tem como objetivo popularizar a comida vegana e mostrar que ela é acessível. Em suas postagens nas redes sociais combinam bom humor com memes e temáticas sociais atuais, mostrando conhecimento e posicionamento sobre o assunto. Além de deixar o consumidor com água na boca com seus pratos.
2 – Incentive avaliações e comentários positivos
Peça sempre que possível a interação do seu público, os comentários positivos tem o poder de convencimento, eles incentivam outras pessoas a fazerem comprar no seu site. Mesmo os comentários negativos podem ser aproveitados, por exemplo: se uma pessoa deixa uma crítica ruim sobre algum produto ou serviço que você oferece, responda de forma atenciosa, mostrando que o comentário dela foi válido e que a sua empresa está sempre em busca de melhorar.
3 – Faça parcerias
Os influenciadores digitais são grandes aliados para empresas que buscam expandir seu público, o nome já diz tudo, a influência que essas pessoas têm sobre a tomada de decisão de compra do público é gigantesca. Existem diversos influenciadores de todos os ramos possíveis, escolha aquele que mais tem a ver com o seu segmento. É importante sempre mensurar as ações, uma solução simples é o uso de um cupom de desconto na primeira compra. Amauri Sales, um dos sócios e fundadores da franquia Home Sushi Home , presente nas 5 regiões do Brasil, valida a estratégia e recomenda que os deliverys que estão começando testem a estratégia com influenciadores menores, mas que possuem forte credibilidade na sua região de atuação, ainda que com menos seguidores.
4 – Use o espaço para divulgar vantagens pro seu consumidor
As redes sociais são ferramentas de relacionamento, mas na dosagem certa, são ótimas oportunidades para promoções ou exibir uma boa vantagem para o seu seguidor, como o programa fidelidade que incentiva a recorrência de compra ou taxa de entrega zero à partir de um determinado valor, que ajudam a aumentar o ticket médio do pedido. Como muitos donos de restaurantes trabalham com delivery em marketplaces, as redes sociais se tornam um espaço para incentivar que os consumidores peçam diretamente com o estabelecimento, visto que é possível oferecer produtos com um valor mais competitivo já que não é necessário repassar o valor das taxas dos marketplaces para o produto.
5 – Use a criatividade
No ramo gastronômico a criatividade é um dos pilares de um bom restaurante, os pratos são as principais atrações do negócio, quando combinado com ideias inovadoras tem o poder de trazer mais notoriedade para a empresa. Na internet não é diferente, antes de vender um produtos é preciso pensar porque ele é diferente dos outros, esse é o momento de deixar a imaginação fluir, aposte em coisas diferentes e se destaque entre os demais.
O Wasabi Sushi Food , restaurante de Goiânia, realizou lives interativas em seu perfil, em cada uma delas, anunciou uma palavra chave para os seguidores colecionarem. Aqueles que possuíssem todas as palavras e já tivessem pedido em seu app próprio, por meio de um sorteio, poderiam ganhar um jantar para 12 pessoas via delivery. Além de conseguir muitos novos clientes, com a estratégia na rede social, o restaurante conseguiu recorrência de compra com seu programa fidelidade. Atualmente o restaurante possui mais de 7 mil clientes cadastrados em sua base e 81% de suas vendas são recorrentes, além de quase 60 mil seguidores no insta.
6 – Facilite o cliente a pedir com você e rentabilize suas redes sociais
Seja presencialmente ou no ambiente online por meio das redes sociais, a facilidade na compra é fundamental, use os campos que permitem direcionar os clientes para seu cardápio. Até nas mensagens automatizadas dos perfis comerciais, geralmente gratuitos, permitem colocar um link para finalizar a compra.
A ascensão do social commerce, fez o Delivery Direto otimizar sua solução de sites e aplicativos para as redes sociais. Tanto para o público orgânico, permitindo que o usuário consiga pedir em um catálogo sem sair do Instagram, ou sendo combinando estratégias com anúncios pagos, visto que a plataforma permite o uso de tagueamentos para mensurar conversões do Google e Facebook.
Foto: Norma Mortenson.

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raphaelPor Raphael Domingues*

Quinto maior país do mundo e base de 22% do solo fértil do planeta, o Brasil é uma potência exportadora global no agronegócio e desempenha um papel crucial em ditar as tendências do setor. E você sabia que a penetração de ferramentas digitais entre fazendeiros daqui já é maior do que nos Estados Unidos? Essa é uma informação da consultoria McKinsey, com pesquisa realizada em 2020, que confirma o fato que o setor está cada vez mais aberto a abordagens inovadoras.

