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Se existe algo que diferencia uma empresa hoje em dia no mercado,

Modelos da Tennant equipados...

Modelos da Tennant equipados...

independentemente de qual segmento seja, é o nível de investimento que realiza nas mais variadas tecnologias e meios de produção em busca da sustentabilidade plena e eficiente, para si e para o outro. Mais do que modismo – levando em conta o quanto se fala no tema nestes tempos –, ser sustentável é, de fato, fazer valer a essência do termo: “manter ao longo do tempo”.

Essa é a preocupação da Tennant Company, fabricante mundial de soluções de limpeza de ambientes internos e externos e revestimentos de piso, que, seguindo o conceito de criar um mundo mais limpo e seguro, colocou no mercado a ec-H2O™, tecnologia de limpeza que ativa eletricamente a água da torneira para agir como um potente agente de limpeza sem uso de produtos químicos.

“A limpeza de pisos na indústria muitas vezes é esquecida ou pouco explorada. Por isso, é muito importante mostrar essa nova ferramenta ao mercado. Até porque se trata de algo superinovador e no qual a empresa está investindo bastante, principalmente por sua posição sustentável”, afirma Juliana Mazziero, responsável pelo marketing da Tennant no Brasil.

...com a tecnologia ec-H2O

...com a tecnologia ec-H2O

Reconhecidamente inovadora – é o que atesta dois troféus faturados no ano passado: Prêmio Europeu de Negócios e Top 100 de Inovação –, a tecnologia ec-H2O oferece benefícios como economia de recursos (água, detergente e mão de obra), fácil utilização, aumento de segurança do operador, além de ser alternativa ambientalmente correta.

De acordo com a empresa, sua eficiência de limpeza é comprovadamente a mesma ou maior que os limpadores comuns, porém sem os impactos ao ambiental e à saúde associados à produção, embalagem, transporte, uso e descarte de químicos de limpeza tradicionais.

Introduzido em 2007 apenas nas lavadoras com operador a pé (T3, T5 e 5680), ao longo desse período o sistema ganhou tanta força e reconhecimento por parte do mercado, que hoje equipa diversos modelos Tennant.

E para entender tal sucesso, vamos ao funcionamento. Uma unidade especial instalada nas máquinas ativa a liberação de grande quantidade de energia que a molécula de água H2O possui. Dentro dessa unidade, dois passos transformam a água de torneira em potente solução de limpeza.

No primeiro estágio, a água passa por uma tela eletrificada na câmara de oxigenação, criando microbolhas. Em seguida, a água, já com maior quantidade de oxigênio, é conduzida para célula na qual uma corrente elétrica é aplicada e de onde já sai ativada, acidificada e alcalina com todos os atributos de um potente agente de limpeza.

Segundo a empresa, a água eletricamente ativada ataca a sujeira, quebrando-a em pequenas partículas e as retira da superfície do piso, facilitando o trabalho das escovas e discos, que removem a sujeira com mais eficiência. Aproximadamente 45 segundos depois de criada, a solução de limpeza retorna ao seu estado natural. O que sobra no tanque de recolhimento são somente água e sujeira. Nesse processo, a totalidade da água utilizada é revertida em água de torneira neutra, que pode ser manuseada e descartada com segurança.

Como benefício adicional, e deveras importante, está o fato de a tecnologia utilizar até 70% menos água que os métodos tradicionais de limpeza. Afinal, como nenhum produto químico é adicionado ao sistema, não existe a necessidade de enxágue, o piso não fica escorregadio por conta de resíduos e não há descarte de detergente no ambiente.

Desde 1870, a Tennant Company se dedica à “criação de um mundo mais limpo e seguro”, como consta em todo seu material de divulgação. Fabricante de equipamentos industriais e comerciais que abrangem lavadoras, varredeiras, soluções para carpetes, polidoras, enceradeiras, revestimentos, dentre outros, após adquirir a Alfa, a empresa expandiu sua oferta para o mercado, com assistência local em vendas, serviços, peças e consumíveis e atendimento ao cliente.

