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Dois estudos divulgados pelo Programa PotencializEE são taxativos ao mostrar a importância da eficiência energética na transição para uma economia de baixo carbono, além de resultar em uma economia de R$ 10 bilhões para o setor industrial até 2050. A medida impactaria, em especial, pequenas e médias empresas industriais, resultando em ganhos significativos para a economia e para o meio ambiente.

Os levantamentos foram realizados em conjunto com o Ministério de Minas e Energia (MME), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e apresentados na terça-feira (21) durante o Seminário de Políticas Públicas para Eficiência Energética. Realizado em Brasília (DF), o evento debateu a promoção da eficiência energética em pequenas e médias empresas industriais, impulsionando a descarbonização e a competitividade industrial.

Para o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Davi Bomtempo, “estudos como os apresentados vão nos dando clareza de quais caminhos devemos seguir quando falamos em eficiência energética”. Atualmente, a indústria é o setor com maior consumo de energia elétrica, mas a sua participação no Programa de Eficiência Energética (PEE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), é relativamente baixa.

Resultados
O primeiro estudo apresentado aborda justamente as mudanças que precisam ser feitas no PEE para viabilizar maior participação da indústria no programa. Foram identificados 108 fatores que tornam a iniciativa pouco atrativa para a indústria. Para reverter esse cenário, foram consolidadas 43 proposições divididas em cinco temas, como fontes de financiamento e capacitação de recursos humanos.

Já o segundo levantamento mapeou políticas públicas para aumentar a eficiência energética da indústria. Ao fim, quatro políticas foram escolhidas pelos especialistas: treinamento e educação; gestão energética industrial; inovação em eficiência energética térmica na indústria; e cogeração e recuperação de calor. A implementação dessas políticas públicas resultariam em impactos econômicos, ambientais e sociais, entre eles a economia bilionária pelo setor industrial nas próximas duas décadas.

A indústria e o consumo energético
A indústria é responsável por 32% do consumo energético (térmico e elétrico) do país. Em termos de emissões de gases equivalentes ao dióxido de carbono, o setor responde por 18,13% do total de emissões associadas à matriz energética brasileira. Por isso, o papel da indústria na meta de descarbonização do país é de grande importância.

“Precisamos modernizar os instrumentos de governança da política industrial, de modo a ampliar a competitividade das empresas para o enfrentamento da maior concorrência internacional e, assim, criar as condições necessárias ao desenvolvimento sustentável do país”, ressalta Bomtempo.

Segundo a Agência Internacional de Energia, para se alcançar o cenário Net Zero em 2050, as taxas médias de melhoria de eficiência energética nesta década, no mundo, deveriam ser três vezes superiores à média das últimas duas décadas. “É necessário construir um arcabouço regulatório para que este setor invista em medidas de eficiência energética. Daí a importância de apoiarmos a formulação de políticas públicas para incentivar a eficiência energética térmica nas indústrias”, completa o gerente da CNI.

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Com o fim do ano se aproximando, chegou a hora de as indústrias começarem a se preparar para 2024. Contudo, para que o planejamento seja assertivo, ele deve ser realizado com base na análise dos seguintes aspectos: 

  • O que está acontecendo?

Este é o momento para verificar o atual cenário da empresa, considerando aumento, estagnação ou redução das vendas.

  • Por que está acontecendo?

O entendimento do motivo do que foi constatado na primeira verificação é essencial. Por isso, é preciso observar fatores como preços, concorrência e disponibilidade de estoque, entre outros.

  • O que fazer para mudar o que está acontecendo?

Por fim, deve-se elaborar uma estratégia a respeito do que fazer para mudar o rumo dos acontecimentos por meio de ferramentas que forneçam previsões e orientações estratégicas.

Para se destacar no mercado, as indústrias estão buscando alternativas aos indicadores convencionais para tomar decisões mais estratégicas e impulsionar o retorno em vendas, como a solução Inteligência Comercial da Arker, marca do ecossistema Neogrid. Assim, é possível ter uma visão clara da elasticidade do investimento e o quanto foi faturado a mais para cada real desembolsado, além de um olhar personalizado, de acordo com a necessidade do negócio, para uma melhor organização e planejamento para o ano seguinte.