Isso não significa que o agronegócio não enfrente desafios em diversos aspectos, como encontrar o equilíbrio ideal entre produtividade e sustentabilidade. A trajetória de consolidação no comércio agropecuário mundial que vem sendo estabelecida pelo Brasil também implica na continuidade da modernização do setor, que passa pela evolução de abordagens digitais, incluindo a sofisticação no uso de análise avançada de dados.

A agricultura digital converge com todas as sete megatendências para o futuro do setor no Brasil, apontadas no Radar Agtech realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a SP Ventures e a Homo Ludens. Entre as tendências, estão a intensificação de sistemas de produção e a agregação de valor nas cadeias produtivas agrícolas, que podem ser amplamente impulsionadas com o uso de analytics.

Oportunidades de adoção ou ampliação do uso de ferramentas de análise avançada de dados podem ser encontradas em áreas como a nutrição de bovinos, em que modelos preditivos e de machine learning podem ajudar produtores a identificar padrões e descobrir situações em que o gado pode, por exemplo, estar recebendo uma alimentação excessiva ou deficitária, e sugerir um cenário adequado de nutrição.

As previsões e insights que determinam a construção destes cenários são construídas de acordo com a característica de cada alimento e tipo de animal, para que o resultado de produção seja atingido com o menor custo possível. A nutrição adequada e a previsão de demanda nesse espaço podem parecer elementares, mas muitos produtores têm dificuldades, e a redução de custo e aumento de eficiência com o uso de analytics é extremamente promissora em casos como este.

Em implementações como esta, também é possível usar a detecção e interpretação de imagens por drones, por exemplo, para monitorar o crescimento do gado de acordo com a previsão traçada pelo produtor. E esse tipo de solução também pode ser usada em outras áreas da agricultura digital, como na detecção de pragas através de técnicas que empregam a interpretação de dados coletados por imagens e podem informar a tomada de decisão em tempo real.

A sofisticação do desenvolvimento tecnológico e uso eficiente de dados mostra-se essencial para o avanço cada vez mais expressivo da cadeia agroalimentar. Em particular, o uso de dados promete aumentar a produção e a eficiência de custos, bem como a geração de lucro. O setor está maduro o suficiente para uma nova fase de reinvenção tecnológica para responder às novas demandas, e com uma abordagem focada em dados, players dentro e fora da porteira podem obter um retorno significativo de seus investimentos no âmbito digital. O escopo de oportunidades é vasto, assim como o potencial de resultados.

*Raphael Domingues, diretor de desenvolvimento de negócios do SAS

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carlosPor Carlos Heise*

O ozônio é um gás conhecido há mais de um século pela humanidade. A molécula de fórmula química O3 é responsável pelo cheiro característico das chuvas com trovoadas e também o agente de proteção do nosso planeta, por meio da famosa e esburacada camada de ozônio. Muitos não sabem, mas esse gás também tem funções cada vez mais notórias no cotidiano dos seres humanos, pois contém a característica de ser um poderoso e ecológico oxidante.

Em agosto de 2020, cientistas da Universidade de Fujit, no Japão, constataram que o ozônio tem capacidade para neutralizar o coronavírus em ambientes fechados. Esse estudo leva em consideração condições específicas de concentração, tempo de exposição e tipo de aplicação, mas foi um grande marco para o gás.

Embora o ozônio tenha ganhado notoriedade no combate à Covid-19, ele já é utilizado há mais de um século e ainda segue desconhecido pela maior parte da população. Alguns países da Europa, como a França, começaram a utilizá-lo no início do século passado nas Estações de Tratamento de Água (ETA) municipais para abastecimento da população. Logo em seguida, Japão e Estados Unidos também embarcaram nessa aplicação. No Brasil, existem empresas que trabalham há anos com as aplicações do ozônio, mas ainda não é algo comum e amplamente conhecido pelo público em geral.

Além do tratamento de água das cidades, podemos citar diversas outras aplicações, como o tratamento da água em caixas d’água, piscinas e lagos, tratamento de efluentes industriais para descarte e até mesmo para reuso de água, além da ozonioterapia e oxi-sanitização de carros.

