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Será que o seu problema é hora extra?

Icone Sem categoria | Por em 10 de novembro de 2024

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POR AUGUSTO ZARPON

Quando se fala em aumentar a produtividade e reduzir custos, muitos gestores ainda veem as horas extras como uma solução imediata. Ampliar a carga horária parece uma resposta simples para cumprir metas ou atender demandas imprevistas. Mas será que o problema está realmente na falta de tempo, ou estamos negligenciando causas profundas de ineficiências no processo produtivo?

Em muitos casos, os problemas de produtividade não estão relacionados à falta de horas de trabalho, mas sim a desperdícios escondidos nas operações diárias. Essas ineficiências, que chamamos de desperdícios, consomem tempo e recursos sem agregar valor ao produto ou serviço final. AO FOCAR APENAS EM AUMENTAR AS HORAS TRABALHADAS, DEIXAMOS DE LADO A OPORTUNIDADE DE RESOLVER ESSES PROBLEMAS DE FORMA DEFINITIVA, CRIANDO UMA ROTINA MAIS PRODUTIVA E SUSTENTÁVEL.

Horas extras podem ser prejudiciais por vários motivos. Primeiramente, elas aumentam os custos operacionais da empresa, já que a mão de obra fora do horário regular é mais cara. Além disso, o excesso de horas extras impacta a saúde e o bem-estar dos colaboradores, levando a uma queda na produtividade, aumento de erros e defeitos, e em casos mais graves, a maior rotatividade de pessoal e absenteísmo. A solução não está em sobrecarregar a equipe com mais tempo de trabalho, mas em entender o que está criando a necessidade dessas horas adicionais.

A superprodução, por exemplo, gera estoque em excesso que precisa ser gerenciado, resultando em uma demanda maior de trabalho. Em vez de resolver o problema, muitas empresas optam por horas extras para “dar conta” dessas tarefas adicionais, sem perceber que estão perpetuando o ciclo de desperdício. A ferramenta de controle de estoque, combinada com a curva ABC e análises de demanda, pode ajudar a evitar esse tipo de cenário, reduzindo tanto o excesso de produção quanto a necessidade de horas adicionais.

Outro exemplo claro é a espera. O tempo que os funcionários perdem aguardando por materiais, aprovações ou máquinas reparadas é um desperdício puro. E, ao invés de buscar soluções como melhoria no planejamento e manutenção preventiva, muitas empresas simplesmente sobrecarregam a equipe com mais horas de trabalho para compensar o tempo perdido. A aplicação de um diagrama de Ishikawa ou uma análise de fluxo de valor pode ajudar a identificar onde ocorrem esses gargalos e eliminar a necessidade de tantas horas extras.

O transporte desnecessário de materiais dentro da fábrica é outro exemplo clássico de desperdício. Movimentações mal planejadas geram atrasos e ineficiências. Melhorar o layout da planta com base em estudos de movimentação pode reduzir significativamente esse problema. Se não corrigido, o transporte ineficaz muitas vezes leva as empresas a estender a jornada de trabalho para que a produção seja completada, quando uma reorganização do espaço poderia resolver o problema de forma mais eficiente.

A movimentação desnecessária dos colaboradores dentro de áreas de trabalho é outro fator que contribui para o tempo improdutivo. Espaços mal organizados ou processos com etapas redundantes fazem com que os funcionários percam tempo e energia. Ao aplicar a análise ergonômica e kaizen, é possível otimizar o ambiente e o fluxo de trabalho, minimizando a necessidade de horas extras.

O processamento excessivo, que ocorre quando atividades ou inspeções desnecessárias são realizadas, também leva ao uso de horas extras. Quando processos são repetidos ou realizados com mais complexidade do que o necessário, os colaboradores acabam sobrecarregados e dedicam mais tempo para realizar tarefas que poderiam ser simplificadas. Ao revisar e padronizar os processos, é possível eliminar essas etapas extras, resultando em economia de tempo e redução de horas adicionais.

O estoque excessivo representa outro fator que gera demanda extra de trabalho. Materiais e produtos armazenados além do necessário ocupam espaço, precisam de manuseio constante e geram um esforço adicional para que a produção flua. Esse acúmulo pode levar a mais horas de trabalho para controle, organização e processamento de estoque. Ao ajustar a produção e aplicar métodos de controle de inventário, é possível reduzir esse desperdício e a necessidade de horas extras para manter o estoque em ordem.

Os defeitos e o retrabalho também são grandes vilões quando falamos de horas extras. Quando a qualidade dos produtos não é garantida, a equipe precisa refazer trabalhos, estendendo a jornada para corrigir erros que poderiam ter sido evitados. Implementar Controle Estatístico de Processo (CEP) e trabalhar com Six Sigma são soluções comprovadas para reduzir a variabilidade e garantir que a produção aconteça com a qualidade certa desde o início, eliminando a necessidade de retrabalho e horas extras.

Além disso, muitas empresas desperdiçam o talento dos colaboradores ao alocá-los em atividades que não utilizam suas habilidades de forma plena. Esse desperdício de talento impacta a moral e a produtividade, muitas vezes resultando em horas extras para compensar essa subutilização. Envolver os colaboradores na identificação de melhorias e no redesenho dos processos pode não só reduzir a necessidade de horas extras, mas também aumentar a satisfação e a eficiência.

A grande vantagem de aplicar as ferramentas da qualidade, como PDCA, Pareto e diagrama de Ishikawa, é que elas permitem ir à raiz do problema. Ao invés de simplesmente adicionar horas à jornada de trabalho, essas ferramentas nos ajudam a identificar quais etapas do processo produtivo estão gerando os problemas e como podemos eliminá-los. Dessa forma, em vez de trabalhar mais, a equipe trabalha melhor, com menos estresse, mais produtividade e menos desperdício.

No fim das contas, a prática de horas extras em excesso não resolve os problemas de produtividade, apenas os posterga e muitas vezes, os agrava. Ao identificarmos e eliminarmos os desperdícios presentes no processo produtivo e aplicarmos as ferramentas da qualidade de maneira eficaz, conseguimos reduzir a necessidade de horas extras e ao mesmo tempo, aumentar a eficiência, a satisfação dos colaboradores e claro, a rentabilidade da empresa.

Assim, antes de recorrer à carga horária adicional, pare e pense: será que o seu problema realmente é a falta de tempo, ou os desperdícios estão levando sua empresa a acreditar que horas extras são a única saída? A verdadeira melhoria não está em trabalhar mais, mas sim em trabalhar melhor.

Augusto Zarpon é engenheiro, especialista em Lean, Six Sigma e gestão de operações, com vasta experiência em grandes multinacionais e como empreendedor na indústria de alimentos. Como instrutor técnico no SENAI, ele compartilha seu conhecimento para aumentar a empregabilidade dos profissionais e ajudar as empresas a alcançarem a excelência operacional e estratégica.

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Gustavo Serafim, Chief Of Growth da Platform Builders

À medida que o ambiente digital avança, os desafios enfrentados pelos desenvolvedores de software também se intensificam. Eles precisam estruturar novos modelos de negócios que sejam não apenas disruptivos, mas também sustentáveis e rentáveis às empresas.