Exemplo bem sucedido do impacto da ferramenta de Inteligência Comercial da Arker é a M. Dias Branco, que precisava melhorar seu mix de produtos, diversificar a distribuição e garantir uma estratégia de precificação eficiente. Por meio do suporte da tecnologia, a empresa conseguiu identificar as mudanças necessárias e programar seus investimentos de forma direcionada, priorizando as mecânicas que geram maior visibilidade sem afetar negativamente os preços.

Com o controle das promoções, execução das mecânicas de maior valor agregado e eliminação das que deterioravam os preços, a M. Dias Branco conseguiu um crescimento quase duas vezes maior em relação ao volume de vendas.

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A  Cummins Brasil, líder em tecnologia de energia, e a Packwind Renewable Energy, empresa nascida no “cluster” tecnológico de São José dos Campos – SP e especialista na estruturação de projetos de energia renovável, assinaram termo de cooperação em outubro de 2023, em Guarulhos (SP), com o objetivo de ampliar as ações voltadas em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e de mercados de sistemas híbridos de geração, armazenamento e distribuição de energia elétrica de fontes predominantemente renováveis.   O documento foi assinado na presença de Rafael Torres, diretor executivo de engenharia da Cummins Latam; Christos Skylodimos, diretor de engenharia de motores da Cummins; Suellen Gaeta, gerente executiva de conformidade do produto da Cummins e José Henrique Lazzarini, supervisor sênior de engenharia da Cummins; além dos executivos da Packwind, Altair Carvalho da Silva, Daniel Gil Monteiro de Faria e Ricardo W. Roquetti, sócios investidores e Luis Afonso D. Pasquotto, conselheiro.  O novo acordo integra e contribui com a estratégia da Cummins, Destino ao Zero, para atingir emissão zero ao reduzir gases de efeito estufa (GEE) e promover a transição para a descarbonização, buscando reduzir a emissão dos motores de combustão interna com investimentos em novas tecnologias disruptivas, incluindo soluções para as indústrias como um todo.  “A mudança climática é a crise existencial de nosso tempo e essa colaboração entre a Cummins e a Packwind acelera nossa capacidade de lidar com ela. A Cummins está posicionada para ajudar nossos clientes a fazer uma transição bem sucedida para soluções descarbonizadas economicamente viáveis. Acreditamos firmemente que esta colaboração é um passo significativo no desenvolvimento de soluções inovadoras de energia renováveis nacional”, reforça Suellen Gaeta, gerente executiva de conformidade do produto da Cummins.

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As notícias de incêndios estruturais nas indústrias apresentaram alta até setembro. É o que revela levantamento do Instituto Sprinkler Brasil, organização sem fins lucrativos que tem como missão difundir o uso de sprinklers nos sistemas de prevenção e combate a incêndios em instalações industriais e comerciais no País. Por meio do monitoramento diário de notícias de incêndios no Brasil, o Instituto conseguiu capturar 170 ocorrências de incêndios estruturais nas indústrias até setembro deste ano ante o mesmo período anterior, representando alta de 5,6%, quando foram registradas 161 notícias. Recentemente uma grande fabricante de chocolates foi atingida por incêndio de grandes proporções, acionando um alerta para a falha nas medidas de prevenção.

“Essa ocorrência mostra que há poucas exigências para a proteção contra incêndios nas indústrias. Isso abre brechas para a construção de edificações industriais sem compartimentação e sem sprinklers, aumentando consideravelmente o risco de novos incêndios. A legislação para as indústrias é muito branda e precisa ser revista urgentemente. Vemos por meio do nosso monitoramento que os casos de incêndios nas indústrias aumentam todos os anos e nada acontece. A legislação para as indústrias não tem o mesmo rigor e exigência na segurança contra incêndio como acontece com outros tipos de edificações”, dispara Marcelo Lima, consultor do ISB.

