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Fiesp e Ciesp estimam que índice de atividade deve fechar 2012 com queda de 2,1%

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista apontou crescimento de 0,7% em junho sobre maio, na série com ajuste sazonal. “O resultado é bom e pode ser um começo de recuperação, mas ainda não há confiança para afirmar isso”, avaliou Paulo Francini, diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). As entidades divulgaram os números da indústria de transformação na manhã desta terça-feira (31/07).
“Essa recuperação só vai se mostrar através do acúmulo de números positivos e isso tem de começar alguma hora”, reforçou o diretor do Depecon. Ele acrescentou que a atividade econômica deve melhorar em função das medidas de incentivo anunciadas recentemente pelo governo, mas os efeitos positivos de ações como a redução de juros, câmbio mais competitivo e incentivos ao investimento levam tempo para serem sentidos.
“Existem fatores que impulsionam que algo de bom pode ocorrer, pelas coisas que estão em jogo. Mas, no caso do desempenho, não adianta fazer como na seleção, que é um gol aos 45 minutos. Fazer um gol no final de dezembro não recupera o semestre”, alertou o diretor.
Sem o ajuste, no entanto, o INA desacelerou 1,4% na comparação com o mês anterior. No acumulado de 12 meses, o nível de atividade da indústria sem ajuste sazonal foi negativo em 3,8%. De janeiro a junho de 2012, o indicador também acumula variação negativa de 6,4% em relação ao mesmo período de 2011, descontando o ajuste à sazonalidade.
Este é o quinto trimestre consecutivo de queda do indicador. No segundo trimestre de 2011, o INA caiu 1%, diminuindo a queda para 0,6% no terceiro período do mesmo ano e agravando, no entanto, o quadro negativo para 3% no quarto trimestre do ano passado. Em 2012, a atividade fechou o primeiro trimestre com queda de 1,7% e o segundo com variação negativa de 1,1%.
A Fiesp estima que a economia brasileira deverá crescer este ano, 1,8%, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) da indústria deve ficar negativo em torno de 1%. “Estamos em processo de uma nova revisão desses números, provavelmente com viés de baixa. Será um ano de fraco crescimento.” O prognóstico atual da Federação para o INA é de queda de 2,1% em 2012.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) teve uma ligeira desaceleração, passando para 81% em junho, ante 83,6% em maio deste ano. Já na leitura com ajuste sazonal, o componente ficou estável em 80,6% no mês passado contra 80,4% em maio de 2012.
Setores
Dos setores avaliados pela pesquisa em junho, o segmento de Artigos de Borracha apresentou estabilidade, com 0% na leitura mensal considerando os efeitos sazonais. Na comparação sem ajuste sazonal, no entanto, houve uma queda de 2,6% do índice em junho versus maio. O setor de Metalurgia Básica registrou queda de 1,5% sobre maio, em termos ajustados.
A atividade da indústria de Alimentos e Bebidas se destacou entre os comportamentos de alta, com variação positiva de 4%, com ajuste, na comparação com maio. Francini explicou que a alta do setor se deve ao fato do segmento estar mais ligado à renda do que ao crédito.
Expectativa
A percepção geral dos empresários com relação ao cenário econômico no mês de julho, medida pelo Sensor Fiesp, ficou praticamente estável: 49,6 pontos contra 48,4 pontos em junho.
Já o item Mercado registrou alta de mais de três pontos no mês corrente e chegou a 52,2 pontos versus 49 pontos em maio. O mesmo aconteceu com o indicador Vendas, que também subiu de 43,7 pontos no mês anterior para atuais 47,9 pontos.
A percepção dos empresários quanto ao Investimento apresentou forte melhora, passando de 53,1 pontos no mês anterior para 56,3 pontos em julho.
Em contrapartida, o segmento Emprego registrou ligeira queda de 49 pontos em junho, para 48,5 em julho. E o indicador de Estoque ficou em 43,2 pontos em julho ante 47 pontos em junho. Isso mostra que o estoque está elevado.