Apesar de ser um oxidante que pode eliminar praticamente todo tipo de contaminantes microbiológicos, os geradores de ozônio precisam utilizar materiais nobres e possuem uma tecnologia complexa. Por isso é importante entender que existem “geradores” e “geradores” de ozônio no mercado. Algumas marcas vão durar por muitos anos enquanto outras marcas de menor qualidade podem reduzir ou parar a geração com poucas semanas de uso.

E por que é tão difícil produzir um gerador de ozônio confiável? Por conta da célula geradora de ozônio. Ela é responsável por “pegar” o gás oxigênio do ar ambiente e, por meio de uma descarga elétrica chamada de “descarga de corona” (que não tem nada a ver com o vírus), quebrar a molécula de oxigênio. A partir dessa quebra, os átomos se rearranjam e formam o famigerado O3. Para conseguir este efeito, é aplicada uma descarga de alta tensão em uma determinada frequência elétrica, e para isso é importante utilizar componentes de alta qualidade que não se danificam com o tempo de uso.

A célula citada é basicamente o coração do equipamento. Ela é responsável pelas diferenças de produção de ozônio e diferenças de preços nos equipamentos. Um componente fraco, desses que são trazidos da China por exemplo, acaba se desgastando muito rapidamente e, muitas vezes, dura poucos meses ou até mesmo algumas semanas.

Outro ponto é a quantidade de ozônio gerada informada pelos fabricantes ou vendedores. Como atualmente não existe uma norma ou leis no Brasil sobre isso, cada fabricante diz o que quer e alguns colocam quantidades produzidas com mais de 10 vezes a real. Teoricamente isso se caracteriza como crime de concorrência desleal, porém, a fiscalização no Brasil é insipiente, permitindo que algumas empresas anunciem quantidades falsas no mercado. Portanto, sugerimos cautela na hora de pesquisar por um gerador de ozônio. Pagar barato pode parecer uma boa no curto prazo, mas a qualidade do equipamento com certeza não será a mesma.

Uma coisa é certa: o ozônio veio para ficar. Seja em aplicações para indústrias, o agronegócio ou para a própria residência dos brasileiros, estamos vendo um aumento considerável no surgimento de novos produtos e empresas que vieram para revolucionar nossa relação com este elemento.

*Engenheiro e CEO da empresa Panozon Ambiental S/A

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DCIM100MEDIADJI_0096.JPGEmbora a disseminação do coronavírus tenha impactado o setor de saneamento no país, segundo especialistas, as empresas conseguiram passar pelas dificuldades e continuaram com investimentos, principalmente em manutenção e concorrências que estavam com verba alocada.

Além disso, a recente sanção do Novo Marco Legal do Saneamento Básico, que tem como objetivo universalizar e qualificar a prestação dos serviços no setor, com a meta de alcançar a universalização até 2033, garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e a coleta de esgoto, gera muita expectativa de crescimento do mercado.

Saneamento é considerado essencial e os equipamentos destinados a esse serviço precisam de cuidados e devem estar adequados de acordo com as regulamentações vigentes no país.

É o caso do sistema instalado na ETA III do SAAE de Indaiatuba, estação responsável pelo abastecimento de 50% da população do município – em torno de 100 mil pessoas.

A estação conta com um sistema composto por um evaporador de cloro com capacidade para 12 mil libras/dia, e demais componentes como ejetores, válvulas reguladoras de vácuo, rotâmetros e cloradores. Os equipamentos foram adquiridos em 2014 com a Fluid Feeder, especializada nestes tipos de aparatos, para atender à demanda de tratamento de água do rio Jundiaí, manancial com alta concentração de nitrogênio amoniacal.

De acordo com o técnico responsável das Unidades de Tratamento de Água, Herik Fernando Magno da Costa, o principal benefício da implantação do sistema de cloração na ETA III do SAAE de Indaiatuba, é que ele é fundamental na garantia do atendimento aos padrões de potabilidade, estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Ele ainda destaca a ampliação do sistema (fase final de projeto), com o intuito de atender ao aumento de vazão da estação e adequação à futura demanda.

Manutenção reduz incidentes

A manutenção preventiva e corretiva do sistema garante o perfeito funcionamento do sistema e reduz a possibilidade da ocorrência de acidentes que envolvam funcionários e a população do entorno.

Segundo Costa, os serviços e materiais devem estar de acordo com a norma brasileira ABNT NBR 13.295 e de acordo com as diretrizes do Chlorine Institute. Com esse processo instalado, iniciamos a contratação da empresa especializada para manutenção preventiva e corretiva do sistema em 2017 e, desde então, anualmente, é realizada nova licitação para contratação, por meio de ATA de Registro de Preços.