Os sinistros contabilizados são os chamados “incêndios estruturais”, ou seja, aqueles que poderiam ter sido contornados com a instalação de sprinklers e ocorreram em depósitos, hospitais, hotéis, escolas, prédios públicos, museus, entre outros. O ISB não inclui nas estatísticas os incêndios residenciais, que apesar de também serem incêndios estruturais, não são objeto de acompanhamento porque a legislação de segurança contra incêndio não se aplica a residências unifamiliares, onde acontece o maior número de ocorrências.

Uso de sprinklers ainda é tímido

Em pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos junto a empresas multinacionais e de capital nacional com mais de 250 funcionários a pedido do ISB, revelou que o grau de adoção de sprinklers nas empresas é baixo. Apenas 36% das 300 companhias entrevistadas pelo Ipsos disseram contar com sistemas deste tipo em suas instalações.

O levantamento mostrou ainda que apenas 14% das entrevistadas disseram contar com sistema deste tipo em todas as suas unidades e 22% declararam contar com o sistema em apenas algumas unidades operacionais.

O estudo detectou que o uso de sprinklers é maior entre as multinacionais. 48% das empresas estrangeiras, com operações no país, ouvidas pelo levantamento, disseram ter sprinklers em suas operações. Entre as empresas nacionais, o índice é de 34%.

O porte também influi na aderência a este tipo de tecnologia. O índice de uso sprinklers em empresas com mais de 500 funcionários é de 45%. Entre empresas menores, com 250 a 499 funcionários, o percentual é de 28%.

Foto:
Jay Heike 

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A sigla ESG (Environment, Social & Governance) envolve uma mensagem além do conceitual. Presente em indústrias e empresas conscientes, a bandeira transmite ao cliente, os ingredientes inseridos na cadeia de produção e, como consequência, dão um sinal claro ao meio ambiente de que ali, se produz com responsabilidade.

A sustentabilidade aliada aos negócios torna alguns equipamentos fundamentais na cadeia de produção. É o caso do equipamento 9750, da Markem-Imaje, codificadora com alto desempenho e flexibilidade na codificação de diferentes materiais e embalagens, apresentado na Feira de Inovação Industrial (Mercopar), evento realizado final outubro, em Caxias do Sul (RS).

O 9750 é distribuído pelo Grupo Soma Solution, empresa com mais de 20 anos de história, sendo dez deles, com presença atuante no Rio Grande do Sul. A empresa possui, ainda, unidades no Paraná (Curitiba, Maringá e Toledo), Santa Catarina (Chapecó e Joinville) e São Paulo. A Markem-Imaje, marca representada no Brasil pela Soma Solution, é uma fabricante global com expertise em soluções de identificação e rastreabilidade de produtos com soluções que ajudam na redução do desperdício e no aumentar da eficiência.

“O portfólio de formulações de tintas destes equipamentos é rigorosamente desenvolvido e ajuda a reduzir o consumo de consumíveis e as emissões de COV [Compostos Orgânicos Voláteis] em até 50%, melhorando a segurança, o bem-estar do operador. O modo de economia de consumíveis reduz ainda mais o consumo e o desperdício”, destaca Ramon Grasselli, gerente comercial da empresa. “A codificadora é de ótimo desempenho, com flexibilidade na codificação de diferentes materiais e embalagens”, completa.

A Soma Solution é dona, ainda, de um menu completo, com produtos para codificação e rastreabilidade industrial de outras marcas referência no mercado, como a Gravotech (empresa de gravação e marcação industrial), a Technomark (produtos destinados à marcação permanente) e a Hikrobot (equipamentos com foco em sistemas de visão e leitores de códigos).

Conforme Ramon, a tecnologia que o Grupo Soma Solution coloca em evidência acompanha às necessidades das indústrias que buscam pelo aprimoramento de suas linhas produtivas.

“Consequentemente, fazendo investimentos em equipamentos. Hoje os diferentes segmentos estão mais exigentes buscando a procedência do produto. Nossos equipamentos garantem a legitimidade da codificação, garantindo a marcação permanente, a legibilidade e qualidade”, sublinha.