A Alfa possui unidade produtiva em Limeira, interior de São Paulo, e escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, PR.

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Sede da empresa em São João Clímaco

Sede da empresa em São João Clímaco (Foto: Divulgação)

Em seus 26 anos de existência, completados em 15 de agosto, a Digimec, empresa especializada em projeto, produção e comercialização de aparelhos e sistemas para automatização industrial, traz em seu bojo, primordialmente, vivência e experiência, substantivos que, na prática, fizeram a diferença.

Os então companheiros de trabalho Wilson A. Lico, Sidney Guidin e Freddy Depouhon resolveram fundar uma empresa para melhor atender os clientes nos aspectos técnicos e comerciais, de uma forma mais personalizada e eficaz. Brecha percebida, ideia aplicada. Resultado: de colegas a sócios, de empregados a empresários. Um universo de possibilidades pela frente, mas também todas as implicações de se tocar um negócio próprio.

Dentre os acertos e enganos comuns a toda e qualquer empresa que busca se estabelecer no mercado, a balança da Digimec pendeu para o lado positivo. E nada melhor do que números para comprovar tal desempenho. Dos 25 funcionários da sede inicial na Vila Gumercindo, bairro da Capital paulista, a empresa mais que triplicou seu quadro, que hoje conta com 90 colaboradores. A sede também não é mais a mesma. Hoje contam com mais espaço na unidade localizada em São João Clímaco, outro bairro paulistano…

Leia abaixo entrevista completa:

Revista P&S – Quando a Digimec foi fundada e por quem?

Sócios da Digimec – A Digimec foi fundada em 15 de agosto de 1983 por três sócios, Wilson A. Lico, Sidney Guidin e Freddy Depouhon, profissionais com grande vivência e experiência no projeto, aplicação e comercialização de aparelhos eletroeletrônicos para automatização de máquinas e processos industriais.

P&S – Como a empresa iniciou suas atividades?

SD – Os sócios, que já trabalhavam juntos, resolveram fundar uma empresa para melhor atender os clientes nos aspectos técnicos e comerciais de uma forma mais personalizada e eficaz.

P&S – Conte como a Digimec se desenvolveu.

SD – No início, sua linha de fabricação era constituída por aparelhos eletrônicos analógicos, digitais e eletromecânicos. Paralelamente à linha de produtos seriados, a Digimec sempre projetou e fabricou aparelhos personalizados para atender clientes em aplicações específicas. Um fato marcante foi a primeira participação em uma exposição de abrangência nacional e latino-americana no Anhembi, em São Paulo, que mesmo sem uma linha de produtos definida, foi um sucesso. Isso gerou grande expectativa no mercado, baseada na larga experiência de seus fundadores, pois ficou visível que havia surgido uma nova opção de atendimento e de qualidade.

P&S – Como os fundadores se conheceram e decidiram montar uma empresa?

SD – Wilson, Freddy e Sidney, que já se conheciam profissionalmente, iniciaram as atividades da empresa desenvolvendo e solucionando problemas específicos de clientes. Dessa forma, criaram aparelhos personalizados e dedicados para determinadas aplicações.

P&S – A empresa sempre esteve em São João Clímaco?

SD – A Digimec sempre se localizou na Capital de São Paulo, inicialmente no bairro de Vila Gumercindo, com 25 funcionários, onde ficou por cerca de 6 anos, mudando-se posteriormente para o bairro de São João Clímaco, onde permanece até hoje e conta com cerca de 90 colaboradores.

P&S – A partir da empresa surgiram outros negócios?

SD – Com o crescimento da empresa foram descentralizadas certas atividades e, com isso, pequenas empresas foram criadas para melhorar a administração e a logística da própria Digimec.

P&S – Qual a posição da Digimec no mercado hoje?

SD – Atualmente, a Digimec conta com posição de destaque nos mercados nacional e latino-americano, mas buscando sempre aumentar sua participação por meio de modernização tecnológica em sua produção e na fabricação e desenvolvimento de aparelhos mais sofisticados, com recursos amplos e custos mais baixos.