As manutenções preventivas trazem importantes vantagens para o desenvolvimento dos processos. “A contratação de empresas especializadas, como a Fluid Feeder, garante o fornecimento de materiais e serviços no período contratado, possibilitando maior planejamento dos custos envolvidos. Além de garantir o adequado funcionamento do sistema, sem interrupções que possam prejudicar o abastecimento de água à população”, detalha o diretor técnico.

A manutenção preventiva é realizada através do cumprimento de cronograma elaborado no início do contrato. As visitas são realizadas mensalmente e os materiais e serviços envolvidos são definidos no cronograma. Anualmente, também é realizado treinamento para atualização de conhecimentos para os técnicos que já operam o sistema e, sempre que ocorra novas contratações ou alterações no quadro de funcionários.

Mais informações pelo site www.fluidfeeder.com.br

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Mauricio2Por Mauricio Barile*

No Brasil, as normas regulamentadoras, conhecidas como NRs, regulamentam os procedimentos necessários à segurança no local de trabalho. Há, ao todo, 37 NR’s e a NR-12 se refere à segurança de máquinas e equipamentos. A norma regulamentadora 1 ou NR-1 é uma norma de regulamentação que define os princípios gerais de aplicação das NR’s e esta define que devemos observar todas as NR’s aplicáveis. No caso de plataformas de petróleo, temos uma NR específica, a NR-37, que estabelece os requisitos mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no trabalho a bordo de plataformas de petróleo em operação em águas nacionais, ou seja, essa NR vai tratar dos aspectos relacionados as atividades dos trabalhadores de plataformas como controle de acesso, permanência e serviços prestados a bordo, assim como treinamentos necessários ao ambiente de trabalho. Porém, quando se trata das máquinas e equipamentos utilizados no setor petrolíferos, a norma regulamentadora a ser aplicada é a NR-12!
A NR-12 foi publicada pela primeira vez em 1978, pela Portaria 3.214, porém a sua redação atual é baseada na publicação de 2010, pela Portaria de 197. Sua última alteração foi data pela Portaria 916 em 2019, sendo a redação vigente atualmente.
O objetivo principal da NR-12 é assegurar que máquinas novas e usadas tenham segurança própria e que estejam disponíveis dados completos sobre a fabricação, transporte, montagem, utilização, manutenção e descarte dos equipamentos e componentes da máquina. A parte geral da NR-12 abrange exigências importantes para proteção da saúde e segurança levando em consideração aspectos construtivos da máquina e do processo, tratando, entre outros assuntos:
  • Desenvolvimento do sistema de controle;
  • Instalação elétrica;
  • Exigências a dispositivos de segurança e equipamentos de proteção;
  • Dimensionamento mecânico de meios de acesso, tais como, escadas e passarelas;
  • Outros perigos, como ruídos;
  • Outros fatores, por exemplo, ergonomia.
Os princípios gerais da NR -12 privilegiam que a conformidade de segurança de uma máquina é atingida com a utilização de normas técnicas nacionais ou internacionais, sempre buscando o estado da técnica nas aplicações dos conceitos de redução de risco. Portanto, a norma regulamentadora NR-12 definirá referências técnicas, princípios e medidas de proteção de forma geral a todo o tipo de máquina para todos os segmentos da indústria, com os quais a saúde e a incolumidade física dos trabalhadores são asseguradas. Além disso, estabelece exigências mínimas para prevenção de acidentes para todo o ciclo de vida útil de uma máquina.
As operadoras, como empregadoras, segundo a nossa legislação trabalhista, são obrigadas a tomar medidas de proteção para garantir a saúde e a incolumidade física de seus empregados. No caso do setor petroleiro, devemos considerar que as máquinas são, em sua grande maioria, equipamentos de processo, onde a parte de controle relacionado a segurança tem uma fundamental participação na garantia da segurança de todos os envolvidos nesta indústria, já que falhas neste sistema podem levar a acidentes catastróficos, porém não podemos nos esquecer que há também máquinas com conceitos mais simples, similares a processo de manufatura ou oficina que também precisam ter seus riscos reduzidos para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores.
