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Angela Gheller*Por Angela Gheller

Uma das características fundamentais para que um negócio cresça e se mantenha no mercado é ter uma boa gestão de custos de produção, com uma rotatividade constante de estoque. Sem este planejamento, as empresas não conseguem estimar com segurança o quanto devem gastar com matéria-prima e mercadorias, o que impacta o capital de giro, gerando despesas facilmente evitáveis e estoques parados.

O isolamento social imposto pela pandemia, o fechamento de boa parte das lojas físicas, o e-commerce ainda em crescimento e a queda nas vendas do varejo contribuíram para que os estoques do comércio e da indústria ficassem encalhados em empresas de todo o País. No mês de abril de 2020, a fatia de indústrias e varejistas com volumes excessivos de estoque atingiu 24,9% e 20%, respectivamente. São níveis próximos de recordes históricos atingidos em outros períodos de recessão, aponta estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Para poder driblar este tipo de situação, o planejamento de custos se mostra essencial para a manutenção da boa saúde financeira das empresas. Este planejamento nada mais é do que utilizar dados fornecidos pela própria companhia para entendê-la e definir as melhores estratégias de gastos para os próximos meses. Neste sentido, a tecnologia se tornou a maior aliada na captação, organização e análise de dados que fazem com que os negócios tenham maior produtividade e evitem gastos desnecessários.

Quer saber quais são os sinais de que sua empresa realmente precisa prestar mais atenção em seus custos de produção? Veja aqui alguns desses indícios e como solucioná-los utilizando o MRP (Material Requirement Planning), uma ferramenta essencial para a indústria.

1 – Informações descentralizadas

Se a sua empresa não possui uma visão completa das demandas, de forma unificada, é um mau sinal. Um planejamento de produção eficaz implica numa boa gestão das demandas de um negócio. Para estimar com segurança seus gastos é imprescindível que todos os dados estejam compilados de forma a dar uma visão geral dos custos.

Com uma ferramenta de MRP é possível, por exemplo, simular vários cenários e analisar o impacto de um novo pedido, calcular prazos e avaliar como vai atender determinado cliente, o que impacta toda a produtividade do dia a dia da indústria. Esse tipo de sistema ainda considera o estoque insuficiente ou em excesso (ajudando a reduzir perdas), compras equivocadas de insumos e controle do fluxo de caixa.

2- Estoques muito cheios

Graças à pandemia, muitas empresas têm visto seus estoques cheios – muitas vezes, até com produtos que não poderão mais ser vendidos. A maneira mais certeira para evitar que isso aconteça é fazer uso de soluções tecnológicas que consigam analisar de maneira inteligente a capacidade do mercado de absorver os produtos produzidos/adquiridos, além de calcular as necessidades do estoque, levando em conta uma série de parametrizações.

Dessa maneira, é possível visualizar diferentes cenários que o negócio pode enfrentar, simular pedidos e impactos na produtividade diária da indústria.

3- Compras de última hora

O cenário contrário ao do item anterior também é comum e ruim para uma empresa: empresas que não se planejam corretamente precisam fazer compras de última hora para alimentar seu estoque, o que pode resultar em preços mais altos na hora de comprar insumos. Por isso, se seu negócio tem feito muitas compras de última hora, este é o momento de redefinir as suas estratégias.

Com o uso da tecnologia, é possível traçar um plano claro visando a demanda atual do mercado, o tempo de produção e custos de produtos, de maneira a não ficar com um estoque em excesso ou em falta em sua empresa.

4- Demandas surpresa

Um bom negócio deve evitar ao máximo ser pego de surpresa. Por isso, é necessário conhecer o mercado e suas necessidades.

Uma central de demanda é a aliada perfeita neste cenário, uma vez que proporciona, em um mesmo espaço, dados sobre pedidos e previsão de vendas, projetos, plano de produção, entre outras informações.

5- Desconhecimento de seu próprio público

Empresas de sucesso precisam conhecer seu público. E para saber essa informação é necessário ter um banco de dados de clientes e analisá-lo com atenção. Mais do que ser especialista na área em que atua, é preciso entender quem são os seus clientes (atuais e em potencial), quais são as suas demandas, quais os seus históricos de compra. Por isso, se sua empresa não possui um bom CRM, é melhor resolver isso agora!

A transformação digital chegou e, com ela, soluções tecnológicas para resolver todos esses “maus sinais” listados acima. E com tantos desafios enfrentados desde 2020, é preciso ter em mente, de uma vez por todas, que a tecnologia não é apenas uma opção de investimento para quem quer inovar na produção, mas sim uma ferramenta estratégica poderosa e importante para garantir a sustentabilidade e produtividade dos negócios.