O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista apontou crescimento de 0,7% em junho sobre maio, na série com ajuste sazonal. “O resultado é bom e pode ser um começo de recuperação, mas ainda não há confiança para afirmar isso”, avaliou Paulo Francini, diretor do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). As entidades divulgaram os números da indústria de transformação na manhã desta terça-feira (31/07).
“Essa recuperação só vai se mostrar através do acúmulo de números positivos e isso tem de começar alguma hora”, reforçou o diretor do Depecon. Ele acrescentou que a atividade econômica deve melhorar em função das medidas de incentivo anunciadas recentemente pelo governo, mas os efeitos positivos de ações como a redução de juros, câmbio mais competitivo e incentivos ao investimento levam tempo para serem sentidos.
“Existem fatores que impulsionam que algo de bom pode ocorrer, pelas coisas que estão em jogo. Mas, no caso do desempenho, não adianta fazer como na seleção, que é um gol aos 45 minutos. Fazer um gol no final de dezembro não recupera o semestre”, alertou o diretor.
Sem o ajuste, no entanto, o INA desacelerou 1,4% na comparação com o mês anterior. No acumulado de 12 meses, o nível de atividade da indústria sem ajuste sazonal foi negativo em 3,8%. De janeiro a junho de 2012, o indicador também acumula variação negativa de 6,4% em relação ao mesmo período de 2011, descontando o ajuste à sazonalidade.
Este é o quinto trimestre consecutivo de queda do indicador. No segundo trimestre de 2011, o INA caiu 1%, diminuindo a queda para 0,6% no terceiro período do mesmo ano e agravando, no entanto, o quadro negativo para 3% no quarto trimestre do ano passado. Em 2012, a atividade fechou o primeiro trimestre com queda de 1,7% e o segundo com variação negativa de 1,1%.
A Fiesp estima que a economia brasileira deverá crescer este ano, 1,8%, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) da indústria deve ficar negativo em torno de 1%. “Estamos em processo de uma nova revisão desses números, provavelmente com viés de baixa. Será um ano de fraco crescimento.” O prognóstico atual da Federação para o INA é de queda de 2,1% em 2012. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) teve uma ligeira desaceleração, passando para 81% em junho, ante 83,6% em maio deste ano. Já na leitura com ajuste sazonal, o componente ficou estável em 80,6% no mês passado contra 80,4% em maio de 2012.
Setores Dos setores avaliados pela pesquisa em junho, o segmento de Artigos de Borracha apresentou estabilidade, com 0% na leitura mensal considerando os efeitos sazonais. Na comparação sem ajuste sazonal, no entanto, houve uma queda de 2,6% do índice em junho versus maio. O setor de Metalurgia Básica registrou queda de 1,5% sobre maio, em termos ajustados.
A atividade da indústria de Alimentos e Bebidas se destacou entre os comportamentos de alta, com variação positiva de 4%, com ajuste, na comparação com maio. Francini explicou que a alta do setor se deve ao fato do segmento estar mais ligado à renda do que ao crédito.
Expectativa A percepção geral dos empresários com relação ao cenário econômico no mês de julho, medida pelo Sensor Fiesp, ficou praticamente estável: 49,6 pontos contra 48,4 pontos em junho.
Já o item Mercado registrou alta de mais de três pontos no mês corrente e chegou a 52,2 pontos versus 49 pontos em maio. O mesmo aconteceu com o indicador Vendas, que também subiu de 43,7 pontos no mês anterior para atuais 47,9 pontos.
A percepção dos empresários quanto ao Investimento apresentou forte melhora, passando de 53,1 pontos no mês anterior para 56,3 pontos em julho.
Em contrapartida, o segmento Emprego registrou ligeira queda de 49 pontos em junho, para 48,5 em julho. E o indicador de Estoque ficou em 43,2 pontos em julho ante 47 pontos em junho. Isso mostra que o estoque está elevado.

FIESP

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As medidas do Plano Brasil Maior, somadas à redução dos juros e à liberação de recursos para investimentos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), devem ajudar a economia brasileira a se recuperar em 2013, na avaliação do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Em reunião do Fórum Nacional da Indústria, nesta sexta-feira, 20 de julho, em São Paulo, disse não acreditar que as decisões do Plano Brasil Maior surtam efeito a ponto de recuperar a produção ainda este ano, mas sim no próximo.