Para as máquinas deste grupo, similares às máquinas de manufatura, devemos aplicar, principalmente normas de proteção mecânicas que irão prover restrição de acesso às partes perigosas das máquinas. Os exemplos mais simples que podemos colocar aqui são os acoplamentos de bombas e seus motores, o acesso ao movimento rotativo do eixo e do acoplador que podem causar um acidente e portanto, o acesso deve ser restrito por proteções mecânicas de enclausuramento, conforme normas técnicas vigentes. Além destas normas de proteção física, outros conceitos relevantes são as normas de sistema de comando relacionados à segurança que irão definir a confiabilidade e disponibilidade destes sistemas, desta forma, os sistemas irão levar esses equipamentos para o estado seguro, normalmente desligando-os, no caso de falhas ou mal funcionamento. Hoje, no Brasil, há duas normas de sistemas de comando relacionadas à segurança em vigor, a NBR 14153, que utiliza os conceitos de categorias designadas de Markov para a definição das arquiteturas dos sistemas de comando relacionados à segurança, e também a NBR ISO 13849, que define a arquitetura dos sistemas em seu nível de desempenho considerando as arquiteturas designadas, assim como, a confiabilidade dos componentes, conceitos de diagnósticos e tolerância às falhas de causa comum.
Tratando dos equipamentos de processo, as normas de proteções têm sua aplicação, mas não são as mais relevantes na redução de risco, já que muitos destes equipamentos, os riscos mecânicos são inexistentes, ou tem níveis bem menores que os riscos de processo. Portanto, muitas definições encontradas no corpo da norma NR-12 não serão aplicáveis a este tipo de equipamento, porém não exclui sua aplicabilidade na indústria petrolífera, como mencionado no início deste artigo. Os princípios gerais definem a aplicação de normas técnicas específicas para cada segmento. Assim, as normas técnicas mais relevante neste contexto serão as normas de sistema de comando relacionadas à segurança para processo, sendo que para esses equipamentos devemos aplicar as normas IEC 62061 e a IEC 61511 para garantir a conformidade dos equipamentos com a NR-12. Essas normas definem o nível de integridade de segurança dos sistemas, muito conhecido neste mercado como SIL, do inglês “Safety Integrity Level”, estabelecendo arquiteturas em sistema de votação, assim com taxas de falhas e tolerância às falhas de causa comum.
Um ponto em comum para os dois grupos de equipamentos e máquinas citados anteriormente é a obrigatoriedade definida pela NR-12 de realizar a apreciação de risco como a base para estabelecer os requisitos de sistemas de proteção e redução de risco. Somente uma apreciação de risco bem elaborada em conformidade com a NBR ISO 12100 poderá estabelecer critérios confiáveis de redução de risco, garantindo os princípios básicos da NR-12 de proteger a saúde e a incolumidade física dos trabalhadores!
O procedimento de apreciação de risco é o passo inicial de um projeto de adequação de segurança de máquinas e equipamentos, portanto seguir as normas e utilizar critérios bem definidos nesse procedimento é estabelecer um nível de segurança aceitável para a sua indústria. Dessa forma, podemos garantir que todos os perigos foram identificados e seus níveis de risco estabelecidos, assim como medidas de redução de risco podem ser adequadamente estabelecidas. Quando esse procedimento não é adequadamente seguido, perigos podem não ser identificados apropriadamente, ou os riscos estabelecidos com níveis minimizados, o que levaria a projeto de redução de riscos insuficientes e, consequentemente, poderia ocasionar um acidente!
*Gerente de Treinamentos e Suporte Técnico Pilz do Brasil

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2simpleO mercado de startups não para de crescer no Brasil. De acordo um um levantamento da Associação Brasileira de Startups, o país tem hoje aproximadamente 13 mil empresas do tipo, o que representa um aumento de 207% desde 2015. Além disso, dados da plataforma Distrito mostram que de janeiro a julho de 2021 os investimentos já movimentaram US$622 milhões com 22 aportes. O cenário de adversidade causado pela pandemia proporcionou oportunidades de trabalho e deficiências de mercado a serem exploradas.

De acordo com Fernando Patara, cofundador da 2Simple, os países emergentes apresentam diversas problemáticas que abrem portas para soluções tecnológicas. “Uma ideia bem estruturada pode se transformar em um negócio de sucesso, em especial quando resolve um problema real, ou traz uma disrupção”, explica.

