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Leia na íntegra comunicado da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq, divulgado no fim da tarde desta quinta-feira, 1º de julho, a respeito da prorrogação da alíquota zero para o setor.

Governo atende Pleito da ABIMAQ

Decreto prorroga alíquota zero de máquinas e equipamentos

Atendendo pleito encaminhado pela ABIMAQ, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, editou o Decreto nº 7.222, de 29 de junho de 2010, publicado na edição extra do Diário Oficial da União (DOU), de mesma data, prorrogando até 31 de dezembro de 2010, a vigência dos anexos I, V e VIII do Decreto nº 6.890, de 29 de junho de 2009, alterado pelo Decreto nº 7.032, de 14 de dezembro de 2009.

Com essa medida, 57 itens de máquinas e equipamentos de vários capítulos da TIPI (Tabela do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI) continuam beneficiados com alíquota zero do imposto.

“No sentido da desoneração tributária dos investimentos, grande parte dos itens relativos a máquinas e equipamentos já se encontra contemplado com alíquota zero do IPI, sem prazo determinado”, salienta Luiz Aubert Neto, presidente da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.

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O projeto ‘H2O Cutting’, desenvolvido por oito formandos do curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), foi considerado, segundo os jurados, o melhor entre os sete trabalhos apresentados durante a 26ª Expo MecPlena – Exposição dos Projetos de Formatura do Curso de Engenharia Mecânica, realizada no dia 16 de junho, no campus São Bernardo. O júri foi composto por profissionais da indústria.

A ‘H2O Cutting’ tem como vantagem a ausência de zona térmica afetada e alto nível de precisão, para diversos tipos de materiais, com espessuras de 1 a 32 mm, capaz de evitar falhas. Atualmente, o corte a jato d’água é considerado uma das tecnologias mais avançadas do mercado, mas não tem produção nacional. “A ferramenta importada mais barata é vendida por R$ 300 mil, já o nosso projeto custa R$ 120 mil, por isso a nossa proposta é preencher uma lacuna do mercado nacional, com baixo custo”, informa o estudante Rafael Tomilheiro.

O equipamento é capaz de cortar quase todos os tipos de materiais, com eficiência, precisão e qualidade no acabamento. Além de Rafael Tomilheiro, a tecnologia foi desenvolvida por Gabriel dos Santos, Guilherme Viola, Leandro Abrantes, Leonardo Sant Anna, Thiago Loeb, Vinicius Guerra e Vitor de Almeida.

Meio ambiente

O segundo colocado na exposição da FEI foi o projeto ‘Gota D’água’, estação de tratamento de esgoto de pequeno porte que possibilita utilizar a água de reuso para aplicações que não exigem água potável, como dar descarga, lavar o chão e regar plantas. Com o sistema, a água não potável poderia ser reutilizada e o esgoto não seria despejado diretamente na rede pública.

Para uso doméstico, a estação possibilita a reutilização de 70% do esgoto. De acordo com os autores, num condomínio residencial com 530 habitantes ou 176 casas (2 prédios de 20 andares) a economia seria de 32 mil litros de água por ano. “O projeto indicou também a possibilidade de vender a água não utilizada, revertendo o lucro para o pagamento da estação de tratamento, que custa R$ 180 mil”, sugere o formando Rodolfo Zanuto. O projeto também contou com a participação de Bruno Manzini, Daniel Martins, Herick Fandim, Hideo Emoto, Maciel Lopes, Maurício Mamede e Rafael Lotto.

Outro trabalho importante (terceiro colocado) foi o projeto Chaminé Solar, fonte de energia limpa que pode beneficiar o Nordeste brasileiro, região com potencial de radiação solar, em média, 20 megajoules por m2, por dia. No Sudeste, a intensidade é de 16 megajoules por m2, por dia. No projeto, com a radiação solar o ar é aquecido e direcionado para uma chaminé, que devido ao fenômeno da convecção natural tende a subir e passa pelas turbinas instaladas na parte inferior da chaminé. “As turbinas convertem a energia cinética em elétrica”, explica o estudante Danilo Marchesi. O trabalho é de autoria também de Alex Gomes, Elise Bernardelo, Fernando Menossi, Gilberto Inamura, Renato Peres, Sérgio Rodrigues da Silva e Tâmara Lins Silva.