P&S – Quais os planos futuros?

SD – A construção de um prédio, fora do município de São Paulo, planejado para abrigar de forma mais adequada e produtiva todas as atividades da empresa, melhorando a condição de trabalho dos colaboradores e propiciando um atendimento melhor aos clientes e fornecedores.

P&S – Quais exemplos de gestão e empreendedorismo você daria para quem deseja abrir uma empresa? E para quem já a tem e precisa torná-la produtiva?

SD – Tanto num caso quanto no outro, o empreendedor deve se obrigar a estar atualizado tecnicamente, conhecer cada mercado e suas particularidades e delegar as várias funções a pessoas capazes e comprometidas com o sucesso do empreendimento.

Equipe da Digimec (Foto: Divulgação)

Equipe da Digimec (Foto: Divulgação)

P&S – Qual é o modelo de gestão seguido pela Digimec no que diz respeito à produção, funcionários etc?

 

SD – O modelo administrativo da Digimec faz com que os responsáveis dos diversos setores participem das decisões finais implantadas pela direção, sempre buscando como objetivo final a qualidade do produto, o ótimo atendimento ao cliente e a competitividade no mercado. Ou seja, é, sem dúvida, uma gestão participativa.

P&S – O que a Digimec faz para se manter competitiva?

SD – Com o crescimento da empresa e sua inserção definitiva no mercado, o caminho para seu desenvolvimento foi a definição de uma linha de produtos fabricados em série e que atendiam a muitos clientes e a muitos segmentos da industria brasileira e, em seguida, da indústria latino-americana. Atualmente, com a grande concorrência, buscamos na alta tecnologia o caminho para uma produção mais eficaz e com qualidade assegurada, bem como desenvolver produtos de ponta para atender a qualquer aplicação de exigência do mercado.

P&S – Fale de curiosidades que possam ilustrar a história de sucesso da Digimec.

SD – Um fato interessante que demonstra a confiança que a Digimec inspira nos clientes é a procura que temos por todos os segmentos do mercado, a ponto de termos ao longo da história nos tornado especialistas em automatização de equipamentos para panificação, refrigeração, hospitais e produtos para cozinha e hotelaria.

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Está no DNA

Icone Gestão&Empreendedorismo | Por em 8 de julho de 2009

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Equipe da Zurich (Foto: Divulgação)

Equipe da Zürich posa para o Blog Industrial (Foto: Divulgação)

Desenvolver tecnologias diferenciadas que causem impacto no mercado. Essa é a máxima que tem norteado as ações da Zürich em seus 25 anos de atuação, completados em setembro de 2008. Antonio e Ronaldo Romão é que o digam. Juntos desde o inicio, pai e filho fizeram questão de criar uma empresa em cujo DNA o ato de inovar falasse mais alto. E assim foi.

Tanto que no princípio o fato de atuar apenas como revenda de manômetros e termômetros para o mercado brasileiro causava certa inquietação. Muita, na verdade. Mas não demorou nada para que a história tomasse outros rumos. Em 1985, apenas dois anos após sua fundação, a Zürich já estava nacionalizando instrumentos exclusivos para atender as indústrias alimentícias, dando início à fabricação dos manômetros sanitários.

Desenvolvido com técnicas de solda em aço inox, o produto oferecia alto grau de sanitariedade, condição que permitiu à empresa expandir seus negócios para as indústrias farmacêutica e química. E esse era só o começo. Manômetros em produção, mais alguns anos e, em 1989, chegou a vez dos termômetros de própria autoria.

E como por lá nada se copia, simplesmente, a Zürich ano após ano continua firme no seu propósito de inovar. Lançar produtos pioneiros, novos conceitos é cultural, como o primeiro manômetro digital a bateria desenvolvido no Brasil, em 1995.