 Diretora de Manufatura e Logística da TOTVS*

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equipnetHoje, 25 de maio, é comemorado o Dia Nacional da Indústria, data que visa homenagear o setor brasileiro responsável por movimentar grande parte da economia e que representa  20,4% do nosso PIB. Desde a chegada da pandemia o setor tem enfrentado tempos difíceis, marcado principalmente pela redução do trabalho e pela falta de matéria prima no processo de produção. Cerca de 70% das indústrias foram impactadas negativamente, é o que apontam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados pelo Portal da Indústria.

O crescimento industrial tem um papel significativo na recuperação econômica do país e com as diversas mudanças causadas pela crise, a indústria encontra como desafio se adaptar à nova realidade. Além de medidas que contribuam para a recuperação financeira, será necessário se adequar ao atual hábito de consumo e ao padrão tecnológico, que vem sofrendo uma aceleração considerável nesse cenário.

Soluções sustentáveis e aumento de produtividade

A expansão na capacidade produtiva continua sendo uma prioridade para as indústrias no plano de investimento anual. De acordo com o documento Investimentos na Indústria 2020-2021, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 66% dos investimentos previstos para 2021 envolvem a aquisição de máquinas, sendo que desses planos de aquisição, 23% envolvem a compra de máquinas e equipamentos usados. Essa é uma forma de aprimorar os processos de fabricação, promover o aumento da produtividade industrial, além de ser uma solução sustentável para o negócio.

Segundo a gerente de Operações e de Desenvolvimento de Negócios da EquipNet, Roberta Bosignoli, o investimento em equipamentos usados é uma alternativa muito positiva para empresas que precisam evoluir, mas que não possuem recursos financeiros para novos maquinários.

“Os equipamentos industriais são desenvolvidos para terem uma vida útil muito longa. Por isso, realizar a venda e repassar para outra empresa é uma forma de dar uma segunda vida ao equipamento, isso impacta também na diminuição de demanda por recursos naturais, o desperdício e o descarte inadequado, se tornando uma solução sustentável e rentável para a empresa”, argumenta.

Investimento em tecnologia

Embora a tecnologia esteja cada vez mais presente no segmento industrial, com a chegada da pandemia esse processo se intensificou consideravelmente. A indústria 4.0, também conhecida como Quarta Revolução Industrial, é um grande exemplo disso. Ela envolve a melhoria da produtividade e da eficiência através de tecnologias como automação industrial, inteligência artificial, internet das coisas e a computação em nuvem, grandes apostas para o segmento industrial no cenário pós pandemia.

Para que esse investimento não exija mais dinheiro do que a empresa pode investir, uma alternativa é realizar a venda dos equipamentos que serão substituídos. Dessa forma é possível evoluir os processos de produção, além de ter uma economia significativa.

“A EquipNet tem a expertise em conduzir o gerenciamento da negociação entre os vendedores e potenciais clientes, por isso a empresa consegue realizar a venda de forma muito mais rápida, assim como ter um melhor retorno financeiro que pode ser utilizado no investimento de novas tecnologias para a empresa”, ressalta Roberta Bosignoli.

Flexibilidade

Além dos investimentos, as indústrias precisarão adotar mudanças internas e corporativas que sejam mais flexíveis, afinal, a presença dos colaboradores é indispensável na área de produção, mas no setor administrativo é diferente.

O home office é um formato que tem mostrado muita produtividade em diversos segmentos e é uma alternativa que tende ser adotada pelas empresas cada vez mais. Essa é uma forma de facilitar a rotina e de reduzir custos para a empresa, que terá menos gastos com energia elétrica, água, limpeza e aluguel.

Saiba mais em: https://www.equipnet.com/pt/

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Daniel PettaPor Daniel Petta*

A mineração se faz presente em terras brasileiras desde a época da colonização. Para ser mais preciso, a busca de metais valiosos e pedras preciosas teve início no século XVII, marcando as primeiras atividades socioeconômicas do setor de mineração no país. Com a exploração mineral o Brasil passou por sensíveis transformações econômicas, um novo polo econômico cresceu, principalmente no Sudeste.

Atualmente as empresas de extração de minérios contribuem muito para a geração de empregos diretos e indiretos, além de terem uma participação expressiva no recolhimento de tributos. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o setor de extração mineral iniciou o segundo semestre de 2019 com 173.642 trabalhadores e finalizou com 175.942, gerando 2.300 novos postos de trabalho. Já em 2020, apenas na cidade de Parauapebas, no Pará, foram registradas quase 7.600 novas contratações e esse número vem aumentando em todas as regiões onde existem empresas de extração.

De acordo com o IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração -, o setor de mineração representa hoje 5% do PIB brasileiro. No balanço do setor no ano de 2020, divulgado pelo instituto recentemente, foram recolhidos R﹩ 66,2 bilhões em impostos, encargos e taxas para o setor público, além de R﹩ 6,08 bilhões da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), o que resultou no total de impostos pagos da ordem de R﹩ 72,2 bilhões. Além disso, o setor faturou R﹩ 208,9 bilhões (excluindo-se petróleo e gás) em 2020, 36,2% a mais em relação a 2019.