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Fotografia realizada na Gerdau Riograndense em Sapucaia do Sul/RS.

A Gerdau conquistou, pela primeira vez, o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, reconhecimento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), concedido a organizações que alcançam o mais alto nível de qualificação e transparência para o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) 2022 por meio do Registro Público de Emissões (RPE).

O resultado, divulgado no dia 24 de outubro, indica que a Companhia obteve o nível mais alto de qualificação do programa, cuja adesão é voluntária. O documento tem reconhecimento nacional e internacional, e confirma a confiabilidade dos dados referentes à emissão de GEE dos Escopos 1, 2 e 3 da empresa.

“O Selo Ouro reforça o compromisso da Gerdau com a gestão e a transparência de suas emissões de GEE e com o diálogo contínuo com seus stakeholders”, afirma Cenira Nunes, gerente geral de meio ambiente.

A Gerdau possui, atualmente, uma das menores médias de intensidade de emissão de GEE (CO₂e), de 0,86t CO₂e por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,91 tCO₂e por tonelada de aço (worldsteel). Para 2031, a meta da Gerdau é diminuir as emissões para 0,83t CO₂e por tonelada de aço.

O inventário foi verificado por empresa independente e, posteriormente, submetido para avaliação da equipe do Programa Brasileiro GHG Protocol. Os inventários podem receber os Selos Ouro, Prata e Bronze, conforme a transparência e completude dos dados reportados.

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O Brasil acaba de colocar em operação a primeira usina solar flutuante da América Latina instalada em uma cava já exaurida de mineração. Orçado em R$ 5 milhões, o projeto inédito foi implantado pela F2B, empresa brasileira especializada em projetos de geração fotovoltaica em espelhos d’água, na unidade de mineração do Grupo AB Areias, no município de Roseira, no interior do estado de São Paulo.

A usina, que entrou em operação nos primeiros dias do mês de outubro desse ano de 2023,  tem capacidade de geração de 1 megawatt (MW) e vai atender a demanda total de energia elétrica da unidade da mineradora em operação naquele município, com redução de custos com eletricidade e ampliação dos programas de sustentabilidades da companhia.

A usina abrange uma área de 8 mil metros quadrados, com 1852 mil painéis solares instalados em cima de flutuadores. A cava da mineradora que terá o empreendimento possui uma área total de 200 mil metros quadrados. Segundo Orestes Gonçalves, sócio-diretor da F2B, a tecnologia utilizada no projeto permite uma instalação rápida, manutenção segura e suporta peso de até 350 quilos por metro quadrado, além de ter a opção de colocar na ilha flutuante os inversores e o transformador, com menor custo de cabos e maior produção de energia.

Os produtos da usina solar flutuante da F2B, que são fabricados no Brasil, utilizam resina de alta densidade com tratamento ultravioleta (UV) e alumínio de alta qualidade para ter uma vida útil ao redor de 30 anos.

A tecnologia solar flutuante da F2B, fruto de uma parceria com a NGR Island, empresa italiana referência na tecnologia de flutuadores para usinas de geração solar fotovoltaica no mercado mundial, é a única que pode ter na ilha flutuante todos os equipamentos de uma usina solar, até mesmo o transformador em plataforma flutuante NRG desenvolvida para isso, que proporciona redução importante de perda de energia e redução do valor gasto de cabos corrente contínua. 

“Com o sucesso da parceria com o Grupo AB areias, referência de mercado na mineração de agregados para construção, a perspectiva agora é replicar o projeto de Roseira nas outras unidades do grupo que operam em outros municípios do Vale do Paraíba – SP”, acrescenta. A tecnologia dos flutuadores utilizada no empreendimento é de origem italiana e tem fabricação no Brasil pela própria F2B.  A capacidade hoje de fabricação no Brasil é de 80 megawatts (MW) por ano em flutuadores, e para o próximo ano 2024 de 300MW com crescimento de 40% ao ano.

“Com a fabricação em território brasileiro, a nossa intenção é oferecer aos clientes a possibilidade de linhas de crédito bastante atrativas, como o Finame, por exemplo. A expectativa da empresa nessa área é obter um volume de negócios da ordem de dezenas de milhões com a entrada de cerca de 200 megawatts nos próximos 12 meses”, conclui o executivo.