Primeiro manômetro da Zürich (Foto: Divulgação)

Primeiro manômetro da Zürich (Foto: Divulgação)

Três anos depois, em 1998, a empresa começava pesquisas para desenvolvimento de um sensor de pressão capacitivo 100% nacional. Apenas mais três anos foram necessários para que o primeiro transmissor equipado com o dispositivo saísse da linha de montagem para ganhar o consumidor.

Em 2007 foi a vez de colocar no mercado um novo conceito para instrumentos com objetivo de medir e controlar pressão ou temperatura em um único instrumento: nasciam as linhas P-3 e V-3. Um ano mais tarde, iniciou uma nova divisão de automação e controle, com sistemas de acesso remoto via GSM, destinada, principalmente, aos fabricantes de equipamentos.

Tanta inovação exigiu da Zürich mudanças físicas no mesmo ritmo. Das duas salas no bairro paulistano da Vila Prudente onde começou distribuindo os produtos de outros fabricantes – naquela época a empresa contava com apenas quatro funcionários, incluindo os donos –, passou para galpão próprio de 200 m2, e dez colaboradores, quando se tornou produtora. Em 1994, mais um galpão foi comprado para ampliação da fábrica e do escritório e a empresa já contava com 500 m2 e trinta empregados. Atualmente, cinquenta funcionários, dos quais vinte da produção, trabalham nos 800 m2 de área construída.

Com crescimento anual da ordem de 10% ao ano nos últimos quatro anos, a Zürich tem como meta dobrar o faturamento e o número de atendimentos nos próximos quatro com a nova divisão de automação e controle, além, é claro, de continuar inovando!

N.R.: Entrevista concedida por Luis Fernando Saraiva Biffi, engenheiro de aplicação da Zürich.

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Jorge Farsky, diretor-presidente da Walter (Foto: Divulgação)

Jorge Farsky, diretor-presidente da Walter (Foto: Divulgação)

Uma mala nas mãos, dois produtos e muita vontade. Era 1996. Naquele ano começou a história de Jorge Farsky com a Walter Tecnologias em Superfícies. Empresa canadense do segmento de abrasivos para corte, desbaste, acabamento e ferramentas químicas para limpar, proteger e lubrificar superfícies metálicas, não tinha representação no Brasil até que o jovem engenheiro mecânico decidiu montar seu próprio negócio.

O filho de Jonny Farsky, proprietário da FPB – Fábrica Paulista de Brocas, queria empreender como o pai. Aproveitou a relação comercial que já existia entre o patriarca e Walter Somers – a FPB fornecia brocas para a Walter no Canadá – e foi vender disco fino de corte, o Zipcut, e o suporte Enduro-Flex, produtos até então inexistentes no mercado nacional.

Na primeira investida não foi bem-sucedido e rapidamente aprendeu a lição: que não se podia comercializar produtos com alto valor agregado sem mostrar, e comprovar, ao cliente o porquê do custo. Mudou o discurso e começou a apresentar soluções, ou como gosta de dizer “comecei a vender custo-benefício”. Deu certo.

Do sobradinho de dois andares no bairro do Socorro, próximo a Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, onde iniciou as atividades, a empresa está hoje instalada num prédio de 4,5 mil m2. Em 2009, a Walter do Brasil completa 13 anos oferecendo ao mercado aproximadamente 50 linhas de produtos e mais de 500 itens em estoque. E está se preparando para crescer.

Casa que abrigou a Walter em seu começo...

Casa que abrigou a Walter em seu começo...

A prova mais recente da busca pelo crescimento foi conquistada há menos de um mês: a empresa recebeu a certificação OHSAS 18001 (Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional). Essa norma integra-se no mesmo modelo de ISO 9000 e ISO 14000 (a Walter já conta com ISO 9001 e ISO 14001), apresentando abordagem por processo. É baseada na utilização do “ciclo de Deming”, que permite melhoria contínua dos desempenhos. “É isso que nos move todos os dias: melhorar. E adianto que quem faz tudo aqui são as pessoas. Sem elas não chegaríamos onde estamos”, enfatiza Jorge Farsky.

