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Por Fernando José Barbin Laurindo, professor da Fundação Vanzolini

Sempre destaco em meus artigos, a importância dos investimentos em TI serem direcionados a ganhos estratégicos e integrados com os processos organizacionais. Vimos também que a TI está por trás dos esforços em termos de inteligência para compreender o mercado e vislumbrar novas oportunidades inovadoras e que podem trazer vantagem competitiva.

O sucesso ou não destas realizações através da TI decorrem das decisões que são tomadas pelos executivos acerca de quais projetos de TI devem ser priorizados e levados adiante. Não é de se estranhar que este tema tenha sido alvo de inúmeras pesquisas tanto no âmbito acadêmico como no profissional.

A área de TI recebe sempre diversas solicitações das varias áreas usuárias, além dela própria gerar propostas de novos projetos de TI (seja de novas aplicações, de manutenção de aplicações existentes ou ainda de atualizações por razões tecnológicas). Este conjunto de demandas constitui a carteira (ou backlog) de projetos a desenvolver.  Os projetos selecionados para serem desenvolvidos (ou implementados) constituem o portfólio de projetos de TI.

Existem diversas formas de selecionar projetos de TI e construir deste portfólio. Segundo uma pesquisa desenvolvida por um autor chamado Renkema, seriam mais de 60 métodos descritos na literatura para avaliar projetos de TI. E este número continua a crescer! Este mesmo autor agrupou as diferentes propostas para avaliar projetos de TI em quatro grupos: Abordagem Financeira, Abordagem Multi-criterio, Abordagem de Indicadores e Abordagem de Portfólio.

Acerca do último grupo, há diversas formas de construir o portfólio de projetos de TI e os possíveis critérios de avaliação de projetos de TI que costumam incluir aspectos tecnológicos, econômicos e comportamentais. Montar um portfólio de projetos de TI baseia-se em alguns aspectos chave: Estratégia de negócios, a Alocação de Recursos e a Seleção de Projetos que assegurem a estratégia de negócios escolhida pela empresa. Assim, o alinhamento estratégico não é somente uma questão de escolher projetos que estejam em sintonia com a estratégia de negócios da empresa, mas também escolher os projetos que sejam compatíveis entre si. É claro que projetos que devem obrigatoriamente ser incluídos no portfolio, tais como aqueles destinados a corrigir falhas dos softwares (bugs) ou atender requisitos de legislação.

No entanto, no cotidiano das atividades dos gestores de TI, outros aspectos são levados em consideração, que estão mais relacionados com a atividade de gestão do que com o alinhamento estratégico da TI. É muito comum que se adote a prática de incluir no portfólio de implementação “um projeto de cada área usuária”. Isto garante uma relativa paz para o gestor da TI (ou eventualmente para gestores de diferentes níveis na hierarquia) diante dos demais executivos da empresa. Do ponto de vista das relações internas da empresa, esta lógica parece muito razoável, pois parece uma abordagem “justa”.  Além disto, por favorecer a manutenção de um ambiente “amistoso” entre a TI e as áreas usuárias, haveria uma tendência de facilitar o alinhamento estratégico.

No entanto, um análise mais cuidadosa e isenta, levando em conta os objetivos da empresa e não dos executivos da TI, mostra que somente por sorte a adoção deste critério  levará ao portfólio que mais favoreça ao atendimento dos objetivos estratégicos.  Mas para que se adotem outros critérios e métodos para selecionar projetos de TI não basta que somente os executivos de TI mudem de conduta. É antes necessário que se crie um comprometimento geral na empresa para se buscar resultados para o benefício da organização como um todo e não somente para os interesses das diferentes áreas usuárias. Havendo esta postura de todos executivos em relação a TI, então se pode trabalhar de forma a buscar métodos que selecionem os projetos de TI que promovam o tal almejado alinhamento estratégico entre TI e negócio.

Prof.Dr. Fernando José Barbin Laurindo é professor da Fundação Vanzolini (www.vanzolini.org.br), entidade gerida por professores do Departamento de Engenharia de Produção POLI/USP. Email: fjblau@usp.br.