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O Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) assinaram nesta terça (3), um acordo de cooperação com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para a promoção de acesso a linhas de financiamento que deverão beneficiar micro, pequenas e médias empresas. O objetivo é fomentar investimentos que aumentem a inovação, a produtividade, a sustentabilidade e a competitividade.

O acordo foi assinado durante o 15º Congresso da Micro, Pequena e Média Indústria promovido pelo Ciesp e pela Fiesp. O evento, que aconteceu na sede das duas casas em São Paulo, teve a participação do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, e do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
O acordo de cooperação oferece o apoio da Finep para programas, projetos e investimentos que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do país. A entidade, que é empresa pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, tem como uma de suas ações prioritárias apoiar micro, pequenas e médias empresas.

A formalização do acordo de cooperação entre a Finep e as duas entidades representativas da indústria paulista deverá possibilitar o desenvolvimento de ações conjuntas. “A troca permanente de informações sobre o meio empresarial e a Finep é instrumento relevante para viabilizar a decisão de investir, por parte do empresariado, e a construção de novas políticas operacionais, por parte da Finep”, afirma o documento.
De acordo com o presidente do Ciesp, Rafael Cervone, o acordo prevê ações como a divulgação permanente e atualizada das políticas e programas, o intercâmbio de informações para aprimorar as políticas operacionais e processos da Finep, a capacitação de colaboradores indicados pelo Ciesp e pela Fiesp para a divulgação das linhas da Finep e a realização de rodadas de negócios, seminários e palestras que ajudem a promover o acesso das MPMEs (Micro, Pequenas e Médias Empresas) às linhas de financiamento.

“É um convênio para estimular a inovação e tecnologia em busca de novas soluções. Também foi lançado o cartão do BNDES. Tudo isso para ajudar as empresas menores a crescerem, investirem e inovarem, ou seja, a buscarem uma ‘nova pegada’ com um custo acessível”, disse Cervone.
Durante seu discurso, Cervone chamou de corajosos e valorosos os micro, pequenos e médios empresários e ressaltou que ninguém mais do que eles sentiram os efeitos econômicos ruins provocados pela pandemia de covid-19.
Já o presidente da Fiesp, Josué Gomes, afirmou que esta “é a década do Brasil” e que o país oferece a solução que o mundo precisa quando o tema passa pela energia limpa e pela segurança alimentar, por exemplo.

Estatísticas positivas

O ministro Márcio França disse acreditar que com a reforma tributária, novos micro, pequenos e médios empresários poderão ser mapeados pelo Estado, visto que muitos se mantém afastados por medo de serem tributados. Na sua avaliação, essa reaproximação poderá permitir ações de digitalização que deem suporte à essas empresas.

Já Alckmin citou vários programas do Governo Federal que buscam promover o que chamou de “neo industrialização” do país. “Antes se perguntava se onde eu fabrico, os produtos são bons e baratos. Hoje a pergunta é se é bom, barato e se compensam as emissões de carbono. O Brasil passou de 5º para 2º país que mais tem atraído investimentos no mundo. Estamos num momento positivo, com estatísticas positivas”, disse o vice-presidente, citando a queda gradativa nos juros, redução do desemprego, o câmbio competitivo, a aprovação da reforma tributária e do arcabouço fiscal, como exemplos.

Macrotendências
Na sequência, o presidente do Ciesp, realizou a palestra “Macrotendências Mundiais – Um Olhar Estratégico para o Futuro” e participou de um debate com consultora especialista no assunto da Universidade de São Paulo, Elaine Coutinho Marcial.

Em sua palestra, Cervone mostrou a análise feita sobre mais de 400 bancos de dados do Ciesp e da Fiesp. Ele abordou nove temas: saúde, infraestrutura, trabalho e qualificação, alimentos, urbanização, segurança, energia, perfil do consumidor e entretenimento e turismo. Foi a primeira vez que Cervone apresentou a palestra à empresários paulistanos. Ele tem percorrido todo o estado de São Paulo com a palestra.