O executivo conta que a Walter vai além, com outras iniciativas em andamento. Mesmo neste momento de retração do mercado, em virtude da crise econômica mundial, a companhia está investindo. “No momento certo comunicaremos ao mercado nossas novidades.”

Aliás, da fase crise, o que Farsky tem extraído juntamente com sua equipe – 65 profissionais compõem o quadro de colaboradores, dos quais quarenta técnicos – são oportunidades, das mais diversas e sobre as quais, óbvio, não dá muitos detalhes. De promoções a novos produtos, de tudo um pouco tem contribuído para que a empresa mantenha seu ritmo ascendente. Tanto que no primeiro quadrimestre deste ano registrou incremento de 12% nas vendas quando comparado com igual período de 2008.

... e o prédio atual da empresa

... e o prédio atual da empresa

Para o diretor-presidente da Walter, o tripé bom produto, boa equipe e conhecimento do mercado para oferecer o que o cliente necessita é a receita para a evolução de uma empresa. “Sempre digo que não tem segredo. E não tem mesmo. Uma boa dose de paixão e dedicação também ajudam, e muito.”

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Deficiência no mercado + necessidade = oportunidade. Tal equação não teria o mesmo resultado se não fosse o espírito empreendedor de Adalberto Macedo e Luiz Roberto de Pádua. Prova disso, é que, passados 25 anos, o que era apenas uma lacuna, hoje atende pelo nome de Contemp. De ideia, a fabricante de soluções para medição, controle e monitoramento dos mais variados tipos de processos industriais, passou a uma sede de 1 600 m² em São Caetano do Sul, no ABC paulista, escritório de vendas em Campinas, SP, e Joinville, SC, distribuidores e representantes nas principais cidades do Brasil e mais de 100 colaboradores. Além da Contric, empresa do grupo com foco em projetos e montagem de painéis elétricos de baixa tensão. 

Luiz Roberto Pádua

Luiz Roberto Pádua

Adalberto Macedo

Adalberto Macedo

Naquela época, Macedo e Pádua certamente não imaginavam, ainda que desejassem, alcançar tamanho êxito. Estavam bem empregados numa multinacional, a Alcan Alumínio, e por lá pretendiam ficar até que certo dia, do ano de 1984, por conta da exigência dos clientes da empresa por melhor qualidade no controle de processos no item temperatura, precisaram buscar no mercado nacional esses instrumentos. Não encontraram.

Diante da situação, decidiram, então, investir o conhecimento que tinham no desenvolvimento do produto. Deu certo. Abriram a empresa, em principio, apenas para atender as necessidades da Alcan. Mas ao perceberem que o mercado era realmente carente, e muito grande, não tiveram dúvida: desligaram-se da multinacional e partiram para uma história de sucesso…

…contada pelo Adalberto e pelo Luiz Roberto a seguir:

Revista P&S – Quando a Contemp foi fundada e por quem?

Adalberto Macedo – Foi fundada em 12 de junho de 1984 por Adalberto B. Macedo, Luiz Roberto de Pádua, Nilson Franchini e Elizeu de Brito. O Nilson saiu da sociedade no primeiro semestre de vida da empresa e o Elizeu quando tínhamos mais ou menos 8 anos.

P&S – Conte com detalhes como a empresa iniciou suas atividades.

Luiz Roberto Pádua – Trabalhávamos em uma multinacional na área de manutenção de instrumentos para medição e controle de temperatura. Em 1984, por conta da exigência dos clientes de melhor qualidade no controle de processos no item temperatura, fomos em busca no mercado de instrumentos que atendessem as nossas necessidades. Infelizmente no momento e felizmente após, não encontramos esses instrumentos no mercado nacional. Decidimos então investir no nosso conhecimento para desenvolver o que precisávamos. Como o resultado foi satisfatório, surgiu a ideia de nos associarmos para abrir uma empresa com este fim, em principio vislumbrando apenas resolver o problema da empresa em que trabalhávamos. Percebendo que o mercado era carente e muito grande, decidimos por nos desligar para cuidar somente da Contemp.