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O BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, terá um novo aporte do Tesouro Nacional, que deve ficar entre R$ 45 bilhões e R$ 55 bilhões.

Os recursos serão usados nas linhas de financiamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), criado para financiar a aquisição de máquinas e equipamentos, de caminhões e projetos de inovação tecnológica com taxas de juros subsidiadas pelo governo.

O anúncio das novas linhas do programa deve ser feito dia 22, pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

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* Cláudia Capello Antonelli

Recentemente, o Governo Federal decretou que as tradicionais lâmpadas incandescentes deverão ser retiradas do mercado até 2016. Essa novidade está ligada a uma tendência global e já é uma realidade em diversos países desenvolvidos, que decidiram por banir este tipo de tecnologia com o intuito de economizar energia elétrica e preservar o meio ambiente. Contudo, a primeira vista parece que a ação atacará diretamente o bolso do consumidor, que precisará pagar mais caro pelas lâmpadas alternativas. Mas, ainda que o investimento inicial seja mais elevado, é apenas uma questão de tempo para ele perceber o quanto irá economizar com a mudança.

Vamos a um exemplo prático. Hoje, uma lâmpada incandescente comum de 60W custa, em média, R$ 1,50 e dura, aproximadamente, 1.000 horas. Já uma fluorescente de 15W, que pode substituir a incandescente de maneira equivalente, mesmo custando, mais ou menos, R$ 7,50, é capaz de atingir uma vida útil de 8.000 horas. Isto significa que, apesar de ter um custo inicial maior, ela dura oito vezes mais que a tradicional incandescente. Isto sem contar o gasto com a conta de luz, já que o consumo será quatro vezes menor.

Outra opção viável atualmente é uso da tecnologia LED, cujos produtos já estão disponíveis no mercado com o mesmo soquete das lâmpadas incandescentes (base E27) e operam nas tensões de 100V à 240V. Estes também conseguem superar o investimento feito no ato da compra em médio e longo prazo. Entre os modelos desta família, já existe o que substitui uma incandescente de até 40W consumindo apenas 8W, ou seja: cinco vezes menos. O preço de uma LampLED pode parecer muito maior em um primeiro momento, já que custam, em média, R$ 85,00. Entretanto, sua vida útil de 25.000 horas e a economia de energia de até 80% fazem com que traga benefícios constantes ao consumidor.

Passado e futuro

Desde a crise energética ocorrida há 10 anos no Brasil, as fluorescentes compactas, evoluíram tremendamente. Hoje, já existem modelos que imitam as incandescentes em tamanho, formato e tonalidade de cor, mas com duas grandes diferenças: são mais sustentáveis e têm durabilidade muito maior. Ou seja, esta troca não necessariamente deixará todos ambientes com a conhecida “cor de cozinha”, referência popular à iluminação esbranquiçada comum em escritórios e ambientes corporativos.

Até 2016, a viabilidade da troca das lâmpadas será um tema recorrente, já que, no Brasil, nunca foi proposto uma alteração tão profunda em relação aos produtos destinados a iluminação artificial. Porém, é muito provável que seja uma questão de tempo até o consumidor começar a calcular e perceber a economia que fará, deixando de lado definitivamente as tradicionais incandescentes.

Por último, vale dizer que as pessoas estão mais conscientes da importância e do impacto da iluminação no futuro do mundo. Sendo assim, as tecnologias que geram luz não são mais vistas apenas como simples acessórios, mas, sim, como parte da vida de cada um.

* Cláudia Capello Antonelli é formada em Arquitetura e Urbanismo com especialização em Marketing e é gerente de Produto da OSRAM

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Segundo dados da ABINEE, em 2010 as indústrias do setor eletroeletrônico abriram 14.860 vagas, elevando para 174.680 o número total de trabalhadores diretos. O resultado representa um crescimento de 9,3% em relação a dezembro de 2009 (159.820).