“Não acreditamos em uma retomada no segundo semestre porque a indústria ainda está com estoques muito elevados, mas a tendência é que melhore. Para 2013, prevemos um crescimento da economia em torno de 3% ou 4%. Todas essas medidas levam um tempo para surtir efeito, mas um bom resultado é que elas já estão aumentando o otimismo e revertendo a expectativa negativa dos empresários”, declarou Andrade, após a reunião do Fórum Nacional da Indústria, que congrega dirigentes de 44 associações nacionais setoriais e das federações de indústrias dos estados.

Novo pacote – O presidente da CNI anunciou que o empresariado da indústria espera novas medidas que ajudem a recuperar a competitividade do setor. Defendeu, entre elas, a redução do custo de energia elétrica, a extensão a mais setores da desoneração da folha de pagamentos, a dinamização dos investimentos em aeroportos e a concessão à iniciativa privada das administrações dos portos. “Estamos esperando para agosto um novo pacote de medidas. É preciso dar incentivos para a indústria crescer”, assinalou.

As propostas de ampliação do Plano Brasil Maior, discutidas na reunião do Fórum Nacional da Indústria, serão encaminhadas por Andrade ao governo na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) marcada para o próximo dia 2 de agosto. O CNDI é o organismo responsável pela gestão do Plano Brasil Maior.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, que participou da reunião do Fórum, defendeu a agilização das Parcerias Público Privadas, as PPPs como um dos mecanismos para melhorar a infraestrutura.  “Precisamos trabalhar as PPPs. Se não caminharmos para esse lado, vamos ter poucos investimentos em infraestrutura”, advertiu.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Base (Abdid), Paulo Godoy, reforçou a argumentação de Safady Simão. “O governo dá sinais de que vai liberar novas concessões para rodovias, ampliar as dos aeroportos, abrir para portos, e que vai desonerar a tarifa de energia elétrica. São medidas importantes para aumentar o poder de competição da  indústria”, concluiu Godoy.

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A Sondagem Industrial foi feita entre 2 e 13 de julho com 1.957 empresas industriais, das quais 711 de pequeno porte, 751 médias e 495 grandes

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) viu “um semestre perdido” para a indústria em junho, quando houve redução da produção, do número de empregados, do uso da capacidade instalada (UCI) e aumento dos estoques. A informação é da pesquisa Sondagem Industrial, divulgada pela CNI. A Sondagem Industrial foi feita entre 2 e 13 de julho com 1.957 empresas industriais, das quais 711 de pequeno porte, 751 médias e 495 grandes

A produção em junho ficou em 45,5 pontos, mostra o indicador de evolução da produção. Este dado, abaixo de 50 pontos, representa queda na produção na comparação com maio. O número de empregados também recuou, com indicador de evolução de 47,2 pontos. A UCI efetiva em relação à usual se reduziu em 2,2 pontos, ficando em 41,8 pontos, quando registrara 44 pontos no mês anterior. Como continua abaixo de 50 pontos, indica que a indústria permanece desaquecida.

Segundo a pesquisa, embora o índice dos estoques efetivos em relação aos planejados tenha caído 0,6 ponto percentual na comparação entre os dois meses, ficou em 52,5 pontos em junho, permanecendo acima da linha dos 50 pontos, comprovando, assim, estoques em excesso. A indústria operou, em média, com 72% da capacidade instalada em junho, um ponto percentual abaixo de maio.

Modelo esgotado – “Mesmo tendo em vista o aumento dos gastos públicos, a queda nas taxas de juros e a entrada em vigor de algumas das medidas do Plano Brasil Maior não trouxeram a esperada reação da atividade industrial ao longo do semestre”, diagnostica a Sondagem Industrial. O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, diz que a perspectiva para o restante do ano não é boa. “Se nada for feito para aumentar a competitividade da indústria, teremos mais um semestre perdido”, prevê.