Os três grupos receberam medalhas de ouro, prata e bronze, respectivamente. Entre os critérios de premiação foram considerados avaliação técnica e funcional, em que se demonstra a viabilidade técnica, construtiva e de funcionamento do sistema; projeto do conjunto, que analisa layout, interação dos componentes e ergonomia (quando aplicáveis); detalhamento, que engloba os cálculos, métodos de projeto, dimensionamento e especificações; benefícios, em que são julgadas as vantagens e aspectos criativos ou de inovação tecnológica, além de impacto ambiental; e também apresentação.

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Leia a seguir três matérias publicadas no jornal Valor Econômico, na edição de sexta-feira e fim de semana (25, 26 e 27 de julho). Por considerarmos serem textos importantes e interessantes para o setor industrial, reproduzimos aqui no Blog Industrial o conteúdo na íntegra. Boa leitura!

Peso dos tributos domina críticas de empresários

Pesquisa do Ibope encomendada pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) com 211 dirigentes de grandes e médias empresas mostrou que a carga tributária é o principal fator negativo sobre os negócios. O levantamento, realizado entre os dias 28 de abril e 17 de maio, revelou que 81% dos executivos e empresários entrevistados responderam que a carga tributária é o que mais afeta negativamente os negócios.

Apenas 1% disse que o peso dos tributos não afetava em nada os negócios. Para outros 58%, a falta de clareza jurídica na arrecadação é o principal entrave em seus negócios. A gestão dos recursos arrecadados foi citada por 52% dos entrevistados como fator negativo.

Os executivos consultados têm pouca esperança que o próximo governo resolva a questão – 69% dos disseram não acreditar na redução da carga tributária pelo futuro governante. Dentro deste grupo, um terço vê como principal consequência da manutenção da atual participação dos tributos na economia a redução da competitividade e o aumento do custo Brasil.

Outros 23% preveem menos investimentos. Para 14% dos que não acreditam na diminuição da carga tributária, a consequência será sonegação e práticas concorrenciais desleais. Já 12% projetam desemprego, demissões ou redução de contratações. O desestímulo ao crescimento foi citado por 10% dos entrevistados descrentes com redução na carga tributária.

A atual organização tributária foi o ponto mais citado entre os entrevistados como aspecto que mais atrapalha a atração de investimento estrangeiro ao país. Para 47%, é o fator que mais dificulta a entrada de investimento externo. Para 89%, trata-se de um dos fatores que prejudicam a chegada do investimento de outros países. O levantamento mostra que a eliminação ou a racionalização de tributos é a solução apontada por 62% dos entrevistados, com a implantação do imposto único ou a redução da quantidade de tributos.

A pesquisa do Ibope foi feita com presidentes e diretores executivos de grandes e médias empresas de todo o país associadas à Câmara Americana de Comércio. A maior parte das empresas abrangidas na sondagem (77%) é de capital nacional e 30% delas têm filiais ou subsidiárias no exterior. (APG)

Rio de Janeiro (RJ): Emprego industrial mostra recuperação

Os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) voltaram a mostrar a força do mercado de trabalho brasileiro, passados os efeitos da crise internacional. Apesar da taxa de desocupação em maio ter avançado para 7,5%, diante de 7,3% em abril, o dado aponta para o menor nível de um mês de maio dentro da série histórica, iniciada em 2002.

O gerente da PME, Cimar Azeredo, explica que mesmo o pequeno avanço da desocupação entre abril e maio é fruto do aquecimento do mercado de trabalho nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, uma vez que o cenário positivo estimulou a procura por trabalho. Em maio, o mercado foi capaz de absorver 57 mil novas vagas, mas outras 54 mil pessoas entraram no mercado e não conseguiram ocupação entre abril e maio.