Para 2011, a previsão inicial da ABINEE é de que a trajetória de crescimento seja mantida, contudo em ritmo menor. De acordo com as perspectivas, as empresas do setor deverão abrir cerca de trê mil vagas, empregando, ao final deste ano, 178 mil funcionários diretos.

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Empresários brasileiros acompanharão negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE). Na rodada de conversas oficiais, que acontecerá de 14 a 18 de março, em Bruxelas, representantes dos industriais ficarão na sala ao lado dos negociadores. “Com isso, os empresários poderão esclarecer dúvidas e oferecer subsídios aos negociadores”, explicou a gerente-executiva de Negociações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Soraya Rosar.

O evento, realizado na sede da CNI, contou com a participação do chefe do Departamento de Negociações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Evandro Didonet, da secretária de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Tatiana Prazeres, e do diretor do Departamento de Negociações Internacionais do MDIC, Daniel Godinho.

Foram discutidos temas como benefícios tarifários, prazos e condições de redução das tarifas para estimular acordo com os países europeus. O evento reuniu representantes de diferentes setores, como o siderúrgico, automotivo, farmacêutico, calçados, defensivos agrícolas, entre outros.

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Os primeiros compradores seriam China, Coréia do Sul e França

O governo brasileiro já negocia venda de combustível para usinas nucleares da China, da Coreia do Sul e da França. As negociações têm por base a perspectiva de aumento do número de usinas nucleares no mundo e o alto preço alcançado pelo combustível no mercado internacional. Ainda não há uma decisão oficial sobre a produção de urânio enriquecido para a exportação.

O Brasil é dono de uma das maiores reservas de urânio do mundo, porém, com tecnologia de produção do combustível ainda em pequena escala. O país apresentou a proposta de venda de elementos combustíveis para as 30 novas usinas em construção na China e para os clientes da multinacional francesa Areva, maior produtora de urânio enriquecido do mundo e parceira na construção de Angra 3.

Os contatos coincidiram com a conclusão de estudo sobre a viabilidade do enriquecimento de urânio no Brasil, feito pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo, ainda inédito, recomenda incisivamente a produção de excedentes de urânio enriquecido para a exportação e estima que o país faturaria US$ 1,5 bilhão por ano nesse mercado.

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Entidade quer votos de parlamentares para melhorar condições de competitividade na economia globalizada

Com utilização de paineis, outdoors e kits, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou no dia 30 de janeiro a campanha institucional para sensibilizar os parlamentares que tomam posse dia 1ºde fevereiro, nova legislatura, a votarem projetos que ampliem a competitividade das empresas.

A CNI considera de alta prioridade a votação de propostas que permitam à indústria melhores condições de competir numa economia globalizada de concorrência cada vez mais feroz. Com imagens das cúpulas da Câmara dos Deputados e do Senado e de personagens representando trabalhadores, estudantes e empresários, os painéis e outdoors estampam, alternadamente, quatro mensagens:

Sr(a) parlamentar, bem-vindo a Brasília/ A indústria conta com você por um país mais competitivo; Sr(a) parlamentar, bem-vindo a Brasília/ Educação de qualidade gera oportunidades; Sr(a) parlamentar, bem-vindo a Brasília/ Que o seu compromisso com a competitividade brasileira seja lei; Sr(a) parlamentar, bem-vindo a Brasília/ Precisamos do seu voto de mudança para um país melhor”.

A ação institucional é finalizada com a entrega de um kit em cada um dos gabinetes dos 513 deputados federais e 81 senadores. A caixa em MDF (fibra de madeira) reciclado contém uma carta personalizada, assinada pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, duas publicações da entidade e quatro blocos estilo post-it com as frases da campanha. As publicações do kit são o documento A Indústria e o Brasil – Uma Agenda para Crescer Mais e Melhor, com as propostas da CNI para o novo governo, e a reprodução de um texto sobre competitividade na última edição da revista Indústria Brasileira.

Na carta aos parlamentares, o presidente da CNI alerta que as empresas brasileiras estão perdendo mercado,  interno e externo, principalmente para empresas asiáticas.