“O importante é a gente ficar conectado a essas tendências para não ser atropelado por elas e, sim, surfar nessa onda”, disse Cervone.
Elaine Coutinho Marcial foi na mesma linha de pensamento e disse achar importante despertar o olhar da sociedade para as mudanças. “Nós precisamos enriquecer a capacidade de olhar para a frente. O mundo de hoje é completamente diferente do que o que teremos no futuro”, disse. Ela ainda citou alguns temas complementares à palestra de Cervone como física quântica, diversidade cultural e políticas aeroespaciais. A especialista da USP também trouxe uma preocupação com o desemprego que as novas tecnologias podem gerar para alguns nichos profissionais. Novos debates sobre macrotendências deverão ser realizados pelo Ciesp em São Paulo em breve.

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Danfoss, Google, Microsoft e Schneider Electric – juntamente com a Danish Data Center Industry (Associação da Indústria de Data Centers da Dinamarca) – estão lançando uma nova iniciativa pan-europeia chamada Hub de Inovação de Zero Emissões Para Data Centers, localizado em Fredericia, Dinamarca. O objetivo é promover soluções comuns para a transição verde dos data centers.

A computação na nuvem exerce um papel fundamental na transformação digital e verde da sociedade – permitindo que as pessoas tirem proveito de ferramentas e negócios digitais para trabalhar e crescer de forma mais eficiente. Apenas na última década, dobrou o número de usuários da Internet – e o tráfego global aumentou 25 vezes, de acordo com a AIE (Agência Internacional de Energia).

Conforme a adaptação digital continua a avançar e, para alcançar as metas de zero emissões, a indústria de data centers está trabalhando para reduzir sua pegada energética em várias áreas, tais como eficiência energética, refrigeração, cadeia de suprimentos e aperfeiçoamento da rede elétrica.

Com o lançamento hoje do Hub de Inovação de Zero Emissões, a Danish Data Center Industry, Danfoss, Google, Microsoft e Schneider Electric estão reunindo as principais partes interessadas do setor europeu de data centers – incluindo agências reguladoras, pesquisadores, operadoras, provedores de serviços públicos, ONGs, e serviços de malha/rede elétrica.

O consórcio funcionará como ponto de encontro onde os principais atores poderão estabelecer colaborações e desenvolver novas soluções inovadoras que possam ser implementadas rapidamente em prol da transição verde. Ao mesmo tempo, ele oferecerá uma oportunidade para compartilhar as melhores práticas e obter orientações e suporte de proeminentes pesquisadores. Inicialmente, o foco será desenvolver soluções que reduzam ou equalizem as emissões de carbono dos data centers e contribuam para a estabilização da malha elétrica.

O Hub será dedicado a projetos incluídos nos Escopos 1, 2, e 3, que são os diferentes tipos de emissões de gases de efeito estufa que uma empresa ou organização produz. Mais especificamente, para reduzir as emissões (Escopo 1), o Hub analisará projetos de alternativas para a geração de diesel e combustíveis substitutos e reutilização de calor. Quanto às emissões indiretas (Escopo 2), o Hub terá como objetivo melhorar o uso de fontes de energia livres de carbono, tais como eólica e solar, para a geração de energia. E para as emissões incorporadas (Escopo 3), o Hub estabelecerá parcerias com fornecedores, provedores de serviços e universidades para pesquisar como descarbonizar matérias primas como concreto, aço, e alumínio, permitindo que data centers sejam construídos de forma mais sustentáveis no futuro.

A Danish Data Center Industry atuará como destaca o Secretariado da iniciativa e o CEO da associação, Henrik Hansen: “Essa iniciativa reflete o nível de comprometimento e responsabilidade que a indústria de data centers está disposta a assumir para superar os desafios que temos pela frente. O caminho para data centers carbono zero requer soluções que vão além da capacidade da indústria de solucionar problemas de forma independente. A abordagem de código aberto com relação às partes interessadas, tanto dentro quanto fora da indústria, acelerará significativamente o passo da indústria em direção ao marco de zero emissões, em linha com as ambições da UE para data centers até 2030”, afirma Hansen.