Nesse contexto, a “engenharia de plataforma” (do termo em inglês “platform engineering“) surge como uma solução para aprimorar a experiência do desenvolvedor, em que equipes de plataformas estão criando produtos cujos clientes são outras equipes dentro da empresa. Sua abordagem visa aprimorar e acelerar o desempenho dos desenvolvedores, auxiliando-os a enfrentar uma modernização tecnológica eficaz, além de proporcionar as melhores experiências aos usuários.

Executivos interessados em um crescimento a longo prazo e resiliência empresarial devem criar plataformas à prova de futuro. Esta é uma necessidade que tornou-se urgente e desafiadora à medida que as organizações enfrentam adversidades econômicas, que aumentam o escrutínio sobre os custos e exigem propostas de valor mais objetivas. 

A engenharia de plataforma aborda essas questões, apoiando um crescimento sustentável e a entrega de valor real. No entanto, se você perceber que está agregando recursos que oferecem apenas potenciais benefícios futuros, sem um valor tangível no presente, então, pare.

De acordo com previsões do Gartner, até 2026, 80% das grandes organizações de engenharia de software estabelecerão equipes de engenharia de plataforma. Essas equipes atuarão como provedores internos de serviços, componentes e ferramentas reutilizáveis para a entrega de aplicativos.

A tendência, portanto, é que as empresas optem pela adoção de plataformas integradas, que englobem cadeias de recursos e fluxos de trabalho. Essas plataformas permitem aos desenvolvedores gerar, operacionalizar e gerenciar aplicativos de ponta a ponta, oferecendo autoatendimento e acesso simplificado às ferramentas mais avançadas de engenharia de software. 

Benefícios 

A engenharia de plataforma reúne o que os desenvolvedores precisam, sendo criada de forma incremental por times de plataformas, tornando-se uma solução viável para as corporações de todos os setores. Oferece diversos benefícios tanto às empresas quanto aos desenvolvedores. Primeiramente, ela ajuda a reduzir a taxa de rotatividade e a atrair talentos de alto nível, criando um ambiente de trabalho moderno e eficiente, que é atraente para os melhores profissionais. 

Além disso, promove a aceleração do ritmo da inovação na corporação, pois, com uma infraestrutura sólida, as empresas podem experimentar e lançar novas ideias com muito mais agilidade. Outro aspecto importante é a construção de uma diferenciação competitiva, permitindo o desenvolvimento de soluções únicas que destacam a empresa no mercado. 

A engenharia de plataforma também assegura a conformidade (compliance), garantindo que todos os processos e produtos estejam alinhados às normas e regulamentações. Por fim, contribui para aumentar a agilidade dos negócios, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado e respondam de forma eficaz às demandas dos clientes.

Principais facilitadores de valor

Para alcançar esses benefícios, a engenharia de plataforma utiliza diversos facilitadores de valor. Entre eles, estão: os portais internos para desenvolvedores, que são plataformas centralizadas para fornecer fácil acesso a ferramentas, serviços e documentação essenciais para um desenvolvimento eficiente; e a infraestrutura como código que automatiza a provisão e o gerenciamento da infraestrutura via código, aumentando a consistência e reduzindo erros manuais.

Há ainda a infraestrutura com foco em segurança que implementa práticas e ferramentas capazes de priorizar a segurança desde o início do desenvolvimento; a metodologia DevOps quepromove a integração das equipes de desenvolvimento e operações, melhorando a colaboração e acelerando a entrega de software; e por fim, os recursos como observabilidade, SDKs, APIs e frameworks que permitem monitorar e compreender os sistemas em tempo real, além de facilitar o desenvolvimento com kits de software (SDKs), interfaces de programação de aplicações (APIs) e frameworks.

A revolução da arquitetura empresarial sob a perspectiva do desenvolvedor

É importante acrescentar que, como desenvolvedores, vivemos uma revolução com a abordagem Lean na arquitetura empresarial, estruturando literalmente a arquitetura de negócio em fluxos de valor. Isso nos permitiu uma abstração perfeita para compreender melhorias, sem a necessidade de entrar em detalhes de processos complexos, evidenciando pontos de aprimoramento. 

Entretanto, ao executar projetos de TI, muitas vezes encontrávamos arquiteturas de referência engavetadas ou que tornavam a vida dos desenvolvedores mais difícil. É aqui que o conceito de plataforma se torna crucial, ao oferecer uma arquitetura como serviço com um foco real na experiência dos desenvolvedores. Em vez de simplesmente aplicar definições e apresentar toneladas de slides, conseguimos entregar serviços de forma executável, dando início a uma nova era na arquitetura empresarial.

Além disso, surgiu a oportunidade de criar pacotes de serviços que se alinham aos fluxos de valor do negócio, conhecidos como “business package capabilities“, transformando-os em verdadeiras plataformas digitais. Essas plataformas não apenas incorporam os elementos clássicos da engenharia de plataforma, mas também agregam serviços que podem ser reutilizados dentro da organização.

Assim, a conexão das estratégias do negócio a partir de fluxos de valor e as capacidades empresariais é, agora, planejada e entregue como um serviço, apoiando as iniciativas e acelerando o desenvolvimento da arquitetura empresarial.

A importância de especialistas na implementação

É essencial que as empresas contem com especialistas, que trabalham lado a lado com suas equipes internas, para implementar uma engenharia de plataforma dinâmica e colaborativa, com plena interação para oferecer valor real aos clientes. 

São profissionais com um profundo conhecimento técnico, que compartilham aprendizados continuamente, além de possuir definições claras e bem estabelecidas para garantir o autoatendimento dos melhores recursos e fluxos de trabalho. Tão importante quanto o conhecimento técnico é a organização dos times de plataforma de engenharia, sendo fundamental considerar conceitos de topologia de times.

A engenharia de plataforma, ou platform engineering, está se consolidando como uma peça-chave para a eficiência e evolução digital das empresas. Investir na construção de uma plataforma própria não apenas acelera a performance dos desenvolvedores, mas eleva o posicionamento da empresa em um mercado altamente competitivo. 

Entre os resultados às organizações provenientes da adoção de engenharia de plataforma, podemos considerar: a otimização de custos (reduzindo despesas operacionais, por meio de processos mais eficientes e automatizados); o crescimento de receita (acelerando a entrega de produtos e serviços inovadores, que atendem às necessidades do mercado), a redução de custos com contratações (atraindo e retendo talentos de alto nível e reduzindo a necessidade de recrutamento constante); e a mitigação dos riscos de segurança (incorporando práticas de segurança desde o início, minimizando vulnerabilidades e potenciais ameaças). 

Portanto, ao adotar a engenharia de plataforma, não há dúvidas que as organizações podem criar aceleradores que tornam os seus processos muito mais eficientes, promovendo agilidade e inovação de forma sustentável. Essa transformação não apenas melhora as operações internas, mas também posiciona as empresas de maneira mais competitiva no mercado. Aposte nessa tendência!

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O PODER DE FAZER MAIS COM MENOS

Icone Sem categoria | Por em 7 de outubro de 2024

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Por Augusto Zarpon

No ambiente dinâmico e altamente competitivo do mercado atual, as empresas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar, devem encontrar maneiras de melhorar continuamente suas operações, reduzir custos e se diferenciar de seus concorrentes. A integração de metodologias como Lean e Six Sigma com estratégias de posicionamento e a implementação de quick wins (ganhos rápidos) se torna uma fórmula poderosa para o sucesso.