Desenvolvimento do Brasil X Desenvolvimento da Indústria de Mineração

Com o avanço da mineração no Brasil, a tecnologia também desenvolveu-se e importantes invenções como a máquina à vapor, câmara de condensação, locomotiva, lâmpada de segurança e até mesmo a dinamite foram criadas para auxiliarem no trabalho realizado nas indústrias de mineração, otimizando os processos extrativos e logísticos. E até hoje essas evoluções tecnológicas ocorrem em torno das mineradoras.

De fato, o desenvolvimento da indústria de mineração trouxe e ainda traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento do Brasil: geração de empregos, influência no PIB nacional, equilíbrio econômico, novas tecnologias industriais , entre outras vantagens. Porém, todos esses benefícios e crescimento exigem um custo, o qual na maior parte das vezes é pago pelo meio ambiente.

A mineração, apesar de ser essencial para o desenvolvimento socioeconômico do país, apresenta grande potencial de impactos ambientais negativos quando realizada de maneira incorreta, seja na falta de planejamento ou na ausência de fiscalização. Desde a época colonial há históricos da degradação da paisagem, do desmatamento, da poluição e contaminação dos recursos hídricos, da poluição ambiental, contaminação e compactação do solo, redução da biodiversidade, entre outros fatores que afetam diretamente o meio ambiente.

No entanto, atualmente o Brasil conta com diversos órgãos responsáveis por fiscalizar a atividade mineradora, bem como o cumprimento da legislação acerca da exploração dos recursos minerais, tais como o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Ministério de Minas e Energia (MME), o Serviço Geológico do Brasil, e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O futuro do mercado de Mineração para a Fluke

O mercado de mineração é um dos principais focos para a economia brasileira. Pelo fato de serem consumidores promissores, as mineradoras são consideradas um dos setores com o maior mix de produtos vendidos ao mercado. As diferentes áreas existentes dentro de uma planta de mineração e a troca de experiência com cada uma delas, faz com que seja possível identificar novas oportunidades de aplicação para produtos e contribui no desenvolvimento de novas ferramentas para o segmento, movimentando dessa maneira o mercado industrial brasileiro.

Apesar do cenário econômico negativo que o mundo enfrenta com a pandemia, a indústria brasileira de mineração cresceu em 2020 e a expectativa neste ano é que as empresas brasileiras continuem investindo no crescimento extrativo e nas importações, uma vez que o próprio governo está se empenhando para conceder novas liberações de exploração. Dessa maneira, a tendência é que a indústria de mineração cause a cada ano mais impacto positivo no mercado brasileiro, contribuindo com o desenvolvimento tecnológico e socioeconômico do país.
Gerente de Grandes Contas de Mineração e Siderurgia da Fluke do Brasil*

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LuizHenriquePor Luiz Henrique Caveagna*

A diversidade na utilização, bem como os benefícios oferecidos, tornou a aplicação do alumínio uma das principais tendências mundiais para a indústria automotiva. Este tipo de metal apresenta inúmeras vantagens quando comparado a outras variedades, como o aço, por exemplo. O alumínio é leve, não é corrosivo para os fluidos veiculares, apresenta índice elevado de troca térmica, absorve maior energia de impacto e é de fácil montagem em sistemas de aplicação automotiva. Todos estes benefícios são muito importantes, mas talvez o fato do Alumínio ser um metal com superioridade em relação à sustentabilidade, o torna uma opção ainda mais relevante para o setor automotivo. Mas, antes de tudo, é bom conhecer quais são as principais aplicações do alumínio na indústria automotiva.

Atualmente, a tecnologia permite o uso de ligas de alumínio de boa resistência mecânica e com entrega de performance mesmo em temperaturas mais elevadas, o que possibilita a utilização do material nos mais diversos conjuntos e sistemas automotivos. A indústria tem investido em aplicações do alumínio desde os detalhes decorativos, como frisos, painéis e encaixes, passando pelo chassi estrutural e rodas de liga leve e até mesmo no conjunto de motorização, como cabeçote do motor e pistões. Quando especificamos os tubos de alumínio, quem também ganha destaque são os sistemas de condução de fluidos para refrigeração, como o ar-condicionado, sistemas de arrefecimento, assim como os sistemas de acionamento que dependam do transporte de fluidos para o funcionamento.

Cada um destes componentes usufrui de benefícios específicos quando utilizado o alumínio em sua produção. A motorização, por exemplo, tem considerável ganho de torque e potência, consequentes do baixo peso e alta condutividade térmica do metal. Já em relação a parte estrutural, que corresponde a até 30% do peso total do veículo, pode ter uma redução de 40 a 50% neste número e um aumento de 60% na rigidez em relação ao aço, de acordo com dados da ABAL – Associação Brasileira do Alumínio, o que garante melhor performance do automóvel e mais segurança para os passageiros.