A análise dos números da pesquisa assinala que “a estratégia de crescimento via estímulos ao consumo dá claros sinais de esgotamento”. Acentua que a manutenção dos estoques elevados há mais de um ano demonstra que a indústria não enfrenta apenas um problema de demanda, mas também de falta de competitividade. “É urgente uma reorientação da política industrial para, de um lado, buscar um aumento na produtividade e, de outro, reduzir o Custo Brasil. Caso contrário, a indústria – e a economia brasileira- perderão muito mais que um semestre”, adverte a CNI na Sondagem Industrial.

Quando indagadas pela pesquisa sobre os principais problemas que enfrentaram no segundo trimestre do ano, as empresas apontaram em terceiro lugar a falta de demanda, listada por 31,8% das pequenas, por 35,6% das médias e por 34,5% das empresas de grande porte. Tal preocupação confirma, de acordo com a CNI, os “sinais de esgotamento” da política governamental de tentativa de recuperação da atividade econômica pelo incentivo ao consumo.

“Como prova disso, a falta de demanda ganhou importância, no último trimestre, entre os principais problemas enfrentados pela indústria, mesmo com a adoção das recentes medidas de estímulo. Reflexo, em grande parte, do elevado nível de inadimplência – problema que também ganhou importância para a indústria -, que limita os efeitos de tais políticas”, avalia a análise da Sondagem Industrial.

Automotiva cai, Petróleo sobe – Por setores, o segmento de veículos automotores foi o que registrou a maior queda na produção e no emprego de maio para junho, com indicadores de evolução de 36,8 e 40,7 pontos, respectivamente, os menores índices entre os 30 setores pesquisados pela CNI, bem abaixo da linha dos 50 pontos. A UCI efetiva em relação à usual do segmento foi também a mais baixa, com 35 pontos. E os estoques efetivos em relação aos planejados aumentaram consideravelmente, de 55,8 pontos em maio para 59,7 pontos.

No polo oposto, o segmento de derivados de petróleo foi um dos três que não reduziram a produção em junho comparativamente a maio, com 51,8 pontos, acima da linha dos 50 pontos, portanto. Os outros dois segmentos que apresentaram igualmente evolução positiva na atividade foram o de máquinas e materiais elétricos, com 51,2 pontos, e alimentos, com 50,2 pontos. A produção caiu em todos os 27 segmentos restantes alcançados pelo levantamento.

Pelo país – Por regiões, a produção industrial e o número de empregados declinaram em todas, mas no Nordeste tais quedas foram menos intensas em junho. A atividade na região nordestina registrou 48, 5 pontos (contra 45,5 pontos para a média do país) e o número de empregados ficou próximo da estabilidade, com 49,5 pontos (ante 47,2 pontos da média brasileira).

As expectativas da indústria para os próximos seis meses, outro indicador levantado pela pesquisa, continuaram otimistas em julho, quando ela foi realizada, com 58,4 pontos sobre a evolução da demanda e 53,9 pontos sobre as exportações. O otimismo, porém, caiu, em 0,7 ponto em relação a junho e 3,4 pontos sobre julho de 2011 na avaliação da demanda e de 55,3 pontos em junho para 53,9 pontos em julho na avaliação do volume a ser exportado.

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O presidente da ABINEE, Humberto Barbato, e o presidente da ABIMAQ assinam na próxima segunda-feira (23), em São Paulo, com o Ministro Aldo Rebelo, Termo de Colaboração com o Ministério do Esporte, visando estabelecer os parâmetros necessários ao acompanhamento da implantação da infraestrutura para a realização da Copa das Confederações 2013 e da Copa do Mundo 2014.

De acordo com o termo, as entidades empresariais acompanharão o grau de participação da indústria brasileira de eletroeletrônicos e de máquinas e equipamentos nas aquisições de bens e serviços necessários à execução das obras previstas, podendo propor recomendações à respeito da melhor forma de promover o aumento do fornecimento local. Para Humberto Barbato, o acordo é importante para que a ABINEE possa indicar ao governo a existência de produção nacional de bens do setor que serão utilizados na construção da infraestrutura dos eventos, principalmente, no que se refere a equipamentos de comunicação.