A Base para a Eficiência Operacional

Lean e Six Sigma são metodologias amplamente reconhecidas por sua capacidade de transformar operações empresariais. Enquanto a metodologia e as ferramentas do Lean, criadas pela Toyota, se concentra na eliminação de desperdícios e na criação de valor para o cliente, o Six Sigma, proposto inicialmente pela Motorola, busca a redução da variabilidade nos processos, garantindo maior qualidade e consistência.

Ao aplicar essas metodologias, as empresas conseguem não apenas melhorar a eficiência operacional, mas também obter uma vantagem competitiva significativa ao reduzir desperdícios e melhorar a qualidade de seus processos e produtos, resultando em custos mais baixos, maior produtividade e produtos mais confiáveis. Fatores esses que, quando bem comunicados ao mercado, podem se tornar diferenciais poderosos.

A Importância do Posicionamento Estratégico

Jack Trout, coautor do conceito de “Posicionamento”, nos lembra em Posicionamento: A Batalha por Sua Mente, que o sucesso de uma empresa depende de como ela é percebida pelos consumidores em relação aos seus concorrentes. Em um mercado saturado, é crucial que as empresas se destaquem de maneira clara e valiosa.

A integração de Lean e Six Sigma com uma estratégia de posicionamento pode criar uma imagem de marca forte e diferenciada. Imagine uma empresa que constantemente entrega produtos de alta qualidade, graças à aplicação do Six Sigma, e que opera de forma enxuta e eficiente, graças ao Lean. Essa empresa pode se posicionar no mercado como um exemplo de excelência e eficiência, conquistando a confiança e a lealdade dos consumidores.

Soluções Simples e Eficazes

A filosofia de Óbvio Adams, personagem criado por Robert R. Updegraff em Óbvio Adams: A História de um Publicitário de Sucesso, é um lembrete poderoso de que as soluções mais eficazes para problemas complexos são frequentemente as mais simples. No contexto de Lean e Six Sigma, essa ideia se traduz na busca por soluções que, embora óbvias, são muitas vezes negligenciadas. A simplicidade, quando aplicada corretamente, pode gerar resultados extraordinários.

Ao implementar Lean e Six Sigma, as empresas podem identificar e aplicar soluções simples que eliminam desperdícios e melhoram a qualidade, exatamente o tipo de solução que Óbvio Adams defenderia. Esses ganhos rápidos e de fácil implementação podem transformar operações e gerar resultados imediatos.

Aqui entra a estratégia de quick wins, amplamente conhecido e utilizado em grandes multinacionais, esses “ganhos rápidos” são melhorias que podem ser implementadas rapidamente e que geram resultados imediatos. São ações que demandam pouco tempo e investimento, mas que produzem um impacto significativo nas operações.

A aplicação de quick wins em um ambiente Lean e Six Sigma pode acelerar o processo de transformação e mostrar resultados concretos rapidamente. Essas vitórias rápidas não apenas melhoram os processos, mas também demonstram ao mercado e aos colaboradores que a empresa está no caminho certo. Além disso, ao comunicar esses resultados, as empresas podem reforçar sua posição no mercado como inovadoras, eficientes e comprometidas com a melhoria contínua.

Ao integrar Lean, Six Sigma, estratégias de posicionamento e quick wins, as empresas criam um ciclo virtuoso de melhoria contínua. As operações são otimizadas, os custos são reduzidos, a qualidade é elevada e, simultaneamente, a percepção de valor pelo cliente é aumentada.

Essa combinação de eficiência operacional e forte posicionamento estratégico é a chave para o sucesso sustentável em um mercado competitivo. Empresas que conseguem implementar essa abordagem integrada não apenas se destacam, mas também criam uma base sólida para o crescimento futuro.

Augusto Zarpon é engenheiro, especialista em Lean, Six Sigma e gestão de operações, com vasta experiência em grandes multinacionais e como empreendedor na indústria de alimentos. Como instrutor técnico no SENAI, ele compartilha seu conhecimento para aumentar a empregabilidade dos profissionais e ajudar as empresas a alcançar a excelência operacional e estratégica.

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Tatiana Mika

Nos últimos anos, tem se destacado uma tendência entre empreendedores de sucesso que vai além das estratégias tradicionais de branding. Cada vez mais, mulheres empreendedoras têm buscado integrar sofisticação de marca com desenvolvimento pessoal, uma abordagem que fortalece a posição de seus negócios no mercado e, que em paralelo, modifica as suas vidas pessoais.

A chave dessa abordagem está em transformar um negócio comum em uma marca de desejo, capaz de captar a atenção não apenas pelo produto ou serviço oferecido, mas pela identidade e valores que ela transmite. Essa transformação vai além da qualidade do produto, incluindo narrativas envolventes e autênticas aliadas com o público-alvo. Isso não só atrai clientes como constrói diferenciação.

O impacto pessoal no crescimento dos negócios

Atualmente, além do aspecto visual da marca, a integração do desenvolvimento pessoal tem se mostrado essencial para o sucesso sustentável dos negócios. Muitas empreendedoras que investem em seu crescimento pessoal melhoram suas habilidades de gestão e fortalecem sua resiliência e capacidade de adaptação às mudanças do mercado.

Segundo Tatiana Mika, especialista em sofisticação e posicionamento de marcas, essa abordagem integrada é o que aumenta a autenticidade do negócio. “Ao trabalhar com mulheres empreendedoras, enfatizo a importância de se conectar com seus valores pessoais e integrá-los à identidade de suas marcas. Isso fortalece a mensagem que elas desejam transmitir ao mundo”, destaca.

Técnicas de branding e neurolinguística

A sofisticação não se limita apenas à estética ou às estratégias de marketing. Ela envolve métodos avançados de branding que exploram profundamente a psicologia do consumidor, como a programação neurolinguística (PNL), que explora como a linguagem influencia pensamentos e comportamentos, ajudando a identificar padrões que indicam preferências e motivações dos consumidores.

Segundo Tatiana, quando aplicada de maneira autêntica e fiel aos valores da marca, a PNL pode ajudar a ajustar a linguagem e o tom de comunicação de uma marca para melhor se alinhar com as expectativas e valores da comunidade onde está inserida, criando conexões duradouras e influenciando decisões de compra. “Essa estratégia aumenta a eficácia das campanhas de marketing e fortalece a percepção da marca como uma aliada confiável de seus consumidores ou usuários”, salienta.

Empreendedorismo feminino

Um dos aspectos mais importantes da abordagem integrada é seu efeito transformador na vida de mulheres empreendedoras. Ao alinhar suas identidades pessoais com suas marcas, elas evoluem seus negócios e inspiram novas gerações de empreendedoras.

Com o desenvolvimento pessoal de lideranças femininas, cria-se um ciclo de capacitação e empoderamento feminino. “A jornada pessoal de crescimento e superação de desafios não só fortalece uma líder como também inspira outras mulheres a seguirem seus passos, criando um impacto positivo na sociedade”, ressalta Tatiana.

Sobre Tatiana Mika

Formada em Administração Hoteleira, com avançados estudos em Branding pela ESPM e empreendedorismo pela Fundação Getúlio Vargas, a especialista se destaca no mercado por sua habilidade singular em transformar negócios em marcas de desejo. Com rica experiência internacional em Tóquio e Los Angeles, além de ter estudado com um dos mais renomados especialistas em Branding do mundo, ela oferece uma perspectiva global única em suas mentorias.