Mesmo com todos os benefícios oferecidos pelas aplicações de alumínio para o setor automotivo, o Brasil ainda tem uma longa estrada a percorrer neste cenário. A aplicação de alumínio em automóveis normais no Brasil tem uma média de 28 Kg de alumínio por veículo. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa média é de quase 90 Kg, chegando a quase 120 Kg no Japão.

O impacto sustentável do alumínio na indústria automotiva

Hoje em dia, com a agenda ambiental sendo fator de preocupação para todos os países é imprescindível lembrar da importância do uso do alumínio na questão de preservação de recursos do planeta. De um modo geral, é um metal infinitas vezes reciclável que não altera suas propriedades quando reciclado, economizando, a cada ciclo, 95% de energia quando comparado ao consumo energético que teria, caso produzido a partir do minério (Bauxita). Quando reciclado, produz um volume 19 vezes menor de particulado na atmosfera que seu equivalente em peso produzido a partir do minério. Além disso, sua reciclagem preserva por mais tempo as reservas do minério, que no Brasil representam anualmente mais de 3 milhões de toneladas de Bauxita que deixam de ser processadas, com a consequente preservação de solo e paisagem.

Enfim, para o setor automotivo, sem dúvidas, o alumínio é uma grande alternativa. Por ser extremamente leve, permite melhor desempenho com a consequente economia de combustível, despejando menor volume de CO² na atmosfera, além de prolongar a vida útil de componentes. Se levarmos em consideração os dados em aplicação do alumínio em automóveis no Brasil, ainda temos muita oportunidade de colaborar com a sustentabilidade do planeta.

Diretor Geral da Termomecanica*

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LeonardoLeonardo Vieira*

Indústria 4.0 não é um termo novo. Notavelmente, o agrupamento de tecnologias que ele descreve – que inclui sistemas ciberfísicos, a Internet das Coisas (IoT), computação em nuvem e computação cognitiva/inteligência artificial (IA) – tem quase dez anos. E, embora avanços técnicos significativos continuem a ser feitos quase diariamente, muitos dos desenvolvimentos mais interessantes neste espaço têm menos a ver com a tecnologia em si e mais com a forma como essa tecnologia é integrada e aplicada para otimizar os processos e maximizar o impacto.

A cobiçada transformação digital requer não apenas a arquitetura técnica, mas também uma compreensão mais profunda de como aproveitar o potencial único das tecnologias da Indústria 4.0. O processo começa com o reconhecimento de que a integração contínua, a comunicação em tempo real e a capacidade de criar ambientes de manufatura que são virtuais, intercambiáveis, mais descentralizados e modulares têm o potencial de remodelar radicalmente o cenário da indústria.

Com esse quadro geral em mente, vamos dar uma olhada mais de perto em como essas tendências estão se saindo e que tipo de avanços da Indústria 4.0 irão moldar os próximos anos.

Mais eficiência: como e por quê?

A incerteza geral e a falta de entendimento sobre exatamente o que é a Indústria 4.0 – e como implantá-la – postergaram a utilização do conceito e/ou atenuaram o impacto nas primeiras organizações a utilizá-la. A tecnologia amadureceu nos últimos anos e o mais importante: um número crescente de empresas está reconhecendo que não basta investir grandes quantias de tempo e dinheiro na instalação de sensores inteligentes e em novos sistemas se não dedicar, primeiramente, tempo para garantir que essas atualizações sejam inteligentes e estratégicas. A percepção de que a tecnologia é apenas uma peça do quebra-cabeça foi uma evolução crucial para desbloquear todo o potencial das transformações digitais impulsionadas pela Indústria 4.0. Mais conectividade, transparência e rapidez são alcançáveis. Mais velocidade, flexibilidade, customização aprimoradas e novas eficiências são possíveis, principalmente para aqueles que passam menos tempo perguntando o quê, e mais tempo perguntando por que e como.

Informação é poder

Um dos elementos marcantes na mudança de jogo da Indústria 4.0 é sua capacidade de unir tecnologia com engenharia e operações, de forma a criar sinergias valiosas entre esferas anteriormente separadas. É por isso que a coleta de dados, o gerenciamento e a análise deles provaram ser fundamentais quando se trata de ajudar as empresas a dar grandes saltos à frente usando as soluções da Indústria 4.0. Diversas organizações estão investindo na infraestrutura e no conhecimento necessários para fazer exatamente isso. Usar métricas do mundo real para entender quais atualizações tecnológicas terão o maior impacto e como podem ser integradas aos sistemas existentes é uma das tendências mais impactantes da Indústria 4.0.