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IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas) aponta crescimento de 5,6% nas vendas de julho

As novas medidas adotadas pelo governo, como a prorrogação da redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os setores de linha branca e móveis e a de PIS/COFINS para massas alimentícias, o corte da taxa básica de juros em 0,5%, realizado pelo Copom (Comitê de Política Monetária), e, no plano externo, o plano de estímulo de € 130 bilhões elaborado pela União Europeia animaram os varejistas brasileiros a tentar melhorar o panorama de desaceleração econômica.

Este é o cenário apontado pelo IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo). O setor está respaldado, principalmente, pela expansão de renda e, ainda que em menor tom, pela expansão do crédito.

De acordo com o estudo, a alta nas vendas em junho foi de 5,7%, em comparação com o mesmo período do ano passado e, assim como ocorreu em maio, o crescimento das vendas tem se baseado na expansão da rede de lojas, pois o crescimento no conceito mesmas lojas foi negativo, de 2,19%.

Para julho e os próximos dois meses, os associados estimam crescimento de 5,6%, 10,2% e 9,8%, respectivamente, em comparação com os mesmos períodos do ano passado. O crescimento segue sustentado sobre a expansão da rede de lojas, pois o aumento de vendas nas mesmas lojas estaria negativo em julho, com 2,27%, e com tímidos 1,92% e 1,58% em agosto e setembro, respectivamente.

Após apontar desaceleração em julho, com crescimento de 3,5%, o varejo de bens não-duráveis continua a se destacar, com forte retomada a partir de agosto e setembro, com altas de 14,9% e 16%, respectivamente. Já o setor de bens semiduráveis (como vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos), que tem apresentado desempenho mais comedido em relação aos não-duráveis, tende a apresentar uma ligeira melhora a partir de julho. Em particular, as tradicionais liquidações das coleções de outono/inverno devem ser a tônica do período, com expansão entre 7,1% e 8,6% de julho a setembro.

No varejo de bens-duráveis (como móveis, eletrodomésticos, material de construção, etc.), fortemente influenciado pela expansão de crédito, a perspectiva para julho é de alta de 8,4%, enquanto para os meses subsequentes, as taxas de crescimento devem fechar em 9,8%.

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Os efeitos no país do agravamento da crise econômica internacional foram um dos motivos que levou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) a rever para baixo suas estimativas dos principais indicadores da economia em 2012. A previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) se reduziu a 2,1%, contra 3% estimados anteriormente, e a da indústria recuou de 2% previstos no primeiro trimestre para 1,6%. As informações são do estudo Informe Conjuntural, referente ao segundo trimestre, divulgado nesta quarta-feira, 11.07.

Diz o estudo serem “decepcionantes” e “motivo de preocupação” o crescimento da economia no primeiro trimestre e os dados do comportamento da indústria no segundo trimestre. “A reação esperada para o início do ano não se materializou, mesmo com a entrada em vigor de algumas das medidas do Plano Brasil Maior, a elevação dos gastos públicos e a queda nas taxas de juros”, assinala o documento.
O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, que apresentou o estudo, disse que a estagnação da economia mundial, com os consequentes estreitamento dos mercados e a maior concorrência dos produtos importados no mercado doméstico, tornaram mais visível a perda de competitividade da indústria brasileira. Destaca o Informe Conjuntural ser “cada vez mais claro que não enfrentamos apenas um problema conjuntural de demanda: a economia brasileira tem dificuldades de competitividade que se acentuaram com a crise mundial”.

O Informe Conjuntural prevê que nos três segmentos industriais, a indústria de transformação terá a menor expansão este ano, com apenas 1%, seguida pela indústria extrativa, com 2%, e pela indústria da construção, com expectativa de 3% de crescimento. A manutenção de estoques elevados e o atendimento de parte da demanda interna pelas importações estão entre as principais causas apontadas pela CNI para a baixa performance do setor industrial, que se refletirá necessariamente no comportamento do PIB.

Choque de competitividade – Castelo Branco vê no maior esforço para se diminuir os altos custos de produção no país e no imediato aumento dos investimentos em infraestrutura a melhor alternativa para que a economia reaja. “Investir em infraestrutura tem um efeito multiplicador muito grande na economia”, lembrou.