A comparação anual mostra um avanço da população ocupada de 894 mil postos, equivalente a um crescimento de 4,3% frente a maio de 2009, enquanto a população desocupada caiu 13,4%, com 272 mil pessoas a menos. Isso para um crescimento vegetativo de 1,4%, com 576 mil novas pessoas.

A PME mostra uma forte recuperação do setor industrial depois da crise internacional. Em maio de 2008, antes do agravamento da turbulência mundial, o segmento respondia por 17,3% do total da população ocupada, percentual que caiu para 16,2% em maio do ano passado, mas já mostrou ligeira recuperação, passando para 16,5% agora. Em São Paulo, que tem o maior peso no setor industrial, o segmento teve uma tímida recuperação, passando de 20,2% há um ano para 20,3% agora, mas ainda bem abaixo dos 21,6% de maio de 2008.

Outro destaque positivo veio da formalização, que atingiu 53,6% do total da população ocupada. O resultado foi puxado pelo recorde no emprego com carteira no setor privado, que subiu em 11 mil pessoas entre abril e maio, alcançando 46,3% do total da ocupação, praticamente estável em relação aos 46,4% de abril. Na comparação com maio do ano passado, o emprego com carteira no setor privado avançou 7,4%, com 698 mil novos postos.

O único sinal amarelo levantado por Azeredo foi no rendimento, que recuou 0,9% entre abril e maio, na primeira queda desde dezembro. Azeredo creditou parte da queda à inflação de 0,42% nas seis regiões metropolitanas, o que reduziu o poder de compra da população assalariada. Em maio, o rendimento médio foi de R$ 1.417,30, ante R$ 1.430,03 em abril. Perguntado sobre as razões para a redução, Azeredo disse que ainda é cedo para uma conclusão.

Bosch avalia aquisições no Brasil e aposta no mercado doméstico
 
A Bosch, uma das maiores fornecedoras do mundo de componentes de alta tecnologia para a indústria automobilística, aposta sobretudo no mercado brasileiro para incrementar o faturamento gerado na América Latina nos próximos anos. No Brasil, a companhia avalia ainda oportunidades de aquisição, com a possibilidade de concretizar algum negócio até o fim do ano.

Independentemente de ir ou não às compras ainda em 2010, de acordo com o presidente da Robert Bosch América Latina, Andreas Nobis, a expectativa é a de que as receitas na região, neste ano, se aproximem dos níveis verificados em 2007, puxadas principalmente por autopeças, e pelas vendas no mercado brasileiro. As exportações, mais uma vez, devem perder espaço no faturamento, como parte da estratégia da companhia de cada vez mais reduzir a exposição ao mercado externo, principalmente em razão do câmbio.
 
Em entrevista concedida ao Valor no complexo da Bosch em Campinas, Nobis informou que a companhia planeja investir R$ 45 milhões até o fim do ano em ativos fixos no país – nos últimos sete anos, os aportes superaram R$ 1 bilhão. Sobre as possíveis aquisições, preferiu não entrar em detalhes. “É muito difícil concretizarmos uma compra no segmento de autopeças, porque somos muito especializados e temos tecnologia avançada. Mas também atuamos em outras áreas, como bens de consumo e de construção, nas quais pretendemos crescer nos próximos anos”, indicou.

No ano passado, o faturamento líquido do grupo no Brasil somou R$ 3,8 bilhões, 20% abaixo do verificado em 2008, sem considerar a participação da BSH, joint venture com a Siemens para a área de eletrodomésticos – em 2009, a Bosch vendeu as operações da BSH no Brasil para a Mabe. O valor correspondeu a 88% dos R$ 4,3 bilhões faturados na América Latina, e a perspectiva é a de que o país mantenha fatia de cerca de 80% nos negócios regionais no médio e longo prazos. “Vamos buscar novos negócios em outros países promissores da região, como Chile e Colômbia. Mas o Brasil, sem dúvida, deve manter sua posição”, avaliou.