Propósito pandêmico

Os desafios históricos e sem precedentes que as empresas tiveram de enfrentar como resultado da Covid-19 reforçaram como os avanços da Indústria 4.0 são imprescindíveis. Modelos de trabalho virtual, cadeias de suprimentos não confiáveis e interrupções operacionais inevitáveis destacaram o valor da visibilidade de todo o processo. No caos e na incerteza de uma pandemia, o acesso a informações empresariais holísticas, em tempo real, não é um luxo, mas uma necessidade. Ironicamente, o lado positivo dos desafios impulsionados pela pandemia é o fato de que a maioria das empresas foi forçada a passar por uma espécie de teste de estresse involuntário, fornecendo aos tomadores de decisão novos insights sobre seus sistemas e operações. Armados com essa nova compreensão e autoconsciência sofisticada, eles podem tomar decisões mais assertivas sobre as soluções de conectividade necessárias para atender suas necessidades.

Mudanças no jogo

Entre as tendências mais importantes da Indústria 4.0 estão as etapas que as empresas realizam para identificar e implementar novas ferramentas tecnológicas:

.Modelagem holística– Os tomadores de decisão estão observando com clareza suas operações antes de investir em qualquer nova tecnologia. Esse autoexame se estende muito além do chão de fábrica e deve incluir, em última análise, um modelo de detalhes da funcionalidade do front, back e middle office. Em outras palavras, não apenas arquitetura técnica, mas fluxo de trabalho funcional. As transformações digitais de maior sucesso podem começar no topo, mas são coesas e conectadas a todas as facetas do negócio, desde relações com clientes, marketing e vendas até TI, manufatura e distribuição.

.Velocidade e agilidade– Em um espaço que continua a evoluir com velocidade impressionante, o planejamento corporativo tradicional de cinco e dez anos está simplesmente obsoleto. As empresas que adotam soluções inerentes à Indústria 4.0 estão substituindo o planejamento de longo prazo por uma visão de longo prazo. Eles estabelecem metas de longo prazo e têm uma noção clara do quadro geral, mas também desenvolvem planos específicos de curto prazo como parte de uma tentativa de se tornarem mais ágeis e responsivos às tendências e tecnologias emergentes.

.O elemento humano– Finalmente, e talvez o mais importante, é o reconhecimento de que uma transformação digital otimizada, contínua e impactante tem menos a ver com a tecnologia da Indústria 4.0 e mais com as pessoas que a utilizam. De designs de interface a implementações empresariais, as melhores ferramentas e estratégias da Indústria 4.0 são baseadas em uma abordagem que coloca o usuário em primeiro lugar. A combinação do potencial humano com sistemas e soluções de próxima geração é o caminho mais eficaz para o sucesso sustentável.

*Diretor de Indústria Digital do Grupo Stefanini na América do Norte

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Evilasio*Por Evilásio Garcia

O setor logístico é responsável por 10% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, no entanto, apenas 0,6% deste valor é investido em transporte e em logística, enquanto a média global é de 1,2%. Com isso, temos uma falta significativa de infraestrutura em torno das operações, que ficou ainda mais evidente no último ano devido à pandemia.
O novo cenário acelerou muitos processos do mercado nos últimos meses e, com todos os recentes acontecimentos globais, podemos observar que estamos passando por um momento de grandes transformações e o setor da logística sofre diretamente esses impactos. Somente o e-commerce teve um aumento de 70% em sua base de usuários, segundo dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). Esses números refletem uma mudança de comportamento do consumidor, que adiantou processos que levariam até dez anos para ocorrer em condições consideradas normais.
Diante disso, os profissionais de logística, assim como todo setor, tiveram que se adaptar rapidamente e investir em infraestrutura e tecnologias necessárias para entregar um serviço com maior qualidade, agilidade e assertividade para levar satisfação ao cliente final. Apesar das barreiras, o planejamento e os investimentos em ferramentas tecnológicas têm se provado cada vez mais fundamentais para realizar as operações com perfeição. O sistema de automação logística se tornou o principal agente revolucionário dentro do setor de transporte. A tecnologia permite a criação de estratégias cada vez mais inteligentes com o objetivo de facilitar a rotina das entregas pelo Brasil e garantir pontualidade, redução de custos, aumento na produtividade e uma gestão de operações mais simples e fácil.
Independentemente do tipo de produto físico comercializado, é preciso ter um transporte que seja realizado de forma rápida, segura, eficiente e com o menor custo possível. Pode até parecer banal, mas a assertividade na logística contribui em todo esse processo, evitando frustrações por atrasos nas entregas ou danos nas encomendas. Por isso, é tão importante investir em tecnologia para esse segmento e incluir ferramentas de automação para melhorar toda a operação.
A utilização de um sistema de automação logística permite que as empresas mantenham as informações de atendimento sempre atualizadas, com capacidade de prever janelas de horários, tempo de atendimento e trânsito. Além disso, essa tecnologia colabora para otimizar o uso da frota, gerar melhores rotas, auxiliar os motoristas ao indicar os melhores percursos e adicionar comprovação de entregas quando forem realizadas.
O mercado está em constante transformação devido às mudanças nos comportamentos dos consumidores e aos fatores que influenciam diretamente na nossa realidade. Portanto, no setor logístico, as empresas que estiverem preparadas com suporte tecnológico adequado são as que vão conseguir mais sucesso e a automação tem se destacado como uma das principais soluções para a logística.
CEO da AgileProcess*