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A Petrobras comunica a descoberta de petróleo de boa qualidade nos reservatórios do pré-sal no bloco BM-S-9, em águas ultraprofundas da Bacia de Santos, com a perfuração do poço 3-BRSA-861-SPS (3-SPS-74).

O poço, também conhecido por Carioca Nordeste, está localizado em águas onde a profundidade é de 2.151metros e a 275 quilômetros do litoral do Estado de São Paulo, na área de avaliação do poço Carioca – 1-BRSA-491-SPS (1-SPS-50).

Análises preliminares comprovaram a extensão da acumulação que contém petróleo de alta qualidade (26º API), em reservatório de 200 metros, superior ao resultado do poço pioneiro perfurado na área.

A Petrobras, que é a operadora, detém 45% dos interesses desta concessão. Os demais parceiros do consórcio são as empresas BG Group, com 30% e Repsol com 25%. O Consórcio dará continuidade aos investimentos previstos no Plano de Avaliação de Descoberta, apresentado para ANP em 2007, para confirmar as dimensões e características do reservatório, visando o desenvolvimento do projeto e das atividades no pré-sal da Bacia de Santos.

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Mills adquire 25% da Rohr

Icone Economia,Investimento | Por em 24 de janeiro de 2011

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Aquisição estratégica tem como objetivo a ampliação da exposição em seus setores de atuação

A Mills, uma das líderes nacionais em soluções para engenharia, adquiriu 25% do capital votante e total da Rohr S/A Estrutura Tubulares (Rohr). O investimento foi de R$ 90 milhões. Esta ação visa a ampliar exposição estratégica em seus setores de atuação – infraestrutura, construção residencial e comercial, indústria de óleo e gás, entre outros – por meio de aquisição de empresa com sólida reputação no mercado.

Esta aquisição é complementar ao plano de investimentos da Mills para o período 2010 – 2012, que contempla investimentos de R$ 1,1 bilhão e que tem como objetivo viabilizar a expansão geográfica e o atendimento da forte demanda nos seus segmentos de negócios, que estão aquecidos em virtude da expansão do crédito imobiliário, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da Copa do Mundo de 2014, dos Jogos Olímpicos de 2016 e da indústria de óleo e gás.

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Por Marcelo Gonçalves*

Em 2006, a Petrobras descobriu, a poucos quilômetros de nosso litoral, gigantescas reservas de petróleo e gás natural de alta qualidade que podem fazer do Brasil um dos maiores produtores dessas commodities no mundo. Apesar dos desafios representados pela localização dos campos do pré-sal – como é conhecida esta área localizada em alto mar, entre 250 km e 300 km da costa, em uma faixa que vai do Espírito Santo a Santa Catarina, e cujas jazidas estão, em alguns casos, a mais de 7 mil metros abaixo do nível do mar -, especialistas consideram que a exploração comercial dessa riqueza é plenamente viável, o que deve mexer com a economia nacional.

As reservas brasileiras de petróleo e gás anteriores à descoberta do pré-sal somavam aproximadamente 14 bilhões de barris equivalentes. Somente com as reservas estimadas de áreas já descobertas, como Tupi (agora conhecida como campo Lula), Iracema (agora nomeada campo Cenambi), Iara, Guará, Libra, Franco e outras, a disponibilidade total pode chegar a cerca de 40 bilhões de barris. No entanto, há estimativas de que a região do pré-sal (com aproximadamente 800 km de comprimento entre o Espírito Santo e Santa Catarina e largura média de 200 km) possa conter de 50 a 100 bilhões de barris.

A maior empresa petrolífera brasileira, a estatal Petrobras, já se prepara para a exploração dessa riqueza, com a perspectiva de que sua exploração comercial se firme a partir de 2014 e consolide-se por volta de 2030, quando se acredita que o Brasil possa ser um dos cinco maiores produtores do mundo. A companhia está se capitalizando para ter recursos necessários aos vultosos investimentos exigidos pela empreitada. Por exemplo, ela realizou em setembro uma oferta pública de ações e aumentou seu capital social em cerca de R$ 120 bilhões, o que equivale à maior operação deste tipo na história em todo o mundo. Grande parte deste investimento foi pelo próprio governo, que aumentou sua participação na estatal adquirindo ações. No entanto, sócios minoritários e investidores privados também participaram da empreitada.