A CNI enfatiza, no Informe Conjuntural, ser este o momento para se promover um choque de competitividade na economia. “A mudança no ambiente macroeconômico, com a queda dos juros básicos e o novo patamar do câmbio, é um fato positivo. É necessário aproveitar essa oportunidade para promover um choque de competitividade que induza a um aumento substantivo na taxa de investimento”, preconiza o estudo.
O Informe Conjuntural alerta que, embora na direção correta, as medidas tomadas pelo governo para sustentar a demanda, como o aumento dos gastos públicos, “se mostram insuficientes para conter o processo de desaquecimento e iniciar um novo ciclo de crescimento econômico e de retomada da atividade industrial”. Sublinha que o alto nível de inadimplência e o comprometimento da renda com o pagamento de dívidas atenuam o impacto do consumo das famílias como o principal fator de crescimento do PIB.

Investimento menor – Outras reduções nas previsões da CNI para os principais indicadores da economia ocorreram com os investimentos, que irão crescer 2,5% em 2012, contra a estimativa do primeiro trimestre de 5,6%. A expectativa do consumo das famílias caiu de um aumento de 4% para 3,5%.

A estimativa da taxa de emprego não mudou de um trimestre para o outro, mantendo-se em 5,5%, assim como não se alterou a perspectiva da inflação, de 5% em 2012. A CNI reestimou a taxa real média anual de juros, de 4% no primeiro trimestre para 3,3%, e a taxa de câmbio, de R$ 1,80 para R$ 1,94 em dezembro.

Foram igualmente reduzidas, entre o primeiro e o segundo trimestres, as previsões da entidade para as exportações (de US$ 275,4 bilhões para US$ 263,2 bilhões), importações (de US$ 254,6 bilhões para US$ 243 bilhões) e do saldo comercial, de US$ 20,8 bilhões para US$ 20,2 bilhões.

Fonte CNI

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*Por Antonio Müller, presidente da ABEMI – Associação Brasileira de Engenharia Industrial

Não há dúvida de que a engenharia brasileira atingiu um nível de excelência na elaboração de projetos executivos, cada vez mais detalhados, completos e precisos em suas especificações. E essa conquista deve ser comemorada. Paradoxalmente, nosso desafio agora se localiza na engenharia básica, aquela que define os parâmetros gerais de um empreendimento. Os projetos básicos têm um papel estratégico para a escolha das tecnologias e fabricantes dos equipamentos a serem aplicados na futura montagem ou construção da obra. Funcionam como “cunhas” para a entrada de fornecedores no mercado externo e são ferramentas muito eficientes para estimular a exportação de produtos e serviços.

Todo grande empreendimento industrial, seja uma refinaria, uma planta de fertilizantes ou de processamento de minério, começa na escolha ou na aquisição de uma determinada tecnologia, que constitui um pacote de processos a serem aplicados na sua implantação. A partir dessa definição inicia-se a fase da engenharia básica. É nesta etapa que a equipe de projeto busca atender as especificidades do mercado e realiza o dimensionamento da unidade industrial a ser construída, bem como das obras de infraestrutura necessárias para a sua implantação. Também nessa fase são especificados os equipamentos-chave para o empreendimento, bem como os parceiros de fabricação e os serviços a serem contratados.

Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Alemanha, Noruega, entre outros, prezam pelo desenvolvimento da engenharia básica no próprio país, pois a veem como um instrumento para fomentar suas indústrias locais de bens de capital e a cadeia de serviços. E mesmo quando não há conhecimento disponível e é necessário contratar a engenharia fora do país, o trabalho é feito preferencialmente sob a liderança de uma empresa local, para que a transferência de conhecimento possa ser efetiva.

No caso das empresas brasileiras, o domínio do projeto básico é fundamental para estimular o chamado conteúdo nacional em empreendimentos industriais e de infraestrutura, além de desenvolver o conhecimento e a competitividade, de forma a possibilitar a atuação de empresas de engenharia e fabricantes brasileiros em outros países. A exportação de serviços de foi comum no passado, mas devido à quase ausência de investimentos no país por mais de duas décadas, equipes foram desmobilizadas e o conhecimento ficou estagnado.