A divisão de autopeças, que seguirá relevante para o faturamento global da companhia, deverá assistir a crescente participação das áreas de tecnologia industrial e bens de consumo. “Historicamente, a participação da área automotiva é de 60%, mas há intenção de mudar isso”, afirmou. No ano passado, no Brasil, essa divisão foi responsável por 78% das receitas – considerando-se a operação latino-americana, a parcela é de 73%.

Quanto ao destino dos produtos, acrescentou o executivo, as vendas da Bosch no mercado brasileiro em 2010 deverão compensar uma nova rodada de retração nas exportações, que representaram 21% do faturamento do grupo no Brasil em 2009, ante 29% no ano anterior. Na comparação com 2007, conforme projeção do grupo, as vendas da área automotiva devem mostrar expansão de 20% e as exportações, queda de 14%.

Os dois últimos exercícios, destacou Nobis, foram “bastante” críticos em razão da crise econômica global e do abalo estrutural sofrido pela indústria automobilística. Daí a preferência pela comparação com números de 2007. “É o que mais reflete a realidade dos negócios. Vamos crescer entre 13% e 15% sobre o 2009, mas ficaremos um pouco abaixo de 2007”, ponderou. Retornar aos R$ 4,8 bilhões de receita líquida registrados naquele ano deve ficar para 2011.

O otimismo em relação ao mercado doméstico não se resume ao cenário favorável para a indústria automobilística. Além do potencial do setor, cujas vendas voltaram a crescer mesmo com o fim do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido, há perspectivas positivas para as outras duas áreas de atuação da Bosch, conforme Nobis. Investimentos em infraestrutura, exemplificou, deverão se traduzir em novos negócios em tecnologia industrial e materiais. “Pode até haver algum atraso em um ou outro projeto, mas a Copa e as Olimpíadas têm prazo e exigirão investimentos dentro deles.”

O cenário de curto prazo traçado para os negócios no país também leva em conta potenciais “freios”. Câmbio e o chamado “custo Brasil”, conforme Nobis, são os dois pontos mais preocupantes. O fortalecimento da moeda brasileira ante o dólar, justificou, reduz a competitividade dos produtos de selo nacional. E o mesmo prejuízo decorre do “custo Brasil”. “O aço, que aqui é 30% mais caro do que na Alemanha, por exemplo, pode levar um cliente a assinar um contrato lá e não aqui”, disse.

Apesar da nova dinâmica das moedas, a conversa com as montadoras, brincou o executivo, segue na base da “luta diária”. “Na verdade, estamos todos no mesmo barco. O preço do aço também preocupa as montadoras”, disse. Sobre o avanço dos importados, especialmente no setor de autopeças, e o apoio à vinda de novas fabricantes para o Brasil, o executivo foi enfático. “Temos fábricas de padrão internacional e a logística (de importação) não é simples. Estamos confortáveis em relação aos novos concorrentes”. O faturamento global da Bosch em 2009 foi de US$ 53 bilhões.

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O déficit da balança comercial preocupa. Este foi o tema mais comentado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq, na quarta-feira, 23 de junho, durante coletiva de imprensa para divulgação do balanço do setor nos cinco primeiros meses do ano. Enquanto as exportações registraram alta de 6,6%, para US$ 3,3 milhões no período em comparação com mesmo intervalo do ano passado, as importações alcançaram US$ 8,7 milhões, expansão de 9,9%.

“É a desindustrialização do segmento de máquinas e equipamentos crescendo a cada dia. O câmbio e a taxa de juros esgotam qualquer esforço. Sou uma voz no deserto, mas não deixarei de falar sobre isso sempre que puder. Não tem condição uma máquina produzida no Brasil custar 36% mais em relação a uma importada. Isso acaba com a indústria”, argumenta Aubert afirmando que a solução está no remodelamento dos tributos e no incentivo à produção local.

