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O baixo crescimento do PIB em 2011, estimado pela CNI em 2,8%, em muito se deve à perda de ritmo de crescimento da indústria de transformação

Se não for ampliada a competitividade para permitir aos produtos brasileiros enfrentar os asiáticos tanto internamente quanto nas exportações, a economia brasileira vai repetir em 2012 o fraco desempenho deste ano. O alerta é do Informe Conjuntural Economia Brasileira, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O baixo crescimento do PIB em 2011, estimado pela CNI em 2,8%, em muito se deve à perda de ritmo de crescimento da indústria de transformação. O segmento crescerá 1,1% no ano e o PIB industrial (que também leva em conta os setores extrativo-mineral, construção civil e de serviços industriais), 1,8%. Nas estimativas da CNI, o PIB deverá crescer 3% em 2012 e a indústria, 2,3%.

As causas da desaceleração do setor industrial este ano foram a menor demanda dos países desenvolvidos, a queda na competitividade dos produtos brasileiros por conta dos juros altos e do câmbio sobrevalorizado e a invasão do mercado interno por produtos asiáticos.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, que divulgou o Informe Conjuntural em entrevista coletiva, disse acreditar que a economia irá melhorar em 2012 comparativamente a este ano, mas considerou um aumento do PIB de 3% no próximo ano muito baixo. Entre os fatores que alinhou para um melhor desempenho da economia em 2012 estão os investimentos em obras para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, a queda na inflação e o arrefecimento da valorização cambial.

Destacou, contudo, que permanecem intocáveis os gargalos à maior competitividade das empresas brasileiras, como juros elevados, infraestrutura deficiente, legislação trabalhista cara e anacrônica. .Andrade defendeu maior agilidade do governo na execução de medidas para ampliar a competitividade. “Existe uma insegurança da Receita Federal em avançar. O tempo do governo, muitas vezes, não é o tempo real da economia”, declarou.

O presidente da CNI lembrou, como exemplo da lentidão do governo, que a regulamentação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), criado no Plano Brasil Maior, só foi regulamentado no último dia 1º, quatro meses depois. O Reintegra prevê a devolução em espécie de 3% do valor das exportações de manufaturados.

Perda de dinamismo – O Informe Conjuntural assinala que a perda de dinamismo das economias avançadas e a mudança do “eixo dinâmico” da economia mundial para a Ásia se refletem negativamente na indústria brasileira. Significa menor demanda por manufaturados brasileiros, porque a Ásia é concorrente direta do Brasil nesses produtos. “Não apenas encolheu o mercado externo para nossas exportações industriais como aumentou a penetração de produtos estrangeiros no atendimento do mercado brasileiro”, diz o documento.

Internamente, a equação macroeconômica de juros altos, câmbio valorizado e os poucos avanços na eliminação dos entraves à melhoria da competitividade foram, segundo a CNI, as principais razões para a baixa performance da economia este ano.

“Para a indústria voltar a ser o centro dinâmico da economia brasileira e o país sustentar um ciclo de expansão maior do que a média mundial, é essencial mudar nossa estratégia de crescimento e encarar dois desafios: de um lado, aumentar a competitividade brasileira; de outro, mudar o padrão de expansão doméstica e eleger o investimento, e não o consumo, como a alavanca do crescimento”, recomenda a CNI. “Em um modelo de crescimento sustentável, o consumo não pode crescer mais que o PIB”, constata.

Em 2010, ano de forte crescimento da economia, a formação bruta de capital fixo, que mede os investimentos, cresceu 21,3% ante 2009. Neste ano, segundo projeção da CNI, os investimentos crescerçao bem menos, 4,8% ante 2010.

Nas previsões da CNI para 2012, mais uma vez não será a indústria o motor do crescimento. De acordo com o Informe Conjuntural, o consumo das famílias terá aumento de 4%, mantendo a equação atual de crescimento, desaprovada pela entidade.

Para a CNI, o investimento, que poderia ser uma forte alavanca para a retomada do crescimento sustentável, também se manterá em 2012 nos mesmos patamares deste ano. O aumento será de 5% no ano que vem, conforme a projeção do documento.