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Por: Cristina Banas

Vivemos na era das redes sociais, onde empresas, criadores de conteúdo e marcas estão constantemente tentando se destacar no mar de algoritmos imprevisíveis. No entanto, o que poucas empresas perceberam é que apostar tudo nas redes sociais é como construir uma casa em terreno alheio. E quando esse terreno muda as regras? O resultado pode ser perda de alcance, de clientes e de impacto.

É aqui que as newsletters se tornam a estrela do show. Muito mais do que um simples e-mail marketing, elas oferecem controle, proximidade e – o melhor – independência. Mas por que as newsletters estão ganhando tanta relevância e se tornando uma parte indispensável das estratégias de marketing?

A sua audiência, no seu controle

A grande vantagem das newsletters é que elas criam um canal direto entre a empresa e o público. Nada de intermediários ou algoritmos atrapalhando a entrega da mensagem. E mais importante, o seu conteúdo chega exatamente onde você quer: na caixa de entrada da pessoa que optou por receber aquilo. Esse é um público mais qualificado e engajado, já que assinou voluntariamente a sua lista.

Estudos recentes da Campaign Monitor mostram que 90% dos e-mails chegam à caixa de entrada do destinatário, enquanto nas redes sociais, o alcance orgânico (gratuito) dificilmente chega a 5%. Ou seja, enquanto você está lutando para aparecer no feed de alguém, a newsletter já está lá, aguardando para ser aberta.

Engajamento em alta, sem distrações

Uma grande crítica às redes sociais é o ambiente de distração constante. Mesmo que sua empresa consiga chamar atenção com uma publicação, o usuário está exposto a uma avalanche de outros conteúdos, o que reduz o impacto da mensagem. Com uma newsletter, o foco está em você. Sem concorrência direta no momento da leitura, sem anúncios pulando na tela, apenas sua mensagem e o público.

Dados da HubSpot indicam que a taxa média de cliques em newsletters gira em torno de 2,5% a 3%, o que, na comparação com o engajamento orgânico de postagens em redes sociais (cerca de 0,6% no Facebook e 0,9% no Instagram), mostra uma vantagem clara. Além disso, o e-mail é visto como o canal mais confiável para 73% dos consumidores quando comparado a redes sociais e até mesmo anúncios pagos.

Independência das plataformas sociais

Se há algo que as redes sociais nos ensinaram, é que nada é estático. Mudanças constantes em políticas, formatos de publicidade, limitações de alcance orgânico e até o fim de redes populares no passado (quem lembra do Orkut?) são sinais de que depender de uma plataforma é arriscado.

Empresas como a Patagonia e a Glossier já entenderam isso e investiram fortemente em estratégias de newsletter para manter a proximidade com seu público, independentemente das mudanças nas redes sociais. Com uma boa estratégia de e-mail marketing, você tem seu próprio canal, pode enviar sua mensagem no seu ritmo e com total controle. Ferramentas como Mailchimp, Sendinblue e ActiveCampaign ajudam a criar e automatizar campanhas, oferecendo relatórios detalhados para medir o sucesso.

Personalização que faz a diferença

As redes sociais podem ser ótimas para alcançar um grande público, mas são limitadas quando o assunto é personalização. Já com as newsletters, você pode segmentar sua base de contatos de acordo com o interesse e comportamento de cada grupo. Quer falar com clientes antigos? Ou talvez com leads ainda indecisos? A newsletter permite que você crie mensagens específicas para cada um desses públicos, aumentando significativamente as chances de conversão.

Segundo a McKinsey, e-mails segmentados e personalizados geram até 50% mais chances de vendas do que campanhas não segmentadas. Isso acontece porque o conteúdo é pensado para atender às necessidades de cada segmento de sua audiência, algo que nas redes sociais é difícil de executar com a mesma precisão.

O ROI que você busca

Enquanto as redes sociais exigem cada vez mais investimentos para alcançar o público certo, as newsletters continuam sendo uma estratégia de alto retorno com baixo custo. De acordo com a Direct Marketing Association, o retorno sobre investimento (ROI) do e-mail marketing é impressionante: cada real investido retorna cerca de R$ 38 em média. Esse número supera plataformas populares como Facebook e Google Ads, que dependem de altos investimentos para garantir a visibilidade.

Além disso, o e-mail é um canal estável e, mesmo com o aumento das opções de comunicação digital, 86% dos consumidores afirmam que preferem receber ofertas de empresas via e-mail, segundo pesquisa da Statista. Isso mostra que, apesar do crescimento das redes, o e-mail continua sendo a escolha favorita para a comunicação direta.

O futuro está no controle próprio

Empresas que investem em suas próprias plataformas de comunicação, como newsletters, estão protegendo seu futuro. Dependendo menos de terceiros e mais da conexão direta com o cliente, essas empresas estão preparadas para enfrentar qualquer mudança no cenário digital. Mais do que uma tendência, as newsletters representam uma oportunidade de criar uma base sólida de relacionamento com seu público e oferecer uma experiência única e personalizada.

Conclusão: a chave para o sucesso está nas suas mãos

O futuro da comunicação digital está na independência e no controle direto sobre os canais que você utiliza. As newsletters não só permitem esse controle, como oferecem uma conexão mais próxima e personalizada com seu público. Em um ambiente onde as redes sociais se tornam cada vez mais desafiadoras e caras, as empresas que apostarem em e-mail marketing estarão à frente, garantindo mais estabilidade e resultados sólidos.

Cristina Banas Sócia proprietária da Editora Banas.

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Pela primeira vez no Brasil, um estudo foi realizado com base no Inventário do Ciclo de Vida, considerando dados primários de toda cadeia produtiva no Brasil. Conduzido por especialistas e instituições das áreas de embalagem e de alimentos, o trabalho fez um comparativo entre os materiais mais utilizados para o envase de líquidos (água, refrigerante e óleo comestível). O objetivo é orientar o mercado e os consumidores sobre qual é a melhor opção do ponto de vista ambiental, de acordo com diversos indicadores.

“Avaliaçao do Ciclo de Vida da Embalagens PET para Alimentos Líquidos” comparou 11 unidades diferentes de embalagem, conforme tamanho e tipo de uso. Foram seis embalagens PET, duas de alumínio, duas de vidro e uma de folha de flandres (aço). No resultado final, o PET demonstrou desempenho superior às alternativas avaliadas.   

PROJETO CONTOU COM VALIDAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA EXTERNA

“Avaliação do Ciclo de Vida das Embalagens PET para Alimentos Líquidos” é um projeto para o Brasil, construído a várias mãos, por diferentes elos do mercado, sob a coordenação da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), com a participação ativa da Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR) e da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (ABIOVE), além de importantes contribuições de empresas destes setores.

As equipes do Centro de Tecnologia de Embalagens, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL/CETEA), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, construíram um genuíno Inventário do Ciclo de Vida das Embalagens PET, que possibilitou uma precisa comparação com outras embalagens, estudo este conduzido pela empresa ACV Brasil, especialista nesse tipo de avaliação.