No último ano, a 2Simple auxiliou na captação de mais 10 milhões em investimentos em startups, o que mostra que esse tipo de empresa está em crescimento e chamando a atenção de investidores. Parte disso, vem da nova geração, que já vem mostrando um espírito realizador e como consequência essa cultura vem se fortalecendo no país. Diversos são os fatores que permitem esse cenário, como a facilidade de conectividade e os avanços da tecnologia.

“Hoje, o mercado brasileiro se tornou a cara das startups, e a tendência é que essas empresas cresçam cada vez mais, gerando mais investimentos no país, e mexendo com todo o ecossistema, já que também ajudam a gerar empregos. E vale dizer que essas oportunidades não são apenas na área de tecnologia, apesar de representar a maioria das vagas. As startups atuam em diversos segmentos e ajudam a movimentar muitos mercados”, pontua o executivo.

Renato reforça ainda a importância de uma rede de apoio especializada para que essas empresas consigam sobreviver de forma sustentável. Um levantamento do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FDC) apontou que cerca de 25% das startups fecham em menos de um ano. “Para que um negócio consiga se desenvolver, é preciso muito mais do que apenas uma boa ideia. Pensar em todo o ciclo e estratégia requer um conhecimento que, muitas vezes, um parceiro de confiança pode trazer com mais expertise”, finaliza.

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AlessandroBuonopanePor Alessandro Buonopane*

Muito tem se abordado sobre saúde mental, e a chegada inesperada da pandemia da COVID-19 deixou clara a urgência do tema na vida da população. Mas ter o assunto nos principais fóruns de discussão não é o bastante para se ter uma mudança efetiva no comportamento da sociedade. E questiono: Estamos de fato cuidando da saúde mental de nós mesmos e daqueles que estão em nosso entorno? Entre o falar e o agir, há um abismo, que não deve mais ser ignorado. Ao destacar esse tema é praticamente impossível não pensar na medalhista olímpica, Simone Biles. A decisão dela de desistir de todas as provas das olimpíadas de Tóquio, por problemas psicológicos, mostra a urgência de se ter ações efetivas para cuidar da saúde mental de cada um que nos rodeia. Afinal de contas, ainda estamos no meio da pandemia, e não podemos e nem devemos ignorar esse contexto. Fomos forçados a nos adaptar num cenário inesperado, que mudou a vida de muitas pessoas e levou a de tantas outras.

Como líder e gestor de pessoas, não consigo desvincular o tema do ambiente profissional. Ainda mais dentro do contexto pandêmico, em que muitas pessoas mergulharam no trabalho e questões que antes apenas geravam incômodo, ganharam novas proporções. Isso mostra a importância de se pensar programas de bem-estar estratégicos e bem desenhados. Não adianta adotar alternativas fragmentadas, elas apenas irão se revelar como medidas paliativas, que não vão de fato ajudar quem precisa.

A pesquisa Wellbeing Diagnostic mais recente revelou que apenas 18% das empresas brasileiras possuem hoje uma estratégia clara de bem-estar com objetivos e metas mensuráveis. Esse número já foi menor, em 2015 apenas 5% traziam algo efetivo. Por mais que o número tenha crescido, ele está longe de ser o ideal. É aí que está o abismo entre o falar e o fazer.

Na GFT Brasil, entendemos que, diante da realidade imposta pela pandemia, precisaríamos oferecer um espaço de acolhimento aos nossos colaboradores. Era importante que eles soubessem que os canais de comunicação estavam disponíveis e que nesses momentos precisávamos, mais do que nunca, estar juntos para que isso desse certo. De forma ágil não apenas adaptamos o trabalho de nossos colaboradores como também pensamos no bem-estar mental de nossos funcionários e trouxemos acompanhamento psicológico para este novo momento. Sabíamos que o momento exigia muito do emocional de cada um, pois a pandemia afetou não só a vida profissional deles, como também a pessoal. Precisávamos nos antecipar e oferecer desde o começo um suporte psicológico.

Vejo que precisamos ter uma gestão cada vez mais humanizada, e se aprimorar cada vez mais. E isso é reflexo do contexto da pandemia que destacou a importância de se olhar para o outro e para o coletivo. Não podemos ignorá-lo, inclusive no ambiente corporativo. Isto porque o trabalho, mais do nunca, passou a interferir em outros fatores da vida. Está tudo conectado. Quem não está bem precisa de coragem para se mostrar vulnerável, e as empresas precisam estar ali para oferecer um suporte real e necessário.

*Country Manager da GFT Brasil

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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