O lançamento do novo Hub de Inovação de Zero Emissões foi realizado dia 29 de setembro em Fredericia.

Depoimentos dos parceiros:

Danfoss

Jürgen Fischer, Presidente da Danfoss Climate Solutions:

Queremos revolucionar o modo como construímos data centers! A Danfoss já está trabalhando com nossos clientes para construir data centers descarbonizados, mas precisamos agilizar as coisas e fazer isso através de parcerias para além das fronteiras e indústrias. É por isso que a Danfoss tem a satisfação de lançar o Hub de Inovação de Zero Emissões para Data Centers, um local de reunião neutro onde os principais atores do setor poderão estabelecer colaborações para construir data centers melhores e mais sustentáveis.”

Google

JP Clausen, VP de Engenharia e Inovação em Data Centers :

O ritmo rápido da digitalização, possibilitado pela indústria de data centers, traz muitos benefícios para pessoas e empresas – do acesso rápido a informações a uma maior conectividade. Esse desenvolvimento, porém, também requer que a indústria de processamento de dados como um todo eleve seus padrões de sustentabilidade o mais alto possível e estabeleça uma ponte com o resto de sociedade. A Dinamarca é um corredor verde para a Europa e o resto do mundo. É por isso que estou tão feliz e orgulhoso por termos sido bem-sucedidos em trazer o Hub de Inovação para Fredericia.”

Microsoft

Sean James, Diretor Sr. de Pesquisas para Data Centers:

A Microsoft está entusiasmada por poder juntar-se a essa iniciativa com a Danfoss, Google e Schneider Electric. Nosso compromisso é claro: conforme vamos atendendo a demanda de nossos clientes e expandindo a capacidade de nossos data centers, isso deve ser feito sem aumentar nossa pegada de carbono. Acreditamos que parcerias como essa são essenciais para impulsionar inovação em eficiência energética e promover fontes de energias renováveis. Ao alavancar nossa expertise conjunta em soluções para computação na nuvem, e energia e arrefecimento sustentáveis, desejamos transformar o projeto e as operações dos data centers para promover um futuro mais verde.”

Schneider Electric

Mic Seremet, Desenvolvedor de Produto, Schneider Electric Kolding:

Nossa rede elétrica está sob pressão enquanto realizamos a transição de algumas poucas plantas centralizadas movidas por combustíveis fósseis para um cenário energético decentralizado com um grande número de fontes renováveis. Isso significa que devemos repensar nosso horizonte energético. Como parte do Hub, estamos olhando mais à frente para contribuirmos para essa transformação com soluções concretas, tais como uma plataforma tecnológica que transforme os data centers em atores ativos do esforço de descarbonização, ofereça flexibilidade para implementar tecnologias inovadoras para recursos energéticos e acelerando ao mesmo tempo a construção de data centers para ajudar a facilitar essa transformação. O NZIH está perfeitamente alinhado com o nosso compromisso de sermos uma Empresa de Impacto, reunindo nossas forças para impulsionar a agenda de sustentabilidade.”

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  • Por Angela Gheller*

A quinta geração de rede móvel, o famoso 5G, está revolucionando diversos setores da economia global, e a indústria não é exceção. No Brasil, um país com uma economia diversificada e um setor manufatureiro relevante significativo, a chegada e evolução do 5G promete trazer impactos significativos e transformar a maneira como as operações industriais são conduzidas.

Segundo o estudo “Tecnologia 5G – Impactos econômicos e barreiras à difusão do Brasil”, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a rápida implementação do 5G acrescentará R$ 81,3 bilhões no PIB potencial per capita de 2030, considerando a projeção do valor (R$) do PIB de 2021 e o crescimento populacional estimado pelo IBGE, que impacta diretamente na força de produção brasileira.

Avaliando o panorama do 5G no Brasil, levantei os principais pontos de atenção em relação aos benefícios e desafios aos quais as indústrias brasileiras devem ficar atentas com a evolução e expansão dessa nova geração de rede móvel.