 Fonte:CNI

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O ano de 2011 foi marcado por muitos investimentos por parte da indústria brasileira, motivadas pela forte competitividade do mercado. A melhoria do processo produtivo foi o foco do investimento para 28,0% das empresas, que apostaram na a introdução de novos produtos e processos produtivos.

Segundo CNI (Confederação Nacional da Indústria ), nove em cada dez empresas brasileiras investiram em 2011, com a maioria (57,8%) com êxito em seus planos de investimento. Contudo, a incerteza econômica foi o principal fator para a frustração dos planos de investimento das empresas restantes. Outros fatores, como o custo de obtenção do crédito, a burocracia e a dificuldade de obtenção de mão de obra também influenciaram para as empresas respondentes.

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Melhorar a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos e reduzir o déficit brasileiro na balança comercial bilateral são prioridades do novo presidente da seção brasileira do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (CEBEU), Frederico Curado, que preside a Embraer. Ele assumiu o cargo nesta quarta-feira, 09.11, em substituição a Henrique Rzezinski, do BG Group, no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo.

“Os Estados Unidos passam por um mau momento econômico e o Brasil vive um bom momento. A distância econômica entre os dois nunca foi tão pequena. Então, as oportunidades estão aí”, disse Curado, durante a reunião de posse, no escritório da CNI, que coordena a seção brasileira do CEBEU, enquanto a US Chambers of Commerce comanda a seção norte-americana.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, que participou da posse, apoiou a escolha de prioridades. “Estamos perdendo mercado, com déficit na nossa balança comercial com os Estados Unidos. É hora de revertermos isso”, avalizou. A balança bilateral é deficitária para o lado brasileiro em US$ 6,1 bilhões nos nove primeiros meses do ano. As vendas do Brasil aos EUA somaram US$ 18,6 bilhões no período, contra importações dos Estados Unidos de US$ 24,7 bilhões.

O ex-presidente da seção brasileira, Henrique Rzezinski, ressaltou o avanço das relações bilaterais nos últimos anos. “O documento ‘A new time in Brazil – U.S Relation, How to move ahead’ foi um avanço nas relações, que tiveram um ponto alto na visita do presidente Barack Obama ao Brasil neste ano”, lembrou Rzezinski.

Também na lista de temas prioritários do CEBEU estão a cooperação tecnológica, os investimentos e a redução do prazo para emissão de vistos. Rubens Barbosa, ex-embaixador brasileiro em Washington, assumiu como presidente emérito do CEBEU.

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O brasileiro parece não estar preocupado com o agravamento da crise econômica internacional. Com leve alta de 0,5% na comparação com setembro, a confiança dos consumidores cresceu em outubro pelo segundo mês consecutivo. A informação é do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira, 28.10.

De acordo com a pesquisa, mesmo com o crescimento moderado nos últimos dois meses – em setembro, frente a agosto, o aumento no índice foi de 0,4% –  o INEC permanece abaixo do registrado em julho último e no início do ano. “Apesar da evolução recente, não se pode afirmar que a confiança do consumidor está retomando trajetória de crescimento”, assinala o estudo.

O economista da CNI Marcelo Azevedo destaca que, mesmo com a melhora do INEC, a expectativa do brasileiro sobre o índice de inflação, que caiu 1,9% de setembro para outubro, mostra que os consumidores continuam bastante pessimistas sobre a trajetória dos preços. “Esse indicador está 23,3% abaixo do registrado em outubro de 2010, o que mostra uma preocupação muito grande dos brasileiros com a inflação”, diz Azevedo.

Dos seis componentes do INEC, três registraram melhora sobre setembro: expectativas de desemprego (mais 2,6%), avaliação de situação financeira (2,2% acima) e endividamento (mais 2,6%).

O comportamento desses três índices demonstra que os consumidores estão confiantes na oferta de vagas no mercado de trabalho e que a maioria deles melhorou ou manteve a mesma situação financeira e reduziu ou permaneceu com o mesmo nível de endividamento.