O estudo contemplou todos os elos da cadeia produtiva, distribuição e comercialização dessas embalagens, através da colaboração das principais empresas que atuam no setor de alimentos líquidos no Brasil, além de fabricantes de resinas de PET, produtores de embalagens, envasadores e distribuidores, com foco em água mineral, refrigerantes e óleo comestível.

São elas: ADM, ALPEK, AMBEV, AMCOR, BUNGE, CARGILL, COCA-COLA, CONVENÇÃO RJ, DANONE, ENGEPACK, FEMSA, GLOBAL PET, HEINEKEN, IMCOPA, INDORAMA, LDC, MATE COURO, MINALBA, PEPSI, PETRÓPOLIS, PLASTIPAK, RECOFARMA, SOLAR E VALGROUP.

Além da credibilidade dos dados utilizados, o estudo ACV foi submetido à revisão crítica feita por especialistas de grandes universidades brasileiras, a fim de assegurar que os resultados para as afirmações comparativas estejam de acordo com os requisitos de qualidade da norma ABNT NBR ISSO 14040:2009 e ABNT NBR ISSO 14044:2006.

“O projeto representa um marco dentro do cenário brasileiro, tanto por sua abrangência quanto por seu conteúdo técnico. Além disso, traz luz científica ao debate, dando ao mercado as condições necessárias para que escolhas sejam feitas com base em aspectos técnicos e indicadores cientificamente aceitos. Só assim será possível evoluir nas questões ambientais, sem achismos e informações distorcidas, com olhar meramente comercial e sem qualquer impacto positivo para o meio ambiente”, afirma o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), Auri Marçon.

O QUE É O ESTUDO DE ACV

“Avaliação do Ciclo de Vida de Embalagens PET para Alimentos Líquidos” segue o que há de mais atual quando o assunto é a avaliação de toda a cadeia de valor para a produção de uma embalagem. Também conhecido como estudo “do berço ao túmulo”, faz uma análise do impacto ambiental que vai desde a extração da matéria-prima até seu descarte final, passando pela produção, envase, transporte, comercialização e reciclagem pós-consumo.

Para que a “Avaliação do Ciclo de Vida de Embalagens PET para Alimentos Líquidos” alcançasse a profundidade e o nível técnico desejado, o estudo foi planejado durante vários anos, com a avaliação de 12 categorias de impacto: Mudanças Climáticas, Acidificação, Ocupação do Solo, Material Particulado, Ecotoxicidade, Consumo de Água, Depleção da Camada de Ozônio, Eutrofização, Toxicidade Humana, Formação de Ozônio Fotoquímico, Recursos Minerais e Combustíveis Fósseis.

Dentro desses quesitos, foram comparadas, em diferentes tipos de uso:

·         Embalagens PET de 500 ml e 1.500 ml (água), 250 ml, 600 ml e 2 litros (refrigerante) e 900 ml (óleo comestível)

·         Embalagens de alumínio de 350 ml (água) e 350 ml (refrigerante)

·         Embalagens de vidro de 300 ml (água) e 250 ml (refrigerante)

·         Embalagens de aço de900 ml (óleo comestível)

As embalagens PET alcançaram desempenho superior às demais alternativas, nos quesitos que mais alertam a sociedade em relação ao meio ambiente, conforme abaixo:

·         Mudanças Climáticas: alteração do clima global, aumento de temperaturas e gases do efeito estufa.

·         Acidificação: emissões produzidas que contribuem para a chuva ácida, formação de smog (Smoke and Fog)

·         Ocupação do Solo: áreas ocupadas para exploração de atividades econômicas.

·         Material particulado: partículas finas que causam doenças respiratórias.

·         Ecotoxidade: emissões para o ar, água e solo que ameaçam a saúde de espécies.

·         Consumo de água: quantidade total de recursos hídricos utilizado no processo de produção.

PET É EXEMPLO DE CIRCULARIDADE

De acordo com o último Censo da Reciclagem do PET no Brasil, 56,4% de todas as embalagens PET pós-consumo são recicladas no País. Esse desempenho decorre da evolução do uso do material reciclado entre as empresas usuárias da embalagem e o seu compromisso com a circularidade, reduzindo assim a necessidade de matérias-prima virgens.

Da fase de coleta do material descartado pelos consumidores até a fabricação de uma grande lista de produtos que utilizam a resina reciclada, a reciclagem de embalagens PET já fatura R$ 3,6 bilhões. Aproximadamente 30% desse total fica na base da cadeia, na fase da coleta, entre catadores, cooperativas e sucateiros.

O principal consumo da resina PET reciclada – 29% do total – ocorre justamente entre os fabricantes de preformas e garrafas, produtos que são utilizados principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas, além de produtos de limpeza e cuidados pessoais.

Essa indústria se utiliza do processo conhecido como bottle to bottle, principalmente em decorrência do aumento da produção de embalagens em grau alimentício (food grade), segmento exclusivo do PET reciclado por determinação da ANVISA, que nos últimos anos mostrou uma grande evolução tecnológica, garantindo qualidade e saudabilidade.

O PET também apresenta uma série de benefícios ao longo de toda a cadeia produtiva, da indústria ao consumidor final. Como material de embalagem, atende inúmeras exigências técnicas e de saudabilidade, que protegem alimentos e bebidas com muita eficiência. Isso acontece em razão das características do produto, como leveza, transparência e resistência, tanto mecânica quanto química.

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Por: Adriana Giacomin

A preocupação com as mudanças climáticas e seus impactos na vida humana e no meio ambiente não é mais uma simples tendência, mas uma necessidade urgente. Um dos maiores vilões nessa história é o plástico convencional, que está presente em todas as etapas da nossa vida: desde a produção industrial até o varejo, das prateleiras do supermercado às nossas casas. A boa notícia é que já existem alternativas sustentáveis que podem substituir o plástico e minimizar seu impacto negativo. Mas para que isso funcione, as mudanças precisam começar agora.

O plástico convencional é amplamente utilizado por ser barato e versátil. No entanto, seus efeitos no ambiente são devastadores: ele demora séculos para se degradar, polui nossos oceanos e solos, e coloca a vida selvagem em risco. Segundo a ONU, apenas 9% de todo o plástico produzido no mundo é reciclado, enquanto oito milhões de toneladas acabam nos oceanos todos os anos. Um estudo da Fundação Ellen MacArthur alerta que, se continuarmos nesse ritmo, até 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos.

Além da poluição, a produção de plástico é uma grande fonte de emissões de gases de efeito estufa, alimentando ainda mais as mudanças climáticas. E em muitos setores, como nas embalagens de uso único, o plástico se torna um verdadeiro desafio para a sustentabilidade.

Por isso, é urgente adotarmos alternativas ao plástico convencional. Os plásticos biodegradáveis, por exemplo, oferecem a mesma funcionalidade, mas podem se decompor em até 20 meses, dependendo da sua composição. Isso significa que eles se reintegram à natureza sem deixar resíduos tóxicos ou microplásticos, além de reduzirem as emissões de CO2 em diferentes fases do seu ciclo de vida. Empresas ao redor do mundo já estão investindo nesses materiais, e esse é um caminho promissor.