A Petrobras é reconhecida em todo o mundo como uma das empresas de ponta na exploração de petróleo em águas ultraprofundas (a partir de 1.000 metros). A lâmina d’água onde as perfurações de poços do pré-sal ocorrerão tem entre 2.000 metros e 3.000 metros. O problema é que, além desta enorme faixa de água, atingir os depósitos de petróleo e gás do pré-sal demanda perfurações de até 5.000 metros de solo. A tecnologia já existente permite a exploração comercial de poços nessas condições, mas é preciso investir no desenvolvimento de novas soluções para que os custos de extração sejam reduzidos e, por conseguinte, a capitalização dos poços venha a ser potencializada.

Este é um dos grandes desafios que o país tem à frente: desenvolver tecnologias que garantam retorno adequado na relação entre a produção e a comercialização do petróleo e gás do pré-sal. Para que isso ocorra, é preciso, acima de tudo, dispor de capital humano qualificado nos mais variados segmentos para dar sustentação a todo o processo, que foi iniciado com a descoberta das reservas e que exigirá, a partir de agora, pesquisadores, técnicos e gestores capacitados em quantidade suficiente para desenvolver as soluções exigidas; construir e ampliar infraestruturas; operar equipamentos; e gerenciar os processos de extração, armazenamento, distribuição e comercialização.

Além da exploração específica da região do pré-sal (que demandará investimentos estimados em mais de US$ 200 bilhões ao longo dos próximos anos, segundo especialistas) e do segmento produtivo de petróleo e gás (que inclui prospecção, refinarias, distribuição, indústria petroquímica, etc.), inúmeros setores serão estimulados, como a indústria naval, a metalúrgica, a de construção civil, a prestação de serviços e todas as áreas que orbitam e terão contato direto ou indireto com esse fenômeno. Exemplo notável desse envolvimento multissetorial é o mercado imobiliário, que já vem sendo aquecido nas cidades litorâneas próximas às regiões da área de exploração do pré-sal.

Para se ter uma idéia da demanda enorme que haverá por profissionais qualificados, somente a Petrobras deve contratar mais de 200 mil pessoas até 2013 para atender às necessidades do projeto do pré-sal.

Os reflexos dessa demanda serão percebidos também no setor de Educação. Algumas instituições de ensino superior já estão a criar novos cursos nas áreas de Engenharia e Química para atender mais especificamente o segmento petrolífero. Mas vale lembrar que o mercado exigirá ainda profissionais de nível técnico, administradores e gestores para dar suporte ao crescimento geral esperado.

Às empresas que direta ou indiretamente se beneficiarão da exploração do pré-sal cabe planejar seu crescimento e investir desde já na organização ou na contratação de estruturas destinadas a oferecer capacitação a seus colaboradores, para que todos estejam preparados no momento em que a demanda de fato se concretizar. As entidades de ensino também precisam avaliar a procura atual e futura de formação para as atividades específicas do setor de petróleo e gás e para as atividades assessórias, se preparando para atender à crescente demanda. Aos profissionais e estudantes que pretendem “surfar a onda” do pré-sal, capacitação, qualificação e especialização são as palavras-chave para o breve futuro, quando se espera um mercado ávido por um volume enorme de profissionais. No entanto, se iludem aqueles que pensam poder entrar neste mercado sem ter as credenciais exigidas pelas empresas. Em um mundo globalizado como o nosso, a importação de mão de obra, em especial aquela altamente especializada, é um dos fatores que será, sem dúvida, ponderado pelos contratantes na hora de formar suas equipes.

*Marcelo Gonçalves é sócio-diretor da BDO, responsável pela área de training no Brasil.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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