Manufatura Inteligente

Faz bastante tempo que falamos sobre Indústria 4.0 aqui no Brasil, mas a realidade é que esse conceito ainda não é realidade para todas as empresas. Ainda encontramos muitas indústrias que controlam o chão de fábrica de forma manual, por meio de planilhas e papéis. Com a chegada do 5G, essas empresas terão ainda mais vantagens em investir em digitalização da operação, já que poderão registrar e transmitir uma série de informações de forma mais rápida.

A confiabilidade das informações, e consequente mitigação de erros, propiciada pela digitalização somada à agilidade de transmissão de dados promovida pelo 5G permite à liderança tomadas de decisões mais assertivas e estratégicas, impulsionando os resultados.

Conectividade em alta

Já mencionei o quanto a rede 5G permite ampliar a conectividade entre dispositivos. Estima-se que uma rede 4G permite 100 mil conexões por metro quadrado, enquanto uma a 5G possibilita 100 milhões de conexões por metro quadrado. Ou seja, uma ampliação em 10x das conexões entre aparelhos, tornando os processos ainda mais inteligentes e rápidos, aumentando ainda mais a produtividade dos negócios.

Esse cenário, sem dúvidas, pode ser um impulsionador do uso de Internet das Coisas (IoT) na indústria nacional. A nova rede móvel permite melhor conexão e agilidade para a adoção de sensores em equipamentos industriais que possibilitam a coleta e análise de dados em tempo real. A IoT avançada facilita a monitorização das operações, manutenção preditiva e otimização da eficiência, tudo de forma rápida e com baixa latência.

Mobilidade da operação

A evolução do 5G também poderá impulsionar outro aspecto que há algum tempo afirmo ser fundamental para a modernização da manufatura brasileira e um dos pilares da Indústria 4.0: a mobilidade.

Na indústria, o conceito de mobilidade se refere à capacidade de gerir dados em tempo real de onde quer que se esteja, o que representa um importante passo no avanço da digitalização. Dispositivos móveis (smartphones, tablets etc.) já fazem parte do nosso dia a dia, e é urgente que passem a integrar também a rotina da indústria no chão de fábrica. Essa mobilidade apoia muito o processo de tomada de decisão, já que quando uma decisão precisa ser tomada, basta acessar um dispositivo móvel, consultar os dados e executar aquilo que é necessário, de acordo com a estratégia do negócio.

Automação sem erros

Relacionada ao último ponto, com a baixa latência da rede 5G, as operações de manufatura podem ser automatizadas com ainda mais precisão. As máquinas podem ser controladas remotamente e em tempo real, permitindo ajustes imediatos em caso de variações, problemas ou até mesmo por uma necessidade de demanda. Essa possibilidade resulta em uma produção mais consistente, rapidamente adaptável e mais rentável.

Segurança cibernética

Este ponto pode ser um desafio para diversas indústrias brasileiras avançarem em sua jornada de transformação digital. Com o provável aumento no volume de informações sendo transacionadas de forma rápida pelo 5G, a segurança cibernética precisa de uma atenção especial, com investimento em medidas de segurança e proteção aos sistemas e dados.

Outro ponto relacionado à segurança é a capacitação dos times. Conforme a maior adoção de tecnologias no dia a dia da indústria, é preciso que haja uma capacitação contínua dos colaboradores quanto a utilização destas ferramentas. Quanto mais os funcionários forem capacitados sobre toda a digitalização, mais seguras serão as atividades, ao mesmo tempo em que melhor será o aproveitamento produtivo.

O investimento em tecnologia, beneficiado pelo avanço do 5G, proporciona ganhos não só para os processos industriais, como também para os resultados do negócio. O uso ampliado de tecnologia qualifica a produção, mitiga quebras e perdas financeiras, gera mais competitividade e atrai investimentos. É uma evolução que favorece e potencializa toda a cadeia nacional, elevando o patamar de eficiência e inovação da indústria brasileira.

*Diretora de produtos de Manufatura da TOTVS

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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