As expectativas sobre a renda pessoal, contudo, recuaram 1,5% em outubro na comparação com setembro, mostrando que os brasileiros estão menos otimistas com o aumento dos salários. Depois de um crescimento de 2,1%, em setembro ante agosto, o indicador de compras de bens de maior valor caiu 0,8% neste mês frente ao anterior.

O INEC foi realizado de 13 a 17 de outubro a partir de pesquisa feita pelo Ibope com 2.002 pessoas em 141 municípios.

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As deficiências na educação básica brasileira, especialmente em matemática e português, têm influído na qualificação da mão de obra e, em conseqüência, na ampliação e modernização de projetos industriais. A conclusão é de empresários em debateram nesta quinta-feira,  27.10, sobre a educação, no último dia do  6º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

O diretor Global de Recursos Humanos da Vale, Luciano Pires, um dos participantes do debate, revelou que, recentemente, a segunda maior mineradora do mundo abriu 600 vagas para aprendizes no Pará e conseguiu selecionar apenas 200 candidatos. “ Existe muito o que fazer na base da pirâmide da educação, sobretudo em matemática e português”, declarou Pires.

Para o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, a matriz da educação básica tem de ser mudada porque a indústria apresenta novos desafios que exigem capacidade de inovação. “O Brasil não prepara a juventude para o trabalho, para a inserção competitiva. Temos problemas também na escolaridade e isso prejudica a entrada de alunos na educação profissional, porque falta conteúdo básico”, diagnosticou.

Segundo Lucchesi, o país tem 6 milhões de estudantes universitários e 9 milhões no ensino  médio, dos quais apenas 1 milhão são do ensino profissionalizante. “No Brasil o jovem tem em média 12 anos de frequência à escola, sem uma hora sequer de educação profissional, e só 10% dessa juventude vai para universidade. Não há preparação dos outros 90%”, destacou o diretor da CNI.

Citou como uma das alternativas para alinhar a educação do ensino médio com a educação profissional a execução do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), cuja lei foi sancionada quarta-feira, 26.10, pela presidente Dilma Rousseff, e do qual o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI) são parceiros. “No outro período escolar o estudante do segundo e terceiro ano do ensino médio terá educação profissional, um link para inserção no trabalho”, explicou.

Lucchesi confirmou que o SENAI vai investir, até 2014, R$ 1,5 bilhão na construção de 100 novas escolas, 100 novas unidades de ensino móveis, 22 institutos de inovação e 40 institutos de tecnologia, de modo a ampliar o ensino profissionalizante e atender a demanda do Pronatec.    

Desafio – O presidente do Grupo Metanor, da área petroquímica, João Bezerra, disse que o ensino básico no país tem de ser encarado como um desafio para que a indústria seja mais competitiva. “Temos de usar uma visão de longo prazo porque competitividade não é apenas preparar o trabalhador para operar uma máquina, e sim, ter a capacidade de, a cada dia, inovar e decidir”, enfatizou

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Vieira, outro participante do debate, pesquisa com mais de 200 empresários revela que o trabalhador tem dificuldade de interpretar dados e de agir rapidamente diante de problemas imediatos.  “Isso é resultado de deficiências na matemática, que é fundamental para o raciocínio”, completou.

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Os riscos dos efeitos no país da crise econômica internacional não abalaram a confiança dos brasileiros. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) de setembro, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)  está praticamente estável, com crescimento de apenas 0,4% na comparação com agosto. Já na comparação com setembro de 2010, o índice está 5% menor. Mesmo com esta queda, o INEC de setembro está 1,5% acima da média histórica para o mês.

Dos seis componentes do INEC, somente os índices de expectativas em relação à inflação, renda pessoal e compras de bens de maior valor registraram melhora em setembro sobre agosto. As perspectivas sobre situação financeira e desemprego pioraram, enquanto as expectativas em relação ao endividamento se mantiveram estáveis no período.
De acordo com a pesquisa, apesar do crescimento de 1,5% no índice de expectativas sobre a inflação em setembro frente a agosto, trata-se do único indicador que continua abaixo da média histórica, sinalizando que os consumidores continuam pessimistas sobre a trajetória dos preços. Para se ter uma ideia das perspectivas negativas em relação à inflação, na comparação com setembro de 2010 o indicador registrou queda de 17,2%. Dos entrevistados neste mês, 68% responderam que a inflação vai “aumentar” ou “aumentar muito”.