E mesmo o faturamento do setor tendo registrado aumento de 15,9% nos primeiros cinco meses do ano sobre igual período de 2009 (R$ 27,8 milhões), o presidente da entidade teme que o crescimento para o ano não chegue aos anunciados 15%. No comparativo dos meses de maio deste e do ano anterior, houve aumento de 12,9% (R$ 5,9 milhões), e dos cinco primeiros meses de 2008, antes da crise economica, e de 2010, o faturamento do setor obteve retração de 11,64%.

O crescimento de 2010, para o executivo, dá apenas uma falsa sensação de melhora no setor. “Comparado aos péssimos resultados de 2009, qualquer ano comum significaria crescimento.”

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A Assosciação da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq, realizou, em 27 de maio último, o seminário intitulado “O Desenvolvimento Brasileiro: O Modelo Atual e as suas Aleternativas”, no qual reafirmou seu comprometimento com um projeto de país. Leia abaixo o conteúdo extraído do evento:

Projetar um país. Esta foi a principal conclusão de um auditório totalmente lotado para a realização do seminário. José Velloso, diretor de mercado interno e vice-presidente da Abimaq, abriu os trabalhos falando da satisfação de realizar um seminário com tema tão polêmico e convocou a todos para reflexão e atitudes no sentido de garantir que o crescimento do mercado brasileiro seja sustentado por produtos fabricados no País.

Ao passar a palavra para Fernando Bueno, diretor de competitividade que apresentou o trabalho elaborado pela Abimaq – O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO: O MODELO ATUAL E AS SUAS ALTERNATIVAS, Velloso afirmou:”não há dúvida que o Brasil vai crescer, a questão central aqui hoje é se ele vai crescer com conteúdo nacional”.

O Ministro Interino de Assuntos Estratégicos, Luiz Alfredo Salomão, que falou logo após a apresentação dos trabalhos por Fernando Bueno, disse que com estrutura adequada o Brasil poderá crescer a taxas de 6 ou 7% ano ano, mas questionou a elevação dos juros iniciada pelo Banco Central. “Se a sociedade quer crescer, nós temos que conter as taxas de juro a níveis compatíveis com o resto do mundo, em especial países que nem o nosso”.

Fernando Bueno, também insistiu nessa temática na sua apresentação, colocando que o relativo sucesso do modelo econômico atual vem de pelo menos 20 anos, uma vez que mais que um modelo de desenvolvimento é um modelo de estabilização econômica baseado essencialmente em abertura comercial e financeira, câmbio flutuante; controle da inflação e superavit primário.

“Nesse aspecto – explicou Bueno – ele já cumpriu o seu papel, com as contas macroeconômicas razoavelmente ajustadas, modesto crescimento do PIB, relativa distribuição de renda e maior inclusão social, redução da vulnerabilidade externa e uma inflação dentro da meta”.

A ideia inicial da implantação desse modelo econômico, ainda de acordo com o estudo, era que o desenvolvimento seria consequência do plano de estabilização econômica, uma vez não ocorrendo, o governo lançou mão especialmente nos últimos anos, de políticas de desenvolvimento, como a PDP – Política de Desenvolvimento Produtivo; PAC – Programa de Aceleração do Crescimento; PRÉ-SAL – investimentos da Petrobras em O&G e PSI – Programa de Sustentação do Investimento – BNDES .

Mesmo assim, o estudo aponta que as taxas de investimento ainda estão longe do desejável e a tendência de diminuição da participação da indústria no PIB não se alterou substancialmente. “A situação atual – explicou Bueno – remunera mais o ócio que o trabalho, o que podemos concluir que o modelo atual está esgotado”

ALTERNATIVAS

Dentro da característica da Abimaq de não só apontar os problemas, mas também as alternativas, o estudo aponta uma Estratégia Nacional de Desenvolvimento que implica na redefinição dos objetivos das políticas macroeonômica, industrial, de Comércio Exterior e educacional que devem ser focadas na obtenção das metas previstas e que tem por objetivo alcançar a sexta posição no ranking mundial de fabricantes de bens de capital em 2022.