No entanto, essa transformação exige um esforço coletivo. A gestão de resíduos por si só não é suficiente para enfrentar o problema com a urgência necessária. Governos, empresas e consumidores precisam agir juntos para promover alternativas sustentáveis. Políticas públicas que incentivem a pesquisa e o desenvolvimento de bioplásticos são essenciais, assim como o investimento em inovação por parte das empresas, reformulando suas cadeias de produção para incorporar esses materiais.

Os consumidores também têm um papel importante nessa transição. Uma pesquisa da La Vulca e Netquest, encomendada pela Bioelements, revelou que 60% dos consumidores brasileiros sentem culpa pelo uso de plástico nos produtos que compram. Além disso, 72% querem saber mais sobre os materiais usados nas embalagens, e 85% gostariam de fazer mais para mudar essa realidade. No entanto, para isso, é fundamental que tenham acesso a produtos biodegradáveis. Marcas que adotam práticas sustentáveis certamente se destacarão e poderão causar um impacto positivo nessa mudança.

Adotar bioplásticos e plásticos biodegradáveis é uma das formas mais eficazes de reduzir nossa pegada ecológica e proteger o meio ambiente. O futuro começa hoje. E a hora de agir é agora.

*Adriana Giacomin é Country Manager Brasil na Bioelements, empresa especializada no desenvolvimento e produção de embalagens bioplásticas e biodegradáveis*

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A inteligência artificial está avançando em todas as áreas do conhecimento, e o setor de treinamento e desenvolvimento não é exceção. Hoje, uma vasta gama de ferramentas já está disponível para criar capacitações do zero, gerar conteúdo, desenvolver cursos, formular perguntas e respostas, e até mesmo conduzir tutoriais para cursos online ou presenciais.

A possibilidade de criar treinamentos e cursos com o auxílio dessas tecnologias traz vantagens inegáveis como agilidade, precisão, economia de tempo e personalização em massa. Mas, até que ponto é possível confiar apenas na IA para criar conteúdos que realmente atendam às necessidades específicas de uma empresa?

Gosto de comparar a criação de conteúdo com uma grande fábrica de blocos de concreto os blocos de conhecimento. Assim como na construção civil, onde é fundamental começar com um bom projeto e uma arquitetura bem planejada, na educação corporativa é necessário estruturar a aprendizagem de forma cuidadosa. Primeiro, é importante identificar e utilizar os blocos de conhecimento já disponíveis. Depois, a empresa pode desenvolver internamente novos blocos com as ferramentas de autoria, assegurando que esses conteúdos reflitam seu DNA.

Pesquisas indicam que o uso de IA na educação está crescendo rapidamente. De acordo com um relatório da Research and Markets, o mercado global de IA na educação atingiu US$ 3,68 bilhões somente em 2023.

No Brasil, o uso de tecnologia em ambientes educacionais também está em ascensão. Um estudo da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior) aponta que 60% das instituições de ensino superior já utilizam alguma forma de tecnologia digital para potencializar o aprendizado, e esse número só tende a crescer.

A criação de cursos e treinamentos com ferramentas de IA pode parecer a solução perfeita para a padronização do conhecimento, o que pode ser útil para habilidades técnicas genéricas, mas não para destacar os diferenciais da empresa.

Quando todos os cursos são criados a partir dos mesmos parâmetros, utilizando as mesmas bases de dados e modelos de IA, corre-se o risco de uniformizar o aprendizado de tal forma que ele perca o toque humano, a personalização e a identidade da empresa.

Cada organização tem sua cultura, seus valores e sua forma única de operar. E essa singularidade é o que diferencia uma marca no mercado e é vital que ela seja preservada nos treinamentos.

É aqui que entra a importância da consultoria especializada na criação de treinamentos corporativos. Ferramentas de IA são poderosas, mas elas precisam ser orientadas por profissionais que compreendem as nuances da cultura organizacional e os objetivos específicos de cada treinamento.

A consultoria pode, por exemplo, analisar os materiais produzidos pela IA, ajustando-os para que estejam alinhados com a missão, visão e valores da empresa. Além disso, pode garantir que os treinamentos sejam verdadeiramente interativos, levando em conta as particularidades de cada equipe e a maneira como ela aprende melhor. O toque humano na revisão e adaptação dos conteúdos é o que transforma um treinamento comum em uma experiência de aprendizado única.

Em vez de ver a IA como uma substituta para o trabalho humano, as empresas devem considerá-la uma aliada poderosa. O seu verdadeiro valor na criação de cursos e treinamentos surge quando ela é utilizada em conjunto com a consultoria especializada, que pode garantir que cada conteúdo seja relevante, personalizado e eficaz.

O futuro da educação corporativa é, sem dúvida, híbrido – combinando o melhor da tecnologia com a sensibilidade e o conhecimento humano. E é nessa união que reside o sucesso dos treinamentos que realmente fazem a diferença.

*Luiz Alexandre Castanha, administrador de empresas com especialização em gestão de conhecimento e storytelling aplicado à educação, coautor do livro “Olhares para os Sistemas” e é CEO da NextGen Learning. Mais informações no site.

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Aquecimento global, efeito estufa, degelo das calotas polares, ondas de calor extremo, secas, morte dos oceanos e destruição dos ecossistemas. Essas são algumas das ocorrências que muitos acreditam se tratar de problemas do futuro, mas que estão diretamente ligadas aos desastres ambientais, como as inundações no Rio Grande do Sul e a epidemia de dengue no Brasil.

Segundo o geólogo Marco Moraes, essas catástrofes são indicadores claros da degradação ambiental. Em Planeta Hostil, publicado pela Matrix Editora, o pesquisador em mudanças climáticas descreve como a humanidade tem transformado a Terra em um lugar inóspito e revela o que vem pela frente.

Sem eufemismos e tentativas de minimizar a situação, Moraes mostra de maneira arrepiante como estamos à beira de um colapso por conta de ações do homem que geraram mudanças irreversíveis. Cada capítulo revela de que forma o uso de combustíveis fósseis, as atividades das indústrias do cimento e do plástico, a pesca predatória e a criação indiscriminada de pastos destroem ecossistemas e, por consequência, toda a cadeia de vida do planeta.

A obra chama atenção para os efeitos visíveis do aquecimento global como as tempestades cada vez mais destruidoras, os recordes seguidos de altas temperaturas, a avanço acelerado do mar nas cidades litorâneas e a falta de água em locais onde ela sempre foi abundante. Também traz luz para os sinais que passam desapercebidos, como a ingestão de microplásticos por meio da alimentação, o desaparecimento de espécies inteiras de insetos e da progressiva intoxicação química da população mundial.

Apesar do tom de alerta, o autor não incentiva o cinismo e nem alimenta a desesperança. As exposições de Planeta Hostil deixam claro que as consequências do que fizemos à Terra são amplas e graves, a ponto de ameaçar a própria existência humana, mas servem também como um apelo à ação e convidam o leitor a se unir a um movimento urgente para evitar mais devastação.

“Tempos difíceis virão. No entanto, com boa informação, realismo e pragmatismo, podemos vencer o nosso maior inimigo, que, você já sabe, somos nós mesmos”, declara o geólogo Marco Moraes.

Marco Moraes é geólogo formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/UFRGS) e Ph.D. pela Universidade de Wyoming (EUA). Atuou durante maior parte de sua carreira profissional, de mais de 37 anos, como pesquisador do Centro de Pesquisa da Petrobras (CENPES). Desde 2017, quando deixou a vida corporativa, dedica-se a estudar os problemas do planeta.