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Os recursos para o financiamento da saúde devem vir das fontes existentes e não de novos impostos, propôs o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, no debate público do plenário da Câmara dos Deputados, na noite de terça-feira, 20.09, sobre a regulamentação da Emenda Constitucional 29.  A regulamentação, que deve ser votada nesta quarta-feira, 21.09, fixa percentuais mínimos a serem gastos na saúde pelo setor público.

Castelo Branco enfatizou que a ausência de regulamentação da Emenda 29 não impediu a ampliação dos recursos destinados à saúde. Segundo ele, os gastos federais com saúde passaram de R$ 43,6 bilhões em 2007 para R$ 61,9 bilhões em 2010,  um crescimento médio anual nominal de 12,4%. Acrescentou que, entre 2007 e 2010, com a CPMF já extinta, as despesas federais com  saúde subiram de 1,64% para 1,68% do Produto Interno Bruto (PIB).

O economista-chefe da CNI sublinhou que a extinção da CPMF foi compensada em outros tributos, como o aumento do IOF e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) sobre as instituições financeiras, de tal forma que a carga tributária federal passou de 23,9% do PIB em 2007 para 24,1% em 2008. Sublinhou haver uma expectativa de aumento da receita líquida do governo federal superior a R$ 100 bilhões este ano.

“O crescimento da arrecadação não justifica nova tributação”, destacou Castelo Branco, acrescentando caber à legislação orçamentária definir as prioridades dos gastos. “O aumento dos recursos para a saúde deve vir do crescimento da economia e do PIB”, defendeu.

De acordo com o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, a carga tributária é o maior problema das empresas.  “ Já temos uma tributação excessiva e de má qualidade, que reduz a competitividade das empresas”, pontuou.  

Lembrou que pesquisa CNI/Ibope divulgada em março último revelou que 63% da população acredita que a qualidade dos serviços de saúde depende mais de gestão eficiente do que da ampliação dos recursos. Disse ter a pesquisa informado ainda que 72% dos brasileiros são contra a recriação da CPMF.

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lança nesta quarta-feira, 14 de setembro, em Brasília, a Rede Clima da Indústria Nacional, que reunirá federações estaduais de indústrias, associações setoriais e empresas para aprimorar a articulação do setor nas questões referentes às mudanças climáticas. A criação da rede ocorrerá durante a reunião do Grupo de Mobilização Empresarial sobre Mudança do Clima, a partir das 10h.

A Política Nacional sobre Mudança do Clima determina que sejam publicados, até 15 de dezembro deste ano, os Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima. Todos os setores da indústria de transformação, construção civil e extrativa mineral terão de apresentar esses planos. “A Rede Clima da Indústria Nacional terá o importante papel de tornar mais ágeis e consistentes as trocas de informações e tomadas de decisão dos diversos setores industriais”, antecipa Paula Benatti, especialista da CNI em mudanças climáticas.  

A expectativa é que a Rede Clima da Indústria Nacional auxilie o setor na promoção de práticas de baixo carbono e na identificação de temas prioritários, tendências, riscos e oportunidades na agenda de mudança do clima.

A reunião do Grupo de Mobilização Empresarial sobre Mudança do Clima terá a presença de representantes da CNI, dos Ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de federações estaduais de indústrias, associações setoriais e empresas, como Camargo Correa, Braskem e Vale.

A reunião será aberta a jornalistas desde o início e até o intervalo para o almoço.

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O estoque na indústria ficou muito acima do planejado em julho, com 53,9 pontos. O aumento nos estoques, registrado desde janeiro e que se intensificou em julho, com 53,4 pontos, tem provocado desaceleração no ritmo da produção industrial. No mês passado, a atividade do setor ficou estável, com 50,4 pontos. As informações são da Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 23.08. Os indicadores variam de zero a cem. Valores acima de 50 mostram evolução positiva, estoque acima do planejado ou utilização da capacidade instalada (UCI) acima do usual.