AM – Na época avaliamos alguns produtos de outros fabricantes e notamos que o nosso primeiro desenvolvimento não devia nada a nenhum deles. Como recebíamos visitas constantes de fornecedores, alguns vendo nossos desenvolvimentos nos incentivaram a constituir uma empresa. Assim criamos coragem e iniciamos a Contemp.

P&S – Conte como a Contemp se desenvolveu, ressaltando os bons e maus momentos.

AM – No início tivemos grandes dificuldades. Éramos operários e não dispúnhamos de tempo e recursos financeiros. Trabalhávamos na indústria de dia e à noite e finais de semana nos dedicávamos a aprimorar os produtos e atender as vendas. Como éramos uma empresa iniciante, sem experiência ou penetração, nos dispúnhamos a atender os primeiros clientes não somente com os nossos produtos, mas também revendendo materiais diversos relacionados ao segmento de manutenção elétrica e eletrônica. As vendas de início eram feitas com muita articulação, conciliando nosso horário de trabalho com o horário comercial dos possíveis clientes, eventualmente dando algumas “escapadinhas” quando necessário e compensando depois. Para formar caixa, fizemos muito uso de nossos conhecimentos e experiências profissionais, prestando serviços e assistências técnicas aos primeiros clientes. Naquela época tínhamos que conciliar família e estudo. E não pergunte como! Passados os dois primeiros anos, criamos coragem e iniciamos nosso desligamento da empresa na qual éramos funcionários para dedicar 100% de nosso tempo à Contemp. O dinheiro era pouco mais a determinação era grande e aos poucos fomos superando as dificuldades e crescendo. Não houve saltos, nem grandes oportunidades, mas sim um crescimento contínuo baseado em muito esforço e doação. Os vários planos econômicos e a instabilidade da economia só atrapalhavam. Lembro-me bem que quando o Collor assumiu a presidência e na sequência confiscou nossos recursos, passamos serias dificuldades financeiras. Tivemos que pedir aos nossos colaboradores que ficassem em casa para não gerar despesas com alimentação e transporte. Não tínhamos como pagar os salários, além do confisco, boa parte dos pedidos haviam sido cancelados pelos clientes e tivemos que aguardar a progressiva retomada do mercado. A recuperação foi lenta, mas com a gradual estabilização da economia, nos recuperamos, mantivemos os empregos e ampliamos os negócios. Mais recentemente, pouco antes da transição do governo Fernando Henrique para o Luiz Inácio, com a superdesvalorização do Real perante o Dólar era mais viável importar alguns produtos do que fabricá-los. Por “sorte” sempre gostamos de desenvolver o conhecimento e a tecnologia dos produtos que comercializamos, e quando ocorreu a desvalorização tínhamos alguns projetos prontos e em fase de lançamento. Substituímos com vantagens esses produtos que importávamos e o mercado recebeu bem a transição.

LRP – Também tivemos muita sorte porque o primeiro cliente foi a Alcan, onde trabalhávamos. Por indicação dela veio a Engesa, e assim outras grandes. Com exceção de 1990, por conta do Plano Collor, sempre operamos com crescimento.

P&S – A empresa sempre esteve em São Caetano do Sul?

AM – Sim, sempre esteve em São Caetano, mesmo tendo mudado por três vezes de endereço para adequar o crescimento.

P&S – A partir da empresa surgiram outros negócios? Fale a respeito.

AM – Dentro de nossa empresa aos poucos fomos identificando atividades que tínhamos afinidade e conhecimento. Iniciamos novas frentes de trabalho de forma modesta e integrada às demais atividades. Aos poucos cada uma tornou-se independentes, como o laboratório de metrologia para prestação de serviços de calibração de diversas grandezas físicas e mecânicas, que conta com a validação do Inmetro e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, e pertence à rede brasileira de calibração “RBC”; o projeto e fabricação de painéis elétricos industriais, recentemente desmembrado em uma nova empresa, a Contric; e o desenvolvimento de software dedicado ao monitoramento, registro e controle de processos industriais. Vale ressaltar que em 1999 conquistamos nossa certificação ISO 9000.