Antonio Carlos de Lacerda, professor doutor do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, que elogiou o trabalho apresentado por Fernando Bueno disse que o Brasil só será bem sucedido se a indústria de transformação tiver futuro, alertando que teremos um risco fortíssiomo em 2011 se não forem revistas as políticas atuais de câmbio e juro alto. “Está na hora de pararmos para pensar qual é o tipo de País que queremos e partirmos para um projeto de muitas alianças que garantirão o embasamento necessário para as mudanças que o País precisa”, afirmou.

MUDANÇAS

José Ricardo Roriz Coelho, Diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp e presidente da ABIPLAST,

Ao falar também do tipo de País que queremos mencionou a carga tributária brasileira como a maior amarra ao investimento e o custo do capital como segundo forte impecilho ao investimento, elecando na sequência o câmbio e a falta de políticas claras em relação à educação. “Isso sem falar ainda na corrupção, excesso de burocracia e falta de infra-estrutura”, afirmou Roriz.

De acordo com as informações fornecidas por Roriz, 76% das empresas brasileiras apresentam como o principal problema brasileiro a carga tributária. “Se levarmos em conta o tamanho da cadeia produtiva – argumentou Roriz – veremos que os custos dos impostos incidem sobre toda a indústria, acarretando dificuldade em todos os setores”.

“IMPOSTO É SALÁRIO INDIRETO”

O Ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, também presente ao evento, ao concordar com os palestrantes que o antecederam provocou a platéia e os seus colegas se referindo ao imposto no Brasil como uma forma de salário indireto.

E coloca no fortalecimento do mercado interno uma das saídas para o desenvolvimento do País. “Sempre digo e repito – explicou Bresser Pereira – o investimento só depende de oportunidades lucrativas para o empresário, que é um ser fascinante, corre riscos, mas a oportunidade do investimento depende da demanda economicamente ativa, que só pode existir com o crescimento dos salários internos”.

Bresser Pereira, a partir dessa tese elogiou o modelo econômico atual e a política do governo com relação ao salário mínimo, a bolsa família e o crédito consignado, dando como exemplo de acerto do modelo o SUS, que na sua opinião é eficiente e a bolsa família, que também na sua opinião  é extremamente adequada.

Paulo Rabello de Castro, economista da RC Consultores, por sua vez,brincou com o Ministro Bresser Pereira dizendo que ele devia estar usando muito o SUS ultimamente e se colocando radicalmente contrário à atual política tributária do governo e ironizando que  o Seminário promovido pela ABIMAQ tinha encontrado finalmente o culpado pela atual situação econômica vivida no Brasil, que eram os economistas.

Depois das brincadeiras iniciais, Rabello de Castro elogiou muito o trabalho apresentado pela ABIMAQ, dizendo se tratar do bom senso puro, abandonando o palavrório e sendo extremamente prático.

E que se o governo levasse as alternativas apresentadas ao pé-da-letra talvez pudéssemos viver um ciclo de desenvolvimento econômico muito próximo do sonho daqueles que querem ver o Brasil crescer. “O Brasil precisa mesmo de um choque de gestão e o trabalho apresentado pela Abimaq nos demonstra de forma prática como poderemos fazer isso”, concluiu

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Inteligência Integrada em Manufatura será o tema do workshop oferecido por Neoris e SAP, em 29 de junho, em São Paulo, SP. Com entrada gratuita, o evento será direcionado aos representantes da indústria de diversos segmentos.

Sua concepção provém da Neoris, empresa de consultoria em tecnologia da informação e negócios, que tem especialização em Nearshore, consultoria de valor agregado e tecnologias emergentes, e a SAP, que lida com software de negócios, oferecendo aplicações e serviços.

O objetivo do workshop é mostrar como a ferramenta SAP MII – Manufacturing Integration and Intelligence é utilizada para sincronizar a manufatura e a demanda dos clientes, garantindo a automação dos processos, redução de desperdícios e custos de produção, viabilizando assim o acesso às informações.