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hisIsEngineeringA utilização de robôs colaborativos, também conhecidos como cobots, vem sendo implementado nas indústrias de forma muito positiva. Devido às suas características inovadoras, os cobots podem resolver problemas que a robótica convencional não resolve, abrindo um campo enorme de novas tarefas a serem automatizadas, representando um avanço muito interessante da tecnologia. Isso porque ela possibilita a implementação com segurança embarcada, rápida instalação e programação intuitiva,

No entanto, com milhares de possibilidades, ainda existem muitos equívocos sobre qual o papel deles no mercado e as funções que eles podem desempenhar. Então, para esclarecer, a Universal Robots – empresa dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais colaborativos, apresenta quatro mitos mais comuns sobre os robôs colaborativos. Confira:

Automação robótica é para operações complexas e de grande escala

É muito comum pensarmos nisso e logo vir a imagem de uma grande caixa pesada usada em linhas de montagem. Mas, na verdade, os cobots são altamente flexíveis, a interface de programação é muito menos complexa do que dos robôs convencionais, além de serem mais leves, com fácil instalação e por terem segurança embarcada eles precisam de menos acessórios.

Robôs roubam empregos

Isso é mentira. Já faz muito tempo que acreditam que dentro da manufatura, eles roubam empregos. Porém, na verdade é o oposto. Eles são responsáveis por ajudar os funcionários a realizarem funções mais estratégicas e menos repetitivas e árduas. Além disso, eles ajudam a manter a produtividade, fazendo com que as corporações – muitas vezes – contratem mais pessoas, criando mais empregos e não os eliminando.

Em suma, empresas que investiram em robotização tiveram crescimento e geraram empregos e as empresas que não investiram em robotização acabam encolhendo. Por exemplo, veja casos como falta de soldadores e operadores de CNC nos EUA, faltam pessoas qualificadas para preencher esses postos. Finalmente a China compra 1/3 de todos os robôs do mundo, pois já entendeu que robótica é uma tecnologia que aumenta produtividade, portanto quem não investir em robótica vai acabar perdendo mercado e consequentemente empregos.

São frágeis e de baixa resistência

Aqueles que trabalham com a robótica tradicional, tem como imagem aqueles robôs feitos de ferros fundidos e extremamente pesados. Já os robôs colaborativos são construídos em ligas de alumínio e polímeros, com plásticos de altíssima resistência e com baixo peso. Isso é muito importante porque quanto maior o peso que está em movimento, menor será a velocidade que ele pode trabalhar compartilhando espaço com as pessoas. Com isso, ao desenvolver um projeto de robô colaborativo, o peso deve ser levado em consideração, pois precisa ser o mais leve possível para poder maximizar a velocidade colaborativa do trabalho.

Robôs colaborativos são perigosos

Acreditam que no Brasil, de acordo com a NR-12, não é permitido cobots em funcionamento. Mas isso não é verdade. Desde que haja uma apreciação de risco feita por um engenheiro de segurança, os robôs colaborativos podem funcionar normalmente em conjunto com os funcionários da empresa. Vale comentar que eles possuem mais de 17 funções de seguranças integradas em seu software e se algo entra em seu caminho, ele automaticamente paralisa suas funções. Felizmente foi adicionada nota técnica a NR-12 já em 2018 acompanhando a revolução tecnológica, atualmente as mesmas premissas usadas na Europa e EUA para regulamentação de uso de cobots já constam da NR-12.
Imagem: ThisIsEngineering

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pexels-pixabay-373543Vivien Mello Suruagy, presidente da Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), salienta que um dos benefícios mais relevantes do 5G é que propiciará economia de eletricidade, pois, com o mesmo volume de energia das redes atuais de 4G, trafegará quantidade de informações mil vezes maior. Isso significa muito menos tempo de uso da internet e dos dispositivos. Além disso, os novos equipamentos são programados para funcionar apenas quando existir demanda, evitando desperdício energético nas antenas e smartphones.

Além disso, setores que hoje dependem de combustíveis fósseis passarão a viver outra realidade. Viagens aéreas, que produzem milhões de toneladas de dióxido de carbono e estão entre as atividades mais poluentes, serão cada vez mais substituídas por redes de telepresença. Deslocamentos para reuniões e atividades de entretenimento, hoje feitos por meio de transporte coletivo ou individual, também serão substituídos por eventos em plataformas virtuais cada vez mais imersivas.