P&S – Qual a posição da Contemp no mercado hoje?

LRP – Segundo pesquisas, e sentimentos, entre as três maiores.

P&S – Quais os planos futuros?

AM – Desde o início trabalhamos passo a passo, aproveitando as reais possibilidades que se apresentem dentro de nossas habilidades.

LRP – Atualizar com o máximo de tecnologia toda nossa linha de produtos.

P&S – Quais exemplos de gestão e empreendedorismo você daria para quem deseja abrir uma empresa? E para quem já tem e precisa torná-la produtiva?

LRP – Primeiro ser conhecedor daquilo que se pretende fazer/produzir e depois ser comprometido com tudo e com todos. Para quem já a tem, estar sempre alerta para as mudanças do mercado, ser flexível nas adaptações exigidas e ter um quadro de colaboradores comprometidos com a empresa.

AM – Sempre que nos julgamos algum tipo de exemplo, não raro somos surpreendidos por outros que, no mínimo, nos ofuscam e nos coloca no devido lugar. Em outras vezes, quando tomamos como referência modelos aparentemente consagrados de sucesso, nos surpreendemos com a total fragilidade a que estão expostos. Vejamos os recentes exemplos de grandes e “sólidas” instituições financeiras, montadoras líderes de mercados e outros tantas empresas que há um ano figuravam entre as mais bem-sucedidas e hoje não param em pé sozinhas. Afora as leis naturais, nada é definitivo, tudo se constrói a partir da vontade, da inteligência e do justo propósito a que se destina. Ser empreendedor, no meu entendimento, é ter faro, coragem, real comprometimento e boa fé no que se propõe a fazer, mesmo que faltem algumas peças que componham o negócio em construção. Para quem já tem um negócio em andamento e estiver indo bem possivelmente tem mais contar do que a ouvir. A quem tem um negócio que enfrenta dificuldades, deve botar fé e lutar pelo que está construindo. Não existe fórmula para o sucesso. O que existe é vontade, dedicação, inteligência e persistência.

P&S – Qual é o modelo de gestão seguido pela Contemp no que diz respeito à produção, funcionários etc?

LRP – Quanto à produção, sempre buscando simplificá-la e aprimorando a qualidade. Quanto aos funcionários, mantendo-os capacitados em suas funções, incentivando o bom relacionamento com colegas e diretores e adotando sistema de participação nos lucros.

AM – Nossa gestão é participativa. Os líderes de cada setor são informados e consultados em todos os aspectos pertinentes a comando. Chamamos esse grupo de G1. Para assuntos de estratégia ou necessidades mais agudas, contamos com um conselho formado pelos diretores e sócios. Nem todos os processos de fabricação são executados por nosso pessoal. Alguns são terceirizados com empresas que podem nos atender naquilo que não temos as melhores condições de suprir ou que o custo não se justifica.

P&S – O que a Contemp faz para se manter competitiva?

AM – Respeita, mas luta com os competidores pelos clientes e pedidos. Corre atrás de todas as oportunidades de negócio a que se propõe, mesmo que pequenas. Procura ser honesta com todos, principalmente com os clientes. Preocupa-se em entender as necessidades de seus clientes e, percebendo letargia nas ações internas, “chacoalha para acordar”. Mantém relações com consultorias especializadas naquilo que se sente deficiente.

LRP –Trabalhando na reengenharia e principalmente na qualidade dos produtos, além do atendimento diferenciado aos clientes.

P&S – Fale de curiosidades que possam ilustrar a história de sucesso da Contemp.

LRP – Um fato importante foi que enquanto a filosofia da concorrência era fornecer instrumentos não tão precisos e sem as informações técnicas necessárias, pois o objetivo era ganhar com a manutenção, a Contemp, ao contrário, passou todas as informações técnicas possíveis para que o cliente não dependesse de nós no caso de possíveis defeitos.

Onde nasceu a Contemp...

Onde nasceu a Contemp...

 
...e onde ela está agora.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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