O workshop acontece das 9 às 12 horas, nas instalações da SAP Brasil, em São Paulo, e contará com transmissão online. Informações de vagas no (11) 3895-6821 com Karina, ou pelo e-mail sap@checklisteventos.com.br.  (Tatiana Gomes)

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A indústria química no Brasil está em um momento importante e em busca de novos fornecedores.

Segundo Nelson Pereira dos Reis, presidente-executivo da Abiquim, “a realização da 1ª Feira Internacional dos Fornecedores da Indústria Química & Petroquímica ocorre em um momento em que o setor prepara uma nova e importante etapa de expansão com o lançamento do Pacto Nacional da Indústria Química, que poderá elevar para US$ 133 bilhões os investimentos previstos para os próximos 10 anos”.

Entre os expositores que confirmaram presença, estão: PLASMATIG, HOLLBRAS, SCHÜTZ VASITEX, VANASA MULTIGAS, CESTARI, SUATRANS, SIGMAFIRE BY CLAYTON, ABS GROUP, ALEF, ANDRITZ SEPARATION, ANHEMBI BORRACHA, APEXFIL, ARXO, ABNT, CONESTEEL, SAMIA INTERNATIONAL, ESFERAS DOUGLAS, DRESSER, EGA MASTER, EKA, HAVER & BOECKER, JEMP, KS TOOLS, LABSYNTH, LONGA, LUVEX, MAUSA, MONTEX, SOLDAS, SYMBOL VÁCUO, TETRALON BOMBAS, TROX TECHNIK, BOMBAS GEREMIA, ENTRE OUTRAS. 

Eventos Simultâneos a feira:

Organizados pela Abiquim, a 2ª Conferência Latino-Americana de Segurança de Processo e  o 13º Congresso de Atuação Responsável acontecerá pela primeira vez no Brasil.

 Acesse: www.quimica-petroquimica.com.br

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Que tal começa r a semana com uma notícia animadora? Pois bem, na manhã desta segunda-feira (14), o Banco Central, por meio de um relatório de mercado, anunciou um possível crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 6,60% para 6,99%. O documento é fruto de pesquisa da autoridade monetária com as instituições financeiras.

O aumento na expectativa de expansão econômica deste ano aconteceu após a divulgação do resultado do primeiro trimestre deste ano, quando o Produto Interno Bruto cresceu 9% sobre os três primeiros meses do ano passado, e 2,7% na comparação com o último trimestre de 2009.

Se confirmada, a expansão de 6,99% esperada pelo mercado financeiro para 2010 será a maior desde 1986, quando o país cresceu 7,49%, segundo série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibilizada pelo BC. Para 2011, a previsão de crescimento econômico do mercado financeiro permaneceu estável em 4,5%.

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Em 26 de maio, empresas da Baixada Santista participaram da 1ª Sessão de Negócios do setor de tecnologia da informação e comunicação, TIC, no Parque Balneário, em Santos, SP.

A iniciativa nasceu de um conjunto de ações do projeto de fortalecimento do setor e teve o apoio da Agência Metropolitana da Baixada Santista, Agem, da prefeitura de Santos, da Associação Comercial da cidade e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Ciesp.

O evento fez parte de um sistema de reuniões comerciais, organizadas pelo Sebrae-SP, com o intuito de integrar empresas. Além de terem a oportunidade dos encontros, tiveram como divulgar seus materiais promocionais (CD-Rom, catálogos etc).

Os participantes avaliaram o evento como dinâmico e produtivo. O que prova a eficácia de Rodadas de Negócios nos mais diversos setores, principalmente pela interação entre as empresas. (Tatiana Gomes)

Serviço

Informações sobre a Rodada 10, rodada de negócios que acontece em 15 de julho, no Clube Banespa, em São Paulo, e é promovida pela Editora Banas, com o apoio do Ciespe-Sul, Senai e Abimaq, acesse www.rodada10.com.br, ou siga-a no twitter:  http://twitter.com/rodada10.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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