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Por Alexandre Pierro

A ISO 56002, também conhecida como ISO de Inovação, já se tornou uma grande aliada das empresas ao redor do mundo que querem inovar de forma estruturada e segura, mantendo seu destaque no mercado. Grandes cases de sucesso no mundo – e aqui no Brasil – já foram construídos com o apoio desta metodologia e, agora, mais uma novidade está a caminho para contribuir ainda mais com o fomento do potencial inovador das empresas: a ISO 56001. Ambas possuem propósitos semelhantes, mas existem diferenças consideráveis entre elas que precisam ser compreendidas antes de se ingressar nessa jornada.

Desenvolvida pela organização não governamental International Organization of Standardization (ISO), a ISO 56002, que foi publicada em 2019, trata-se de uma metodologia de diretrizes para a inovação, a qual, através da aplicação de um diagnóstico, fornece as melhores orientações capazes de alavancar a empresa em seu segmento e potencializar a conquista de resultados cada vez melhores.

Testada e aprovada por mais de 164 países, ela foi adotada por cerca de 600 empresas em todo o mundo e contém uma metodologia flexível e adaptável conforme cada perfil e necessidades, o que permite que cada negócio escolha qual caminho faz mais sentido de acordo com sua realidade e expectativas. Sua certificação não é obrigatória, mas, se desejar, a empresa pode contratar um organismo certificador e passar por uma auditoria de certificação. Quando aprovada, recebe uma certificação via atestado de conformidade.

Do outro lado, a ISO 56001 é uma norma de requisitos no desenvolvimento de um sistema de gestão para a inovação, com previsão de ser oficialmente publicada em setembro de 2024. Por se tratar de uma norma de requisitos, é possível que, no futuro, ela venha a ter a acreditação do Inmetro, que é o órgão máximo de padronizações no Brasil.

Neste caso, o Inmetro irá auditar os organismos certificadores, conferindo ainda mais rigor ao processo. Após essa fase, as certificadoras poderão emitir um certificado via acreditação para as empresas que cumprirem os requisitos na ISO 56001. Para muitos, ter a chancela do Inmetro é um ponto extremamente favorável, uma vez que traz mais segurança e confiabilidade ao processo.

Em termos práticos, não há grandes diferenças entre as duas normas. Enquanto a ISO 56002 possui um viés mais brando, a ISO 56001 traz uma proposta mais rigorosa. A ISO 56002 expressa, claramente, que a inovação pode ser adotada em serviços, produtos, processos, ou na combinação de mais de um desses, sempre levando em consideração que haja a geração de valor ao negócio. Já a ISO 56001 busca fomentar qual a intenção de inovação – ou seja, o que espera realmente conquistar com isso.

Podem parecer conceitos semelhantes, mas a profundidade proposta pela ISO 56001 é muito maior, abrangendo critérios de cultura e engajamento, além de propriedade intelectual com conceitos bem mais estruturados. Afinal, uma marca que busca inovar não precisa almejar apenas lucro, mas também mirar em uma maior satisfação de seus clientes, melhorar a experiência de compra, melhorar a captação de recursos de fomento à inovação ou, até mesmo, aumentar o valor de sua marca. O que vale, aqui, é a intenção por trás desta jornada.

De um lado, temos uma metodologia que traz em seu propósito um discurso de diretriz, orientando os empreendimentos sobre o que mais convém conforme suas metas. Do outro, uma norma mais rigorosa, conduzindo os caminhos a serem seguidos de uma forma mais imperativa, com foco nos resultados.

Essa visão, contudo, não quer dizer que uma é melhor que a outra, uma vez que tanto a ISO 56001 quanto a ISO 56002, são capazes de trazer excelentes resultados às empresas – desde que seu desenvolvimento seja conduzido de forma estruturada, planejada e aberto à ajustes caso necessários. A escolha entre uma e outra só depende do momento e dos objetivos de cada empresa.

O que realmente importa, na prática, é a geração de valor conquistada através deste processo, de forma que haja uma percepção nítida de resultados melhores que agreguem valor ao negócio, seja em termos financeiros, no aumento no número de clientes, redução de gastos ou outros aspectos relevantes.

Afinal, é com a ISO 56002 que as empresas conseguirão abrir seus caminhos nessa jornada e, junto à ISO 56001, pavimentar essa trilha estabelecendo passos mais seguros e concretos na tomada de decisões. O que também não quer dizer que seja necessário adotar primeiro uma e depois a outra.

Com essa diferença desmistificada, fica mais fácil identificar como ambas podem trazer resultados incríveis para o crescimento organizacional, cabendo a cada negócio decidir quais ações fazem mais sentido conforme sua realidade e expectativas. Independentemente da norma escolhida, as empresas que adotarem essa metodologia de inovação, certamente, estarão muito mais preparadas para aproveitar oportunidades em seus mercados de atuação.

Alexandre Pierro é mestrando em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e especialista de gestão da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.

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Por Ricardo Haag

Assumir a liderança de uma empresa não é uma responsabilidade simples, tampouco, algo possível de ser comandado, com êxito, por todos. Ocupar um posto de C-Level requer protagonismo frente a uma série de situações cotidianas da empresa, assim como visão estratégia e muitas outras habilidades indispensáveis. O problema, contudo, é que muitos dos próximos profissionais nessa “linha de sucessão”, membros da Geração Z, já evidenciaram que não almejam tal crescimento, o que traz o questionamento de quem será o C-Level do futuro.

Independente do setor de atuação, aqueles que ocupam essa cadeira necessitam aplicar uma capacidade de entendimento do negócio muito aprofundada, compreendendo duas dores, fraquezas, pontos fortes e oportunidades para explorar as melhores estratégias perante o crescimento e destaque competitivo. Junto a isso, há, ainda, um forte compromisso em recrutar e engajar times qualificados, garantindo que trabalhem juntos rumo à conquista dos objetivos esperados.

Por mais que sejam responsabilidades de extrema importância e peso perante o sucesso das operações, esse costumava ser um sonho altamente desejado por muitos profissionais mais seniores. Já hoje, muitos talentos mais jovens não mostram o mesmo desejo de chegar a esse topo, dando preferência para outras oportunidades e características em uma vaga que façam mais sentido conforte suas expectativas e ambições de carreira.

Segundo dados divulgados pela CoderPad, 36% dos zillennials não têm a intenção de assumir esses postos gerenciais em uma empresa, alegando serem posições com alta carga de comprometimento, carga horária extensa, e de tomadas de decisões que podem acarretar erros sérios para os processos internos. Todas, questões que, aliadas ao tempo demorado para construir essa jornada e conquistar essas vagas, diminuem o interesse de muitos desses talentos.

Em substituição a essa ambição, é muito comum ver diversos membros dessa geração optando por assumir cargos de CEOs em startups, como exemplo, por oferecem, pelo menos, teoricamente, um crescimento profissional mais acelerado em empresas que tendem a ter uma cultura mais dinâmica e interativa.

A agilidade nas atividades é uma característica bastante desejadas por esses profissionais, em decorrência, dentre tantos fatores, pela maior praticidade e velocidade deste mundo altamente tecnológico no qual vivemos – algo que, por mais que traga seus pontos positivos perante um maior e melhor desempenho e produtividade, também pode acarretar riscos operacionais. O atalho, nem sempre, é a melhor opção.