Segundo a pesquisa, a indústria operou em média com 75% de UCI, registrando 45,2 pontos no indicador. É o oitavo mês consecutivo de recuo no uso da capacidade instalada.

De acordo com o economista da CNI Marcelo de Ávila, mesmo com a desaceleração na atividade industrial, registrada desde o início do ano, os estoques indesejados tiveram um crescimento elevado em julho. “Como esses estoques precisam ser desovados, a produção industrial não deve crescer”, prevê. “Soma-se a isso o cenário desfavorável às vendas, pois tanto o mercado externo quanto o interno estão desaquecidos, os juros e a inflação estão em alta e há escassez de crédito”, completa Ávila.

Dos 26 setores da indústria de transformação, 22 operam com atividade abaixo do usual. Em relação ao porte das empresas, as pequenas registram queda na produção, as médias mostram estabilidade e as grandes apresentam crescimento. Entretanto, mesmo com produção crescente, as grandes indústrias também estão com a UCI em julho abaixo do usual para o mês. A evolução do número de empregados na indústria também está estável, com 50,1 pontos.

Expectativas – Apesar da desaceleração da indústria, os empresários do setor continuam confiantes na demanda do mercado interno, no número de empregados e nas compras de matérias-primas para os próximos seis meses, embora esse otimismo esteja menor.

As expectativas sobre a demanda recuaram de 61,9 para 61,3 pontos de junho para julho. O indicador de compra de matérias-primas diminuiu de 58,2 para 57,6 pontos e o de evolução do número de empregados foi de 54,2 a 53,2 pontos no período. Somente o índice de expectativas sobre as exportações ficou abaixo da linha divisória dos 50 pontos em julho, com 49,1 pontos, indicando pessimismo.

A pesquisa Sondagem Industrial foi realizada de 1º a 16 de agosto com 1.892 empresas, das quais 988 são pequenas, 638 médias e 266 de grande porte.

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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, aprovou as medidas do Plano Brasil Maior, mas propôs avanços, sobretudo para conter a valorização cambial. O programa, anunciado pelo governo federal nesta terça-feira, 02.08, estabelece medidas de estímulo à produção, investimentos, inovação e defesa comercial.

Segundo Andrade, o plano é “um pontapé inicial”, com iniciativas práticas, na sua avaliação, como a vantagem de 25% de produtos brasileiros em compras governamentais. “Para o setor de confecções, por exemplo, que perde negócios com o governo por diferenças de até 10%, é muito positivo”, destacou.

Defendeu, porém, como necessárias, “ outras medidas pontuais”, alinhando entre elas a especialização dos portos por produtos e a possibilidade de laboratórios privados também certificarem produtos importados,  função restrita pelo plano ao Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).

“O  plano é positivo, mas não será capaz de tirar a indústria do sufoco, porque persistem problemas a serem sanados, como o câmbio, os juros altos e a elevada carga tributária”, completou.

Andrade informou que a CNI vai monitorar os resultados do plano e auxiliar o governo na identificação de gargalos por setor. “O plano precisa valorizar ainda mais ações específicas para cada segmento industrial. Um dos setores que está em situação de alerta é o de máquinas e equipamentos, que sofre grande concorrência de produtos vindos de outros países”, declarou.

Bolsas de estudo – Em discurso no lançamento do Plano, no Palácio do Planalto, o presidente da CNI elogiou a iniciativa do governo de oferecer 75 mil bolsas de estudo no exterior até 2014 e se comprometeu a mobilizar o setor industrial para oferecer outras 25 mil bolsas. Sugeriu, porém, que o governo criasse mecanismos para os estudantes voltarem ao Brasil para trabalhar por um período mínimo. “É uma forma de fazer com que os investimentos feitos nesses profissionais retornem ao país”, sublinhou.

O Plano Brasil Maior determina, entre outras medidas, a desoneração da folha de pagamento dos setores de confecções, calçados, móveis e softwares, que será substituída por alíquotas no faturamento; a devolução imediata dos créditos do PIS/Pasep/Cofins na compra de máquinas e equipamentos; a prorrogação até dezembro de 2012 do Programa de Sustentação do Investimento (PSI); a intensificação da defesa comercial.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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