Hoje a engenharia nacional tem atuado de maneira competente em detalhamento de projetos industriais e de infraestrutura. Mas é preciso ir além, buscando a excelência em projetos básicos, bem como prepararando as empresas para atuar em outros mercados. É justamente por isso que a ABEMI tem como prioridade aumentar a competitividade da engenharia industrial brasileira, com uma atuação voltada à formação de recursos humanos e à melhoria dos processos produtivos nas etapas de construção, montagem, comissionamento e produção de componentes. Esperamos que o governo brasileiro também faça sua parte, reduzindo a carga tributária e os custos da logística, itens fundamentais para o aumento na exportação de serviços e bens do país para novos mercados.

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No acumulado do ano, o faturamento interno continua em queda (-5,1%)

O faturamento em maio do presente ano da indústria de máquinas e equipamentos apresentou resultado positivo em relação a abril/2012 (+11,2%), acumulando no ano um crescimento de +1,5%. Na comparação do mesmo mês no ano anterior, houve uma redução de -1,0% em relação a maio/2011.

A taxa de crescimento, na análise do acumulado de 12 meses, reduziu e levou o faturamento de um crescimento de +7,30% em abril/2012 para +5,5% em maio/2012.

O resultado do faturamento interno em relação ao mesmo mês do ano anterior caiu -9,3%, tendo como resultado positivo apenas a comparação contra o mês imediatamente anterior (+8,3%). No acumulado do ano, o faturamento interno continua em queda (-5,1%) e registrou em maio sua terceira queda consecutiva mostrando que o desempenho positivo registrado nesse mês foi influenciado fortemente pelas exportações.

Balança Comercial

As exportações acumulam crescimento no ano (+12,3%), porém a comparação com o mesmo mês do ano anterior cresceu apenas +4,0%.

O resultado das exportações foi puxado pelos setores de Máquinas para Logística e Construção Civil (+22,1%) e Infra-Estrutura, setores que representam somados quase 40% do setor. Em contrapartida, os setores de Componentes para a Indústria de Bens de Capital e Máquinas para Bens de Consumo tiveram uma queda de (-3,8%) e (-0,9%), respectivamente, estes somados são aproximadamente 30% do mercado.

As importações cresceram +10,6% no acumulado do ano, fechando o ano com US$ 12,8 bilhões e cresceu no mês (+26,8%) contra o mês imediatamente anterior.

Dentre os setores avaliados, o crescimento foi puxado por Máquinas para Indústria de Transformação (+29,4%) e Infra-Estrutura e Indústria de Base (+16,2%). O saldo da balança comercial acumula um déficit de US$ 7,9 bilhões, apresentando um crescimento de (+10%) em relação ao acumulado do ano passado.

Consumo Aparente

O consumo aparente fechou o mês em R$ 10,9 bilhões, crescendo assim +24,4% em relação a abril e acumulando no ano um resultado de R$ 45,4 bilhões, +9,4% acima do mesmo período do ano anterior. Quando comparado a maio de 2011, cresceu +16,1%.

O crescimento do consumo aparente no mês de maio/2012 foi influenciado principalmente pelo desempenho das importações, a qual aumentou sua participação no market-share para 50,02% frente a 48,6% registrados em abril/2012.

NUCI & Carteira de Pedidos

A média mensal do nível de utilização de capacidade instalada (NUCI) caiu para 75,0% no presente mês, uma queda de -9,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, somando assim o 5º resultado negativo do ano.

O número médio de semanas para atendimento dos pedidos em carteira teve uma queda de -11,0%, fechando em 15,5 semanas e mantendo, assim, sua tendência de queda.

Emprego

Como resultado, a indústria de bens de capital mecânico registrou a quarta variação

negativa consecutiva no ano no quadro de pessoal (-0,4%) e fechou o mês de abril com

258.167 trabalhadores. Quando considerado o ano de 2011, o nível de emprego, após

atingir seu maior pico na série histórica em outubro/2011, apresentou queda mensal a

partir de novembro, tendo apenas um resultado positivo em janeiro/2012. Ao todo,

desde outubro de 2011 foram perdidos aproximadamente 5.400 postos de trabalho.