Há uma preocupação nítida em quem será o C-Level do futuro, se considerarmos essa mudança de preferências dos profissionais mais novos. Porém, por mais que haja essa discrepância em termos de expectativas em uma oportunidade de carreira, as empresas ainda terão que ter alguém assumindo essas posições de liderança e gerência. Se não, todo o mercado entraria em colapso, considerando a hipotética situação em que nenhum dos talentos mais jovens se identificariam ou almejariam ter essas responsabilidades.

O que os empreendimentos devem focar, no momento, é em considerar estratégias de atração e retenção desses profissionais, pressupondo os desafios nesse sentido para que consigam se conectar com as novas gerações que estão chegando e preenchendo, cada vez mais, os ambientes corporativos. Uma mudança complexa em termos de cultura e processos, mas essencial para que as empresas não sintam um impacto brusco em quem assumirá essas cadeiras.

Prezem pela empatia em compreender as expectativas desses membros, suas visões, realidades e desejos em uma oportunidade. Em conjunto, cuidem para que haja uma forte integração com os outros profissionais mais seniores – afinal, cada um sempre terá muito o que aprender com o outro, e é preciso que haja essa união entre todos perante esforços conjuntos rumo ao crescimento corporativo.

O mercado sempre terá um ciclo de renovação natural de seus C-Levels, assim como de todos os integrantes de cada empresa. Ao invés de se preocupar diante de uma nova geração com ambições bastante diferentes das anteriores, busque enxergar oportunidades de adaptação para que esses jovens se sintam reconhecidos e motivados a integrar a equipe, se adaptando, à medida do possível, para que tragam novas visões internamente. No final, mentes e olhares diferentes, juntas, são mais fortes.

Ricardo Haag é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

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J.A. Puppio

A falta de responsabilidade no cuidado com o planeta e o manejo da água potável, atualmente, devem gerar problemas gigantescos nos anos que se seguem para a sobrevivência dos seres humanos neste planeta. As guerras convencionais e conflitos armados que sempre estiveram presentes no cotidiano da humanidade possivelmente se estendam na luta pela água. Conforme pesquisa divulgada no ano passado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), uma parcela de 26% da população global não tem acesso à água potável, o que corresponde a 2 bilhões de pessoas.

Os sábios do passado mais distante já lembravam que as variações climáticas e ecológicas também deviam estar influindo como agentes em nossos destinos, portanto, não é recente a noção de que as interferências no ecossistema trazem inevitavelmente complicações que frequentemente se tornam sérias, como a escassez hídrica ou alagamentos e enchentes. O comportamento global recorrente de descuido já está criando inclusive levas de migrantes climáticos, que procuram deixar suas terras improdutivas, onde não é mais possível cultivar alimentos por falta de água, e nunca é demais frisar que onde ela não existe, não existe vida.

A história nos conta que grandes civilizações passaram por amplas mudanças no seu cotidiano por causa do desequilíbrio ambiental, e a dúvida é saber exatamente o que está reservado para nós nos próximos anos. Hoje, entramos numa fase de respostas do planeta, mas diversos avisos já tinham sido emitidos sobre as mudanças climáticas. O desequilíbrio ambiental está mais evidente que nunca, mesmo assim, parte das lideranças da população mundial insiste em virar a cara para o problema ou enfiar a cabeça numa cova como os avestruzes fazem quando sentem ameaças ou iminência de perigo.

É preciso reforçar a todos a ideia de que não há desvinculação de todas as espécies de vidas, sejam da fauna como da flora. Elas se entrelaçam e principalmente se sustentam com sua forte ligação ao solo e água, se ajustando às variações climáticas. Esse elo milagroso natural quando rompido traz consequências e faz os terráqueos sofrerem as consequências. Lembrando o músico Guilherme Arantes em sua famosa canção há, na verdade, um claro e grande paradoxo: “Terra, Planeta Água”. Vale ressaltar ainda que o corpo humano é composto por dois terços de água e esta afamada massa líquida cobre mais de 2/3 da superfície da Terra.

O fato é que não há inocentes quando não se toma cuidados em toda sua amplitude com mudanças climáticas. O bicho homem pode entender que nasceu para dominar a natureza ou que ela é algo diferente e separada dele, porém o fato concreto é que homem e meio ambiente são como gêmeos siameses, eternamente inseparáveis. Por consequência é preciso atenção e prudência em qualquer ação geoambiental. Como disse certa vez o jornalista Joelmir Betting, “a natureza não se defende, mas se vinga”. 

Do ponto de vista geopolítico, há uma corrente de pensamento no Brasil defensora da tese que se um dia um país estrangeiro ou bloco militar invadir a Amazônia ou a região pantaneira seria mais em virtude dos recursos hídricos delas do que pelas reservas minerais ou suas riquezas zoobotânicas. Verdade ou não, as Forças Armadas brasileiras têm se capacitado há décadas neste sentido, treinando suas brigadas de infantaria de selva e as brigadas de infantaria de Pantanal para se interporem a qualquer aventura estrangeira. São militares com grande destreza e aquacidade para atuação em ambientes hidrográficos e lacustres, ou biomas semelhantes. Os guerreiros de selva e soldados pantaneiros estão entre os melhores do mundo em suas especialidades.

Imprescindível para a existência do ser humano, este líquido cobiçado é indispensável também na indústria e na agricultura. Nas fábricas a água é o ingrediente fundamental para produção de energia gerada pelas usinas hidroelétricas. A eletricidade na grande maioria das vezes é o que move o maquinário fabril. É ainda absolutamente indispensável na limpeza do parque e plantas industriais. Na lavoura, por sua vez, a água é imperativa para a irrigação dos cultivos, que empregam algumas tecnologias especialmente em regiões agricultáveis onde as chuvas são irregulares ou quase não existem.  

Apesar dos desacertos enormes, o recurso também tem despertado interesse de companhias pela importância desse bem comum da humanidade (e não uma commodity, como a ONU classificou na Conferência sobre a Água do ano passado em Nova York).  Hoje, grandes empresas têm tratado desse ativo poderoso fazendo o gerenciamento principalmente para redução do uso, perda ou desperdício. Elas também têm tido cuidados com o reuso de águas residuais para diferentes finalidades.

Inúmeras estratégias de manejo hídrico estão sendo utilizadas com sucesso pelo planeta, mas ainda precisam ser bem mais massificadas. Basicamente os esforços se intensificam para economizar dinheiro, energia e poupar o meio ambiente. Há ações no meio empresarial para reduzir ou minimizar a poluição e problemas resultantes de mal uso da água como também para salvar ambientes aquáticos.

Esforços têm sido feitos, por exemplo, para economizar energia no aquecimento, tratamento e bombeamento d’água. Inclusive, esse líquido precioso passou a ser analisado com mais atenção para casos de emergência como combate a incêndios florestais, secas e contaminações. Recentemente, o Estado do Rio Grande do Sul sofreu os rigores das enchentes e o problema ocorreu possivelmente por falta de uma operação e manutenção mais criteriosas. A água é um bem para o consumo humano, mas também é essencial cuidá-la bem.

J.A. Puppio é empresário e autor do livro ‘Impossível é o que não se tentou’.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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