“As cidades ganharão mais ferramentas de automação inteligente, otimizando a coleta de lixo, gerenciamento da água e a limpeza urbana. O desenvolvimento de redes de veículos autônomos e elétricos conectados pela rede de 5G propiciará muito mais eficiência ao trânsito urbano, economizando a queima de combustíveis”, destaca Vivien. Ela cita que também será ampliada a fiscalização contra ações predatórias ou com riscos ecológicos, com o uso de drones conectados ou pela instalação de sensores remotos.

O meio rural, ao ser conectado com a internet das coisas, consumirá muito menos água. Outras atividades, como mineração e a própria gestão do setor elétrico, ganharão eficiência por meio de redes privativas 5G.

A presidente da Feninfra alerta, porém, ser necessária atenção para a destinação correta e reciclagem dos equipamentos de terminais e de rede, cuja quantidade aumentará em decorrência da maior digitalização da sociedade. Também haverá ampliação significativa da infraestrutura atualmente instalada, que evoluirá para redes mais complexas, alimentadas por outras fontes, como energia solar e eólica. “Por isso, é essencial que esses sistemas sejam construídos dentro de normas e procedimentos técnicos rigorosos, com mão de obra qualificada e equipamentos de boa procedência, evitando o desperdício de material e riscos à saúde das pessoas e ao meio ambiente”, pondera.

Concluindo, Vivien salienta que, “se forem observados os cuidados necessários, é possível garantir que os efeitos positivos do 5G ao meio ambiente serão muito maiores do que os riscos da nova tecnologia”.

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pexels-pixabay-35550Há pouco mais de um ano, de grandes corporações a startups e microempreendedores, todos tiveram que adequar suas estratégias de negócio ao contexto da circulação da Covid-19 no Brasil. Silvio Meira, cientista-chefe da consultoria TDS Company e membro dos conselhos de administração de grupos como Magalu e MRV, analisa que o Brasil avançou cinco anos na escalada da transformação digital somente nesse período.

“Não foram lançadas novas tecnologias na pandemia, mas os negócios tiveram a necessidade de recorrer a recursos digitais já disponíveis, como o e-commerce, por exemplo, tecnologia utilizada pela Amazon há duas décadas”, avalia o cientista-chefe. De acordo com pesquisa da Ebit/Nielsen, o faturamento de lojas online no Brasil cresceu 47% no apenas no 1º semestre de 2020 e teve seu maior crescimento em 20 anos. Outra pesquisa, realizada pela Mastercard e Americas Market Intelligence (AMI), apontou que 46% dos brasileiros fizeram mais compras online na pandemia.

Um dos principais projetos da TDS Company em 2020 foi desenvolvido em parceria com o Grupo FSB, o maior do Brasil na área de comunicação corporativa. Chamado FSB Futuro, o projeto tem como objetivo fomentar a cultura de inovação nos processos internos das diversas empresas do grupo e identificar e incubar iniciativas inovadoras com uso intensivo de tecnologia.

“O FSB Futuro é o novo modelo de cultura de trabalho que estamos desenvolvendo no nosso grupo, do qual fazem parte a FSB Comunicação, com mais de 40 anos de mercado em Relações Públicas, e a Loures Consultoria. Com o apoio do Silvio Meira e seu time especializado em inovação digital e transformação estratégica, estamos desenvolvendo oportunidades de negócio e reforçando a capacidade de inovação de nossos times de atendimento ao cliente. Somos parceiros estratégicos de negócios que buscam não só pensar as necessidades do presente, mas que apostam no futuro e no desenvolvimento contínuo de soluções inovadoras”, ressalta Diego Ruiz, sócio-diretor das agências.

“Ficou muito mais difícil competir hoje em dia, porque já não basta mais oferecer ponto de venda, ações de marketing e uma promessa de produtos e serviços. É necessário ter soluções digitais articuladas, estratégias de adaptação a mudanças e um atendimento cada vez mais eficiente para os clientes, que também tiveram que aprender novas habilidades nesse período, como trabalhar em home office e pagar contas por Pix, por exemplo. Certos níveis de ingenuidade digital que a gente tinha antes da Covid não são mais aceitáveis”, analisa Meira. “E, com essas novas habilidades, os clientes esperam que as empresas melhorem sua experiência de uso e consumo, de acordo com o que estão pagando.”

Da Comunicação Corporativa passando pelo Marketing Digital e pela Publicidade, o Grupo FSB conta agora com novas tecnologias e capacidades para capturar oportunidades de visibilidade e engajamento para marcas, analisar diferentes comportamentos de usuários por nicho, identificar o surgimento de novas redes sociais e ferramentas e formatar parcerias com influenciadores em perspectivas ainda não exploradas. Tudo isso com o uso intensivo de análise e gestão de dados.