Assessoria de imprensa da Abimaq

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Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, entidade que representa a cadeia produtiva do plástico, acredita que o consumidor pode pedir a sacolinha a partir de hoje (21/06) nos supemercados. Segundo ele, a rejeição do Termo de Ajustamento de Conduta, o TAC, permite que o consumidor exerca seus direitos no ponto de venda.

O Ministério Publico de São Paulo disse nesta quarta-feira (20/06) que os supermercados de São Paulo deverão melhorar a proposta do TAC que incentivou o fim da distribuição de sacolinhas gratuitas no Estado para que ele seja aceito.

Em resposta, a Associação Paulistas de Supermercados (APAS) esclarece que até o presente momento o Ministério Público não divulgou qualquer informação.
“Desde o início de abril deste ano, os supermercados paulistas deixaram de distribuir 1,1 bilhão de sacolas plásticas descartáveis, com significativa redução de impactos sobre as cidades”, explica a entidade em nota à imprensa.

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A indústria mudou, e hoje o empresário brasileiro enxerga a sustentabilidade como uma necessidade para os negócios. A conclusão é da pesquisa Os Desafios da Sustentabilidade. O estudo inédito, feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 60 executivos de grandes empresas do país, aponta que, para a maioria deles, ser sustentável tem impactos positivos na competitividade. Segundo  39% dos entrevistados, a ausência de ações sustentáveis coloca em risco a sobrevivência da empresa e, para outros 18%, acarreta imagem negativa da corporação.

“A indústria mudou sua forma de produzir e pensar a produção. Muitas atividades impactam menos no meio ambiente hoje”, diz o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “O empresário tem uma noção clara de que a manutenção da empresa no médio e no longo prazo só se dará de forma sustentável. Mas a velocidade com que isso vai se processar depende de estímulos à inovação”, avisa.

De acordo com a pesquisa da CNI, a sustentabilidade já ocupa um espaço relevante nas organizações. Entre os executivos ouvidos pelo estudo, 64% afirmam que esse é um tema tratado pela presidência, a diretoria ou a vice-presidência. Outros 18% disseram que o assunto ocupa as gerências. “A política sustentável já está no DNA das empresas que querem ampliar seu mercado, seja nacional ou internacionalmente. Agora, deve haver estímulo à inovação”, reforça a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg.

Para 75% dos empresários entrevistados, os investimentos nessa área deverão crescer nos próximos dois anos, e 92% acreditam ser alto o impacto da sustentabilidade nas políticas de inovação. As soluções desenvolvidas e relatadas pelos empresários incluem, por exemplo, a criação de embalagens com menos plástico, uso de energia de biomassa, lâmpadas mais eficientes e técnicas para reduzir o consumo de água. Mas todas essas mudanças têm um preço.

CUSTOS ADICIONAIS – Ser sustentável, na avaliação de 69% dos executivos, representa custos adicionais e, para 30%, essa é a principal barreira para adoção de ações voltadas à conservação. Outros 27% apontam que o maior desafio é a falta de uma cultura sustentável.

“A indústria precisa de uma política forte de incentivo à inovação e à sustentabilidade, inclusive como uma forma de garantir condições de competitividade”, destaca Messenberg. Segundo ela, o aspecto cultural também é fundamental. “A mudança na forma de consumir é, sem dúvida, um aspecto decisivo para a sustentabilidade”, avalia.

A pesquisa Os Desafios da Sustentabilidade da CNI, feita em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, foi inspirada em um esforço semelhante coordenado pelas Nações Unidas, o Global Compact, que ouviu executivos de 10 países em 2010. As entrevistas com os 60 dirigentes de empresas foram realizadas entre fevereiro e maio de 2012, focadas em três aspectos principais: como a sustentabilidade está inserida na forma de pensar e fazer negócios, os avanços dos últimos anos, desafios e perspectivas para o futuro.

Além disso, a CNI apresentou, durante a Rio+20, documentos inéditos em que relata os avanços de 16 setores da indústria no caminho da sustentabilidade.  Os documentos estão no site da CNI, no endereço http://www.cnisustentabilidade.com.br/memorias

Agência CNI de Notícias

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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