“Em um contexto em que o Discord, rede social avaliada em US﹩ 7 bilhões, conta com milhões de usuários e ainda é um espaço pouco utilizado pelas marcas, pensar a comunicação para além das ações tradicionais de PR e Digital, em canais utilizados por um grande volume de mídia e concorrentes, é abrir espaço para o novo e, ao mesmo, trabalhar com uma tela em branco para a criação de estratégias em parceria com nossos clientes”, explica Ruiz.

Diversos ambientes digitais têm surgido e ganhado cada vez mais adesão dos usuários, como Clubhouse e a plataforma de streaming Twitch, com novas possibilidades de engajamento, análise de tendências de comportamentos e alto volume de captura de dados. As marcas, além de viabilizarem seu próprio processo de inovação, também podem reconhecer novas oportunidades no mundo em transformação em que estão inseridas.

“Eu quero estar com uma agência que domina e usa, na prática, um processo continuado de transformação digital e que pode me oferecer coisas, físicas e digitais, e a combinação das duas, que eu não pensei, porque ela está prospectando o mundo como pesquisadora e realizadora”, sintetiza Meira.

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vidroOs desafios da reciclagem no Brasil são enormes, já que o país recicla menos de 4% de todo o lixo gerado em seu território, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Os problemas passam pelas falhas na coleta seletiva, conscientização da população e das empresas sobre o tema, questões de logística, entre outros. Embora todos os tipos de resíduos encontrem algum fator de complicação na cadeia, o vidro se destaca. Enquanto quase 98% do alumínio é reciclado (ABAL, Associação Brasileira do Alumínio), apenas 47% do vidro é reaproveitado (ABIVIDRO, Associação Brasileira das Indústrias de Vidro), ambos de material industrial e pós-consumo.

Mesmo sendo um material 100% reciclável, há alguns fatores que devem ser observados e discutidos, como o transporte e a remuneração. A indústria vidreira está concentrada no sul e sudeste (PR, SP, MG) e conta com apenas duas grande unidades no nordeste (PE e SE) do país. Isso quer dizer que grande parte do resíduo gerado no Brasil precisa percorrer uma distância grande para ser reciclado e reinserido no ciclo produtivo. Uma carga de Manaus, por exemplo, teria que percorrer mais de 3,8 mil km para chegar em São Paulo ou mais de 4,6 mil km até Sergipe. Considerando o custo médio de transporte rodoviário de R$700 a R$900 por tonelada e o valor de venda do material que gira em torno de R$150 a R$200 pela mesma quantidade, podemos perceber que o valor do frete ultrapassa muito a remuneração pela comercialização do vidro, o que torna o processo economicamente inviável.
Mesmo diante de todas as adversidades, diversos atores da cadeia estão se movimentando para transformar essa realidade. Ferramentas importantes como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada em 2010, que organiza a forma como todos os envolvidos gerenciam seus resíduos e o Acordo Setorial, que define uma quantidade mínima do material pós-consumo (22%) a ser compensada ambientalmente, estabelecem que a responsabilidade pelos custos da logística reversa deve ser compartilhada por fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores. Recentemente houve uma consulta pública sobre o Decreto que institui a Logística Reversa de Embalagens de Vidro e, se as metas forem cumpridas, o Brasil deverá reciclar 50% do vidro que consome em 2025.

Além disso, a consciência ambiental dos consumidores está se fortalecendo, o que eleva o nível de exigência às marcas que consomem. Por outro lado, as empresas têm demonstrado preocupação com o impacto que suas atividades causam à natureza e, por isso, estão revisitando seus propósitos e valores.

Esses são alguns motivos pelos quais as discussões sobre os Termos de Compromisso de Logística Reversa estão intensas nos Estados, segundo Marcella Bueno, head de Operações da eureciclo, maior certificadora de logística reversa de embalagens do Brasil. “O vidro ganhou espaço nesse diálogo e isso indica que deve haver uma melhora significativa no índice de reciclagem desse material em um futuro não tão distante. Estamos trabalhando para incentivar o cenário da reciclagem e, assim, proporcionar melhorias em todo o processo”, diz.

Marcella explica que, em São Paulo, os clientes da eureciclo compensaram 11,5 mil toneladas de vidro em 2020, contra 9,7 mil toneladas no ano anterior, um crescimento de quase 20%. Nos outros estados, o salto foi ainda maior: 170%, de 620 para 1,7 mil toneladas. “No início de 2020 a gente contava apenas com 19 operadores que trabalhavam com vidro. Hoje, temos 40 operadores e cooperativas parceiros que fazem esse serviço, o que reforça o nosso compromisso de tornar a cadeia viável em todas as regiões do país”.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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